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quinta-feira, 31 de março de 2022

Hipertensão requer cuidado redobrado na gravidez

 


O período gestacional envolve mudanças comuns no corpo da mulher como o aumento dos seios, ganho de peso e alterações no sono, até quadros mais sérios como elevação de pressão arterial que pode levar à hipertensão gestacional. Esta situação ocorre quando a pressão sanguínea nas artérias atinge valor igual ou maior que 140mmHg/90mmHg e pode acometer mulheres que já possuíam a doença antes de engravidar e também mulheres que possuíam pressão arterial normal até antes da gestação. A hipertensão gestacional é mais comum nos últimos três meses de gravidez, mas pode manifestar-se em qualquer período após a 20ª semana de gestação.

Segundo últimos dados do Ministério da Saúde, a mortalidade maternal caiu cerca de 56% entre 1990 e 2015, no entanto, os óbitos ainda são altos no país. A hipertensão é responsável por 13,8% das mortes maternas durante a gravidez no Brasil e acontece por diversos motivos, incluindo histórico familiar, sobrepeso, diabetes e mulheres acima dos 40 anos.

Outros fatores que podem levar à doença são a presença de doenças cardiovasculares prévias e outras doenças sistêmicas.

"Apesar de se apresentar de forma assintomática muitas vezes, existem alguns sintomas que podem ser relacionados com a condição como inchaço nos membros inferiores, dor de cabeça, dor no peito e visão comprometida. Nos casos mais graves pode ocorrer convulsão e a mulher entrar em coma", afirma o cardiologista Diego Garcia.

Lizandra Rebergue Bani, 37 anos, descobriu a hipertensão há 10 anos após fortes dores de cabeças. A comunicóloga conta que buscou ajuda médica para investigar os sintomas e acabou recebendo o diagnóstico da doença. "Minhas dores de cabeça eram persistentes e passei a monitorar minha pressão, foi então que notei que estava muito alta".

É fundamental buscar auxílio médico logo nos primeiros sintomas para investigar as causas e buscar o tratamento mais adequado. Para quem recebe o diagnóstico da doença e deseja ser mãe é ainda mais importante um acompanhamento médico para ter uma gravidez mais saudável possível.

Lizandra seguiu estas recomendações à risca e procurou o médico antes mesmo de engravidar para entender o que poderia ser feito, já que ela utilizava medicamentos para estabilizar a doença. "Assim que descobri ser hipertensa, iniciei o tratamento e quando decidi ser mãe já estava orientada sobre o que eu precisava fazer para seguir com a gravidez".

Hipertensão Gestacional pode evoluir e prejudicar a saúde de mãe e filho

Em alguns casos a hipertensão na gravidez pode progredir para a pré-eclâmpsia - aumento da pressão arterial que ocorre no 3º trimestre de gestação. A condição, que acometeu famosas como Beyoncé e Kim Kardashian, atinge também cerca de 5% das gestantes brasileiras, segundo o Ministério da Saúde.

Não existem ainda evidências concretas sobre a causa da pré-eclâmpsia. Especialistas acreditam que a doença se inicia na placenta – órgão que nutre o feto durante a gravidez.

"Acredita-se que a pré-eclâmpsia ocorra como consequência das alterações endócrinos-metabólicas, vasculares e hemodinâmicas presentes na gestação", explica o cardiologista.

Situação pode se agravar

A eclâmpsia é considerada uma complicação gerada da pré-eclâmpsia e se caracteriza principalmente por alterações neurológicas graves como convulsões e coma. Estas podem ser fatais se não forem tratadas de forma imediata

Entre os principais sintomas estão a presença de proteínas na urina, dores de cabeça persistentes, aparecimento de edemas, vertigens, sonolência e até mesmo perda de consciência.

"O tratamento e acompanhamento médico ainda é a principal maneira de controlar a doença e evitar uma das principais complicações como é o caso da síndrome HELLP, caracterizada por uma grave alteração que consiste na destruição dos glóbulos vermelhos, diminuição das plaquetas e até mesmo lesões no fígado, provocando aumento das enzimas hepáticas e bilirrubinas no exame de sangue", explica Garcia.

"Manter um estilo de vida saudável e o bom controle de doenças crônicas são as principais medidas para quem quer prevenir a ocorrência da hipertensão arterial", finaliza Garcia.

 

quinta-feira, 4 de março de 2021

Obesidade e suas consequências para a saúde

 


A obesidade é uma das doenças que mais cresce no Brasil e no mundo e suas consequências para a saúde estão envolvidas na incidência cada vez maior de diversas condições crônicas, como diabetes, problemas cardiovasculares, câncer e hipertensão, entre outras. A última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, mostrou que 96 milhões de pessoas são obesas ou estão acima do peso no país, o que corresponde a seis em cada dez brasileiros. E quando considera-se apenas a população adulta, a incidência da obesidade mais do que dobrou entre 2002 e 2019, indo de 12,2% para 26,8%.

São dados preocupantes, principalmente considerando que esses índices tendem a continuar crescendo nos próximos anos. "O cenário se agrava ainda mais quando levamos em conta o impacto da pandemia sobre a população. Boa parte das pessoas passou por meses de isolamento, o que aumentou a prevalência do sedentarismo e o consumo de alimentos como forma de aliviar a ansiedade", pontua o nutricionista ortomolecular Rafael Félix, da Via Farma. E assim como a pandemia tem impactado no peso da população, o excesso de peso também tem influenciado o cenário da Covid-19 no Brasil. "Como tem sido observado, a obesidade é um fator de risco importante para o desenvolvimento de formas graves da doença, mesmo quando o excesso de peso não é acompanhado de comorbidades. Já quando estão presentes quadros de diabetes e hipertensão, o risco torna-se ainda maior", diz Félix.

Os impactos da obesidade

É inegável que a crise sanitária e econômica que o mundo atravessa mudou os hábitos de vida e trouxe impactos importantes para a saúde mental de boa parte da população. O estresse e a ansiedade crescentes trazem diversas repercussões para a saúde, e uma delas é a mudança no apetite e na qualidade da alimentação. "É nesses momentos que as pessoas passam a buscar alimentos que prejudicam a composição corporal, como os ultraprocessados, refinados e doces, entre outros alimentos de alto valor calórico", alerta o nutricionista. Assim, é preciso atentar-se aos gatilhos da má alimentação para evitar que quadros de sobrepeso ou obesidade de instalem ou se agravem nesse período.

Na prática, podemos dizer que as origens da obesidade são multifatoriais, já que ela não está exclusivamente relacionada ao estilo de vida. Além de contar com a genética como fator importante, a doença ainda está ligada ao estresse crônico, distúrbios do sono e até mesmo à exposição prolongada a toxinas ambientais, que agem como disruptores endócrinos, prejudicando o equilíbrio hormonal do organismo. "No entanto, é preciso ter em mente que o estilo de vida ainda é o maior determinante no desenvolvimento da obesidade. Por isso, as mudanças de hábito são essenciais para combater a doença, junto de outras estratégias que podem ser indicadas pelo médico e nutricionista", destaca.

O melhor tratamento, aliás, é aquele multidisciplinar, já que que a doença é complexa e traz implicações que demandam o envolvimento de diversas especialidades da saúde. "A obesidade é uma doença endócrina e metabólica, de caráter inflamatório. O desequilíbrio que ela causa no organismo intensifica o estresse oxidativo, causando disbiose intestinal e alterações que afetam a ação da insulina, cortisol, hormônios sexuais e tireoidianos" elenca o nutricionista. De acordo com ele, o excesso de peso ainda bagunça o relógio biológico e interfere nos mecanismos de detoxificação do fígado, aumentando a pré-disposição a problemas hepáticos. "Com o corpo em desarmonia, também aumentam os riscos de comorbidades como diabetes tipo 2, doenças do coração, pressão alta, colesterol elevado e alguns tipos de câncer", afirma Félix.

Mas não é só o Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 30 que representa riscos para a saúde. O sobrepeso também vem crescendo no país e sua predominância passou de 43,3% para 61,7% nos últimos 17 anos, representando, segundo o IBGE, quase dois terços da população brasileira. "Esse dado também é muito preocupante, pois nos leva a concluir que boa parte da população pode ter acúmulo de gordura na região abdominal, o que já é fator de risco para diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares", aponta o nutricionista. Isso acontece porque quando a gordura abdominal é do tipo visceral, acaba se acumulando entre os órgãos, prejudicando seu funcionamento e a circulação sanguínea. Por isso, ao mínimo sinal de que o tamanho da barriga está passando dos limites saudáveis, já é indicado buscar ajuda para reverter o quadro e evitar que doenças crônicas se instalem.

Devido a tantas consequências que a obesidade pode trazer para a saúde e para a qualidade de vida, é preciso contar com a orientação de um endocrinologista e, se possível, de outros especialistas para lutar contra o excesso de peso. "O acompanhamento médico, nutricional e até mesmo psicológico é essencial para que o emagrecimento aconteça de forma saudável e efetiva. Dentre as opções terapêuticas, podemos citar as abordagens medicamentosas, fitoterápicas e até mesmo a intervenção cirúrgica, em último caso. Independente de qual seja a estratégia escolhida pelo médico, a dieta equilibrada e os exercícios físicos regulares devem estar sempre presentes", afirma. "Muitas vezes, é possível ajudar o paciente apenas com uma reorganização dos hábitos de vida e a prescrição de fórmulas fitoterápicas personalizadas, como o blend entre Alchemilla vulgaris LOlea europaea L, Mentha piperita e Cuminum cyminum L, que tem se mostrado seguro e eficaz no combate à obesidade. Tudo vai depender do grau da doença e das características de cada perfil", finaliza.

 

terça-feira, 11 de abril de 2017

Dicas para quem deseja começar a correr


Basta colocar uma roupa confortável e um tênis apropriado. Sem precisar de muita estrutura e investimento para praticá-la, a corrida de rua tem ganhado cada vez mais adeptos. Além disso, a lista de benefícios para a saúde é imensa. “Os principais são redução de peso, menor chance de apresentar problemas cardíacos, como o infarto e hipertensão, redução de ocorrência de diabetes e vários tipos de câncer”, explica o especialista em Medicina do Esporte e cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, dr. Marcelo Leitão.

Segundo o médico, o exercício pode ser realizado por qualquer pessoa, desde que esteja em boas condições de saúde e apresente um grau mínimo de condicionamento físico. “Quem está sedentário há muito tempo deve iniciar as atividades com exercícios de baixa intensidade e a caminhada é uma boa opção para esta fase inicial”, comenta.

À medida que o condicionamento vai melhorando, o iniciante pode correr em velocidades progressivamente mais elevadas. Mas antes de iniciar uma atividade física é sempre importante consultar um médico. “A partir desta avaliação inicial podem ser solicitados alguns exames, como o teste cardiopulmonar de exercício”, diz dr. Marcelo. O teste tem grande utilidade na avaliação da saúde de atletas e pessoas sedentárias que desejam iniciar uma atividade física, pois registra o maior valor de oxigênio consumido pelo organismo durante o esforço máximo despendido na avaliação e as faixas de batimentos cardíacos que determinam o limite de atividade aeróbica que a pessoa pode suportar sem sobrecarregar o coração e os músculos.

Em relação ao tempo de exercícios, o especialista comenta que o ideal é realizar por semana 2h30 de exercícios de baixa intensidade, como caminhar, ou 1h15 de corrida de moderada a elevada intensidade. “Mas vale ressaltar que esta recomendação é mínima, quanto mais praticar maior serão os benefícios para a saúde”, afirma.


terça-feira, 21 de março de 2017

Esportes radicais podem causar AVC?


É senso comum que a prática esportiva é um forte aliado da saúde. No entanto, o que muitas pessoas desconhecem é que, sem acompanhamento médico, exagerar na atividade, assim como praticar exercícios ou modalidades mais intensas, exige mais do organismo e, consequentemente, pode trazer graves riscos, como, por exemplo, deixar o corpo suscetível a um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

“É comprovado que durante a prática esportiva o corpo humano apresenta picos de pressão. Com isso, caso o organismo não esteja preparado para absorver estas alterações e a pessoa já tenha alguma dilatação aneurismática (que se formam com base em alguma fragilidade dos vasos internos do cérebro), existe uma maior probabilidade de ele se romper, o que pode resultar em uma hemorragia cerebral”, explica o dr. Osmar Moraes, neurocirurgião do Hospital Santa Catarina (SP).

O médico ressalta, todavia, que não há estudos que mostrem que a prática de esportes radicais traga maiores riscos que outras modalidades. “O que deve ser observado por todas as pessoas que praticam atividades físicas é incluir, além dos exames cardíacos e físicos, uma avaliação clinica e eventualmente um exame vascular do cérebro antes de realizar alguns esportes que exijam mais do corpo humano. Este cuidado pode atenuar muitos riscos e dar a chancela que o organismo precisa para praticar qualquer exercício”.

Eventualmente, ocorrem alguns casos de problemas cerebrais, como rotura aneurismática ou AVC, em jovens esportistas. Com isso, muitos se questionam se os atletas mais novos – sejam de fins de semana ou profissionais – estão mais suscetíveis a problemas nessa região do corpo.

O médico esclarece que não há estudos que corroborem esta afirmação, no entanto, há vários fatores que podem favorecer o enfraquecimento de uma parede arterial e, consequentemente, aumentar os riscos: ter hábitos prejudiciais ao corpo humano, como o consumo excessivo de álcool, o fumo, a hipertensão, além de não tratar infecções sanguíneas, podem ser fatores determinantes para potencializar os riscos de sofrer um AVC.


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Combata o estresse. Sua saúde agradece!



O estresse faz parte da vida e em doses adequadas é útil e positivo. No entanto, nos últimos tempos ele tem se elevado mundialmente. No Brasil temos convivido com níveis elevados de estresse, que se acentuou na atual fase de crise econômica e política do país.  Este é um tema que merece atenção especial, pois em níveis elevados e extremos ele pode levar até à morte!
Um estudo realizado nos EUA pela Harvard Business School aponta que 80 % das consultas médicas nos últimos anos têm vínculo com o estresse e pesquisas revelam que ele está associado ao desenvolvimento de uma série de doenças como o câncer, depressão, diabetes, hipertensão e infartos.
As pessoas e as empresas têm sentido os impactos do stress. Cerca de 70% dos brasileiros ativos no mercado de trabalho sofrem sequelas do nível de estresse elevado e os prejuízos diretos e indiretos, inclusive decorrentes de adoecimento físico e emocional, são cada vez maiores.
Uma das formas de você saber se o estresse está atingindo patamares elevados é por meio da identificação dos seus sintomas e sinais. Conheça alguns deles:
·       Irritabilidade excessiva
·       Mal-estar generalizado
·       Cansaço constante
·       Problemas de sono
·       Pensamentos em torno do mesmo assunto
·       Dificuldades para ter ideias novas
·       Diminuição ou perda do apetite sexual
·       Perda de interesse e motivação
·       Dificuldades para manter a concentração e a atenção
·       Problemas de memória
·       Problemas de pele e gastrointestinais
·       Dores e tensão muscular
Além de ficar atento aos sinais e sintomas do estresse é fundamental que você identifique o motivo de ele ter aparecido na sua vida, pois apenas tendo consciência do que nos afeta podemos fazer algo a respeito. Siga estes passos:
- Procure identificar o que o estressa. Liste tudo que o tem preocupado, aumentado a sua ansiedade, causado tensão, nervosismo ou irritação.
- Reflita: como você tem reagido e lidado com cada item?
- Avalie o quanto as suas ações e reações (concretas ou subjetivas) têm contribuído ou não para resolver o problema ou diminuir o seu nível de stress.
- Reflita e procure descobrir alternativas e possibilidades para lidar com o que está acontecendo de uma forma diferente e mais eficiente!
- Procure identificar quem são as pessoas que podem contribuir e te ajudar a superar cada desafio. Relacionamentos e apoio fazem uma enorme diferença.
1        Mesmo que você descubra que não pode ter ações diretas sobre a situação, existe algo que está ao seu alcance: mudar a forma de encarar e enxergar a questão! Alguns desafios da vida podem ser difíceis, mas também são grandes oportunidades de aprendizado e crescimento. Ampliar a consciência sobre si mesmo, buscar o apoio de pessoas, rever o seu estilo de vida e se cuidar física e emocionalmente são aspectos cruciais para que você consiga enfrentar e superar os desafios da vida de uma forma mais saudável.

Artigo de Rosalina Moura, psicóloga especialista em gerenciamento do estresse e coach de bem-estar e saúde


sábado, 6 de fevereiro de 2016

Prática de esportes somente no verão pode gerar problemas de saúde

Na estação mais quente do ano, é comum as pessoas procurarem parques, academias e praias para praticar exercícios físicos. No entanto, os “atletas de verão” precisam ficar atentos aos sérios riscos que seu coração pode sofrer.

Segundo o cirurgião cardiovascular da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Marcelo Sobral, a prática de exercícios físicos exagerados e sem preparo em épocas pontuais do ano podem gerar aumento da pressão arterial, cansaço, batimentos cardíacos alterados e até mal súbito. “Se a pessoa é hipertensa e não sabe, por exemplo, uma simples corrida pode ser fatal”, explica o especialista.

Estudos publicados pelo Journal of American Medical Association (JAMA) sugerem que a prática de atividade física esporádica pode aumentar os riscos de infarto agudo do miocárdio em 3,45 vezes e de morte súbita em 4,98 vezes.

Abandonar o sedentarismo não é somente uma prática para ser realizada no verão. “Exercícios físicos melhoram o condicionamento vascular, a pressão arterial e a frequência cardíaca. Porém, é primordial antes de qualquer atividade, que seja consultado um profissional, neste caso um educador físico, para que se avalie o estado físico da pessoa, assim como as indicações e necessidades individuais”, finaliza Sobral.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Por que tratar ronco e apneia?


Os possíveis benefícios do tratamento de ron­co e apneia claramen­te superam os riscos que a do­ença oferece. Podemos citar algumas doenças que podem acompanhar o paciente que sofre de ronco e apneia, como: Diabetes do tipo II, Hiperten­são Arterial Sistêmica, Hiper­colesterolemia, Infarto, AVC, dentre outras.
Segundo a cirurgiã-dentista Denise F. Barbosa, o diagnóstico de ronco e apneia deve ser feito por um médico atualizado em Distúr­bios do Sono, para evitar erros de interpre­tação que podem ter implicações graves pa­ra o paciente.
O tratamento deve ser indicado pelo mé­dico, conforme preconiza a Academia Ameri­cana de Medicina do Sono (AAMS). Entre os aparelhos para tratamento de ronco e apneia existe a terapia com o CPAP (Pressão Positiva Continua de Ar) e com o Aparelho Oral.
“Muitos pacientes experimentam os efeitos secundários causados pelo uso do CPAP, que podem levá-los a interromper ou desistir do tratamento”, diz a profissional. “Os efeitos secundários que cau­sam o Aparelho Oral são menos comuns, mas também existem. Ambos os efeitos secundá­rios, tanto do CPAP como do Aparelho Oral devem ser comunicados ao profissional res­ponsável pelo tratamento, que saberá contorná-los da melhor maneira.”
Se a opção pelo paciente for o Aparelho Oral, estudos evi­denciam que ele reduz a fre­quência e intensidade do ron­co, melhoram os índices de oxi­genação, reduzem os índices de apneia/hipopneia e de des­pertares, melhora a qualidade do sono, tanto para pacientes que roncam e sofrem de apneia quanto para seus parceiros de cama, a qualidade de vida aumenta, entre outros benefícios.
Como parâmetro de orientação, a AAMS sugere que a terapia de ronco e apneia com Aparelho Oral seja indicada pelo médico do Sono para um cirurgião-dentista qualificado em Odontologia do Sono.



segunda-feira, 4 de maio de 2015

Mitos e verdades sobre pressão alta

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, há cerca de 17 milhões de pessoas que sofrem de hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta. A doença que faz com que os vasos sanguíneos se contraiam mais do que o necessário, dificultando a passagem do sangue, pode levar anos para demonstrar os primeiros sintomas, por isso recomenda-se a medição periódica da pressão, o que pode contribuir para o diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença. Confira o que é mito e o que é verdade quando o assunto é pressão alta. As orientações são da Dra. Marly Uellendahl, especialista em cardiologia, dra. Marly Uellendahl, que integra o corpo clínico do Lavoisier Medicina Diagnóstica (www.lavoisier.com.br)
A obesidade pode ser um fator que leva ao quadro de hipertensão arterial?
Verdade. Embora não seja a única condição que possa levar uma pessoa a desenvolver a doença, a obesidade aliada ao sedentarismo é um dos principais fatores de risco. Segundo relatório divulgado nas últimas semanas pelo Ministério da Saúde, o excesso de peso atinge 52% dos brasileiros. O estilo de vida praticado atualmente favorece o ganho de peso, e consequentemente, o crescimento do número de hipertensos. Isso porque trabalhamos mais tempo sentados e comemos alimentos mais gordurosos e ricos em açúcar.
A pressão alta pode se manifestar em crianças e jovens?
Verdade. Embora o quadro de hipertensão ainda seja mais comum na terceira idade, ele tem afetado pessoas cada vez mais jovens. Quando ocorre entre as crianças, a pressão alta normalmente é primária, sendo causada por algum outro quadro, como problemas renais, por exemplo. Já em adolescentes e jovens adultos ela pode ser secundária, exigindo mudança de comportamento alimentar aliada à medicação.
O consumo de alimentos industrializados, como enlatados, é prejudicial aos hipertensos?
Verdade. O aumento do consumo de produtos industrializados, como os congelados e enlatados, tem propiciado, além do ganho de peso, o crescimento da incidência de hipertensão. Segundo a médica, o alto teor de sódio utilizado no tempero e conservação destes alimentos pode ser muito prejudicial a quem já tem a doença ou tendência a desenvolvê-la. Por isso, é importante priorizar alimentos frescos, evitando que todas as refeições sejam feitas fora de casa. Para se ter uma ideia, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, alguns lanches vendidos em redes tradicionais de fast-food podem ter até 78% do consumo diário de sódio recomendado pela Anvisa, que é de 2.400 mg para um adulto.
Os doces também podem ser um perigo aos hipertensos?
Verdade. Os alimentos doces industrializados podem conter uma grande porcentagem de sódio. Refrigerantes, sucos de caixinha, bolos, cereais e biscoitos contêm, na maioria das vezes, conservantes como o nitrato de sódio e substâncias que realçam o sabor, como o glutamato monossódico, que não são indicados para quem sofre de pressão alta.
A hipertensão só é controlada por meio de medicamentos?
Mito. Muitas pessoas apresentam uma melhora significativa do quadro apenas com a mudança do hábito alimentar. Diminuir o consumo de sal e alimentos industrializados já faz uma grande diferença. Depende muito de cada pessoa e do estágio de desenvolvimento da doença. Há quem consiga fazer mudanças na rotina alimentar e de exercícios e obter uma redução da pressão arterial. Mas também há aqueles que só conseguem obter uma melhora significativa do quadro com a medicação. Em alguns casos é preciso usar o medicamento pelo resto da vida.
Pessoas com pressão baixa podem sofrer com a hipertensão?
Verdade. É importante lembrar que embora nossa pressão siga um padrão, ela oscila ao longo do dia. Normalmente as pessoas apresentam uma queda fisiológica de pressão durante a noite, enquanto estão dormindo. Os hipertensos devem inclusive ficar alertas quando sua pressão não diminuir durante o período de sono. Não é raro também que pessoas que costumam ter a pressão mais baixa durante uma fase da vida venham a desenvolver hipertensão, ou ocasionalmente sofrer um aumento pontual da pressão arterial, que pode ser por uma série de fatores: reação a algum medicamento e estresse são os mais comuns. Entretanto, esse quadro costuma ser facilmente reversível, salvos os casos em que a pessoa está com algum problema de saúde que pode aumentar a pressão arterial, como a obesidade, problemas renais, entre outros.
Dor de cabeça pode ser um sintoma de pressão alta?
Verdade. É claro que nem toda dor de cabeça representa um aumento da pressão arterial. Mas quando ela é persistente e associada à tontura, visão turva, dores no peito e fraqueza é preciso procurar auxílio médico.

sábado, 25 de abril de 2015

Sedentarismo afeta quase metade da população brasileira



Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o sedentarismo no Brasil revela que 46% dos adultos – um total de 67,2 milhões – são sedentários.
Para a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), além do sedentarismo, o estresse, maus hábitos alimentares, excesso de peso e a idade são fatores de risco para a hipertensão, que tem estimativa de acometer 5 a 10% da população com até 18 anos, ou seja, 7 milhões de crianças e adolescentes e cerca de 30% da população adulta, chegando a mais de 50% na terceira idade. Já o estresse, por exemplo, está associado diretamente às doenças do coração e à hipertensão arterial – só no Brasil, 70% da população economicamente ativa sofre deste mal. Nas crianças e adolescentes a hipertensão já está francamente associada ao excesso de peso e sedentarismo.
“O sedentarismo, entre outros agravantes, é um dos fatores de risco para a hipertensão. Assim, o nosso objetivo é conscientizar a população da importância da atividade física e alimentação saudável para o controle de doenças crônicas e cardiovasculares”, afirma dr. Fernando Almeida, nefrologista membro da SBH.
Dr. Fernando é um dos participantes da campanha “Menos Pressão Mais Vida” da Sociedade Brasileira de Hipertensão, que promove diversos eventos gratuitos por todo o Brasil por meio de suas Ligas Acadêmicas e com o apoio do Ministério da Saúde. Os eventos acontecem no dia 26 de abril, data em que é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.
A principal ação acontece em São Paulo, no Parque Villa-Lobos, com programação gratuita para aferição da pressão, teste de glicemia, cálculo de massa corpórea (IMC), aulas de atividades físicas e dicas nutricionais. Com o evento, a SBH estima atender de 600 a 800 pessoas no dia. Além disso, um dos apoiadores da campanha, a CCR ViaOeste, será responsável por painéis de mensagens nas duas das estradas mais movimentadas do Estado de São Paulo, a Raposo Tavares e a Castello Branco, além de apoiar a entidade na divulgação da campanha em outros meios internos da empresa.
“A nossa atenção está direcionada para a prevenção de doenças cardiovasculares, além dos eventos traumáticos (acidentes). Desta forma, reforçamos o senso de importância de campanhas como a da Sociedade Brasileira de Hipertensão, pois através dela será possível reforçar as ações preventivas, além de identificar novos casos, pois é sabido que a hipertensão arterial é uma doença ‘silenciosa’ em muitos casos, e estes pacientes somente terão a confirmação durante uma urgência médica”, diz Marcelo Augusto Okamura, médico coordenador do Atendimento Pré-Hospitalar da CCR.”Acreditamos que a redução de casos de Infarto Agudo do Miocárdio ou Acidente Vascular Encefálico, que podem ocorrer durante uma viagem numa rodovia, está associada aos projetos de prevenção.
A SBH também procura orientar e conscientizar a população por meio de seus 10 Mandamentos da prevenção da pressão alta. Confira as dicas da entidade:
1.  Meça a pressão pelo menos uma vez por ano.
2.  Pratique atividades físicas todos os dias.
3.  Mantenha o peso ideal, evite a obesidade.
4.  Adote alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes.
5.  Reduza o consumo de álcool. Se possível, não beba.
6.  Abandone o cigarro.
7.  Nunca pare o tratamento, é para a vida toda.
8.  Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde.
9.  Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer.
10.  Ame e seja amado.
Para outras informações, acesse o site da campanha Menos Pressão:http://sbh.org.br/menospressao/

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Magnésio: conheça melhor sua ação!



Um micronutriente muito importante para a saúde é o magnésio. Esse mineral participa de inúmeras reações químicas do interior das células, e quando essas reações ficam bloqueadas por ação de agentes externos (poluição, estresse, medicamentos, alimentação inadequada, conservantes, agrotóxicos) seu organismo fica ácido e deixa de funcionar bem, desencadeando as doenças.
O magnésio é usado para os seguintes desequilíbrios: cefaleias, hipertensão arterial (antigamente usava-se para eclampsia, quadro de hipertensão maligna em grávidas), TPM, tremores, irritabilidade, insuficiência hepática, quadros alérgicos, má regulação do metabolismo do cálcio e ossificação, disfunções tireoidianas, eczemas, câncer, astenias, dissolução de cálculos renais, gorduras localizadas nos tratamentos de emagrecimento.
Os alimentos verdes são os mais ricos em magnésio, além das nozes e cereais integrais. Além disso, pode-se também suplementar a água sem alterar o sabor; o magnésio combate a acidez interna e mantém o ph do sangue normal.
A suplementação deve ser recomendada por um profissional. Às vezes, a suplementação é necessária mesmo que a taxa de magnésio esteja normal no seu exame de sangue; mas, lembre-se, que quem fará a recomendação é o profissional, e não sua amiga ou vizinho, porque cada um de nós possui uma individualidade bioquímica diferente.
E, para quem não conhece, a Terapia Ortomolecular é um tratamento de equilíbrio, que tem por função colocar as moléculas certas para corrigir a desordem orgânica, gerada por radicais livres. A correção das moléculas se faz por meio da suplementação, utilizando vitaminas, minerais, aminoácidos e fitoterápicos. Um tratamento ortomolecular oferece uma melhora na sua qualidade de vida e também pode auxiliar os tratamentos da medicina tradicional e a estética. Afinal, beleza vem de dentro para fora com tudo funcionando na perfeita ordem.

domingo, 20 de abril de 2014

Terapia Ortomolecular x hipertensão

 A Terapia Ortomolecular trabalha com o equilíbrio bioquímico do organismo, acertando a carência ou retirando os excessos de minerais, vitaminas e aminoácidos. Dentro da Ortomolecular, a hipertensão é tratada primeiramente com uma alimentação antioxidante, com a correção do equilíbrio de sódio e potássio, além da inclusão na dieta de outros minerais, como selênio, magnésio e cálcio, e suplementos como a coenzima Q10 e vitamina E.iria
Segundo a terapeuta ortomolecular Íria Melleiro Abbas, cada caso recebe um tratamento individualizado, com suplementação específica, mas uma coisa é certa: se você é hipertenso, tem que mudar o seu estilo de vida, assim como acontece com outras doenças – diabetes, obesidade e câncer. Um dos principais responsáveis pela alteração da pressão arterial é o sal, além das bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, sedentarismo, cigarro e comidas que achamos não fazer mal. A hipertensão é um desequilíbrio silencioso, que às vezes não dá sinais, e pode trazer complicações visuais, renais, retenção de líquidos e provocar um AVC. Não pense, também, que esse desequilíbrio de pressão atinge apenas pessoas idosas. Hoje é comum vermos adultos, jovens e até crianças sofrerem desse mal.
"Recomenda-se ingerir 2,4 g de sódio por dia, mas o brasileiro tem consumido de 4 a 6 g, por isso é bom prestar atenção em comidas como batata frita, biscoitos salgados, bacon, comidas prontas, enlatados, defumados e aditivos alimentares e molhos prontos para saladas", diz Iria.
A terapeuta explica que muita gente acha que hipertensão é um problema cardíaco, mas é um problema de vasos sanguíneos (veias e artérias), em que o coração sofre o impacto da pressão arterial elevada e tem que trabalhar com mais força para bombear o sangue. Os radicais livres agridem a membrana celular e atrapalham a eficiência da bomba de sódio e potássio da membrana das células, que ao deixar de funcionar direito faz com que o potássio saia e o sódio se acumule, deixando assim a célula inchada.
A educação alimentar ensinada na Terapia Ortomolecular pode ajudar a atingir o equilíbrio de saúde, uma vez que muitos medicamentos são derivados de plantas. Então, vale a pena aliar o medicamento prescrito pelo seu médico a um tratamento Ortomolecular, que incentiva a inclusão de alimentos antioxidantes. Dê esta oportunidade para seu corpo e melhore sua qualidade de vida.

Xô, sedentarismo!


Nas regiões em desenvolvimento, à medida que as economias se industrializam, as doenças crônico degenerativas, como diabetes mellitus, hipertensão arterial e aterosclerose, tornam-se mais prevalentes, principalmente pela adoção de estilos de vida ocidentalizados, caracterizados por maiores índices de sedentarismo e dietas com mais gordura e menos fibras.

Segundo o personal trainer Vinicius Araújo, o primeiro estudo brasileiro sobre risco cardiovascular publicado em 1990 mostrou que, na cidade de São Paulo, o fator de risco com maior prevalência foi o sedentarismo (69,3%) e depois tabagismo (37,9%), hipertensão arterial (22,3%), obesidade (18%) e alcoolismo (7,7%). A prática regular de atividade física ou mesmo o estilo de vida mais ativo tem demonstrado ser um meio de proteção contra a ocorrência de doenças cardiovasculares, reduzindo a mortalidade cardiovascular e a mortalidade por todas as causas.
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Adultos que fazem atividade física apresentam aumento da longevidade, independentemente do sexo e da idade. Estudos mostram que a mortalidade por todas as causas foi de 12% para homens e mulheres sedentários, 7,4% para praticantes de exercícios físicos com frequência menor do que 6x/mês e 4,9% para praticantes de atividade física pelo menos 6x/mês, com média de 30 minutos de duração, com intensidade moderada ou intensa.
Outra pesquisa mostrou que pelo menos 1 hora de caminhada/semana reduz o risco de evento cardiovascular em 14%; caminhada de 1,5 hora/semana reduz ainda mais o risco, em 52%; gasto energético semanal de 600 a 1.499 Kcal reduz risco em 55%. Tanto a quantidade de gasto energético semanal quanto a intensidade do esforço conferem proteção contra o desenvolvimento de eventos coronários.sedentarismo
"O sedentarismo em pessoas com hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença coronária ou dislipidemia está associado ao aumento do risco de morte por todas as causas. A prática de atividade física reduz a mortalidade por doença coronária, doenças cardiovasculares e a morte por todas as causas, mesmo com outros fatores de risco", diz Vinícius. "A recomendação de saúde pública para a prática de atividade física, de pelo menos 30 minutos de exercícios físicos diários de moderada intensidade, gerando cerca de 1000 Kcal/semana, é a mais adequada para a melhoria dos indicadores de mortalidade".