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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Dicas e direitos na hora de comprar brinquedos

Não é apenas no Dia das Crianças que a molecada ganha presentes. Por isso, sempre é bom ficar alerta para produtos que não tragam riscos à saúde das crianças ou que, em caso de defeito, ou de arrependimento, possa ser substituído pela loja. Mas muitos direitos ainda são desconhecidos dos consumidores.
Confira as dicas do especialista em direito do consumidor Vinícius Zwarg, sócio do escritório Emerenciano, Baggio e Associados, para uma brincadeira segura.
Você sabia que pode examinar o brinquedo antes de comprar?
A Lei Estadual nº 8.124/92 prevê que as lojas disponibilizem amostras de jogos e brinquedos para serem testados pelo consumidor. Isso significa o acesso às peças que muitas vezes não são perceptíveis dentro da caixa.
A loja é obrigada a trocar o produto? 
A decisão de troca é facultativa, com prazo estabelecido individualmente. Geralmente ela é realizada por cortesia e prática de mercado. No entanto, em caso de vício no produto adquirido a troca é garantida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Não sendo o vício sanado no prazo de 30 (trinta) dias pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: (i) substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; (ii) a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; (iii) o abatimento proporcional do preço.
O mesmo vale para compras pela internet?
No caso da compra on-line, cabe o direito ao arrependimento, podendo o consumidor desistir da compra no prazo de 7 dias a contar da data da assinatura do contrato ou do ato do recebimento do produto.
O importador também pode responder por problemas de entrega ou defeito?
Conforme estabelece o CDC, o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro e o importador respondem independentemente da existência de culpa pela reparação dos danos causados, isto é, sua responsabilidade é objetiva (não se apura culpa, que pode ser compreendido por negligência, imprudência ou imperícia). Melhor explicando: o fornecedor responde pelo risco de sua atividade.
Quais as informações devem conter na embalagem?
Os brinquedos comercializados devem indicar a faixa etária a que se destina o brinquedo, instruções de uso e montagem, eventuais riscos, a identificação do fabricante – com nome, CNPJ e endereço -, se for importado, quem é o importador, além da descrição de todos os itens que o compõe.
Como proceder em caso de produtos adquiridos em comércio popular, sem certificação? 
Como esse tipo de produto não passa por testes e especificações junto ao Inmetro é difícil assegurar a qualidade e que também não tragam riscos à saúde das crianças, ou que tragam orientações e alertas, como a presença de substâncias tóxicas, peças inadequadas para idade ou conteúdo impróprio.
A publicidade é vinculativa? 
Sim, os pais devem estar atentos a todos os itens especificados em campanhas publicitárias, pois a publicidade integra o contrato.
Acidentes de consumo: como saber se um produto é defeituoso?  
Um produto é considerado defeituoso quando coloca em risco a saúde da criança. O simples fato de colocar em risco já gera o dever de indenizar. O acidente de consumo ocorre quando já existe o acidente propriamente dito (lesão, machucado, ingestão de peça etc). Importante salientar que produtos defeituosos (que coloca em risco a saúde do consumidor) não pode permanecer no mercado, sendo medida de ordem a realização de um recall para retirada/substituição do produto/peças defeituosas. Infelizmente, no Brasil, ainda não temos muitos dados estatísticos a respeito de acidentes de consumo de modo geral. Precisamos avançar nesta questão.
Quem responde em caso de defeito (risco à saúde e segurança do consumidor)?
Tendo mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos.
Em caso de não atendimento dos direitos, a quem recorrer?
Dependerá muito do caso específico. Mas imagino uma ordem natural de tentativa de solução junto ao fabricante/comerciante e, se necessário, uma busca dos direitos através dos órgãos de defesa dos consumidores. Em não sendo resolvido, o consumidor deve buscar o advogado de sua confiança e ajuizar uma ação.

domingo, 25 de outubro de 2015

Saiba como a Terapia Comportamental pode ajudar seu filho


A Terapia Comportamental Infantil ba­seia-se na Análise do Comportamen­to, tratando crianças de todas as ida­des que apresentem problemas em seu com­portamento, dificuldades para lidar com sen­timentos e pensamentos, ou problemas em seu desenvolvimento.
No atendimento infantil são utilizadas es­tratégias bastante diferenciadas, que permi­tem às crian­ças s e ex­pressarem, e é a partir daí que podere­mos auxiliá-las nas difi­culdades. Por isso é que as sessões com crianças têm muitas “brin­cadeiras” e atividades, que são pla­nejadas cui­dadosamen­te para que sejam utiliza­das com obje­tivo terapêu­tico. Não se trata de “brincar para se divertir”, mas sim uma forma de diagnóstico e tratamento, de acordo com o nível de desenvolvimento da criança.
Quanto mais a criança consegue se ex­pressar verbalmente, mais poderemos uti­lizar a conversa, como é feito com adultos. Além da terapia realizada diretamente com a criança, o terapeuta infantil precisa fazer uma intervenção denominada “Orientação de Pais”. Essa orientação, muitas vezes, po­de se estender aos parentes mais próxi­mos e à escola.
Alguns problemas frequentes notados pe­los pais que buscam a psicoterapia para seus filhos são irritabilidade, agressividade, ansie­dade, recusa em ir à escola, choro excessivo, dificuldade para aceitar regras e limites, iso­lamento, dificuldade para fazer amigos, di­ficuldades de aprendizagem, dificuldade ao se afastar fisi­camente dos pais, medos exagerados ou incompa­tíveis com a idade, entre outros.

Apresentar esses proble­mas não sig­nifica que a criança tenha um transtor­no mental , mas que ela precisa ser avaliada.

(Artigo da psicóloga infantil Glaucia Kraide (CRP 06/72743)

sábado, 24 de outubro de 2015

A escolha certa do material esportivo para as crianças


Em tempos em que, cada vez mais cedo, as crianças começam a praticar esportes, e em que o mercado lança todos os meses novos produtos destinados a elas, fica a dúvida: como escolher o material esportivo para a criança? “A compra consciente deve levar em conta a qualidade do produto, que deve ser específico para a modalidade esportiva praticada pela criança, para evitar que ela sofra qualquer tipo de lesão”, explica Marcel Lenhaioli, proprietário do Ao Esporte Jundiaiense.

E o que significa uma compra consciente? Em primeiro lugar, não comprar produtos falsificados, que não têm qualidade nem tecnologia e são um perigo à saúde. Em segundo, investir nos materiais esportivos que se utilizam das tecnologias de ponta, mesmo que representem um custo mais alto. “As boas marcas já se preocupam, antes dos pais, em confeccionar produtos que preservem a integridade física da criança”, ressalta Marcel.

Com tantos lançamentos no mercado, fica difícil para os pais decidirem o que é imprescindível para a segurança da criança. Segundo Marcel, alguns itens são fundamentais. No caso do futebol, uma boa chuteira que estabilize os pés e tenha contraforte atrás para proteger o tendão de Aquiles, e a caneleira, para não machucar a tíbia e a fíbula. Se o esporte for tênis, a escolha da raquete deve levar em conta a altura e estrutura da criança, para que o aprendizado dos movimentos seja correto.

Na natação, sunga de helanca, óculos com antiembaçante e silicone para não entrar água, e touca de silicone, a melhor. Em todas as outras modalidades esportivas, a preocupação deve ser a mesma.



terça-feira, 20 de outubro de 2015

Planeje antes de decidir dar um pet ao seu filho

Presentear crianças com um pet, especialmente cães, pode ser sempre algo cogitado pelos pais. A convivência de cães e crianças tem muitos benefícios, mas adotar um cão é mais do que simplesmente dá-lo ao filho em uma data festiva. Diferentemente de outras opções de presentes, um cão requer muita responsabilidade, o que não são todas as famílias que podem oferecer.
Para o bem do cão, pesquise! “Os cães precisam de espaço, de atenção, de alimentação, o que requer condições financeiras , entre outros requisitos”, diz Dan Wroblewski, especialista em comportamento animal. “Entender essas necessidades é fundamental para que ele viva bem. Por isso é importante se questionar: ´Eu terei tempo para me dedicar ao animal?´. Afinal, o filho é o presenteado, mas uma criança não tem condições de garantir o bem estar do pet, logo a responsabilidade está sempre a cargo dos adultos.”
Pensar no cão como um filho pode ajudar. Muitos casais planejam a vinda dos filhos considerando fatores muito parecidos com os citados acima. Quando se dá um cão de presente devido a uma data comemorativa, o planejamento pode não existir. Neste caso, a ação é feita por impulso e sem considerar as consequências de o animal viver com uma família despreparada. “Ele era pequeno e fofo, depois ficou enorme e dá muito trabalho é um exemplo de reclamação comum feita por pessoas que não pesquisaram”, ressalta o especialista.
Inocentes, as crianças podem não entender certos limites. Uma brincadeira pode machucar o animal e vice e versa. Será que os pais, na correria do dia-a-dia, terão tempo disponível para acompanhar o filho e o pet?
Criança e cães devem conviver?
Segundo Dan, sim. Ter um cão sempre será uma boa ideia quando a família estiver preparada. Adotar um cão é uma boa forma de se tornar uma pessoa mais disciplinada, afinal, é preciso dar banho, comida, educação, além de realizar passeios, limpá-los etc. O laço afetivo entre o cão e o seu dono, independentemente da idade, ensina a respeitar e a cuidar daqueles que gostamos. Além disso, há também as brincadeiras que ajudam no bom humor e na saúde de ambos.
“Cabe a cada família escolher, mas acredito que seja válido mencionar que existe um grupo de raças que são consideradas as melhores companhias. Nele estão raças como shitzus, chiuauas, bichon frises, maltes, pug, lhasa apso, pequinês e o bulldog francês. Há também grupo de cães de pastoreio, como o pastor de Shetland, o pastor alemão, o border collies, o australian sheppard e o welsh corgis”, explica.
Independentemente do cão escolhido, seja comprado ou adotado, o mais importante é o bem estar de todos. Planejamento e dedicação por parte dos donos fazem com que o cão não seja apenas mais um, e sim parte da família.



segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Cuidados com a pele x eczema da criança

A dermatite atópica (DA) em crian­ças, muitas vezes chamada de ecze­ma, não tem uma causa definida. A DA é parte do que se conhece como mancha alérgica ou mancha atópica (alergia alimen­tar, dermatite atópica, asma e rinite) e pode dar lugar a essas outras manifestações alér­gicas ou persistir durante a vida toda em um indivíduo.
“Com o aparecimento do eczema, a pele da criança pode tornar-se muito seca, craque­lenta, propícia a coceiras, o que permite a entrada de germes que podem causar infec­ções de pele. Com o tratamento apropriado, a barreira protetora da pele pode ser restau­rada. Nesse sentido, bons cuidados em rela­ção à pele podem ajudar na cura ou no con­trole do eczema e na prevenção de novas in­fecções”, afirma o pediatra e homeopata Moi­ses Chencinski (CRM-SP 36.349).
É importante também evitar a automedi­cação. “A pele é o maior órgão de nosso cor­po e qualquer substância passada nela pode ser absorvida. Isso pode trazer problemas mais sérios até do que a própria dermatite, que já não é simples por si só. Sempre bus­que orientação médica (pediatra, dermato­logista, alergologista) para diagnóstico, ava­liação e acompanhamento do quadro”, aler­ta Chencinski.
Para reduzir a severidade e a frequência dos surtos de DA em crianças, o pediatra lis­ta algumas dicas importantes:
Banho
- Banhe seu filho em água morna, não quente;
- Limite o tempo de banho para 5-10 mi­nutos;
- Use sabonete somente quando necessá­rio. Ele deve ser suave e sem perfume. Não use sabonetes líquidos;
- Enxague bem e, após o banho, enxugue suavemente a pele do seu filho até que ela fique seca;
- Se o seu filho faz uso de um medicamen­to para a pele, aplique-o quando a pele esti­ver quase seca. Use o remédio conforme as orientações médicas;
- Aplique um hidratante diariamente con­forme orientação médica.
Cuidados com a pele
- Para melhores resultados, aplique o hi­dratante pelo menos duas vezes por dia. Is­so evita o ressecamento e o aparecimento de rachaduras. O emprego do hidratante pode diminuir a necessidade de medicamentos para a dermatite;
- Mantenha as unhas do seu filho curtas e lisas. Isso diminui a probabilidade de que ao coçar, a criança perfure a pele.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Criança também precisa de condicionamento físico

A obesidade infantil vem aumentando de forma evidente e preocupante nos últimos anos. As duas razões consideradas mais importantes são o maior consumo de alimentos ricos em carboidratos e gorduras e o sedentarismo. A prevalência da obesidade vem se tornando cada vez maior, em torno de dez vezes acima do total permitido pelas organizações de saúde pública. Esses fatos podem ser justificados pelos hábitos alimentares inadequados, perfil socioeconômico diferenciado, tipos de refeição realizados nos lanches escolares e pela influência da mídia.
Sabendo disso, muitas academias criaram espaços e programas de condicionamento voltado a esse público. As aulas têm por objetivo fazer com que as crianças pratiquem atividade física com prazer e interesse, para que isso se torne um hábito diário que levará consigo para sempre.
Os programas, no geral, são elaborados de forma a abranger todos os estilos de exercícios: trabalha-se com as crianças na piscina (natação, hidroginástica, jogos), na sala de musculação (exercícios controlados para o aumento da massa magra), jogos lúdicos usando os mais variados esportes, caminhadas ao ar livre e exercícios de habilidade motora (equilíbrio, destreza, velocidade, resistência) e exercícios de atletismo (corridas, saltos, arremessos). Desta maneira, a atividade nunca se tornará uma tarefa repetitiva e desestimulante.
Muitas academias contam, ainda, com o trabalho de uma nutricionista, que atua diretamente na dieta desta criança. Ela elabora refeições balanceadas, mais saudáveis e, seguindo as necessidades fisiológicas de cada aluno, de maneira adequada e funcional para a perda e manutenção do peso. Esse trabalho tem se mostrado bastante eficiente e prazeroso, pois sabe-se que a imposição de regimes rígidos ou pré-estabelecidos de forma generalizada são contraindicados pela sua ineficiência, devido à dificuldade de adesão ou por gerar maior angústia nessas crianças que têm a alimentação como forma de compensação emocional.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Evite acidentes com crianças

A agitação típica das crianças pode dei­xar os pais preocupados, quando o assunto é a segurança. Mas, além de redobrar a atenção sobre os passos dos pe­quenos, os pais podem tomar algumas me­didas preventivas para evitar acidentes. Se­gundo Sonia Liston, pediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, as ações devem ser adotadas pois, dependendo da idade, os pequenos não conseguem avaliar os riscos que correm.
No primeiro ano de vida, os problemas de maior gravidade envolvem obstrução mecâ­nica de vias aéreas por alimentos ou peque­nos objetos deixados ao alcance das crianças. Na maioria das vezes, as ocorrências são re­gistradas nas dependências da própria casa, na casa de vizinhos ou de familiares, segui­da pelas escolas e parques.
Já crianças maiores e adolescentes costu­mam se acidentar longe de casa. Os aciden­tes mais comuns são afogamentos em pis­cinas, rios ou mar, queimaduras e intoxica­ções por produtos perigosos ou medicamen­tos. Em menor frequência estão os acidentes com armas de fogo.
Para prevenir boa parcela dos acidentes, a indicação da médica é alertar adolescentes e crianças dos perigos, de acordo com cada fai­xa etária e grau de compreensão. Caso ocor­ra o acidente e, a menos que esse não repre­sente nenhum dano à integridade física, o so­corro médico mais próximo deve ser busca­do o mais rapidamente possível. Posterior­mente, se as sequelas psicológicas surgirem, a ajuda com os profissionais específicos de­ve ser procurada.
Dicas para evitar acidentes
- Evite cordões, roupas ou objetos em berço que possa provocar estrangulamen­to ou engasgos;
- Supervisione as refeições de crianças pequenas;
- Utilize o cinto de segurança dos carros nos acentos compatíveis para cada idade;
- Verifique a segurança dos brinquedos e a indicação de idade nas embalagens dos mesmos;
- Instale proteção nas escadas, janelas, sa­cadas e terraços;
- Evite o acesso à cozinha e área e serviço, onde mais comumente ocorrem os acidentes com queimaduras e intoxicações;
- Utilize calçados confortáveis e antider­rapantes;
- Nunca deixe crianças sozinhas em pisci­nas, clubes, rios ou mar. Utilize equipamen­tos de segurança;
- Não estimule o uso de medicamentos;
- Mantenha as embalagens originais dos produtos e, em caso de acidente, leve a em­balagem com a criança para o atendimento de emergência para facilitar a identificação de componentes.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O brincar pode (e deve) ser levado a sério

Vejo que, com as mu­danças da rotina fa­miliar e dos avanços tecnológicos, o brincar foi substituído por outras ati­vidades consideradas mais importantes, como estu­dar outras línguas e prati­car outras atividades físi­cas, tendo a ideia do lúdi­co como um hobby. Por is­so, o brincar acaba sendo esquecido.
Por causa disso, as pesso­as não colocam um espaço para o lúdico, importando-se apenas com o racional, pensando que apenas a aprendizagem e o de­senvolvimento humano só acontecem de ma­neira objetiva e centrada. Entretanto, o que talvez as pessoas não saibam é que o brincar pode ser uma atividade bastante aproveitá­vel para o desenvolvimento, amadurecimen­to e, inclusive, para a aprendizagem.
O brincar é um meio natural da pessoa se expressar, conseguindo explorar seus senti­mentos, atitudes e se libertar de suas tensões reprimidas e seus sentimentos. Essa experi­ência do brincar dá a possibilidade de a pes­soa testar e perceber seus sentidos, ações, sentimentos, reações e relações com os ou­tros. Com isso, a pessoa vai se conhecer me­lhor e aprenderá a ter controle das suas ações e desejos. Assim, ajudará no limite e na aprendizagem.
Entretanto, percebo pais usarem jogos, brinquedos e até aparelhos eletrônicos para distrair seus filhos pa­ra conseguir fazer suas ta­refas rotineiras. Por isso, é valido afirmar que é essen­cial a participação no brin­car com seus filhos e, inclu­sive, quando se fala de apa­relhos eletrônicos, sempre se envolvendo e tendo tem­po dedicado apenas para brincar e se relacionar com seu filho. Assim, eu coloco que o brincar não necessariamente é uma prática infantil, podendo ser uma ação agra­dável e praticada por todas as gerações.
O brincar é importante e favorável para as pessoas. Contudo, é recomendável ter o equi­líbrio do lúdico com o racional, deixando as brincadeiras e o uso de acessórios eletrôni­cos livres, lembrando sempre das responsa­bilidades e dos compromissos que tem como pais, filhos e educadores.
(Artigo da psicóloga Vanessa Sardisco - CRP 06/118543)

sábado, 18 de julho de 2015

Afetividade num olhar psicopedagógico

“Todo ser huma­no é uma semente pron­ta para desabrochar, contudo, as primei­ras experiências de vida são tão impor­tantes que podem mudar por comple­to a maneira como as pessoas se desen­volvem”. Harry Chu­gan, neuropediatra, Wayne/EUA.
A afetividade constitui um fator essencial na vida escolar, portanto é de vital importân­cia para o desenvolvimento da cognição, bem como para a superação de dificuldades dessa natureza. O desenvolvimento intelectual en­volve, além do cérebro e corpo, as emoções. Sua função é a comunicação nos primeiros meses de vida, por meio de impulsos emo­cionais, estabelecendo os primeiros conta­tos da criança com o mundo, tendo assim um papel imprescindível no seu processo de de­senvolvimento.
Wallon (1978) defende que a afetividade é a fonte do conhecimento e que a criança acessa o mundo simbólico por meio das ma­nifestações afetivas que permeiam a media­ção que se estabelece entre ela e os adultos que a rodeiam.
Num clima de con­fiança, onde há um vínculo de respeito mútuo e de amiza­de, cria-se um am­biente favorável ao aprendizado, pois segundo Fernández (1991, p. 52) “não aprendemos de qual­quer um, aprende­mos daquele a quem outorgamos confian­ça e direito de ensinar”. Sendo assim, as rela­ções estabelecidas entre o psicopedagogo e a criança devem ser sustentadas por enorme porção de afetividade, pois a interação des­ses pares concebe o suporte para a aquisição do conhecimento. Ao adquirir novos conhe­cimentos, a criança passa pelo processo de aprendizagem, sendo capaz de desenvolver competências e mudar seu comportamento. A afetividade deve ser o fio condutor que im­pulsiona a criança ao conhecimento.
(Artigo das psicopedagogas Adriana Raquel P. Gonçalves e Teresa Cristina Nasser Zanni) 

domingo, 12 de julho de 2015

Usar ou não creme dental com flúor na escovação do seu filho?

Uma dúvida de muitos pais é se é correto utilizar creme dental com flúor na escovação dos dentes das crianças. Segundo a odontopediatra Roberta Ruano Dallemole, a resposta é sim: o creme den­tal com flúor de­ve ser utilizado desde o aparecimento do primeiro dentinho na criança.
O uso de creme dental com flúor tem efeito sig­nificativo na redução da cárie. Seu uso está indi­cado para todas as ida­des. A Sociedade Brasi­leira de Odontopedia­tria indica o uso de cre­me dental com flúor para crianças a partir do nascimento do primeiro dentinho (que ocor­re por volta dos 6 meses de idade) e recen­temente também foi indicado pela Socieda­de Americana de Odontopediatria.
É indicada a quantidade de meio grão de arroz para crianças menores de 3 anos. Para crianças com idade entre 3 e 6 anos (conside­rando que até essa idade a criança não sabe cuspir) deve ser colocado um grão de arroz. Já para as crianças acima dos 6 anos de ida­de (quando já sabe cuspir) a quantidade deve ser equivalente a um grão de ervilha.
Outro ponto importante com relação ao creme dental é a concentração de flúor. Para ser efetivo, o creme dental deverá apresentar mais de 1.000 ppm de flúor. E para saber se o creme dental que seu filho está usando está correto, basta olhar na tarja da bisnaga ou na caixinha do mesmo onde diz “Ingredientes”. Lá você vai encontrar a concentração de flúor do creme dental. Essa concentração está in­dicada para todas as idades sem restrições, desde que a quantidade utilizada seja condi­zente com o que foi indicado acima.
Um creme dental com flúor deve ser usa­do, no mínimo 2 vezes ao dia como auxiliar de limpeza dos dentes de todas as crianças, principalmente antes de dormir. Enquanto a criança não tiver con­dições de escovar seus próprios dentes adequa­damente, o uso de den­tifrício fluoretado (pasta com flúor) é de respon­sabilidade dos pais/res­ponsáveis, garantindo assim maior segurança quanto à fluorose den­tária (fluorose são man­chas, em geral esbran­quiçadas, que aparecem nos dentes por excesso de flúor) e melhor higienização para prote­ção contra a cárie.
Se uma quantidade de pasta fluoreta­da do tamanho de um grão de arroz cru for usada para escovar os dentes, mesmo que a criança não cuspa, não haverá risco de flu­orose. Lembrando que o creme dental deve ser usado para escovar os dentes e não co­mo comida.
"A saúde bucal é essencial para garantir uma boa saúde de maneira geral, possibili­tando às pessoas longevidade com qualida­de de vida. E o cirurgião-dentista é o profis­sional capacitado para fazer a avaliação, tra­tamento e acompanhamento, colaborando para a boa saúde da população desde a pri­meira infância", garante a dra. Roberta.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Ansiedade na infância e a obesidade infantil



As ansiedades fazem parte da psique de qualquer indivíduo, seja ele crian­ça, adulto ou adolescente. Podemos entender as ansiedades como uma respos­ta da mente, um sinal de alerta de que al­go se passa a nível mental e não está bem e, em algumas circunstâncias, é vivido co­mo ameaça.
Existem expressões de ansiedade – um in­divíduo que, diante de uma entrevista de em­prego na sala de espera começa a ter sudo­rese, ou que em um congestionamento pas­sa a ficar tenso com palpitações –, mas o que diferencia se essa ansiedade é patológica ou não, se poderá causar sintomas, é como se li­da com ela, e a frequência com que esses epi­sódios de ansiedade aparecem.
Com uma criança não é diferente. As an­siedades fazem parte de seu mundo mental e se algo não está bem e sua capacidade de resolver as situações deixa a desejar, essa an­siedade pode gerar um problema. Situações muito primitivas podem favorecer o apare­cimento de patologias, como as de ordem psicossomática, as que têm origem em pro­blemas respiratórios, problemas intestinais e também as relacionadas a problemas ali­mentares, como a obesidade infantil.
A obesidade infantil não é algo novo. O que ocorre é que na atualidade ela vem receben­do maior atenção, pois a sociedade apresenta um nível de complexidade maior – as mães, em função da correria do dia a dia e pela pra­ticidade, muitas vezes adotam uma condu­ta do fast food, a comida rápida, além de que os apelos pelo sabor do prazer estão muito mais desenvolvidos do que há décadas atrás. Hoje, as crianças são muito mais sedentárias, o que muitas vezes as impede de ter noção de seu cor­po e suas possibili­dades de explorar os espaços.
O problema é quando isso sai do controle, a busca pelo prazer na co­mida passa a ser um fim em si e a co­mida vira um vício. A fome biológica não con­ta e sim só a fome psicológica – come-se para aliviar as angústias, preencher vazios, ocupar o tempo e obter satisfação e prazer na inges­tão de alimentos. Os pais conseguem identi­ficar isso, ao observar que a criança em ca­sa não consegue se entreter com nada e está o tempo todo comendo sem parar, tem sem­pre algo nas mãos (salgadinhos, chocolates e outras guloseimas), a ponto de ela própria não reconhecer a fome biológica.
É difícil reconhecer qual é a ansiedade pro­pulsora de tudo isso, mas é importante quan­do os pais conseguem se aperceber de que al­go não vai bem. É parecido, mais ou menos, quando uma criança apresenta febre – mui­tas vezes não se sabe o que provocou, mas nem por isso ela deixará de ser medicada.
A ajuda poderá vir de um pediatra ou um nutricionista. Depois de examinada a crian­ça e constatatadas que as dificuldades são de ordens emocionais, outro tipo de ajuda pode ser buscada, como a psicológica.
(Artigo da psicanalista Samira Bana - CRP 06-8.849)

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Os benefícios de aprender inglês na infância




Todos nós sabe­mos que, nos dias de hoje, fa­lar inglês é fundamen­tal, seja para negócios ou para o sonho de via­jar ao exterior. A apren­dizagem dessa nova lín­gua pode se iniciar em várias fases da vida: na infância, na adolescência ou na fase adulta; no entanto, quando o indivíduo ainda é crian­ça, há uma série de benefícios para a apren­dizagem e para ele mesmo.
Nosso cérebro, que podemos comparar a um “computador superpotente”, é capaz de realizar reações químicas, chamadas de si­napses. Tais reações são responsáveis pelo nosso aprendizado e, quando aprendemos algo, fortalecemos ainda mais as sinapses. "No caso das crianças, toda aprendizagem é muito importante, pois elas captam tudo com mais facilidade e organizam tudo melhor em seus cérebros, pelo fato de que são capazes de produzir bilhões de sinapses por segun­dos. Imagine quanto uma criança pode ad­quirir de conhecimento! E todo aprendiza­do que envolve assuntos ou aspectos do in­teresse dessa faixa etária torna-se ainda me­lhor e mais prazeroso", explicam os professores Amanda Garcia e Everton Neri.
Segundo eles, quando a criança começa desde cedo a aprender uma nova língua seu aprendizado será muito satisfatório e terá, inclusive, um melhor desempenho escolar, possibilitando evitar algumas dificul­dades de aprendizagem que poderiam surgir.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Caratê ajuda a melhorar a disciplina



O caratê não é praticado apenas como hobby ou esporte. Em muitos casos, a disciplina é fator fundamental para que alguém ingresse na arte marcial. Isso ocorre principalmente por intervenção dos pais, que tentam solucionar alguns problemas dos filhos, como falta de concentração, socialização, interação e autoestima.
“Muitas crianças começam através da indicação de outros pais, que contam os benefícios que  a arte e o esporte estão trazendo para o filho”, conta o técnico da Seleção Brasileira Ricardo Aguiar, que também é diretor de um instituto de caratê que leva seu nome.
Um exemplo de pessoa que notou mudanças no filho é a advogada Lara Nonino. Mãe de Vítor, que tem 11 anos, é hiperativo e pratica caratê há sete anos, ela não mede os elogios ao falar da arte marcial. “Ele sempre estava a mil por hora. Depois do caratê, houve melhora em tudo. Escola, comportamento, relacionamento com outros colegas. Ele aprendeu a se controlar melhor, controlar a ansiedade. Deu uma equilibrada nele”, afirma.
Os benefícios também foram notados pela médica Letícia Cebrian, que tem um filho de 10 anos que luta há pelo menos dois. “Estimulou muito ele, é só falar ‘vamos terminar a tarefa logo para ir ao caratê’”, exemplifica. “E ele mesmo se policia, fala ‘mãe, preciso cortar a unha hoje porque tem caratê.”
O próprio Hugo já aprendeu algumas coisas. “Quando entrei, achei que era só bater e rolar, aí fui aprendendo que tinha que ter controle sobre os golpes, dedicação, e que não é pra usar na rua o que a gente aprende nas aulas, é só para se defender”, diz o garoto, que deixou o futebol e o vôlei para se dedicar ao caratê.
“É um esporte muito focado, a arte marcial de origem japonesa tem isso na própria cultura. Esse foco no sentido de desenvolvimento, raciocínio e concentração acaba indo para fora do tatame”, explica Aguiar. “Isso é um fator determinante.”
Mas ele faz um alerta aos pais. “Tem o aspecto positivo, pois a gente escuta que é importante procurar profissionais que auxiliem no desenvolvimento dos filhos, mas tem também o lado negativo, porque às vezes alguns pais se isentam dessa tarefa”, afirma.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Cuide bem da alimentação das crianças no calor



As crianças costumam brincar e se movimentar muito e, como estamos enfrentando uma época de muita seca, é muito importante estarmos atentos à hidratação delas, oferecer muita água e alimentos frescos, como frutas (principalmente, melancia, laranja, mexerica, pera), além de verduras, sucos naturais e água de coco.
Nas viagens é preciso tomar muito cuidado com alimentos típicos e que não sejam do costume da família, principalmente alimentos gordurosos. Já os frutos do mar podem causar alergia em algumas pessoas, e, como as crianças são mais sensíveis, eles devem ser consumidos somente em locais de boa procedência. Para crianças que nunca os consumiram, a quantidade deve ser pouca, pois podem apresentar reações alérgicas.
A criança deve ser alimentada a cada 3 horas, com alimentos leves, sem esquecer a hidratação.
Nunca substituir a água por sucos ou outros líquidos: criança precisa tomar água. Evite refrigerante, pois, como contém muito sódio, pode levar à desidratação mais rapidamente. Além da água, frutas, verduras e legumes são alimentos que hidratam.
As crianças precisam de aproximadamente 8 copos de água fresca diariamente.
Alimentos com muito sal causam desidratação e retenção hídrica. Deve-se evitar salgadinhos, temperos e molhos prontos, refrigerantes, e alimentos industrializados em geral. No preparo das refeições, utilizar pouco sal.
E muito cuidado, pois é uma época em que as bactérias patológicas têm maior facilidade em se reproduzir nos alimentos mal higienizados e armazenados. Elas gostam de alimentos úmidos e ambiente quente.
Todo alimento perecível deve ser mantido em refrigeração por no máximo 3 dias, após isso deve ser descartado. Evite deixar refeições prontas fora de refrigeração. Ao preparar frangos, peixes e carnes, tire-os da refrigeração somente no momento de prepará-los. Quanto aos ovos, lave muito bem a casca antes de quebrá-la.
Quando o dia está muito quente, pode ser que as crianças percam o apetite, mas nunca as deixe sem se alimentar – vitaminas geladas, gelatinas, saladas coloridas e sucos feitos com água de coco são boas opções.

(Artigo da nutricionista Ellen Rampini)

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A importância do brincar



Atualmente, embora a importância de brincar para o desenvolvimento infantil seja amplamente reconhecida, é comum vermos crianças de pouca idade com uma rotina atribulada, com muitas atividades e compromissos. Fica difícil encontrar um tempo para que possam ter seu espaço e tempo de brincar e acaba sendo mais fácil usar meios eletrônicos para “distrair” as crianças.
Meios eletrônicos e brinquedos de última geração estão no auge e isso é um ganho para todos, mas temos que saber dosar seu uso pelas crianças. Os games e jogos virtuais não têm a mesma dimensão simbólica de uma brincadeira de rua, boneca, carrinho e jogos interativos. Mas será que tais brinquedos ainda fazem parte da vida das crianças?
Alguns educadores, sejam pais, professores ou outro membro da família que têm o poder de educar ainda utilizam as brincadeiras e jogos antigos, por acreditar que as crianças adquirem um melhor comportamento, pois os jogos incluem regras, estratégias, foco de atenção, interação e trabalho em equipe.
A brincadeira aparece como um importante componente da educação infantil, sendo uma ferramenta de aprendizagem: as crianças acabam aprendendo a seguir regras e aceitá-las, a descrever o que é certo ou errado, a dividir os materiais, a distinguir cores, formas e tamanhos, melhoram o foco de atenção, capacidade de memorização etc.
Para as crianças de três a sete anos, as brincadeiras e os papéis nelas desempenhados são utilizados para descobrir e experenciar o mundo que as cercam, para se organizarem e socializarem, proporcionando a possibilidade de serem criativas. É por meio do brincar que as crianças tomam distância daquilo que as faz sofrer, possibilitando-lhes explorar, reviver e elaborar situações que muitas vezes são difíceis de enfrentar.
O brincar é importante, pois é um meio de expressão das crianças, contexto no qual ela elabora seus conflitos e demonstra seus sentimentos, ansiedades, desejos e fantasias. Mas há também a criança que não consegue brincar e essa deve ser um objeto de preocupação. Muitas crianças acabam sendo encaminhadas para a Psicoterapia, pois seus cuidadores percebem algo que não condiz com a “normalidade” e procuram ajuda.
É nas consultas terapêuticas que surge uma nova possibilidade de avaliação e intervenção: após formar vínculo criança-terapeuta e essa adquirir confiança, entra o lúdico, pois é pelo brincar e desenhar que ela conseguirá expressar sua angústia. O terapeuta concentra-se na obtenção e manejo dos elementos vitais que ajudem o paciente na elaboração de um sofrimento ou dificuldade.
O brincar é essencial para o desenvolvimento infantil. Disponibilizar espaço e tempo para brincadeiras significa contribuir para um desenvolvimento saudável. É importante também que os adultos resgatem sua capacidade de brincar, tornando-se mais disponíveis para as crianças enquanto parceiros e incentivadores de brincadeiras.
Não é apenas o brincar que é importante para o desenvolvimento cognitivo-comportamental das crianças, mas, com toda a certeza, é um grande aliado.

(Artigo da psicóloga Renata Preteroto)

domingo, 26 de outubro de 2014

Divertudo: um site infantil que une conteúdo à criatividade



Diversão ou tra­balho? Os dois. Liliana Akstein e Eve­lyn Heine produzem o conteúdo do site infanto-juvenil Diver­tudo (www.divertudo. com.br) há 15 anos e ainda se divertem com essa atividade, apesar de encará-la com toda a seriedade que o público infanto-juvenil merece. 
Evelyn bateu um papo com o Mexa-se e contou detalhes desta empreitada de sucesso. 
Como vocês tive­ram a ideia de criar o site? 
Nós já fazíamos passatempos infantis para jornais pequenos de várias cidades do Brasil. Eu e a Liliana fomos apresentadas por nossos maridos, que nos sugeriram criar esse tipo de serviço. Eu tinha experiência em publicações para crianças porque trabalhava com quadri­nhos, na Editora Abril. A Liliana fazia a parte visual, diagramação. Foi ela que teve a ideia de criar o site, juntando todo o material que a gente já havia produzido. 
Quando foi isso? 
O site entrou no ar em 1999, no mês de agosto. Naquela época, eu nem sabia direito para que ia servir (rs), mas achei bacana. O Divertudo tinha algumas páginas de passa­tempos para imprimir. Era isso. Então a Lili começou a criar os joguinhos virtuais. Sozinha, pesquisando, ela descobria como fazer. Aí a gente inventava o conteúdo, eu fazia o texto e pronto. Aos pouquinhos, as páginas e as ati­vidades foram aumentando. Hoje temos uma porção de seções: entrevistas com autores, brincadeiras, ilusões de ótica, dicas de leitura, histórias, oficinas de quadrinhos, de poesia... 
Nosso acesso é de mais de 1 milhão de pageviews por mês. 
E quando veio o reconhecimento? 
Na verdade veio sempre. Mesmo pou­co conhecido e sem nenhum pagamento, sempre recebemos e-mails lindos das crian­ças, dos pais, dos professores. Desde o comecinho, quando a gente desanimava ou ficava sem tempo para atualizar o site, vinha uma mensa­gem que dava aquela motivada de novo. O Divertudo é motivo de muita alegria pra nós. Temos orgulho dele. Às vezes recebemos e-mails de adolescentes mais velhos que entram lá só para matar a saudade de sua infância. Isso emociona. 
Quais as páginas mais acessadas hoje? 
A seção de jogos é a mais acessada. Temos mais de 80, dos mais diferentes tipos. Em segundo e terceiro lugar vêm as seções de ilusões de ótica (Será ilusão?) e brincadeiras (Baú de Brincadeiras). Além do site, existe também o Blog Divertudo (http:// blogdivertudo.blogspot.com), um espaço onde a gente consegue ajudar as crianças em seus trabalhos, com dicas de redação, criação de cartazes, coisas assim. 
Qual você acha ser o ponto forte do Divertudo? 
Eu acho que é um misto de criatividade e qualidade de conteúdo. Nós nos preocu­pamos em transmitir conhecimento de uma forma saudável, mas com liberdade, com humor. O humor é essencial na vida de todo mundo: adultos e crianças.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Autismo: sinais de sofrimento psíquico


Hoje em dia é muito comum falar de autismo ou de transtorno do espectro autista, que são expressões de traços de isolamento na relação com o outro. As manifestações são diversas, o que, por um lado, auxilia a detecção de que algo não vai bem com a criança, precisando buscar tratamento o quanto antes, mas, por outro lado, pode proporcionar o fechamento de um diagnóstico que nem sempre é verdadeiro, principalmente em bebês e crianças muito pequenas.
Como nesse período há uma grande plasticidade neuronal, é imprescindível realizar as intervenções precoces visando o estabelecimento da relação do bebê/criança com os pais e cuidadores, para que os pequenos possam ir estabelecendo laços sociais, aumentando a sua rede de relacionamentos e aumentando suas capacidades de expressão.
A criança pode, ou não, evoluir para um quadro autista. O trabalho é individual e dependerá de diversos fatores, visto que as causas são várias: condições ambientais, genéticas, emocionais, não podendo se depositar um peso único para um único fator. O importante é investir e trabalhar em conjunto com os pais e outros profissionais.
A dificuldade da pessoa com autismo é na relação, não por falta de vontade ou por falta de amor pelas pessoas próximas, já que amam seus pais, amigos e são muito carinhosas com eles, mas por incapacidade de se colocarem no lugar do outro, porque esse lugar lhe é estranho por um desconhecimento com o que ocorre com o seu próprio corpo, apesar de muitas vezes terem um conhecimento vasto sobre assuntos em gerais. O mundo pode ser muito intenso e pode ser necessário um fechamento pela violência em receber estímulos sem a capacidade de metabolizá-los da melhor forma possível para o estabelecimento do convívio social. Por isso não se pode forçar o contato quando a pessoa com autismo sinaliza seus limites. É preciso trabalhar com eles para, na medida do possível, ampliar seu contato social.
De um modo geral, é importante verificar se a criança prefere brincar sozinha na maior parte do tempo, evitando interagir com outros; se manipula objetos de maneira mecânica, sem a presença de faz-de-conta; se evita o contato visual, parecendo ter algum tipo de surdez por ficar indiferente ao chamado; se tem reações violentas quando em contato com outros. Em bebês, deve-se observar se há uma indiferença à voz materna, se evita olhar para a mãe ou não sustenta esse olhar. Muitas crianças ou bebês podem ter esses sinais sem que necessariamente eles indiquem a presença do autismo, por isso são apenas sinais de alerta a serem observados dentro de um contexto mais amplo de isolamento e recusa da relação com o outro. Procurar um profissional habilitado seria o mais indicado para melhores esclarecimentos.

(Artigo das psicólogas Fabiana S. Pellicciari e  Juliana M. Nivoloni)

sábado, 27 de setembro de 2014

Correção visual pode melhorar desempenho escolar


A cada 20 crianças, uma sofre de algum problema de visão. Já na adolescência, os números assustam ainda mais: um em cada quatro alunos necessita de correção visual. Quanto mais cedo os pais levarem seus filhos ao oftalmologista, melhor. Afinal, muitas vezes a criança apresenta baixo rendimento escolar simplesmente porque não enxerga bem e ninguém a seu redor – nem os pais, nem professores – se deram conta do problema. Há as que não enxergam direito o que está escrito na lousa e outras que podem sentir dificuldade para ler livros, cadernos e apostilas que estão sobre a carteira.
O médico oftalmologista Renato Neves conta que já atendeu uma paciente de seis anos que enfrentava muita dificuldade na alfabetização e que já havia procurado até mesmo outros médicos, para ver se era déficit de atenção ou algum outro problema. Não era: a criança tinha 12 graus de miopia em um só olho. O médico alerta pais e professores que prestem mais atenção em alguns sinais que a criança mostra, como franzir os olhos para ler, afastar cadernos com as mãos para acomodar melhor a visão etc.
Como a dificuldade para enxergar bem pode gerar um impacto bastante negativo na vida das crianças, comprometendo não só o rendimento escolar como as relações sociais, Neves aponta sete vícios de comportamento que podem ter origem em problemas de visão:
  1. Apertar os olhos para ler. Quando a criança aperta um dos olhos para enxergar, pode ser que, inconscientemente, esteja querendo melhorar o foco e usando o olho bom para ler com mais clareza. Trata-se de um sintoma clássico que deve ser avaliado.
  2. Reclamar de dor de cabeça. Quando a queixa de dor de cabeça é frequente durante as aulas, ou quando a criança faz a lição de casa, é preciso investigar. Principalmente se reclama de ‘dor na testa’. Afinal, ela pode estar fazendo um esforço extra para enxergar direito.
  3. Sentar muito próximo à televisão. Ainda que as telas dos televisores tenham aumentado bastante nos últimos anos, algumas crianças insistem em sentar bem próximas à TV, dando sinais claros de que talvez sofram de miopia. O mesmo acontece com games de bolso ou livros. Se o seu filho tiver o costume de aproximar os olhos de tudo o que precisa enxergar, é um sintoma claro de que precisa fazer um exame de visão.
  4. Acompanhar a leitura com um dedo. Eis outro sinal perceptível durante a leitura. Se a criança não conseguir ler sem recorrer ao dedo indicador, pode não ser apenas uma mania, mas um caso de ambliopia – síndrome do olhinho preguiçoso – em que as letras e palavras parecem muito próximas, dificultando a leitura.
  5. Tapar um olho com a mão. Há crianças que automaticamente tapam um dos olhos com a mão para enxergar melhor com o ‘olho bom’. Isso pode acontecer durante as atividades escolares ou até mesmo de lazer. Tanto pode indicar um problema de ambliopia ou de estrabismo. Por isso, esse sintoma deve ser devidamente investigado por um oftalmologista.
  6. Andar de cabeça baixa. Há casos em que a criança estrábica ou com desequilíbrio no músculo ocular acaba tendo dupla visão ao focar um objeto ou olhar para baixo. Para se sentir mais segura, passa a andar sempre com a cabeça baixa, na tentativa de prevenir problemas mais sérios como quedas.
  7. Coçar os olhos insistentemente. Esse é um sinal clássico de fadiga ocular e deve ser investigado. Tanto pode ter origem em problemas de visão como pode estar relacionado à conjuntivite. Nos dias em que a umidade do ar está baixa, essa condição se intensifica tanto que pode até provocar lesões nas pálpebras.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Quando a criança precisa de psicoterapia?



Hoje em dia, exercitar o papel de pais tem sido uma tarefa difícil. A busca por psicoterapia infantil tem aumentado principalmente por queixas de comportamentos inadequados e dificuldades com regras e limites. A pressão da sociedade moderna e os avanços tecnológicos vêm interferindo significativamente na maneira de conduzir a educação das crianças.
Os pais têm cada vez mais compromissos profissionais e financeiros que os impedem de acompanhar de perto o desenvolvimento das crianças e de conduzir sua educação. Dessa forma, o sentimento de culpa surge, abrindo caminhos para a permissividade. Os pais preferem aproveitar o pouco tempo que têm com as crianças sem gerar conflitos.
Colocar regras e fazer com que funcionem é também uma tarefa trabalhosa, geradora de conflitos, que exige pulso, paciência e tolerância, e nem sempre é possível devido à rotina agitada principalmente nas grandes cidades.
Diante disso, as crianças estão crescendo sem limites e, ao deparar-se com regras impostas pela própria sociedade e com as frustrações da vida, tendem a descontrolar-se, irritam-se com facilidade, tornam-se agressivas e birrentas. Tudo isso na tentativa de inverter a situação e ter o seu desejo satisfeito. Porém, nem sempre temos nossos desejos satisfeitos e temos de lidar com essas situações de forma controlada. Por que não ensinar isso à criança para que não sofra tanto?
Colocar regras e estabelecer limites é papel de pai e mãe!
A Psicoterapia entra em cena nesse momento: quando os pais necessitam de apoio e orientações para conseguir exercitar esse papel e saber lidar com os seus sentimentos. Não é necessário mudar a vida, deixar trabalho e compromisso, já que a realidade atual não permite. A psicoterapia infantil tem o objetivo de fazer com que a criança lide com seus sentimentos, desejos, limitações e frustrações e os pais, a lidar com os sentimentos de modo a permitir com que desempenhem os seus papéis, permitindo que tenham boas relações com os filhos e qualidade de vida.

(Artigo da psicóloga Heloisa Helena Pizarro De Lorenzo Pierami - CRP 06/64924)

sábado, 20 de setembro de 2014

Esporte coletivo deve ser praticado em todas as idades



Quando as crianças começam a praticar esportes, seja por conta própria, seja com a supervisão de um profissional, elas aprendem e desenvolvem habilidades importantes para seu desenvolvimento. O grau de aprendizado das habilidades depende do grau de maturidade das crianças e de suas experiências, da qualidade do ensino que recebem, assim como do grau de dificuldade em realizar as tarefas.
Segundo Genilda Garcia Calvoso, coordenadora do Serviço de Psicologia Hospitalar do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco e Hospital São Luiz Morumbi, quando as crianças aprendem algo novo, elas podem desenvolver habilidades cognitivas, respeitar o corpo, aumentar a autoestima, trabalhar o equilíbrio emocional (força de vontade, autocontrole, autoconfiança), reconhecer o outro e saber compartilhar, trabalhar em grupo, desenvolver autonomia e estimular a criatividade
Os adultos, porém, podem aprender a trabalhar em equipe ainda que não tenham adquirido estas habilidades na infância. Dentre as aptidões que podem desenvolver, a psicóloga aponta a mudança positiva na autopercepção e no bem-estar; a melhoria na autoconfiança, a mudança positiva no humor; o alívio da tensão e de sentimentos como a depressão e a ansiedade; a influência na amenização da tensão pré-menstrual; o aumento da sensação de bem-estar mental, maior apreciação da prática de exercícios e de contatos sociais; e o desenvolvimento de estratégias positivas para enfrentar situações de estresse no dia a dia. 
Genilda afirma que a promoção da saúde é considerada um incentivo às relações sociais, tais como coleguismo, amizade e paixões, seja no ambiente doméstico, seja no contexto profissional. Ela ressalta que, apesar de todos os benefícios propiciados pela prática de exercícios e de esportes, poucos estudos incluem na amostra indivíduos ex-atletas para verificar se a interrupção ou afastamento do esporte podem promover manutenção ou alteração dos níveis de ansiedade, resiliência e qualidade de vida. Estudos mostram que atletas têm maiores níveis de qualidade de vida que indivíduos não atletas, tanto em aspectos de saúde mental quanto em aspectos físicos e sociais. Esses achados indicam que o passado atlético pode contribuir para a melhora da qualidade de vida, já que também está associado à melhora de aspectos físicos e mentais.