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terça-feira, 24 de outubro de 2023

Gestantes devem evitar consumir carboidratos na fase final da gravidez



Quanto mais próximo do parto maior a tendência de a gestante relaxar com relação aos cuidados relativos à dieta exigidos durante a gravidez. É como se depois de tantos meses seguindo todas as recomendações médicas e nutricionais à risca, que costumam exigir muitas privações, ela pensasse que abrir uma exceção ou outra, principalmente, com relação a ingestão de carboidratos (açúcar) fosse um prêmio merecido, ignorando os altos riscos à saúde da mãe e do feto que essa conduta implica.

De acordo com a médica obstetra com mais de 20 anos de experiência profissional dra. Bruna Pitaluga, muitas mães pensam que comer um pedaço de pizza ou pão doce a mais não fará mal à saúde, depois de tantos meses de restrição, mas não poderiam estar mais enganadas. Isto porque, explica ela, quanto mais avançada a gestação, menor é o controle metabólico da hiperglicemia materna. “Assim ao ser excessivamente exposto à glicemia, nesta etapa, o ambiente fetal passa a ter dificuldades consideráveis em seu gerenciamento”.

Como consequência aumentam as chances de ocorrer complicações gestacionais e prejuízos à saúde do feto, tais como alterações no desenvolvimento do cérebro e até a morte. Conforme dra. Bruna, inclusive, diversos estudos científicos já demonstraram a associação entre a hiperglicemia e a morte fetal.  Alterações em fatores como a circunferência abdominal e tamanho de cabeça do feto (proporção cabeça-barriga costumam ser os indícios de que os fetos podem sofrer desse tipo de condição metabólica.

Dessa forma, tendo em vista o potencial danoso para a mãe e para o feto da hiperglicemia nos últimos estágios da gravidez, recomenda-se, segundo a médica obstetra, redobrar os cuidados com a alimentação da gestante, principalmente, com relação ao consumo de carboidratos. “O ideal é que neste período exista uma ingestão menor de carboidratos e maior de proteínas, com o objetivo de reduzir as chances de interferências e comprometimentos para a saúde tanto da mãe quanto da criança”, afirma.

Nesse sentido, profissionais de saúde responsáveis pelo acompanhamento pré-natal (médicos obstetras, endocrinologistas, pediatras e nutricionistas) devem, conforme dra. Bruna, ser muito zelosos com relação aos hábitos alimentares de suas pacientes, fazendo com que evitem o consumo de carboidratos em excesso. “Trata-se de um assunto muito sério para um pré-natal que se queira atualizado, ainda mais quando sabemos os malefícios que a modificação de glicemia pode ocasionar”, diz.

Já pessoas que convivem com gestantes, sejam parentes, sejam amigos, sejam colegas, sejam conhecidos, precisam, de acordo com a médica obstetra, procurar se informar sobre os prejuízos que a hiperglicemia no final da gravidez causa para a saúde da mãe e do feto. E dessa forma, devem evitar estimular hábitos alimentares que priorizem o consumo de alimentos industrializados, processados e ultraprocessados, como pizza, bolos, doces, pães e refrigerantes.


Foto: Freepik

 

quinta-feira, 31 de março de 2022

Hipertensão requer cuidado redobrado na gravidez

 


O período gestacional envolve mudanças comuns no corpo da mulher como o aumento dos seios, ganho de peso e alterações no sono, até quadros mais sérios como elevação de pressão arterial que pode levar à hipertensão gestacional. Esta situação ocorre quando a pressão sanguínea nas artérias atinge valor igual ou maior que 140mmHg/90mmHg e pode acometer mulheres que já possuíam a doença antes de engravidar e também mulheres que possuíam pressão arterial normal até antes da gestação. A hipertensão gestacional é mais comum nos últimos três meses de gravidez, mas pode manifestar-se em qualquer período após a 20ª semana de gestação.

Segundo últimos dados do Ministério da Saúde, a mortalidade maternal caiu cerca de 56% entre 1990 e 2015, no entanto, os óbitos ainda são altos no país. A hipertensão é responsável por 13,8% das mortes maternas durante a gravidez no Brasil e acontece por diversos motivos, incluindo histórico familiar, sobrepeso, diabetes e mulheres acima dos 40 anos.

Outros fatores que podem levar à doença são a presença de doenças cardiovasculares prévias e outras doenças sistêmicas.

"Apesar de se apresentar de forma assintomática muitas vezes, existem alguns sintomas que podem ser relacionados com a condição como inchaço nos membros inferiores, dor de cabeça, dor no peito e visão comprometida. Nos casos mais graves pode ocorrer convulsão e a mulher entrar em coma", afirma o cardiologista Diego Garcia.

Lizandra Rebergue Bani, 37 anos, descobriu a hipertensão há 10 anos após fortes dores de cabeças. A comunicóloga conta que buscou ajuda médica para investigar os sintomas e acabou recebendo o diagnóstico da doença. "Minhas dores de cabeça eram persistentes e passei a monitorar minha pressão, foi então que notei que estava muito alta".

É fundamental buscar auxílio médico logo nos primeiros sintomas para investigar as causas e buscar o tratamento mais adequado. Para quem recebe o diagnóstico da doença e deseja ser mãe é ainda mais importante um acompanhamento médico para ter uma gravidez mais saudável possível.

Lizandra seguiu estas recomendações à risca e procurou o médico antes mesmo de engravidar para entender o que poderia ser feito, já que ela utilizava medicamentos para estabilizar a doença. "Assim que descobri ser hipertensa, iniciei o tratamento e quando decidi ser mãe já estava orientada sobre o que eu precisava fazer para seguir com a gravidez".

Hipertensão Gestacional pode evoluir e prejudicar a saúde de mãe e filho

Em alguns casos a hipertensão na gravidez pode progredir para a pré-eclâmpsia - aumento da pressão arterial que ocorre no 3º trimestre de gestação. A condição, que acometeu famosas como Beyoncé e Kim Kardashian, atinge também cerca de 5% das gestantes brasileiras, segundo o Ministério da Saúde.

Não existem ainda evidências concretas sobre a causa da pré-eclâmpsia. Especialistas acreditam que a doença se inicia na placenta – órgão que nutre o feto durante a gravidez.

"Acredita-se que a pré-eclâmpsia ocorra como consequência das alterações endócrinos-metabólicas, vasculares e hemodinâmicas presentes na gestação", explica o cardiologista.

Situação pode se agravar

A eclâmpsia é considerada uma complicação gerada da pré-eclâmpsia e se caracteriza principalmente por alterações neurológicas graves como convulsões e coma. Estas podem ser fatais se não forem tratadas de forma imediata

Entre os principais sintomas estão a presença de proteínas na urina, dores de cabeça persistentes, aparecimento de edemas, vertigens, sonolência e até mesmo perda de consciência.

"O tratamento e acompanhamento médico ainda é a principal maneira de controlar a doença e evitar uma das principais complicações como é o caso da síndrome HELLP, caracterizada por uma grave alteração que consiste na destruição dos glóbulos vermelhos, diminuição das plaquetas e até mesmo lesões no fígado, provocando aumento das enzimas hepáticas e bilirrubinas no exame de sangue", explica Garcia.

"Manter um estilo de vida saudável e o bom controle de doenças crônicas são as principais medidas para quem quer prevenir a ocorrência da hipertensão arterial", finaliza Garcia.

 

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

CUIDADO COM EXCESSOS ALIMENTARES DURANTE A GESTAÇÃO



É muito comum sentir picos de apetite durante a gestação. Isso pode acontecer por vários fatores, de questões hormonais à emocionais. Por mais que alguns desejos pareçam ser incontroláveis nesse período, a especialista em emagrecimento, Edivana Poltronieri, alerta sobre a importância de evitar comer incontrolavelmente e os riscos deste hábito para a saúde da mãe e do bebê.

Por que algumas gestantes sentem mais fome? 


Os hormônios progesterona e prolactina estão entre os responsáveis pela mudança de apetite. Isso, somado à alteração do pH da boca, leva a gestante a ter esses picos de forme. Essas alterações acontecem, geralmente, nos primeiros meses da gestação, mas podem se estender por mais tempo. Esses picos hormonais também afetam o comportamento alimentar da gestante, tornando-a mais suscetível a usar a comida como um meio de suprir uma eventual carência emocional.


Consciência alimentar na gestação


Para a especialista em emagrecimento Edivana Poltronieri, as escolhas da mãe afetam tanto o físico quanto o emocional da criança. “A alimentação na gravidez contribui muito para a formação da microbiota intestinal do neném. Isso é comprovado cientificamente. O quanto a mãe engorda e emagrece, o que ela come, assim como a qualidade e quantidade de alimento, são fatores que vão implicar em toda a formação fetal, podendo determinar até a propensão da criança ser obesa ou não”, pontua.


Por esta razão, Edivana alerta que desde o momento que se decide ser mãe é preciso pensar na saúde que a criança terá no futuro.  “Toda a estrutura do bebê, além da externa, como pele, cabelo, unhas, estarão sendo formadas. O bebê vai carregar a genética da mãe em todos os aspectos. Saber disso poderá ajudá-la a criar consciência alimentar”, complementa Poltronieri.


A orientação de ‘comer por dois’ durante a gestação precisa ser aplicada com cautela. “É necessário se atentar à qualidade e quantidade para a gestante não correr o risco de ter diabete, pressão alta e até complicações durante o parto. O mais importante desses cuidados é que isso implica na saúde do bebê nas primeiras fases da vida. Por isso que alguns se questionam como a criança engorda tanto se na família todos são mais magros ou porque a criança rejeita certos grupos de alimentos. As respostas estão, em muitos casos, nos equívocos alimentares durante a gestação e nos sentimentos que a mãe transferiu ao bebê nesse período”, explica.  


Outro alerta é evitar comparações. “Cada gestante vai se comportar de uma forma. É possível a mesma mãe sentir diferenças na rotina entre duas gestações. Por isso, sempre falo para fazer um filtro sobre o que se lê na internet. Todos somos indivíduos em contextos de vida completamente diferentes. Esses contextos têm a ver com as particularidades de cada organismo e também com questões como a qualidade de sono e alimentação. Isso é o que torna cada gestação única. Então, a comparação com outras gestantes pode levar a um desgaste da saúde física e mental, e ser muito prejudicial à criança”, finaliza.


Segundo a especialista, para seguir uma gravidez tranquila e saudável, contar com um especialista é sempre uma ótima opção, pois assim será possível fazer a programação de uma rotina alimentar equilibrada, saborosa e nutritiva para mãe e bebê.

quarta-feira, 30 de junho de 2021

O que não fazer para piorar a diástase

 


Estima-se que a cada 3 mamães duas sofram com diástase após a gestação.  A condição, caracterizada pelo excesso de afastamento dos músculos abdominais, está entre as queixas mais comuns das mulheres nas consultas pós-parto. Enquanto umas relatam aparência de grávida, mesmo após meses de vida do bebê, outras sofrem com incontinência urinária e dores na lombar.  

Segundo a especialista em reabilitação da diástase, Verônica Motta, conhecida como Vevê Fit e criadora do programa Adeus Diástase, da plataforma de exercícios online, Queima Diária, o problema ocorre na gravidez, mas pode afetar também ex-obesos, inclusive homens. Para evitar a piora da diástase, a expert alerta que é preciso ter cautela ao executar tarefas domésticas e conta que o segredo da cura está em fazer os exercícios específicos para reabilitar a diástase, que são os hipopressivos e o RAP. A seguir, confira o que não fazer e como tratar a diástase, por meio desses exercícios indicados por ela.

Como identificar a diástase, em casa?

 

Vevê Fit diz que o processo é bem simples e pode ser feito através de autoexame. Basta deitar de barriga para cima, contrair o abdômen como se fosse realizar um exercício abdominal e pressionar os dedos (indicador e médio) acima e abaixo do umbigo, apalpando a barriga. Veja se existe um afastamento entre essa musculatura. Se existir, é possível medir com os dedos, se ela tem um, dois ou mais dedos de diâmetro.

 

 Atenção aos movimentos do dia a dia

Após identificada a diástase, Vevê Fit indica ter disciplina nas atividades simples da rotina. Mas antes, ela explica: a parede abdominal é composta por quatro músculos: transverso (camada mais profunda ou cinturão natural), obliquo interno, obliquo externo e reto abdominal, que são os músculos mais aparentes. "Todos os músculos da parede abdominal são interligados pela linha alba, que fica entre os retos. A frouxidão da linha alba deixa um espaço entre os músculos e é aí que acontece a diástase. Qualquer movimento que se fizer que vai empurrar ou fazer uma força mecânica de dentro para fora, vai piorar a diástase ou atrasar o processo de reabilitação", explica.

 

Varrer a casa, passar pano no chão, carregar o filho, tirar um galão de água da mesa e colocar no chão, arrastar um móvel, levantar-se do chão, são atividades que merecem atenção, de acordo com a treinadora. "Ao realizar qualquer tarefa, é preciso ter consciência de movimento e conectar o abdômen.  Para isso, é preciso imaginar uma faixa elástica amarrada na cintura. Antes de fazer qualquer esforço é necessário apertar esse cinturão natural", explica.

 

Na contramão da indicação de alguns profissionais, Vevê afirma que o tratamento da diástase "não é levar o umbigo nas costas ou segurar o xixi. Na reabilitação, é preciso manter uma boa postura o tempo todo. Coluna reta, sentir o músculo abraçar a coluna e aí sim fazer a tarefa, seja ela qual for".

 

Nada de cinta

Segundo Vevê Fit, o uso de cinta modeladora é um erro e prejudicial à saúde. "Muita gente fala que a cinta vai ajudar. Temos uma cintura natural chamada de transverso abdominal. Ele é um músculo bem profundo, localizado ao redor da cintura. Usar cinta modeladora vai deixar esse músculo sem função, ou seja, vai perder tônus e outros problemas como dores nas costas irão aparecer. Para quem tem diástase é necessário trabalhar uma musculatura profunda e não é a cinta que vai fazer o músculo se reaproximar", esclarece. 

 

Não estufe o abdômen na hora do exercício

"Quando for fazer qualquer exercício durante a rotina de treino, seja abdominal ou agachamento, tome cuidado para a barriga não estufar. Contenha o abdômen para não piorar a diástase. Ressalto que não é o exercício que vai piorar a diástase, mas sim a fraqueza e a falta de tônus dos músculos".

 

Como tratar?

De acordo com a especialista, há somente duas formas de recuperar a diástase: através de exercícios específicos ou, em poucos casos, por meio de cirurgia. "De 100 mulheres que atendo apenas duas precisam de cirurgia para reverter o quadro. São casos, geralmente, de gravidez gemelar ou engordou muito e o músculo afastou mais de seis centímetros", explica.

 

 

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Exercícios para gestante: técnicas para uma boa preparação para o parto

 


O período da gestação é encarado pelas mulheres de maneiras muito diferentes. As reações no corpo, na mente e no espírito também variam de uma para a outra. São diversos fatores, além da questão hormonal, que traz um período de grandes mudanças na vida delas.

Por isso, além de uma boa alimentação, os exercícios físicos também são muito importantes nessa fase da vida. O personal trainer Samorai, especialista em movimentos e treinamento 3Dimensional, explica que é necessário entender que todo o processo de gestação até o parto é uma performance que exige uma preparação.

"Quando pensamos em gestantes, pensamos essencialmente em alguém que terá uma jornada longa pela frente e essa jornada não se resume só ao tempo de gestação, ela vai muito além porque depois tem filho e tudo isso gera bastante implicação na vida da família, da mulher, das rotinas, dos cuidados que ela passa a ter, de stress que ela não tinha, das horas de sono mal dormidas", explica ele.

Para exemplificar, o personal Samorai conta sobre os benefícios de cada exercício recomendado para esse período de gestação. "Mobilidade é uma das coisas mais importantes para a gestante. Se você já tem uma mobilidade bem desenvolvida, isso vai te ajudar muito, mas mesmo que você não tenha, é possível trabalhar durante a gestação. Esse ganho de mobilidade é muito importante", completa ele.

A mobilidade pode ser dividida em dois campos, a mobilidade global, para um trabalho 3Dimensional do corpo, e a mobilidade local. Um exemplo desse tipo de mobilidade é o exercício de mobilidade local de toráxica, em que a mulher fica com uma mão para cima e outra para frente, além de outras mobilidades mais voltadas para o quadril, que é fundamental para a gestação e o parto.

Um exercício de força, por exemplo, é ficar de cócoras e mover o corpo nos três planos, para frente, para trás, para um lado, para outro, rodar. Além de dar sustentação para a gestante durante a gravidez, ainda prepara para o parto. Essa é uma posição que exige do corpo, então é necessário força, potência e mobilidade para chegar nela, que é uma das melhores posições para parto. Uma opção para quem não consegue ficar de cócoras é usar um apoio, como um espaldar ou o TRX, o que torna esses movimentos um pouco mais fáceis.

Esses exercícios trabalham força, principalmente da cadeia posterior, então uma boa dica é virar os pés para fora e usar o kettlebell. "Com gestantes, normalmente trabalho com várias posições de pés, mas dou um reforço sempre na posição do pé para fora porque vai ajudar na hora do parto", explica Samorai. Esse exercício trabalha a região da lombar e glúteo, que precisam estar fortes para compensar a barriga que vai crescer.

Outro exercício que trabalha força é o agachamento. Esse é unilateral e, dessa forma, estimula mais estabilidade de quadril, abdômen e tronco. Após o nascimento do bebê, a mãe carrega-o muito no colo, então é necessário um fortalecimento para isso. Esse posicionamento do kettlebell é muito similar ao carregar do bebê no colo do ponto de vista das exigências do corpo. Posição de cócoras e exercícios de grande mobilidade são importantes também porque para a criança tudo é no chão, então a mãe precisa agachar o tempo todo. Aquelas que não tiverem essas mobilidades sentem muito na hora de agachar.

swing com kettlebells é um exercício de potência, força e resistência, também muito focado na cadeia posterior do corpo, que mais será exigida com a gestação. Já o snatch com kettlebells é um tipo de exercício mais avançado. Para quem já está acostumada a fazer bastante exercícios, treina há bastante tempo, esse um exercício recomendado também, como o swing, para toda a cadeia posterior, porém, mais intenso.

Para finalizar há também os exercícios de relaxamento para soltar a lombar, o quadril, já que a mulher pode sentir dor durante a gestação, já que a barriga pesa. Fazer esses exercícios no chão para soltar um pouco a coluna ajuda muito nesse processo. A respiração também será fundamental durante o parto, principalmente para poder acalmar e manter a mãe concentrada e focada na tarefa que ela terá que desenvolver.

 

domingo, 2 de maio de 2021

Como manter o peso saudável na gravidez



Muitas mulheres imaginam a gestação como o período em que se pode ganhar peso à vontade. É o famoso argumento: comer por dois. Mas, segundo a especialista em emagrecimento Edivana Poltronieri, engordar muito durante a gravidez merece atenção, especialmente se a futura mamãe for considerada com sobrepeso ou obesidade ao engravidar.  Isso porque, mulheres nesse perfil apresentam mais riscos de desenvolver problemas de saúde, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia – aumento da pressão arterial. A seguir, a expert dá dicas para um ganho de peso saudável nessa fase.

 

Comece a gestação com um peso saudável, se possível

“Isso é tão importante quanto tomar a vitamina pré-natal antes de engravidar”, diz Edivana Poltronieri.  Ela explica que se a gestante já for adaptada a uma rotina saudável antes da gestação, vai ter uma gravidez mais leve e manter o peso recomendado, de acordo com as orientações do médico ginecologista ou obstetra. “Para quem estiver tentando engravidar, o ideal é agendar uma consulta antes da concepção para que se possa fazer uma avaliação do índice de massa corporal e seguir maneiras saudáveis de perder peso, se necessário”. 

 

Não faça dieta, faça boas escolhas

Algumas mulheres já estão acima do peso quando engravidam e outras engordam muito rapidamente durante a gravidez.  De qualquer forma, independente da condição, Edivana alerta que grávidas não devem fazer dieta ou tentar perder peso durante a gravidez.  “É melhor se concentrar em comer os alimentos que tenham um grande impacto nutricional e que promovam mais saciedade e se manter ativa”, recomenda.

 

Escolha lanches saudáveis entre as refeições

Uma alimentação variada será determinante para a mamãe conseguir os nutrientes necessários sem ganhar muito peso, segundo Edivana. “Que tal trocar os lanches da manhã e da tarde, muitas vezes com bolachas pobres em vitaminas, por exemplo, por lanches que incluam proteínas, fibras e alguma gordura saudável? Os carboidratos naturais, como a batata doce, também são ótimos aliados. Outros exemplos incluem uma banana ou maçã com pasta de amendoim, ovo mexido com espinafre, iogurte natural com nozes e castanhas. O ideal é fazer refeições pequenas e frequentes, porém ricas em vitaminas”, afirma.

 

Não convide o vilão para casa

“A melhor maneira de evitar alimentos não saudáveis, como batatas fritas, sorvete e bolachas recheadas, é não ter esses alimentos em casa. E, se for comer fora, prefira locais que oferecem saladas, sopas e vegetais”, orienta Edivana.  Quando o desejo bater forte à porta, a especialista recomenda buscar o equilíbrio. “É totalmente normal sentir vontade de alguma guloseima na gestação, mas o segredo está em conseguir manter o controle. Você pode até satisfazer seus desejos, mas é importante garantir que está obtendo todas as vitaminas que você e o bebê precisam”.

 

Beba bastante (água)

Edivana afirma que beber água tem um benefício adicional à futura mamãe. Além da hidratação, a água ajuda a mantê-la satisfeita entre as refeições. Ela recomenda manter uma garrafa próxima o tempo todo para aumentar a ingestão.  “Especialmente as grávidas devem monitorar a cor da urina. Se for amarelo escuro é um sinal de que o corpo precisa de mais líquidos. O ideal é beber água ao longo do dia para manter a cor da urina amarelo claro, sinal de uma hidratação adequada”, orienta Edivana. 

 

Movimente-se

Existem muitos tipos diferentes de exercícios que são seguros durante a gravidez, de acordo com a especialista em emagrecimento. “A gravidinha pode, inclusive, até pedir ao parceiro, família ou amigos para fazer algumas atividades com ela. Isso pode tornar o processo ainda mais leve e divertido”, indica.

 

Algumas atividades incluem: caminhadas, exercícios de natação especiais para as futuras mamães, dança, yoga, passear no parque. Para Edivana Poltronieri essas atividades, mesmo que simples, são ótimas maneiras de se manter ativa e garantir uma gestação saudável, além de ajudar  a gerenciar o ganho de peso.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Dicas para evitar o aparecimento do melasma



O corpo das mulheres passa por diversas alterações hormonais e físicas durante a gravidez, e essas mudanças podem acarretar alguns problemas típicos da gestação. Entre os mais comuns estão as manchas, principalmente na face, conhecidas como melasma ou cloasma gravídico.

As manchas escuras são resultantes do aumento da produção de hormônios femininos e aparecem, geralmente, na região facial, principalmente na testa, bochechas e ao redor do nariz. 

"Na gravidez, e em mulheres que possuem pré-disposição, a pigmentação cutânea fica bastante evidente. Basta notar o escurecimento da linha alba, aquela linha vertical no meio do abdômen, que escurece e se torna a linha nigra. Do mesmo modo, ficam mais escuros os grandes lábios vaginais, a aréola mamária, as regiões da virilha, axilas e até as pintas espalhadas pelo corpo. Isso é resultado de todas as alterações hormonais pelas quais a mulher passa nesse período", afirma Sonia Corazza, cosmetóloga da Souvie, empresa brasileira de cosméticos orgânicos e veganos certificados.

Confira duas dicas para incluir na rotina diária de beleza e, assim, evitar o surgimento do melasma ou cloasma gravídico:

1. Proteja-se contra os raios solares – o sol e o calor são os principais aliados dos hormônios no processo de desenvolvimento do melasma. Por isso, use bloqueadores solares formulados apenas com filtros físicos (dióxido de titânio e óxido de zinco), bonés e viseiras e evite, o máximo possível, a exposição ao sol, principalmente entre as 10 e as 15 horas, no horário normal, e entre as 11 e 16 horas, no horário de verão.

2. Use bloqueador solar com cor – semelhantes a uma base para maquiagem, esses produtos são mais eficazes na prevenção do melasma, pois a base e o bloqueador físico formam uma dupla barreira física contra os raios ultravioleta. Aplique pela manhã e reaplique durante o dia para que seu efeito seja constante.




sábado, 20 de outubro de 2018

Gravidez melhora os sintomas da endometriose?



Embora durante muito tempo, havia a crença de que a gravidez tinha um papel na melhora ou até mesmo na remissão dos sintomas da endometriose, um estudo recente, apresentado durante o VI Congresso Brasileiro de Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva, que aconteceu em São Paulo, no mês de setembro, as evidências atuais disponíveis sugerem que a gestação não resulta em benefícios ou melhora dos quadros de endometriose. O estudo, publicado no jornal científico Human Reproduction, foi uma revisão da literatura disponível sobre gravidez e endometriose, entre os anos de 1966 e 2017.

Segundo o ginecologista Edvaldo Cavalcante, médico assistente do Ambulatório de Algia Pélvica da Universidade Estadual de São Paulo (UNIFESP), a endometriose é cercada de mitos, sendo um deles a questão da gravidez como recurso para melhora dos sintomas.   

“O estudo mostrou que os resultados a respeito dos efeitos da gravidez na endometriose são controversos. Também apontou que há evidências crescentes de que a endometriose pode interferir no sucesso da gravidez. Assim, é preciso orientar corretamente as pacientes sobre o assunto”, comenta o dr. Edvaldo. “Isso porque em 55% dos casos, a endometriose pode levar à infertilidade. Além disso, enquanto algumas lesões da endometriose apresentam regressão durante a gravidez, outras podem permanecer estáveis ou ainda aumentarem. O único efeito claro é que na gravidez, por conta da amenorreia (cessação da menstruação), não surgem novos focos de endometriose”.

O estudo apresentado durante o congresso não foi conclusivo e novas pesquisas serão feitas para entender os efeitos da gravidez nas mulheres com endometriose.

Endometriose, aborto espontâneo e outras intercorrências na gravidez

Quando se fala de gravidez e endometriose, há outros aspectos que precisam ser bem avaliados. Segundo um estudo, quando a mulher tem endometriose profunda, ou seja, a forma mais agressiva da doença, há taxas mais elevadas de placenta prévia, aborto espontâneo, restrição do crescimento intrauterino, parto prematuro e distúrbios hipertensivos.

O que realmente melhora os sintomas da endometriose?

“Nem todas as mulheres apresentam manifestações clínicas da endometriose. Outro ponto é que há pacientes com endometriose profunda sem sintomas e há outras com pequenos focos e manifestações importantes”, comenta o especialista.

A dor pélvica crônica é a principal queixa e afeta cerca de 70% das mulheres diagnosticadas com a endometriose. O tratamento pode ser feito com medicamentos.

"Quando não há resposta ou ainda quando há contraindicação para o uso da terapia hormonal, a cirurgia é recomendada para remover os focos da endometriose. O procedimento também ajuda as mulheres que pretendem engravidar, já que esse grupo não pode usar os hormônios para alívio dos sintomas”, explica o cirurgião ginecológico.

Por fim, dr. Edvaldo lembra que a gravidez de uma mulher com endometriose deve ser acompanhada de perto, com cuidados mais intensos durante o pré-natal, em vista das evidências que sugerem os riscos aumentados de intercorrências.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Cuidados com a depilação durante a gestação



Para algumas mulheres a depilação é algo essencial, inclusive durante a gestação. Mas, por causa das mudanças hormonais, emocionais e físicas que a gravidez causa no corpo, alguns cuidados extras devem ser tomados na hora de escolher o método de depilação. Para esclarecer estas questões, Fernanda Pereira, dermatologista parceira da Philips Brasil e sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), fala sobre os principais cuidados para as gestantes que desejam manter a depilação em dia, durante a gravidez.

Durante a gestação a pele da mulher fica mais suscetível à hiperpigmentação, ou seja, as mudanças hormonais que ocorrem no corpo em decorrência da gravidez favorecem o aparecimento de manchas. Por conta disso, cuidados com a proteção solar após a depilação são muito importantes. É por esse motivo também, que o laser é contraindicado nesse período! Então, se a mulher vinha fazendo depilação a laser, ela deve suspender esse tratamento, substituindo-o por um método que não seja invasivo.

O uso de cremes depilatórios também é contraindicado. Além de serem substâncias potencialmente irritantes para a pele, não há trabalhos que comprovem a segurança do uso dessas substâncias durante a gestação. Portanto, evite-os!

A depilação com cera, linha, lâminas ou com aparelhos elétricos é a mais recomendada, por ser menos traumática. No caso do procedimento realizado com cera e linha, a desvantagem é o desconforto ou dor que a mulher pode sentir, principalmente, se estiver mais sensível durante a espera do bebê. Para as mulheres que optam pela lâmina, é preciso redobrar os cuidados com a limpeza da pele antes e depois da remoção dos pelos, pois, microtraumas podem favorecer infecções locais e, na gravidez, isso pode se tornar um problema.

Durante esta fase, vale optar pelo método que remova os fios da forma mais segura e que não provoque irritações ou escoriações na pele da mãe. Por isso, o mais indicado é o uso dos aparadores ou removedores de pelos elétricos. Além disso, eles facilitam o dia a dia da mulher, inclusive, nos estágios finais da gestação, permitindo que a depilação mesmo nas áreas íntimas, seja feita por ela mesmo, em casa, de forma prática e rápida.


terça-feira, 22 de maio de 2018

Cabelos e gravidez: beleza sem prejudicar o bebê


A gestação é um período de mudanças e surpresas que ocorrem no corpo todo, interna e externamente. Estas alterações ocorrem inclusive nos cabelos, que passam a ficar mais bonitos, cheios e sedosos. Segundo a dermatologista dra. Thais Pepe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, isso ocorre devido ao modo como a gravidez afeta os hormônios femininos e o ciclo de desenvolvimento do cabelo. “Durante os nove meses de gestação, o estrogênio e a progesterona aumentam na circulação sanguínea e afetam os folículos capilares, causando a diminuição da oleosidade e da queda e promovendo fios mais sadios e bonitos. Além disso, devido ao aumento dos níveis de estrogênio nesse período, os fios permanecem em sua fase anágena, ou seja, em fase de crescimento, tornando o cabelo mais espesso e volumoso.”
Mas, por causa da revolução provocada pelos hormônios no corpo da mulher grávida, é preciso tomar alguns cuidados com os cabelos durante estes nove meses da gestação. Por exemplo, apesar de não existirem estudos que comprovem a total segurança ou risco de tingir o cabelo na gravidez, a tintura deve ser evitada durante todo o primeiro trimestre. “Caso você pretenda realizar a mudança de cor das madeixas, deixe para fazer a partir do segundo semestre e evite colorações com amônia, pois esta substância pode causar riscos ao bebê como malformação. O recomendado então é que você utilize tonalizantes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e evite o contato da tintura com a raiz dos cabelos”, completa a médica.
Além da amônia, outras substâncias como o benzeno, o formol e metais pesados, como chumbo, alumínio e cobre, muito comuns em alisamentos e permanentes tradicionais, também devem ser evitadas. “Os métodos que mudam a estrutura da fibra capilar necessitam de agentes químicos agressivos, como o formol, que são teratogênicos, ou seja, podem gerar defeitos no feto, além de serem tóxicos e até cancerígenos”, alerta a especialista. “Então, como alternativa ao alisamento, você pode optar pelo uso da chapinha e secador, já que os métodos físicos não representam riscos a gestante e ao bebê.”
E, segundo a especialista, o ideal é que os produtos sejam evitados mesmo depois da gestação, pelo menos até o fim da amamentação, pois, apesar de não haver estudo que comprove a passagem dessas substâncias para o leite materno, existe a chance de elas provocarem manifestações alérgicas como irritação, coceira, vermelhidão e até reações anafiláticas. “Porém, devido à falta de provas conclusivas sobre os males dessas substâncias na gestação, o mais importante é que você consulte um médico antes de fazer qualquer tipo de procedimento. Apenas ele poderá avaliar seu caso e apontar qual a alternativa mais segura a ser realizada”, finaliza a dra. Thais.

domingo, 24 de julho de 2016

Benefícios da atividade física para a gestante


Para manter a saúde física e mental em dia, médicos aconselham a prática de atividade física regularmente. E a personal trainer para gestantes, Gisele Wachs, explica que durante a gravidez é preciso cuidado redobrado, mas a futura mamãe não deve deixar de se exercitar durante os nove meses de gestação. Pelo contrário: ficar parada está fora de cogitação para uma gravidez mais saudável e tranquila.
“Exercícios físicos melhoram a circulação sanguínea, amenizam a ansiedade, aumentam a capacidade pulmonar e garantem energia extra às futuras mães. A prática regular promete um período de gestação repleto de bem estar e um parto bem mais tranquilo”, diz Gisele. “Mães que praticaram exercício físico, durante a gestação, relatam que tiveram um trabalho de parto mais rápido e suportaram melhor as contrações.”
A personal listou alguns motivos para dar inicio a prática de exercícios físicos direcionados:
- A atividade física atua no sistema cardiovascular, que neste período tem um volume maior de sangue em circulação, e ajuda na oxigenação das células;
- Proporciona um estado de relaxamento que é fundamental nesta fase, em que o organismo está sendo submetido constantemente a situações de estresse e as emoções estão à flor da pele;
-Ajuda na consciência corporal, deixando a gestante mais preparada para o parto;
-A ginástica, quando praticada regularmente, impede que a grávida engorde além do necessário/indicado;
-O corpo em movimento garante melhor funcionamento dos intestinos;
- Os exercícios proporcionam aumento da capacidade pulmonar e ajudam a controlar o ritmo de respiração;
-Os exercícios de alongamento ajudam os tendões, deixando-os mais firmes. Durante a gestação, eles ficam mais frouxos e ocorre maior retenção líquidos.
-Os exercícios de fortalecimento ajudam o bom posicionamento da coluna e ajudam a mulher suportar mais o peso do bebê;
-Com a musculatura fortalecida, o desempenho da mãe, no momento de expulsão do bebê, será melhor. E a recuperação no pós-parto será muito mais rápida.


segunda-feira, 11 de abril de 2016

Dicas para malhar na gravidez

Durante a gestação, é muito importante que a futura mamãe cuide da saúde para garantir uma boa gravidez e assegurar que o bebê seja saudável também. Mas, muitas gestantes não sabem que podem realizar atividades físicas durante o período de nove meses. Algumas dúvidas em relação ao peso, à elasticidade e também ao tempo do exercício são comuns nesse período.
 personal gestante e educadora física Roberta Gabriel (CREF: 039927- G/RJ) dá algumas dicas para que as mamães possam manter os exercícios em dia, sem afetar a saúde da gestante e do bebê.
Os exercícios
Assim como uma dieta, os exercícios são indicados de acordo com cada corpo e necessidades individuais. Os treinos das mulheres grávidas estão longe de ser uma adaptação de atividades normais com a carga reduzida. Eles têm que ser controlados, sem impacto, visando o aumento do tônus das musculaturas afetadas na gravidez e no parto, como assoalho pélvico, costas e abdômen.
Os benefícios
Manter o corpo ativo ajuda a amenizar os desconfortos que a gravidez naturalmente traz como dor nas costas e inchaço, é importantíssimo para lidar melhor com a onda de hormônios e controla o surgimento de doenças próprias da gestação como a diabetes gestacional e a hipertensão. Melhora também a autoestima e a qualidade do sono, aumenta a sensação de bem-estar e atua efetivamente no controle do ganho de peso. Praticar exercícios durante o período gestacional prepara o corpo para o momento do parto, principalmente em casos de parto normal, auxiliando na elasticidade, bem como o processo pós-nascimento do bebê.
Cuidando do futuro do bebê
Diversos estudos comprovam que os benefícios da atividade regular da mãe chegam ao feto. Dentre eles, o aumento de oxigenação e a melhora do fluxo de sangue que ajudam na melhor formação dos órgãos. Há ainda menores chances de gerar um filho obeso e com diabetes.
Atenção aos limites!
Tudo que é feito com exagero, dá errado. Na malhação não é diferente. É preciso manter um cuidado redobrado no período da gestação. Primeiramente, atenção às articulações. Durante a gravidez, o corpo produz um hormônio chamado relaxina. Ele deixa os ligamentos mais frouxos e a chance de torcer pés, tornozelos e punhos aumentam bastante. Além do desconforto da dor e da demora na recuperação, a queda pode machucar a barriga. Em segundo lugar, deve-se praticar a respiração de maneira correta. Ficar ofegante é ruim para a saúde do bebê. Quando a gestante sente dificuldade ao realizar um exercício, automaticamente o feto sente essa redução de circulação de oxigênio, o que pode fazer mal a ele. O mesmo raciocínio se aplica à frequência cardíaca, que não deve passar de 140 batimentos por minuto.
Frequência de exercícios
Segundo os especialistas, as gestantes podem se exercitar diariamente por, no mínimo, 30 minutos a partir do começo da gravidez, até o dia do parto. A intensidade e o tipo de movimentos devem ser adequados para cada mãe, mas alguns cuidados servem para todas. As abdominais convencionais de academia, por exemplo, são abolidas porque aumentam a pressão na região e podem desencadear um trabalho de parto prematuro. No lugar, entram esforços adaptados. Vale lembrar também que é sempre melhor treinar em períodos de temperaturas mais amenas.
O que pode e o que não pode?
Atualmente as mamães não frequentam apenas as aulas de hidroginástica, e têm investido em outros tipos de exercícios físicos. Apesar da natação, Pilates e caminhada serem as mais populares e recomendadas, as futuras mães estão liberadas para quase todas as modalidades, desde que sejam recomendadas pelo obstetra. Musculação, alongamentos, ioga, ginástica funcional e exercícios aeróbicos são todos bem-vindos. No entanto, algumas atividades, como vôlei e futebol, lutas em geral, surfe, stand up paddle, ciclismo, escalada ou qualquer outro que tenha risco de queda, são estritamente proibidas.


domingo, 22 de novembro de 2015

Entenda o que é a microcefalia

O aumento de casos de microcefalia em bebês recém-nascidos em certas regiões do Brasil tem deixado o governo e população preocupados. Ainda não é possível afirmar o motivo para esse aumento, apesar de que especialistas liguem casos de Zika vírus, que tem atingido principalmente o Nordeste, com esse surto de microcefalia nessas regiões.
O desconhecimento dessa doença na população em geral, apesar de ser bem debatida no meio médico, tem contribuído para disseminar um certo pânico entre gestantes e futuros pais. Dr. Paulo Breinis, neuropediatra do Hospital São Luiz Jabaquara, explica um pouco sobre a microcefalia.
O que é a microcefalia?
A microcefalia é condição patológica em que existem volume e peso encefálico muito menor do que o normal. A microcefalia é decorrente dessa lesão cerebral e isso pode ocasionar comprometimento cognitivo e motor.
Quais são as causas da microcefalia?
A lesão cerebral ocorre em algum momento durante a gestação, principalmente no primeiro e no segundo trimestre, por causa de algum fator que provoca um processo destrutivo ou mal formativo do encéfalo. Esses processos podem estar relacionados com fatores genéticos (má formação), ou algum fator externo destrutivo que tenha interferido no desenvolvimento do feto.
Os fatores externos podem estar relacionados ao uso de alguma substância (drogas, álcool e radiação) ou também pela interferência de alguma doença que a mãe tenha adquirido durante a gestação.
Quais são alguns exemplos de doenças que podem provocar a Microcefalia?
Um bom exemplo é a rubéola. A rubéola é causada por um vírus transmitido por tosse e contato que, fora da gravidez, é relativamente fácil de ser tratada e não representa grande perigo. Porém, essa doença é muito perigosa para mulheres na gestação, podendo ocasionar abortamentos ou danos ao feto como catarata e microcefalia. A sífilis, toxoplasmose e citomegalovírus são outros exemplos disso.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito na consulta médica, exames complementares, e neuroimagem,  por meio do ultrassom morfológico ou ressonância magnética fetal, por exemplo. O diagnóstico é feito medindo o perímetro cefálico.
E tem tratamento?
A microcefalia é decorrente da patologia de base. Essa patologia costuma não ter tratamento medicamentoso, e é simplesmente uma constatação de que alguma coisa patológica ocorreu no cérebro do bebê. A doença de base (o que causou a microcefalia) deve ser sempre procurada e diagnosticada.


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Mães à espera de seu filho



Atualmente, o número de mulheres que não con­segue engravidar natu­ralmente está aumentando. Is­so se dá não somente pela in­fertilidade, mas também por­que o tema deixou de ser tabu e as mulheres conversam sobre isso e vão atrás de informações. Estima-se que hoje existam 80 milhões de pessoas inférteis no mundo. Em 40% dos casos, a in­fertilidade é da mulher, de 40% a 50 % é do homem, e de 15% a 20 % são de ambos. Assim, a procura por aju­da para ser mãe vem aumentando.
Percebe-se que esse momento de desco­berta da infertilidade e aceitação dessa di­ficuldade é um processo doloroso e compli­cado. Quando os pais planejam ter um filho, já estão prontos para essa responsabilidade e para os papéis parentais, porém com a de­mora da chegada do filho, aparecem as frus­trações e as angústias de não conseguir ge­rar esse filho. Mulheres começam a se sen­tir incapazes de gerar uma vida e perdem a feminilidade e o interesse sexual. Os ho­mens perdem a libido pela mulher, que se foca num filho e esquece seu papel de espo­sa por um momento.
Os conflitos conjugais nessa fase são co­muns e chegam a beirar a separação. Não é tão fácil ter relação com a esposa com hora mar­cada, ou ter que ir num consultório para intro­duzir espermatozoides em seus óvulos.
Quando o casal busca essa ajuda, o diálo­go é muito importante, pois a vida fica foca­da em ter um filho e não mais na intimidade do casal e na troca dos dois. Os casais devem estar sólidos, com cumplicidade, solidarieda­de amorosa e muita dedicação em relação ao outro. Os homens devem entender que o pro­cesso da maternidade assistida para a mulher é doloroso física e psiquicamente. É uma bus­ca por um papel que ainda está vazio em sua vida, e essa dificuldade traz questões emocio­nais duras e difíceis de serem ul­trapassadas. Já as mulheres de­vem entender o homem, que também deve expor sua sexua­lidade e sua vida íntima, o que para eles é muito mais difícil do que para as mulheres.
Hoje, existem clínicas espe­cializadas, tratamentos e pro­fissionais competentes para ajudar na busca pela materni­dade e paternidade, mas não se esqueçam da relação conjugal. Busquem ajuda nesse processo, façam terapia de casal, individual, olhem pa­ra os papéis de esposa e marido, pois após se tornarem pais, serão o marido e a mulher que vão se ajudar e continuar cúmplices. O importante de tudo isso é se amar, amar seu parceiro ou parceira, e estar disposto a pas­sar por todo processo juntos, por ter sido uma decisão conjunta.
Pelo momento ser difícil, deve-se procurar uma ajuda especializada de psicólogos, mé­dicos, grupos terapêuticos, grupos de mulhe­res tentantes e casais. É importante o casal e a mulher estarem preparados para esse mo­mento, e perceberem seus conflitos emocio­nais, cuidando desses aspectos também.
A ajuda nesses momentos é necessária, e de preferência especializada. Assim, você poderá se olhar e perceber esses aspectos da parentalidade. 
(Artigo da psicóloga Raquel Benazzi)

domingo, 24 de maio de 2015

Gravidez e estética

O cuidado com a apa­rência e o corpo tem merecido maior atenção da mulher, seja por satisfação pessoal ou por pressão do meio em que vi­ve. A mulher grávida não fo­ge a essa regra. E devido às mudanças pertinentes ao pe­ríodo gestacional, necessita de cuidados especiais. Confira as dicas da fisioterapeuta dermatofuncional Iara Esteves:
Cuidados. Com orienta­ção adequada desde o início da gestação é possível evitar ou pelo menos amenizar dis­túrbios da pigmentação, co­mo o melasma, a acne, o inchaço e as estrias. O uso de substâncias tópicas deve ser orien­tado. A alimentação deve ser bem equilibrada para evitar o ganho excessivo de peso. Dores na região lombar são muito comuns e podem ser prevenidas com fisioterapia e Pilates.
Melasma. A pigmentação da face, conhe­cida como melasma, é a que acarreta grande preocupação, por se tratar de uma área mui­to visível e de grande conotação estética. Tra­ta-se de uma mancha de coloração castanho claro a escuro. Em mulheres com tipo de pele mais suscetíveis, a exposição aos raios sola­res torna-se importante fator desencadean­te. Portanto, o uso diário de fotoprotetores é essencial na prevenção deste problema. Uma dica é evitar o sol e fazer uso de óculos solar e chapéu quando em exposição. O tratamento dermatofuncional apropriado para gestantes pode tratar um melasma já existente.
Acne. A acne pode surgir no início da gestação ou mesmo já estar presente previa­mente. Desenvolver uma boa rotina de cuida­dos com a pele torna-se essencial, a começar por uma boa higienização da pele, sem ne­cessidade de promover ressecamento facial. É importante o uso do protetor solar e ma­quiagem não comedogênicos. A limpeza de pele profissional é muito bem-vinda e, neste momento, podemos fazer uma avaliação per­sonalizada e direcionar as orientações de acordo com a necessidade individual.
Estrias. Uma das altera­ções mais temidas pelas ges­tantes. A prevenção é a me­lhor alternativa. Assim, evi­tar o aumento exagerado de peso, com ajuda de um nu­tricionista e atividade física supervisionada, vale a pe­na. Abusar do uso de loções e cremes hidratantes ajuda a evitar o ressecamento da pe­le. A drenagem linfática me­lhora a qualidade da pele e como ajuda a controlar o edema, evita o es­tiramento excessivo da pele que causa o rom­pimento de fibras elásticas.
Distúrbios Vasculares. Evidente na maioria das mulheres grávidas. Caracteri­zam-se por congestão e proliferação de va­sos. É comum o aparecimento de vasinhos e o desconforto causado pelo edema. O uso de meias elásticas é recomendado e, mais uma vez, a combinação de drenagem linfá­tica realizada regularmente e atividades físi­cas, como o Pilates e a hidroginástica, é mui­to bem-vinda.
Seguindo as orienta­ções médicas e com o apoio de uma equipe multidisciplinar, esse período tão importan­te e especial na vida de uma mulher não pre­cisa vir acompanhado de ansiedades, e nem deixar lembranças desagradáveis para a fu­tura mamãe, certo?