sábado, 27 de outubro de 2018

Curiosidades sobre a saúde bucal



Você sabia que à saúde da sua boca reflete em todo organismo? Muitas são as dúvidas e curiosidades sobre o tema, e a Amil Dental fala sobre elas.

Quando surgiu a primeira escova de dente?
Em estudos arqueológicos foi encontrado em uma tumba egípcia com cinco mil anos de existência um objeto classificado como a mais antiga escova de dente. A primeira escova era feita de um pequeno ramo com a ponta desfiada até restarem apenas as fibras. A evolução disto foi a escova de cerdas que surgiu na China, por volta de 1498. Era feita com pelos de porco em muito caro, com o decorrer do tempo as cerdas mofavam, trazendo mais prejuízo do que benefícios para a saúde bucal.

Como surgiu o palito de dente?
Charles Forster foi o grande responsável por comercializar os palitos de dente. A ideia surgiu durante uma viagem à Pernambuco, na qual Charles ficou impressionado com a qualidade da saúde bucal dos brasileiros. Nesta época utilizavam-se palitos de salgueiro (árvore de galhos longos e finos) para limpar os dentes. Ao retornar para sua terra natal, Charles contratou um inventor com a finalidade de realizar uma produção em massa e padronizada desses palitos, enxergando uma oportunidade de negócio e também colaborar para uma melhor higiene bucal. Com eficazes estratégias de venda, este empreendedor ganhou o mercado mundial, tornando-se multimilionário com as vendas dos palitos de dente.

Escova com inteligência artificial
Recentemente foi criada a escova dental com inteligência artificial BABAHU X1, que propõe uma forma de escovação diferenciada, pois efetua todo o processo da higiene bucal sem a necessidade de muitos esforços. Tudo o que você precisa fazer é colocar o creme dental na escova, inseri-la na boca e apertar o botão. A limpeza dental será realizada através da inteligência artificial que usa técnicas avançadas para realizar a higienização de forma eficaz.

Outra vantagem desta inovação na área da saúde é que com ela você pode realizar diversas tarefas enquantos seu dentes estão sendo limpos. A escova ainda não chegou ao Brasil, mas tem sido comercializada em países como EUA e Canadá.
Sobre o método de escovação, o BABAHU X1 utiliza a famosa técnica Bass (método de escovação desenvolvida por dr. Bass após ter sido diagnosticado com uma doença na gengiva), recomendada por 80% dos dentistas em todo o planeta. Possui cerdas supermacias que cobrem os dentes dos seis lados com um ângulo específico de 45 graus.

Como eram as dentaduras no mundo antigo?
As dentaduras, também conhecidas como próteses, são utilizadas para suprir a ausência de dentes e aumentar a qualidade de vida. Além de ajudar a restabelecer a capacidade mastigatória, as dentaduras também são um importante aliado estético que podem influenciar positivamente a autoestima daqueles que por algum motivo perderam seus dentes.

Existem relatos históricos que datam da época de Napoleão Bonaparte que indicam que os soldados mortos em guerra tinham seus dentes violados por ladrões com a finalidade de produzirem dentaduras.

No ano de 1927, o governo japonês deu ordem para que retirasse parte de um cemitério para realizar construção de uma via pública; durante este processo foi encontrada uma dentadura, que pertenceu a um famoso samurai - a dentadura tinha 344 anos. A prótese do famoso samurai era feita com uma base de madeira Tsuguê, árvore japonesa e os dentes eram de pedra de cera e sua cor marrom.

Como prevenir as cáries?
Estudos científicos constaram que a cárie se forma a partir das bactérias Streptococcus mutans, que formam uma coletividade de placas também conhecidas como biofilm que, ao entrarem em contato com restos de comida, principalmente o açúcar, produzem um ácido que corrói os minerais dos dentes até quebrá-los. A principal forma de desenvolver cáries é devido à ausência ou uma má higiene bucal.

De acordo com o Conselho Regional de Odontologia em São Paulo, quase 90% dos brasileiros possuem cáries devido à falta de higiene bucal, e 2,5 milhões de adolescentes nunca foram ao dentista, número que representa 13% da população desse grupo. Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, a média de dentes cariados em adolescentes é de 6,2.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Odontologia(ABO), Newton Miranda de Carvalho, os números colocam a cárie como um problema de saúde pública. Para evitar o agravamento deste quadro, especialistas recomendam atenção redobrada à higiene bucal. Utilizar o fio dental diariamente, escovar os dentes no mínimo duas vezes ao dia e procurar o dentista a cada seis meses ou sempre que perceber alguma alteração na boca são a melhor maneira de evitar cáries.


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Saiba como prevenir e tratar os sinais do envelhecimento precoce das mãos




Quando o assunto é envelhecimento, a maioria das pessoas se preocupa com o surgimento de rugas, flacidez e linhas de expressão apenas no rosto. Porém, o que estas pessoas esquecem é que outras partes do corpo também sofrem com o processo de envelhecimento, chegando até a envelhecer mais rápido do que o rosto, como as mãos.

“O envelhecimento precoce das mãos deve-se, principalmente, a falta de cuidados preventivos com essa área, o que deixa a pele exposta a fatores externos como a radiação ultravioleta e a poluição. Além disso, é comum que as pessoas deixem as mãos em contato direto com produtos que possuem agentes nocivos para a pele, o que também acelera o envelhecimento”, explica a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD).

Os sinais do envelhecimento das mãos incluem flacidez, rugas, ressecamento e principalmente manchas escuras. Porém, é possível prevenir que estes sinais apareçam precocemente através de cuidados básicos como realizar diariamente a hidratação e a fotoproteção da região, de preferência com filtro solar FPS 30, com amplo espectro de proteção e à prova d’agua. “Além disso, é importante também utilizar luvas durante o uso de produtos agressivos, como detergentes, pois estes podem ressecar e danificar a pele das mãos a longo prazo”, afirma a especialista.

Porém, caso você já apresente algum destes sinais nas mãos, existem diversos tratamentos que podem diminuí-los de modo seguro e com pouco ou nenhum tempo de recuperação. Por exemplo, as manchas decorrentes da idade e exposição solar podem ser tratadas através de lasers, peeling químico, microdermoabrasão e até mesmo cremes e loções clareadores, que, apesar de demorarem mais para dar resultados, custam menos.

“Pacientes com a pele clara e que passam muito tempo expostos ao sol sem proteção podem ainda desenvolver manchas escuras e ásperas chamadas de queratose actínica ou ceratose, que são neoplasias benignas, mas que possuem potencial de transformação para um tipo de câncer de pele. Por isso, todos os casos de queratose actínica devem ser tratados através do uso de medicamentos tópico, como 5-Fluoracil, ou terapias e procedimentos estéticos, como terapia fotodinâmica, crioterapia, lasers ou peeling químico”, alerta a dra. Valéria.

A flacidez das mãos, causada pela perda da elastina e colágeno com a idade, também pode ser tratada através de bioestimuladores que estimulam naturalmente a formação de colágeno ou preenchedores injetáveis, como o ácido hialurônico, que dura de um a dois anos. “Veias aparentes também são um sinal de envelhecimento das mãos. Algumas desaparecem após o preenchimento, mas outras são grandes demais e necessitam de um tratamento complementar. Um deles é através de laser, onde o cirurgião vascular insere na veia uma fibra que emite um disparo, destruindo-a. Outra opção é a escleroterapia, na qual o médico injeta uma substância na veia para que esta desapareça lentamente”, completa a dermatologista.

Segundo a dra. Valéria, outros problemas que acompanham o envelhecimento das mãos são as rugas e o ressecamento, que confere um aspecto áspero à pele da região. O primeiro pode ser tratado com a combinação de peeling de ácido glicólico e cosméticos com ácido retinóico ou glicólico. Já para suavizar a pele áspera, o médico pode realizar um peeling químico superficial, mas para manter os resultados é necessário que se faça o uso de um hidratante diariamente. “Porém, é importante que antes de tomar qualquer decisão, você consulte um dermatologista. Apenas ele poderá diagnosticar os sinais e avaliar qual tratamento é o melhor para cada caso”, finaliza.


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Saiba as diferenças entre asma e rinite



Uma pesquisa realizada pelo Ibope apontou que 44% dos brasileiros convivem com doenças respiratórias. Entre elas, a asma e a rinite parecem ser as mais comuns e fazem parte da rotina de milhares de brasileiros por meio de crises que, por causarem falta de ar e espirros persistentes, atrapalham tarefas diárias e geram visitas ao médico, como aponta o DATASUS. Segundo o departamento, a asma chega a ser a terceira causa de hospitalização pelo SUS em algumas faixas etárias.
A asma é uma doença comum das vias aéreas causada pela inflamação dos brônquios. A doença não tem cura e provoca sintomas como falta de ar, dificuldade para respirar, sensação de aperto do peito, chiado e tosse. Já a rinite alérgica é uma inflamação do nariz causada por alergias respiratórias que podem variar de causa, e, entre os sintomas estão espirros persistentes, obstrução nasal, coriza e coceira no nariz, que também podem ser acompanhados de coceiras nos olhos, garganta e ouvidos.
Embora seus sintomas sejam diferentes, a asma e a rinite possuem gatilhos em comum. Conheça algumas das principais causas de crises:
Ácaros, fungos e pólen – Podem provocar crises de rinite porque estressam o sistema respiratório como um todo e, consequentemente, causam reações alérgicas. Já os asmáticos, sofrem com o aparecimento de sintomas, pois passam por um processo de aumento da inflamação dos brônquios. Os ácaros são comuns em locais com acúmulo de poeira, como colchões, travesseiros e carpetes; os fungos, comuns principalmente no fim do verão e outono, crescem em locais escuros e úmidos; já o pólen se torna mais intenso na primavera.
Animais de estimação – a pelagem dos animais é o principal vilão. Por si só provocam reações alérgicas, mas também contribuem para o acúmulo de ácaros. O que diferencia é que o grau e a frequência da exposição podem causar mais ou menos crises e também influenciar na intensidade delas.
Fumaça de cigarro e poluição – mesmo que o paciente com asma ou rinite não fume, o contato com a fumaça que sai da ponta do cigarro, bem como aquela dissipada no ar de grandes metrópoles, é suficiente para provocar crises e aumentar a gravidade e frequência delas.
Por serem manifestações de uma mesma doença, a alergia respiratória, é comum o aparecimento de sintomas tanto da asma quanto da rinite de forma simultânea. Por isso é preciso estar atento para saber diferenciar as doenças.
“Tanto a asma quanto a rinite são doenças crônicas que não têm cura. Algumas características que podem ajudar a identificar se a pessoa está tendo uma crise de asma ou de rinite são o chiado no peito e retrações intercostais, ou seja, a pele entre as costas repuxa durante a respiração”, explica o pneumologista Clystenes Odyr. “Já a rinite, embora possa produzir sintomas similares, desenvolve mais reações como espirros e coceira no sistema respiratório”.
O melhor a fazer é evitar o contato com esses gatilhos. Ácaros, fungos e pólen podem ser controlados com a limpeza e arejamento adequado do ambiente, bem como pela exclusão de tapetes, carpetes e objetos que favoreçam o acúmulo de poeira.
Quanto aos animais de estimação, restrinja o contato a ambientes abertos e ventilados, evite dormir com os cães ou gatos na cama. “O tabagismo é extremamente desencorajado para pacientes que convivem com essas doenças por motivos claros, já que o hábito sobrecarrega ainda mais o sistema respiratório”, reforça o especialista. “Já no caso da poluição, evite as janelas abertas no trânsito intenso e procure frequentar locais mais arborizados sempre que possível”.
Vale lembrar que manter a hidratação em dia, praticar atividades físicas regularmente e, mais importante, fazer o controle dessas doenças com o auxílio de um especialista, são medidas essenciais para manter a qualidade de vida.
Saiba mais sobre a asma
Desenvolvida pela Chiesi, grupo farmacêutico que oferece soluções terapêuticas de ponta para o tratamento dos variados níveis de asma, a Campanha Você Sem Asma traz informações e conteúdos relevantes, compartilha dicas de controle da doença para que o paciente “dê um chega para lá na asma”. O espaço também oferece informações sobre a obtenção de medicamentos para asma de maneira gratuita via Farmácia Popular. Saiba mais por meio dos canais – website, fanpage e twitter



segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Com que frequência devemos ir ao médico?




Todo mundo deveria saber que, quando apresentamos sintomas desagradáveis ou incapacitantes, um médico deve ser consultado, já que só ele é capaz de dar um diagnóstico e tratamento exatos. O simples ato de ir ao médico quando surge um sintoma pode prevenir e ainda curar doenças.

Segundo o dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway, a grande maioria da população não tem o costume de cuidar da saúde. “As pessoas têm o hábito de se automedicar ou procurar uma solução rápida para o problema com familiares, vizinhos e até no Google. O que acontece, é que isso pode acarretar um problema sério posteriormente”, explica.

Ainda segundo o especialista, check ups são muito importantes, mas poucos são os que mantêm este hábito. Tal acompanhamento é necessário para avaliar como está o funcionamento do corpo do paciente e, em caso de enfermidades, tratá-las. "Algumas doenças são insidiosas e só vêm apresentar sintomas relevantes quando já estão em estágio avançado. O costume de consultar um médico não apenas quando se está doente faz muito bem pra saúde e pra uma boa qualidade de vida", acrescenta.
Mas afinal de contas, você sabe com que frequência deve ir ao médico? Uma vez por ano ou duas? Todo mês ou um mês sim, outro não? A verdade é que cada idade exige uma “frequência” diferente de idas ao médico. Confira algumas dicas do dr. Aier para diferentes perfis:
Crianças: Após a saída do hospital, caso esteja tudo bem com o recém-nascido, a primeira visita deve acontecer entre no 15º dia de vida. Passado esse período, as consultas devem ser feitas aos: 2, 4, 6, 9 e 12 meses no 1º ano de vida. No 2º ano, o pediatra deve ser consultado para o acompanhamento do bebê aos 15, 18, 21 e 24 meses. A partir daí, é necessário que se verifique o peso e a estatura a cada seis meses até o 5º ano de vida e depois anualmente entre 6 e 18 anos. Obviamente, se o paciente apresentar alguma doença de base ou quaisquer alterações ao longo deste acompanhamento, essa periodicidade pode sofrer alterações.

Grávidas: Elas devem procurar o médico assim que tiverem o diagnóstico de gravidez ou mesmo na suspeita de,  para iniciar o acompanhamento da gestação. Até o sexto mês, as visitas ao obstetra  devem ser mensais. Depois disso, podem ocorrer de 15 em 15 dias, de acordo com o decorrer da gestação. Caso a gestante venha a sentir algo diferente, deve procurar imediatamente o médico.

Adultos: Devem realizar um check up com todos os exames necessários uma vez ao ano, caso não possuam nenhum problema já diagnosticado de saúde. Exames de audição e visão devem ser feitos a partir dos 40 anos, ou antes, caso existam queixas pertinentes. Os exames específicos, ginecológicos e urológicos, por exemplo, como mamografias, ultrassonografias e consultas aos especialistas, devem ser realizadas na periodicidade recomendada por cada especialidade de acordo com as idades dos pacientes.

Idosos: Se estão saudáveis, podem seguir a mesma recomendação dos adultos e ir apenas uma vez por ano. Mas se apresentam alguma doença, devem ir ao médico com a frequência determinada por ele.

Para finalizar, o especialista recomenda que as idas ao médico se tornem um hábito, para evitar maiores problemas no futuro. “Não deixem que apenas a doença leve ao médico, um acompanhamento adequado previne inúmeros problemas, a sua saúde agradece”, completa.


sábado, 20 de outubro de 2018

Gravidez melhora os sintomas da endometriose?



Embora durante muito tempo, havia a crença de que a gravidez tinha um papel na melhora ou até mesmo na remissão dos sintomas da endometriose, um estudo recente, apresentado durante o VI Congresso Brasileiro de Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva, que aconteceu em São Paulo, no mês de setembro, as evidências atuais disponíveis sugerem que a gestação não resulta em benefícios ou melhora dos quadros de endometriose. O estudo, publicado no jornal científico Human Reproduction, foi uma revisão da literatura disponível sobre gravidez e endometriose, entre os anos de 1966 e 2017.

Segundo o ginecologista Edvaldo Cavalcante, médico assistente do Ambulatório de Algia Pélvica da Universidade Estadual de São Paulo (UNIFESP), a endometriose é cercada de mitos, sendo um deles a questão da gravidez como recurso para melhora dos sintomas.   

“O estudo mostrou que os resultados a respeito dos efeitos da gravidez na endometriose são controversos. Também apontou que há evidências crescentes de que a endometriose pode interferir no sucesso da gravidez. Assim, é preciso orientar corretamente as pacientes sobre o assunto”, comenta o dr. Edvaldo. “Isso porque em 55% dos casos, a endometriose pode levar à infertilidade. Além disso, enquanto algumas lesões da endometriose apresentam regressão durante a gravidez, outras podem permanecer estáveis ou ainda aumentarem. O único efeito claro é que na gravidez, por conta da amenorreia (cessação da menstruação), não surgem novos focos de endometriose”.

O estudo apresentado durante o congresso não foi conclusivo e novas pesquisas serão feitas para entender os efeitos da gravidez nas mulheres com endometriose.

Endometriose, aborto espontâneo e outras intercorrências na gravidez

Quando se fala de gravidez e endometriose, há outros aspectos que precisam ser bem avaliados. Segundo um estudo, quando a mulher tem endometriose profunda, ou seja, a forma mais agressiva da doença, há taxas mais elevadas de placenta prévia, aborto espontâneo, restrição do crescimento intrauterino, parto prematuro e distúrbios hipertensivos.

O que realmente melhora os sintomas da endometriose?

“Nem todas as mulheres apresentam manifestações clínicas da endometriose. Outro ponto é que há pacientes com endometriose profunda sem sintomas e há outras com pequenos focos e manifestações importantes”, comenta o especialista.

A dor pélvica crônica é a principal queixa e afeta cerca de 70% das mulheres diagnosticadas com a endometriose. O tratamento pode ser feito com medicamentos.

"Quando não há resposta ou ainda quando há contraindicação para o uso da terapia hormonal, a cirurgia é recomendada para remover os focos da endometriose. O procedimento também ajuda as mulheres que pretendem engravidar, já que esse grupo não pode usar os hormônios para alívio dos sintomas”, explica o cirurgião ginecológico.

Por fim, dr. Edvaldo lembra que a gravidez de uma mulher com endometriose deve ser acompanhada de perto, com cuidados mais intensos durante o pré-natal, em vista das evidências que sugerem os riscos aumentados de intercorrências.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Osteoporose: conheça os sintomas, causas e tratamento



Em 20 de outubro é celebrado o Dia Mundial de Combate à Osteoporose para conscientizar as pessoas sobre os riscos da doença e as formas de prevenção. A osteoporose é caracterizada pela redução da massa óssea, que tem como consequência um maior risco de fraturas nos ossos.

Entre os sintomas estão dores ósseas, deformidades, redução da estatura e até situações mais graves como as fraturas ósseas. A patologia, porém, também pode ser assintomática e silenciosa. O principal método de diagnóstico é e realização do exame de densitometria óssea, que mede a densidade mineral óssea em pontos estratégicos (coluna lombar e colo do fêmur).

As causas são variadas e, na maioria das vezes, são hormonais, como alterações na produção de PTH (hormônio da paratireoide), redução dos níveis dos hormônios sexuais (menopausa e andropausa) e disfunções na produção de cortisol.

Outras situações, no entanto, podem se tornar fatores de risco, como sedentarismo, alimentação deficiente em cálcio, baixos níveis de vitamina D, tabagismo, alcoolismo, baixo peso e a ingestão de alguns medicamentos (anticonvulsivante, corticoide, hormônio tireoidiano, heparina). A osteoporose também pode estar associada a outras doenças, entre elas a artrite reumatoide, diabetes e algumas neoplasias malignas.

A endocrinologista e metabologista do Hapvida Saúde Aline Garcia explica o tratamento varia de caso a caso. "Como a osteoporose pode ter diferentes causas, é indispensável determinar a condição primária que levou à doença para propor o tratamento mais adequado. Tratada a causa inicial, o objetivo final é impedir a progressão da desmineralização óssea e/ou recalcificar o que foi perdido", afirma.

Durante a recuperação, diversos medicamentos podem ser recomendados. "A reposição de cálcio e vitamina D são opções muito utilizadas. A reposição dos hormônios sexuais, quando indicada, também é uma ferramenta de auxílio no tratamento da osteoporose", completa a médica.

A prática de hábitos saudáveis ao longo da vida é crucial para a prevenção da doença. Alimentação rica em cálcio, controle do peso e atividade física regular (aeróbica e com carga) previnem não somente a osteoporose, mas diversas outras complicações de saúde. "Vale ressaltar que a exposição ao sol apropriada – ou seja, suficiente para aporte adequado de vitamina D – também é fator de prevenção adicional", conclui Aline.


quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Tratamento do TOC alia medicamentos e terapia



Longe de ser uma simples mania de fácil tratamento, o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um problema sério que afeta a qualidade de vida e as relações sociais. O transtorno, que atinge cerca de 3% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem causas multifatoriais, que vão desde histórico familiar a interferências ambientais, como traumas na infância.

A doença é caracterizada pelo pensamento obsessivo e recorrente, que segundo, a psicóloga do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Marina Arnoni Balieiro, acaba gerando um sentimento de sofrimento.

"Não se trata de uma ação feita no automático, muitas vezes o paciente sabe que está fazendo algo excessivo e intenso, como lavar as mãos muitas vezes ao dia, mas não consegue evitar, pois o fato de não praticar o ritual traz sintomas de sofrimento e angústia. Essa situação acaba forçando-o a realizar a ação de forma repetitiva", diz.

Apesar de não ter cura, o transtorno pode ser controlado, permitindo assim, uma melhora na qualidade de vida. Para alcançar resultados no tratamento, Marina Arnoni enfatiza a importância de aliar o uso de medicamentos com a terapia, a fim de amenizar os sintomas e identificar os pontos comportamentais que são capazes de serem mudados.

Ela alerta que quando esse caminho do tratamento não é seguido, o quadro tende a piorar e atrelar-se a outros problemas. "Além dos prejuízos à qualidade de vida, o TOC, caso não acompanhado por um especialista, pode se transformar em depressão, facilitar o surgimento de pensamentos suicidas e a dependência de drogas", afirma a especialista.



quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Estresse aumenta risco cardiovascular em crianças e jovens com excesso de peso


Em estudo descrito em sua tese de doutorado em psicologia, que acaba de ser
apresentada à Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a professora Anita Colletes Bellodi constatou que, sob estresse, crianças e adolescentes com excesso de peso tendem a apresentar níveis de colesterol mais elevados, fator que aumenta os seus riscos
cardiovasculares. Num universo de 3.471 estudantes de sete a 13 anos, matriculados em escolas públicas do município, 33,7% apresentavam excesso de peso (sendo 17,5% obesos e 16,2% com sobrepeso).

Em outro recorte de sua monografia, a cientista compilou amplos dados da literatura referente ao excesso de peso na faixa etária entre três e 18 anos. Verificou que a depressão e a ansiedade estão mais presentes em obesos e nos que têm sobrepeso do que naqueles com peso normal.

O trabalho da professora também abordou estudo com 80 participantes, sendo 40 pacientes, de três a 17 anos, do ambulatório de endocrinologia de um hospital campineiro, e os seus 40 cuidadores familiares (mães, pais ou outro responsável). Verificou-se que a origem do excesso de peso nas crianças e adolescentes está associada a problemas com a saúde das mães, principalmente diabetes e complicações na gravidez e no parto. 

Conclui-se, ainda, que os pacientes com características de afeto negativo têm mais dificuldade para lidar com situações de estresse, depressão e ansiedade.


Em sua monografia, considerando os resultados dos três estudos abordados no trabalho, a professora Anita Colletes Bellodi observa ser insuficiente o tratamento para excesso de peso baseado exclusivamente em hábitos saudáveis, exercícios físicos, dieta adequada e procedimentos clínicos padronizados. "Para prevenção de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, sugere-se mais foco na saúde materna e ações que reduzam o risco psicossocial, incluindo a avaliação do estresse e suas causas", observa a psicóloga.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Dicas para mulheres que desejam viajar sozinhas



Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo aponta que quase 20% das mulheres brasileiras já viajaram ou desejam viajar sozinhas. O estudo mostra, ainda, que o meio de transporte mais procurado por elas é o avião e os destinos prediletos são as praias da região nordeste.

De olho nos próximos feriados e na proximidade das festas de fim de ano, o agente de viagens João Gouveia, proprietário da Agência Podium Turismo, listou cinco dicas  para as mulheres que pretendem viajar sozinhas:

1) Escolha bem o destino – Escolher o destino certo é essencial para uma viagem inesquecível. Pesquise bastante de acordo com seus sonhos, objetivos e necessidades. Se necessário, peça ajuda a um agente de viagem, pois há países com culturas e costumes muito específicos ou restritos e que o público feminino precisa de uma atenção especial. Além disso, vale optar por um destino cujo idioma seja de fácil compreensão para o turista.

2) Tenha uma cópia de todos os documentos necessários para a viagem – Prepare uma pasta com todas as cópias, comprovantes e documentos que você vai precisar. Passaporte, cópia da passagem, RG, voucher de reserva do hotel e CPF são documentos essenciais para viajar. Ter em mãos uma cópia deles, torna sua viagem mais segura.

3) Informe parentes e amigos próximos sobre a viagem – Você está viajando sozinha, então é preciso levar em consideração todas as possibilidades e, por isso, vale manter ao menos os pais, os irmãos (se tiver) e a melhor amiga (o) informados sobre o seu destino, local de hospedagem, data de ida e de volta. Se for o caso, faça uma pasta de documentos para eles também. É mais por uma questão de segurança e prevenção.

4) Administre bem o dinheiro - Lembre-se que você está viajando sozinha, portanto planeje bem quanto vai precisar. Procure levar um pouco a mais e tenha dinheiro em papel com você sempre. Nem todos os lugares aceitam cartões e encontrar um banco 24 horas pode ser bem difícil. Em casos de viagens internacionais pode haver a necessidade de desbloquear os cartões no banco para usá-lo na viagem ou fazer um cartão pré-pago, cujo carregamento é feito no país de origem ou via internet.

5) Hospede-se em um lugar seguro e bem avaliado – Antes de escolher a hospedagem pesquise sobre as melhores opções disponíveis no local de destino, se elas atendem às suas necessidades e cabem no seu orçamento. Para quem viaja sozinho, optar por um hostel pode ser uma ótima opção, pois além de barato, esse tipo de hospedagem dispõe de quartos compartilhados e possibilita conhecer pessoas de culturas diferentes.


quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Meditação ajuda na cura de doenças



A meditação vem ganhando uma importância muito grande na vida das pessoas que buscam um alívio para o estresse, para os problemas e para a dor constante da vida. Por isso, os cientistas vêm tentando entender o que essa prática traz de benefícios do ponto de vista científico e neurológico e por que promove tantas mudanças positivas nas vidas dos praticantes.

Estudos mostram que a meditação auxilia em diversos pontos na saúde e na qualidade das relações familiares e profissionais. Não é à toa que o meio corporativo também vem aderindo à prática como tentativa de solução para aumentar a produtividade, o relacionamento entre funcionários, a qualidade de vida, despertar situações mais criativas e melhorar a articulação mental.

Pessoas que praticam meditação há mais tempo e com regularidade são mais alegres, confiantes, tranquilas e estáveis emocionalmente. Ela modifica áreas de ação do cérebro, controlando a atividade na região do córtex pré-frontal, que é responsável pelo pensamento consciente, articulação, criatividade e visão estratégica, fazendo com que as pessoas vivam mais o presente e atuem de forma consciente e criativa.

"O cérebro tem uma grande capacidade, que há algumas décadas ainda não tínhamos conhecimento, chamada neuroplasticidade. Através dela, ele pode se modificar estruturalmente e funcionalmente mediante estímulos, criando novas sinapses e aumentando o número de neurônios. Portanto, a ideia antiga de que os neurônios, uma vez destruídos, não tinham mais jeito, não é verdade ", diz o dr. Fabio Gabas, médico clínico, neurocientista e idealizador da medicina do BEIN (medicina do bem-estar integral).

A meditação ajuda a estimular as áreas ligadas à atenção, criatividade, memória e velocidade de processamento. Sendo assim, esse estímulo reduz a perda de massa encefálica que as pessoas sofrem com o tempo. Por ter um papel importante no equilíbrio do sistema nervoso autônomo, que é controlador de mais de 90% das funções orgânicas, ajuda, também, na redução da pressão arterial, melhora nos níveis de açúcar no sangue, na fadiga, nas dores crônicas e na digestão; evita doenças da pele e cura depressão moderada.

"Não são os fatos que geram estresse, é a forma com a qual os enxergamos. O cérebro no automático, sem estímulo, age de forma primitiva, condicionado à sobrevivência. A meditação transfere a atividade para áreas cerebrais mais nobres que trazem uma visão mais otimista da vida, gerando, consequentemente, todos esses benefícios para os seres humanos", complementa o dr. Fabio.

Outra questão importante, visto como um problema mundial nos dias de hoje, é a falta de atenção. Segundo o cientista cognitivo Herbert Simon, a riqueza de informações é igual a pobreza de atenção. Ou seja, a quantidade de informações e a facilidade de acesso a elas permite com que as pessoas se distraiam facilmente e com que a mente divague, atrapalhando a atenção para a solução dos problemas e a boa performance em tarefas. Estudos da Universidade de Stanford, na Calofórnia, Estados Unidos, mostram que em poucas horas de prática da meditação, já é possível ter um estado de melhor atenção às tarefas que estão sendo realizadas.



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Deixe as crianças brincarem



Você lembra da sua própria infância? Você brincava de quê? Brincava na rua? Brincava com quem? Quais as suas brincadeiras favoritas? Continuando a série de perguntas: será que nossa cultura atual é menos amigável à natureza infantil? Será que hoje as crianças têm menos chances de brincar? Para tentar responder a tantas pergunta de pais e mães, a Academia Americana de Pediatria divulgou um documento oficial, em agosto, deste ano,  intitulado "O poder da brincadeira: o papel pediátrico do lúdico no desenvolvimento das crianças pequenas".

O documento caracteriza a brincadeira como intrinsecamente motivadora, envolvendo engajamento ativo e resultando em “descobertas alegres” na infância, reúne pesquisas de desenvolvimento e neurológicas extensivas sobre brincadeiras e tenta extrair algumas das descobertas específicas de desenvolvimento dos jogos repetitivos que fornecem “a alegria de poder prever o que vai acontecer”, além do controle dos impulsos. O documento recomenda fortemente que os pediatras encorajem o aprendizado lúdico de pais e bebês.  A "prescrição para brincar" deve ser feita, em todas as consultas de crianças saudáveis, ​​nos dois primeiros anos de vida.

“O documento é uma verdadeira declaração de valores porque muitos dos especialistas que estudam a importância do brincar sentem-se sitiados, mesmo quando novas pesquisas enfatizam sua importância no desenvolvimento infantil. Brincar está sendo visto como algo irrelevante e antiquado, hoje”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Vivemos em um clima onde os pais sentem que precisam programar cada minuto do tempo de seus filhos. Cerca de 30% dos jardins de infância, nos EUA, não têm mais recesso escolar.  Existe um velho ditado que diz que brincar é trabalho de crianças. E é mesmo! “Brincar é  um dos jeitos que elas aprendem e o modo como elas se desenvolvem. É importante entender como todos nós, pediatras, e especialmente os pais, podemos encorajar a brincadeira”, observa Chencinski.

De acordo com a declaração americana, as crianças desenvolvem as habilidades necessárias para viver no século XXI por meio das brincadeiras. São habilidades sociais e emocionais, que os ajudam a colaborar e inovar, que são cruciais para o mundo do trabalho na nova economia global.

Trabalho de pediatra, sim!

Uma meta fundamental na atenção primária pediátrica é fortalecer o relacionamento entre pais e filhos. E o brincar também é importante nessa área. Mesmo uma criança muito pequena se beneficia da prática. Quando uma criança de 3 meses sorri e um dos pais sorri de volta, esse tipo de atividades não é trivial. Esse ato é realmente importante para o desenvolvimento da linguagem e das habilidades emocionais infantis, como a capacidade de se revezar.

Relações estáveis ​​com os pais e outros cuidadores que são construídas por meio dessas interações também são importantes para ajudar as crianças a lidarem com o estresse e o trauma e evitar o que os pediatras americanos chamam, no documento, de “estresse tóxico”.

O documento entra em detalhes de pesquisas recentes que mostram que a brincadeira pode afetar o cérebro em desenvolvimento, tanto em sua estrutura básica, quanto em sua função, com mudanças que podem ser encontradas, tanto no nível molecular e celular, bem como no nível de comportamento e de função executiva.

“Há um verdadeiro papel pediátrico em apontar a real importância de brincar em muitos níveis. Os pais perguntam aos pediatras: o que eu faço com o meu filho? Quantas atividades ele deve fazer? Estou muito empolgado com o fato de endossar a ideia de receitar a brincadeira”, diz o médico.

O documento não trata de brincadeiras elaboradas. Ele aborda o brincar com utensílios domésticos comuns que as crianças podem descobrir e explorar, como colocar colheres e recipientes de plástico no chão e bater, para ver o que a criança faz com eles. 

O objetivo não é fazer com que os pais se sintam culpados ou torná-los especialistas em brincadeiras, mas sim orientá-los, durante as consultas, para que eles possam contribuir ludicamente com o desenvolvimento da criança – o que é um imperativo básico da atenção primária em Pediatria.

E há maneiras de trabalhar esse conceito durante a consulta médica: soprar bolhas de sabão para ajudar crianças com medo a se sentirem mais à vontade ou usar fantoches para demonstrar o que vai acontecer em um exame, por exemplo. Pode ajudar levar a família para a sala de espera e ver o que a criança faz com os brinquedos por lá.

“A declaração defende um currículo equilibrado no jardim de infância que não ignore o aprendizado divertido e não considere o tempo gasto em brincadeiras, recreios e férias, como tempo perdido. A aprendizagem lúdica significa apoiar a motivação intrínseca das crianças pequenas para aprender e descobrir, em vez de impor motivações extrínsecas, como as pontuações dos testes”, diz o médico.

O que os pais precisam fazer?

Dar aos pais um reforço positivo para o que eles já estão fazendo é o que mais ajuda, não os criticando pelo que eles não estão fazendo. “Passei muito tempo pensando em como poderíamos incentivar os pais a lerem para os filhos como parte da consulta de atenção primária. Escrevi sobre a importância dessa prescrição. Mas podemos, com sucesso, ‘prescrever a leitura e a brincadeira’, essenciais para uma infância saudável, quando os pais são tão ocupados?. Sim!”, defende o pediatra.

Há temas subjacentes cruciais que conectam todas essas ideias: a importância de interagir com as crianças, respondendo às suas sugestões e perguntas, o valor do “antiquado cara-a-cara” com os pais e com os cuidadores e a importância de ajudar as crianças a encontrarem uma variedade de experiências, que não são todas sobre telas, em um mundo que é cada vez mais virtual para pais e filhos.

“Uma ‘receita para brincar’ que eu poderia prescrever aos pais, no final de uma consulta, é apenas dizer: confie em seu senso comum. Como você pode compartilhar um pouco de alegria com seu filho enquanto ele está explorando o mundo? O objetivo não é realmente validar o que eu acho,  mas liberar os pais que estão se sentindo pressionados por uma cultura que diz não à brincadeira, uma cultura que diz  que as crianças precisam ter videogames especiais, um iPad, ou ainda, precisam ter cada minuto de tempo estruturado para ‘vencer na vida’”, explica o pediatra Moises Chencinski.

“O brincar é a parte mais importante da infância. É como as crianças se desenvolvem emocionalmente e cognitivamente. É como aprendem a falar! A declaração americana vem para ajudar os pediatras e os pais a entenderem a importância desse ato”, acredita o médico.


terça-feira, 9 de outubro de 2018

Prevenção de doenças como a osteoporose é a chave para o envelhecimento saudável


Cerca de 200 milhões de mulheres sofrem com a doença no mundo, de acordo com
International Osteoporosis Foundation (IOF) e no Brasil, são 10 milhões de pessoas atingidas por esse problema (dados ABRASSO 2017). Levando em conta que o país tinha 28 milhões de idosos em 2016, ou 13,5% do total da população, e que em dez anos, chegará a 38,5 milhões, 17,4% do total de habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), focar no esclarecimento público sobre a osteoporose é urgente e essencial.

A causa da doença é a diminuição da absorção de minerais e de cálcio, que provoca a fragilização dos ossos e aumenta o risco de fraturas. Nos homens, a partir dos 65 anos, o envelhecimento se acentua e eles podem ficar mais propensos à doença. Nas mulheres, depois dos 50 anos é um período crítico, pois além do envelhecimento, esta fase está associada à pós-menopausa, quando naturalmente a mulher já tem perda de osso. Numa dieta pobre em cálcio, esse desfalque é mais acentuado, portanto, a osteoporose chega com mais velocidade. Ocorre também que muitos casos de osteoporose são genéticos, decorrem de uma herança familiar de baixa massa óssea e isto é um fator não modificável.

“A osteoporose, muitas vezes, só fica evidente quando acontece a fratura, de forma espontânea ou causada por um impacto. Quando há dor, é devido ao local lesionado ou ao desgaste ósseo. Como a osteoporose é uma doença assintomática, até o momento da fratura, é necessário que o paciente faça alguns exames para detectá-la. O exame mais importante é a densitometria óssea, que mede a densidade do osso, o quanto tem de cálcio naquele osso. Quando esta densidade está muito baixa, caracteriza-se a osteoporose, e há o maior risco de fratura. Para a mulher, na menopausa (que é a última menstruação) é a hora de se fazer o exame. No homem, como a doença acontece mais tardiamente, a densitometria é indicada a partir dos 70 anos de idade”, alerta a médica endocrinologista dra. Marise Lazaretti Castro, presidente da ABRASSO.

A entidade recomenda o consumo diário de cálcio em 1.200mg, para a faixa etária dos 51 aos 70 anos e também acima dos 70 anos. Já a vitamina D suficiente no organismo é mais uma forma de prevenir a osteoporose. “A vitamina D vem do sol, então, a gente tem de tomar sol, de dez a quinze minutos ao dia, para ter um aporte razoável de Vitamina D, importante para absorver o cálcio no organismo”, ressalta a dra Marise.

Em relação aos níveis de cálcio, a ABRASSO está à frente da Campanha Quanto Cálcio, onde disponibiliza uma tabela nutricional online, para todas as faixas etárias, para facilitar o cálculo de ingestão de cálcio, de acordo com o consumo diário e individual dos alimentos que contém esse mineral. Tem cerca de 210 produtos, entre leites, iogurtes, leite fermentado, queijos e outros (como sucos, requeijão, achocolatados e demais). O acesso é em http://abrasso.org.br/abrasso-lanca-a-campanha-quanto-calcio

Segundo a Dra. Marise, o leite e derivados são as principais fontes de cálcio para o organismo. O cálcio é o principal nutriente do esqueleto, e sua ingestão inadequada pode contribuir para redução da massa óssea. Além disso, o leite tem outras vitaminas (complexo B, vitamina C, A) e minerais (fósforo, potássio, magnésio) essenciais à saúde.

A alimentação adequada, os medicamentos, os suplementos e a atividade física são importantes fatores para o tratamento e a melhoria do quadro de osteoporose. “Quando a pessoa não pode consumir laticínios durante a primeira infância e adolescência, especialmente, têm que ter suplementação, a complementação com cálcio medicamentoso, porque senão a criança vai ter consequências sérias em relação ao esqueleto que está se formando. Para os idosos, a combinação dos fatores de tratamento pode aumentar a qualidade e expectativa de vida e diminuir o sofrimento”, conclui a dra Marise.

A ABRASSO tem um intenso trabalho de conscientização sobre osteoporose. Conheça mais visitando www.abrasso.org.br


domingo, 7 de outubro de 2018

Dicas para prevenção do câncer de mama


O Instituto Nacional do Câncer (Inca) informa que, entre todas os cânceres, o que mais atinge as mulheres é o de mama, devido a fatores hormonais. Quando detectado precocemente, pode ter boas chances de cura. Veja abaixo pequenas ações importantes para a prevenção, de acordo com João Bosco Ramos Borges, mastologista, ginecologista e obstetra da SOGESP.
  1. Tenha uma dieta equilibrada: consumir frutas, verduras e legumes regularmente ajudam a manter a saúde em dia.
  2. Diminua o consumo de alimentos embutidos.
  3. Pratique atividade física: além de manter o corpo saudável, traz bem-estar e disposição.
  4. Evite beber álcool, mesmo em quantidade moderada.
  5. Não fume. Além prejudicar os pulmões, cigarro aumenta o risco de câncer de mama.
  6. Cuidado com o peso: a obesidade também aumenta o risco de desenvolver a doença.
  7. Mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia anualmente e ser examinada por um médico ginecologista ou mastologista.
  8. Dependendo do caso, reposição hormonal pode aumentar o risco de câncer de mama, portanto mulheres na menopausa devem consultar um médico para obter informações.
  9. Realizar o autoexame é sempre importante, mostrando autocuidado, autoconhecimento e pode até ajudar na descoberta de nódulos.
  10. A exposição ao sol ajuda na produção de vitamina D e reduz os riscos de câncer. Mas cuidado, não fique exposta entre 10h e 16h.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Rinoplastia pode ter fins estéticos e funcionais



Depois da lipoaspiração e do aumento das mamas, um dos procedimentos que têm mais procura nos consultórios de cirurgiões plásticos no Brasil é a rinoplastia, cirurgia plástica para redesenhar e modelar o formato do nariz.

Mas, antes de falar sobre a rinoplastia, que tal conhecer algumas curiosidades sobre o nariz?

Um estudo publicado na revista científica Plos Genetics,em 2017, revelou que o clima foi o responsável pelos diferentes formatos de nariz que conhecemos hoje. A pesquisa apontou que os moradores de lugares mais frios, como os Europeus, por exemplo, tinham o nariz mais estreito para aquecer e umedecer o ar antes dele chegar aos pulmões.

Essa característica era fundamental para prevenir as doenças respiratórias.
A mesma pesquisa apontou que os narizes mais largos eram mais comuns em populações de regiões mais quentes e úmidas, como a África, por exemplo. Portanto, o formato do seu nariz tem grande influência dos seus antepassados e da evolução da humanidade.

Todavia, à parte da evolução humana e da origem dos seus antepassados, o fato é que por estar localizado no centro da face, o nariz tem grande importância para a harmonia facial. E é por isso que a rinoplastia é um dos procedimentos com maior procura quando se fala em cirurgia plástica estética.

Além disso, em muitos casos, a rinoplastia é feita também para corrigir problemas respiratórios causados pelo desvio de septo nasal e por hipertrofia (aumento anormal) nos cornetos nasais.

Tamanho é a principal queixa
Segundo o cirurgião plástico. Luiz Molina, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a rinoplastia pode equilibrar a aparência do nariz quando este é muito grande, muito largo na ponta, com depressões visíveis, caído, muito virado para cima ou ainda quando apresenta uma assimetria muito grande (diferença entre um lado e outro).

“A cirurgia tem como principal objetivo criar uma harmonia facial e corrigir as proporções e possíveis deformidades do nariz. Atualmente, graças aos avanços das técnicas cirúrgicas e do conhecimento mais apurado sobre a harmonia facial, a rinoplastia é feita para adequar o nariz de acordo com as características faciais individuais. Isso contribui para que o resultado seja o mais natural possível. Essa abordagem mais cuidadosa, portanto, procura o equilíbrio e harmonia na aparência”, comenta o dr. Molina.

Rinoplastia e desvio de septo
O desvio de septo é uma condição que leva muitas pessoas a procurarem a rinoplastia. Nestes casos, a cirurgia é estética e funcional. “Traumas na infância ou em qualquer fase da vida podem levar ao desvio do septo nasal, cartilagem que separa as cavidades nasais. O que nem todo mundo sabe é o septo não é reto na maior parte da população, sem causar nenhum problema. Porém, quando este desvio é muito acentuado, pode levar à dificuldade para respirar”, explica o especialista.

Segundo o cirurgião, o desvio acentuado, além de dificultar a respiração, pode levar a quadros crônicos de sinusites, sangramentos e acúmulo de secreções. “Do ponto de vista estético, dependendo do desvio, pode também levar a deformidades no nariz. Por isso, nestes casos, a cirurgia é feita para melhorar o funcionamento e a aparência do nariz. Esta cirurgia é chamada de septoplastia”, ressalta

Há ainda uma outra deformidade que pode atrapalhar a respiração, que ocorre nos cornetos nasais, ossos que se localizam no interior do nariz e são recobertos por tecido esponjoso e pela mucosa nasal. “Algumas pessoas apresentam hipertrofia dos cornetos, que pode levar à obstrução total ou parcial das vias respiratórias. Portanto, nestes pacientes, é feita a turbinectomia para corrigir o tamanho dos cornetos”, diz o médico.

Quando fazer?
A rinoplastia pode ser feita em qualquer fase da vida, porém em adolescentes é indicado esperar até que se complete o desenvolvimento ósseo e cartilaginoso, que ocorre por volta dos 14 anos de idade. Mas, se há problemas funcionais, pode ser necessário antecipar a cirurgia.

Como é a recuperação?
Os eventos esperados após a rinoplastia estão relacionados ao edema (inchaço) e hematomas. O lado bom é que é uma região menos sensível à dor. O desconforto é mínimo, porém a melhora do inchaço é mais demorada. Além disso, o resultado só pode ser visto depois de alguns meses, quando o edema e os hematomas desaparecem.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Estrabismo pode ser operado em adultos?



Essa é uma pergunta muito frequente nos consultórios dos oftalmologistas especialistas em estrabismo. E a resposta é sim! O estrabismo também pode ser corrigido por meio de cirurgia em adultos e a boa notícia é que o procedimento em adultos não é meramente estético.

Segundo um estudo, a cirurgia para corrigir o estrabismo em adultos alcança um alinhamento dos olhos satisfatório em 80% dos casos. Outra revelação da pesquisa é que a maioria dos adultos que passa pela correção do desvio dos olhos, experimenta melhora na função binocular, responsável por ver os objetos em 3D pela visão de profundidade, por exemplo.

De acordo com dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra, especialista em Estrabismo e Chefe do Serviço do Neuroftalmologia do Banco de Olhos de Sorocaba, estudos mais recentes mostram que além dos benefícios psicossociais da cirurgia de estrabismo em adultos, há também melhora na expansão do campo visual binocular ou ainda a recuperação da visão binocular (estereopsia).

“A visão binocular é aquela responsável pela sensação espacial das imagens e pela profundidade. É a visão que usamos para ver em 3D. Ela se forma a partir da captação da imagem de forma individual pelos olhos, que depois é fundida em uma só pelo cérebro. O estrabismo, quando não tratado, pode resultar na perda dessa capacidade”, explica a especialista.

“Por isso, a recomendação é fazer a cirurgia ainda na infância, período de maturação do sistema visual. Entretanto, os estudos ao longo dos anos mostraram que mesmo quando a correção do estrabismo é feita na vida adulta, resulta em melhora no campo visual binocular e, em alguns casos, ocorre a recuperação da binocularidade, conhecida pelo termo médico estereopsia”, comenta a dra. Marcela.

Impactos da perda da visão binocular
A perda da visão binocular pode ser um impedimento para exercer algumas profissões. Uma pessoa com estrabismo não corrigido não poderá exercer funções, como pilotar um avião, um trem ou ainda ser um médico cirurgião. Ler livros em 3D ou ver um filme em 3D também não será possível, por exemplo.

Visão dupla e estrabismo
Uma outra condição que também apresenta melhora com a cirurgia de estrabismo é a diplopia, mais conhecida como visão dupla. “O que ocorre é que quando o estrabismo se desenvolve depois da maturidade visual, a pessoa irá apresentar visão dupla, porque não tem mais a capacidade de suprimir uma das imagens captadas pelos olhos. Na infância, como a visão está em desenvolvimento, o cérebro inibe a imagem do olho saudável, levando à ambliopia, conhecida como olho preguiçoso”, diz a médica.

Estrabismo: quando operar?
De acordo com dra. Marcela, a indicação da cirurgia é feita de forma individualizada e não são todos os tipos de estrabismo que podem ser corrigidos por meio da cirurgia. “O estrabismo causado pela hipermetropia, por exemplo, não tem indicação cirúrgica. Mas, nos estrabismos com indicação, teremos casos em que será preciso operar precocemente, ainda no primeiro ano de vida. Quanto antes for feita a cirurgia, menor o risco de ocorrer danos no desenvolvimento visual”.

Já em adultos, o estrabismo pode ser corrigido a qualquer momento, desde que não haja contraindicações nos exames pré-operatórios ou outras condições de saúde que impeçam a cirurgia.