sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Estética messy girl lidera tendências de maquiagem para 2024

 


Nas mídias sociais, o filme “Saltburn”, lançado ao final de 2023, têm sido um dos assuntos mais comentados pelo público. O longa dirigido por Merald Fennell ganhou o apreço do público por sua estética única, presente tanto nos cenários, quanto nos personagens. Venetia Catton, em especial, se tornou inspiração para os fãs por seu visual que resgata referências dos anos 90, adotando ao grunge chic. A maquiagem da jovem interpretada por Alison Oliver já se tornou inspiração para os telespectadores.

Kelly Nogueira, fundadora da Espaço Make e especialista em beleza, revela ter percebido um crescimento na busca por cosméticos utilizados para compor o look da tendência. “Lápis de olho preto, delineador e paletas de sombra escuras são as queridinhas do momento. Esse trio é essencial para compor a messy girl makeup”, explica a especialista.

Confira a seguir, dicas selecionadas pela especialista para compor a maquiagem oposta a estética clean, que traz à tona o dark da década de 90. 

·  Preparação da pele: tons frios e contorno marcado

Na busca por uma maquiagem impactante, inicie a preparação da pele com tons frios, escolhendo uma base que harmonize perfeitamente com a tonalidade da sua pele. O contorno marcado desempenha um papel crucial nesse processo, proporcionando dimensão e profundidade ao aplicar um tom mais escuro em áreas estratégicas, como as maçãs do rosto e a linha da mandíbula. 

·  Lápis de olho preto esfumado e contorno ousado

Para conquistar um olhar expressivo, experimente o lápis de olho preto. Ao aplicá-lo ao longo da linha d'água e da pálpebra superior, crie um contorno ousado que destaque seus olhos de maneira intensa. O segredo está em, após depositar o produto, esfumá-lo sutilmente com os dedos para obter um efeito borrado, adicionando um toque despojado e ousado ao visual. 

·  Sombra preta e rímel para olhar impactante

A aplicação de sombra preta desempenha um papel crucial na composição do olhar arrojado. Escolha uma sombra altamente pigmentada e esfume cuidadosamente nas pálpebras, estendendo-a para o côncavo. Complete o visual com uma camada generosa de rímel, enfatizando os cílios para um efeito dramático que captura a atenção. 

·  Equilibrando com lábios sutis

Para equilibrar a intensidade do olhar, escolha lábios sutis. Opte por um batom nude ou um lip balm, destacando a beleza natural dos lábios sem competir com a ousadia dos olhos. Essa estratégia coloca o foco principal no olhar, criando uma harmonia entre os elementos da maquiagem e garantindo um resultado elegante.


Foto: Freepik

 

 

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Ácido salicílico: um poderoso ativo no combate à acne

 


Quem sofre com problemas de acne está sempre em busca de produtos com esse ativo: o  ácido salicílico. Mas ele é um composto que deve ser usado com bastante cuidado, apesar de estar  presente em diferentes tipos de produtos para a pele. Seu principal potencial está na ação secativa e na limpeza suave das células mortas, que se acumulam nos poros. O uso regular desta substância pode trazer inúmeros benefícios para a pele a curto e longo prazo. Entre eles, posso citar o controle de oleosidade, a uniformização da pele, a redução das linhas finas e o próprio tratamento de cravos e acnes. Além disso, o ácido salicílico pode ajudar a reduzir manchas escuras na pele, marcas de idade e proporciona o controle da produção de sebo, o que é importante para pessoas com pele oleosa e propensa à acne. O uso a longo prazo também promove o clareamento da pele. 

É importante que as pessoas saibam que o produto utilizado nos dermocosméticos é um composto derivado do ácido salicílico natural, encontrado nas cascas das árvores de salgueiro. Ele é um beta-hidroxiácido (BHA) e é solúvel em água, o que faz com que seja mais seguro para a maioria das pessoas. Ele tem ação anti-inflamatória, que realiza a renovação celular e reduz inclusive as linhas finas do rosto. 

Como usar o ácido salicílico?

O ácido salicílico está disponível em muitos dermocosméticos, incluindo sabonetes, cremes, loções, géis e soluções tópicas. Quando em contato com a pele, a substância  promove uma descamação leve, que garante a retirada de impurezas do rosto, mas quando não usado adequadamente esse processo pode deixar a pele mais seca e sensível. Por isso, é importante passar um hidratante facial na proporção correta após o uso do ácido salicílico, para minimizar a possibilidade de ressecamento. 

Também não recomendo utilizar muitos produtos com o mesmo ativo de uma só vez, pois isso pode sensibilizar a pele. Se for durante o dia, é sempre importante passar um protetor com alto fator de proteção solar depois do uso do ácido. Afinal, apesar de ser um produto seguro para uso durante o dia (leia sempre as instruções do fabricante), qualquer tipo de ácido exige uma atenção maior com a proteção solar. 

Cuidados com o uso de ácido salicílico

O ácido salicílico é bastante seguro e se adequa à pele da maioria das pessoas, mas é preciso tomar alguns cuidados para evitar que a pele fique muito sensível. O uso diário depende da quantidade de ativo presente na rotina de skincare. Se for usar produtos que contenham baixa concentração do composto, o ácido salicílico pode fazer parte da rotina de cuidados com a pele sem causar danos. Mas se o uso do produto for de forma concentrada, é importante consultar um profissional dermatologista ou esteticista. 

Use uma quantidade adequada: se o produto é de aplicação direta no rosto e não será retirado (como um sérum ou creme, por exemplo), aplique apenas a quantidade recomendada de produto para evitar irritações ou problemas de pele. Outra dica é não combinar o uso do ácido com outros esfoliantes químicos ou físicos ao mesmo tempo, pois isso pode irritar a pele, a menos que o próprio produto tenha essa combinação, pois foi criado considerando a saúde da pele.

Também não recomendo usar em áreas muito sensíveis, como a região ao redor dos olhos, dos lábios e do nariz.O protetor solar também é indispensável para a pele, independente dos produtos de skincare utilizados, mas ainda mais para quem faz uso de ácidos. 

É importante lembrar que cada pessoa tem uma pele diferente e pode reagir de maneira diferente ao ácido salicílico. Por isso, sempre opte por produtos que tenham qualidade e, caso sinta algum tipo de incômodo, procure um dermatologista ou esteticista. 

Onde encontrar produtos com ácido salicílico?

Com o aumento da popularidade do ácido salicílico, é possível encontrar os mais diversos produtos com esse ativo. Porém, os mais comuns são sabonetes, séruns e máscaras. 

Nos sabonetes, o ácido salicílico tem a função de fazer uma limpeza mais profunda e com poder secativo nos poros, o que ajuda a diminuir as chances de inflamação (acnes). Ele é facilmente retirado com o enxágue. 

Por ter uma textura fluida, a solução do ácido salicílico em sérum é a forma mais fácil de garantir a absorção do produto, principalmente para quem tem pele oleosa, por garantir uma hidratação mais profunda. 

Nas máscaras, a ideia é fazer uma aplicação em uma concentração maior, fazendo com que o ácido aja por um período, ajudando na esfoliação, e depois seja retirado. Isso ajuda a remover as células mortas e a melhorar a textura da pele. 

 

Por Elaine Veríssimo, diretora da Divisão Derma, do Grupo Oficial Farma



Foto: Freepik

domingo, 10 de dezembro de 2023

Corrimento marrom - o que é e por que tantas mulheres são afetadas


A saúde íntima é uma preocupação constante para as mulheres, e quando surge um corrimento marrom inesperado, as dúvidas podem se intensificar. A presença dele, contudo, pode estar ligada a vários motivos, tanto a causas naturais como a algumas condições médicas.

Segundo a dra. Malu Frade, ginecologista e obstetra especialista em Reprodução Humana da Famivita, o corrimento amarronzado, geralmente, está relacionado a algum tipo de sangramento de escape. Este, por sua vez, se mistura com a secreção vaginal normal e acaba causando o corrimento, que na verdade nada mais é que um restinho de sangue.

Vale destacar que haver secreção sendo expelida pela vagina é natural, fazendo parte do organismo feminino. "Todas as mulheres apresentam secreção vaginal e ela varia durante o ciclo. Pode ser mais esbranquiçada, tipo hidratante, ou pode ficar mais transparente, mais elástica. Então, ter sempre uma secreção vaginal é normal", diz ela. Principalmente quando falamos, porém, de corrimento acompanhado de ardência ou mau odor, deve ser buscado o auxílio médico com urgência, de acordo com a dra. Malu, pois pode indicar alguma doença.

Um fator que costuma estar associado ao corrimento marrom é a utilização de contraceptivos hormonais, como a pílula do dia seguinte, segundo a médica. "Na maioria das vezes, ela bagunça um pouco o ciclo. Assim, a mulher pode ter um corrimento marrom ou sangrar muito, com um fluxo intenso e de cor avermelhada, por exemplo", aponta ela.

Inclusive, uma pesquisa realizada pela Famivita, com mais de mil mulheres, revelou que 24% delas já tiveram um corrimento marrom acompanhado de mau cheiro e/ou ardência. Além disso, 36% das participantes mencionaram já ter tido sangramentos de escape ao usar anticoncepcionais. Os números, assim, vêm mostrar que essas ocorrências eventualmente compõem a rotina feminina.  

Mas há diversas possibilidades em que o corrimento marrom pode estar envolvido, segundo pontua a dra. Malu, e uma delas é que, no caso de uma baixa hormonal no organismo, o corrimento se dê por não haver a quantidade adequada de progesterona. A outra pode confundir um pouco as mulheres por estar, talvez, ligada a uma gestação. "Isso porque acontece de algumas pacientes, quando ocorre a nidação, que é a implantação do embrião no útero, terem esse corrimento tipo borra de café, em pequena quantidade, que é um sangramento de escape", afirma.

Dentre as possibilidades relacionadas ao corrimento marrom está, também, um sangramento devido à pólipo ou mioma. "É difícil saber por que a mulher está tendo esse sangramento, que chamamos de sangramento uterino anormal, ou seja, fora do período esperado da menstruação, sem ir ao médico", assinala a especialista da Famivita.

Para que sejam avaliadas as causas do corrimento marrom, são feitos pelo ginecologista a anamnese e o exame físico, sendo investigada, ainda, a presença da gravidez em mulheres com idade reprodutiva. Exames de sangue e ligados a alterações hormonais, assim como a ultrassonografia endovaginal estão entre os que podem ser solicitados, dependendo dos sintomas.


Foto: Freepik

 


sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Tendinite cresce entre crianças e adolescentes


A inflamação nos tendões, conhecida como tendinite, tem crescido entre crianças e adolescentes nos últimos anos. Segundo o médico ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Cleber Furlan, é possível dividir esses casos em dois grupos: jovens que praticam atividades físicas com mais intensidade, ao nível de sobrecarga, e sedentários.

O primeiro grupo corresponde a crianças e adolescentes que praticam esportes com alta frequência, às vezes por uma necessidade de preencher os horários do seu dia ou por incentivo ao excesso de atividades em razão do acúmulo de energia. Por qualquer que sejam os motivos, essa intensidade pode acarretar tendinites, principalmente de ombro e de cotovelo - para quem joga tênis ou o famoso beach tennis, por exemplo -, de quadril, joelho e também no tornozelo - em especial para esportes com bola, balé, ginástica, dança.

O outro grupo se refere às crianças e adolescentes que se enquadram como sedentários, ou seja, não cumprem atividades físicas suficientes para resultar em um gasto calórico saudável. É comum, nesses casos, que o uso excessivo de telas de computador, tablet ou celular leve a uma postura inadequada que contrai tendinites, como processos inflamatórios no cotovelo, nos punhos e nas mãos.

Estudos da UFMG, a partir de uma amostragem de 6 mil pais de crianças e adolescentes, apontaram que o uso excessivo de celulares aumentou durante e após a pandemia. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o recomendado para crianças pequenas (2 a 5 anos) é até uma hora por dia, podendo chegar ao máximo de 3 horas diárias para jovens entre 11 e 18 anos. Diante disso, Furlan notificou uma maior incidência de tendinite em pacientes mais jovens, como crianças e adolescentes, em seu consultório nos últimos anos. Em razão da pandemia, o tempo de uso de telas cresceu de forma prejudicial a esses grupos, que ainda estão em sua fase de crescimento e desenvolvimento cognitivo.

De forma geral, a alteração que essas novas tecnologias, como tablets e telas de celulares, trazem é uma justificativa para esse aumento de casos. Isso porque nas décadas de 1970 e 1980, eram comuns as máquinas de escrever com datilografia, em que se usavam todos os dedos e havia melhor postura de uso. Na época, existiam inclusive cursos para aprender a equilibrar as mãos durante a datilografia, usando de forma correta todos os dedos, os tendões e a musculatura. 

Hoje, o dedo mais utilizado para digitar nos tablets e telas é o polegar, que não tem uma estrutura de apoio tão adequada, pensando em anatomia, quanto os outros dedos, o que leva a tendinites e a desgastes nas articulações - conhecidas como artroses. 

Os principais sintomas de toda tendinite são dor e limitação da mobilidade. No começo, a rigidez, dificuldades de mobilização, de apoio e de fazer força podem ser indicativos para uma inflamação dos tendões. É uma condição frequente para grupos de 7 a 15 anos, que estão mais frequentemente associados ao mau uso de tablet (no que se refere à postura) e ao excesso de práticas esportivas.

Uma vez identificado o fator de causa, é necessário conversar com a criança, com os pais, e buscar atividades que possam mitigar a inflamação e não piorar as dores. Nos casos de pacientes sedentários, o mais indicado é o método RPG (Reeducação Postural Global), que orienta uma postura melhor para adequar às atividades do dia a dia.

Além disso, a fisioterapia e exercícios de alongamento antes e depois de atividades físicas intensas são boas alternativas de tratamento para o sedentarismo. No caso de pacientes ativos em excesso, o ideal é justamente regular as atividades da semana a uma frequência que previna lesões e a aceleração do desgaste das articulações. 


Foto: Freepik

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Verão exige cuidado com a pele para evitar o câncer mais comum no Brasil



Dezembro chega trazendo o colorido do verão no laço do mês para alertar sobre o carcinoma, o tipo de câncer mais comum entre os brasileiros. O laço laranja reforça a importância do cuidado sistemático com a pele não apenas na estação mais quente e ensolarada do ano, mas também nas demais. O carcinoma é responsável por 31,3% dos casos de câncer no Brasil e é um dos tipos que podem ser evitados por meio da prevenção. Bem por isso, o dezembro laranja vem para marcar alguns hábitos necessários no nosso dia a dia, como o uso de protetor solar e óculos escuros.

Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele é a exposição ao sol. No Brasil, onde a radiação ultravioleta atinge índices altíssimos, é mais do que necessário pensar numa proteção diária, independentemente da exposição durante um momento de lazer, por exemplo, como explica Vinícius Conceição, oncologista clínico e sócio do Grupo SOnHe. “Estamos expostos ao sol a todo momento, não apenas quando estamos de férias na praia. Perdemos tempo no trânsito e, enquanto isso, estamos expostos”, alerta o médico.

O câncer de pele é mais comum em pessoas de pele clara, com mais de 40 anos. Além da exposição ao sol, a baixa imunidade e o histórico familiar podem ser fatores de risco. As áreas de maior exposição, segundo Débora Curi, oncologista do Grupo SOnHe, precisam ser monitoradas com frequência e qualquer alteração na pele precisa ser analisada. “Identificar o câncer de pele no estágio inicial é fundamental para garantir o sucesso do tratamento”, explica Débora.

Até 2025, o Brasil deve diagnosticar 704 mil novos casos de câncer por ano, sendo o carcinoma responsável por 30% dos casos, o que representa mais 220 mil casos da doença por ano. O câncer de pele é mais comum entre os homens, respondendo por 51% dos casos, por isso, vale o alerta para que esse público tenha mais atenção à própria saúde. “O homem também precisa cuidar da pele, proteger a cabeça e os olhos. A informação ajuda a quebrar o preconceito”, afirma Vinícius Conceição. Ainda segundo o médico, observar o próprio corpo é fundamental para que possamos protegê-lo. No caso das pintas, que podem indicar um tipo de câncer de pele, vale a regra do ABCDE. Se a pinta for assimétrica, tiver a borda irregular, apresentar dois tons ou mais, tiver a dimensão superior a seis milímetros e evoluir de tamanho ou apresentar alteração de cor, é muito provável que seja um tumor maligno, caso contrário, é considerado benigno. O médico reforça que são vários os tipos de câncer de pele, sendo o carcinoma o mais comum e o mais simples de ser tratado. No entanto, o apelo da prevenção deve ser feito o ano todo e não apenas no mês de dezembro. “Vivemos num país tropical, com alta incidência de radiação ultravioleta. Portanto, o cuidado com a pele deve ser permanente”, alerta.

O tratamento para o câncer de pele costuma apresentar mais de 90% de chance de cura do paciente, que pode ser submetido à quimio, radioterapia ou até mesmo à cirurgia. 

Cuidados básicos para evitar o câncer de pele

Proteger a pele é uma necessidade diária. Sendo assim, é essencial evitar a exposição prolongada ao sol no horário de maior incidência da radiação, entre 10 e 16 horas. Também é importante fazer uso de filtro solar, óculos escuros, chapéu ou boné. De acordo com a oncologista Débora Curi, manter uma rotina de exames também é fundamental para identificar possíveis alterações. “Estamos falando não apenas dos exames laboratoriais, mas também dos exames clínicos, em que podemos diagnosticar qualquer tipo de alteração na pele do paciente”, finaliza a médica.


Foto: Freepik

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

O que fazer quando acordar no meio da noite?

 


Acordar no meio da noite é algo comum e pode acontecer por diversos motivos: estresse, ansiedade, desconforto físico ou interrupções causadas pelo ambiente. Mas se você acordar e tiver dificuldade em retomar o sono, aqui estão algumas estratégias: 

1. Mantenha o ambiente propício: certifique-se que seu quarto esteja escuro, silencioso e em temperatura confortável. Use máscaras de dormir, tampões de ouvido ou ventilador para bloquear qualquer estímulo que possa estar te perturbando.
2. Evite olhar para o relógio: ficar verificando a hora pode aumentar a ansiedade e dificultar a volta do sono. É melhor ignorar o horário e se concentrar no relaxamento.
3. Pratique técnicas de relaxamento: respiração profunda, meditação ou relaxamento muscular progressivo podem ajudar a acalmar a mente e relaxar o corpo.
4. Evite estímulos: usar dispositivos eletrônicos, assistir TV ou fazer exercícios intensos antes de dormir podem interferir no sono e dificultar sua retomada.
5. Tente técnicas de distração: se estiver tendo dificuldade em voltar a dormir, tente distrair a mente com pensamentos positivos, imagens relaxantes ou contar mentalmente. Isso ajuda a afastar pensamentos ansiosos e facilita a volta do sono.
6. Evite comer ou beber muito: refeições pesadas ou muito líquido antes de dormir podem causar desconforto e interromper o sono. Se estiver com fome ou sede, opte por um lanche leve ou um copo pequeno de água.
7. Não fique na cama por muito tempo: se não conseguir voltar a dormir após 20 ou 30 minutos, levante-se e faça uma atividade relaxante, como ler um livro ou ouvir música suave. Evite também a exposição à luz, pois isso pode colocá-lo em alerta.
 
E lembre-se: cada pessoa pode responder de maneira diferente a essas estratégias. Se você tiver problemas frequentes em voltar a dormir ou a insônia persistir, é recomendável consultar um profissional de saúde para obter orientação personalizada!

Sobre a Associação Brasileira do Sono

https://www.instagram.com/absono/ 

Fundada em Agosto de 1985 com o nome Sociedade Brasileira do Sono, a instituição congrega todos os profissionais brasileiros que estudam sono, incluindo desde áreas experimentais básicas, Biólogos, Técnicos de Polissonografia, Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Psicólogos, Odontologistas e Médicos. A associação é fundamentalmente desde sua origem multidisciplinar e a lista de especialistas que participam da sociedade não para de crescer.

Com o passar dos anos a sociedade se adaptou aos desafios e, desde 2005, passou a se chamar Associação Brasileira do Sono (ABS). Agrega também sob o mesmo teto e com direção compartilhada as sociedades co-irmãs: Associação Brasileira de Odontologia do Sono (ABROS) e Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS), ambas criadas para atender necessidades específicas de dentistas e médicos.

A ABS é reconhecida mundialmente. A associação promove inúmeras atividades, incluindo cursos, reuniões com a sociedade civil e com os gestores de políticas públicas, além de promover diálogo constante com a sociedade sobre os mais diversos temas relacionados ao sono. A Associação Brasileira do Sono é responsável também pelo periódico científico Sleep Science, revista publicada em inglês com reconhecimento mundial, recebendo artigos científicos originais de todas as partes do planeta.

As regionais do sono estão presentes em 22 estados do Brasil.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Saiba como prevenir acidentes domésticos com crianças e idosos


Acidentes domésticos muitas vezes podem parecer inofensivos, mas em situações graves podem levar à morte de uma pessoa. De acordo com o Ministério da Saúde, só em 2022, mais de 8 mil crianças e adolescentes entre zero e 14 anos morreram vítimas desse tipo de situação.

A preocupação também se aplica para os idosos. No Paraná, foram mais de 12 mil quedas de pessoas acima dos 60 anos atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nos primeiros nove meses de 2023.

Por isso, compreender medidas que auxiliam na prevenção é fundamental. Neste processo, a Terapia Ocupacional é uma excelente aliada. “Os terapeutas ocupacionais trabalham com pessoas de todas as idades para ajudá-las a realizar suas atividades diárias com segurança e independência. São várias as funções, como avaliar e modificar o ambiente doméstico e fornecer treinamento de habilidades para evitar acidentes”, explica a TO Syomara Cristina, que atua há mais de 30 anos na área.

Para evitar acidentes domésticos com crianças, por exemplo, algumas dicas são a instalação de grades em escadas e janelas e estar atento a ambientes lisos e molhados, como o box do banheiro. Além disso, é preciso atenção extra aos bebês para evitar quedas de lugares comuns, como cama, sofá e berço.

No caso de idosos, algumas ações essenciais passam pela não colocação de tapetes em quartos, banheiros e sala, fixar móveis que possam ser usados para apoio (como mesas de cabeceira) e instalar luminárias por sensor.

TO também é fundamental para a recuperação

Contudo, se a prevenção não funciona, os acidentes domésticos exigem também um cuidado atento com o processo de recuperação junto a um profissional.

“Um Terapeuta Ocupacional é fundamental para auxiliar na recuperação e reabilitação após um acidente. Por meio de técnicas e exercícios, o foco do trabalho se concentra em retomar a ação do paciente, garantindo mais qualidade de vida e autonomia”, frisa Syomara.



Foto: Freepik

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

7 dicas para pedalar com segurança

 


As férias estão chegando e com ela, os passeios, viagens, festas e claro, não podemos esquecer dos exercícios físicos, como a pedalada. O momento agora é de descanso e de recuperar as energias. Além disso, é importante estabelecer uma meta para aqueles que desejam movimentar-se mais e uma das opções é a bicicleta.  

A professora Ingrid Luiza Neto, coordenadora do Laboratório de Psicologia do Trânsito do Centro Universitário do Distrito Federal - UDF, explica que além de ser muito divertido, andar de bicicleta traz muitos benefícios em termos individuais, ambientais, econômicos e sociais.  

“No âmbito individual, ela possibilita que as pessoas sejam mais saudáveis, por meio da realização de exercícios físicos, reduzindo os índices de sedentarismo e de obesidade. Em tempos em que o uso de dispositivos digitais e tecnológicos é tão intenso, pedalar permite estar ao ar livre e em contato consigo mesmo, contribuindo também para a melhoria da saúde mental, diminuindo os índices de ansiedade e de depressão, por exemplo”, completa a docente.  

Já em termos ambientais, a especialista esclarece que o uso da bike para se deslocar pode contribuir para a redução da quantidade de carros nas ruas, diminuindo a emissão de gases poluentes. Além disso, possibilita que as pessoas estejam ao ar livre e em contato com a natureza, que tem um papel restaurador do estresse vivenciado diariamente. “Há também o fato de que o uso da bicicleta pode representar uma economia aos usuários, que não precisarão gastar com a passagem de ônibus, o transporte por aplicativo ou a gasolina do carro.”  

A professora Ingrid diz que é importante se divertir, porém sempre se atentando a segurança no trânsito. Por isso, elencou algumas dicas sobre o assunto:  

1.    Embora não haja obrigatoriedade legal, o uso do capacete é recomendável, para evitar lesões em caso de quedas;

2.    O uso de roupas claras ou de coletes refletores, bem como de luzes na dianteira e na traseira da bicicleta facilita a visibilidade do ciclista por parte dos demais participantes do trânsito;

3.    O uso das ciclovias ou das ciclofaixas é recomendado, sempre que possível, pois, por ser um espaço exclusivo ao ciclista, reduz a possibilidade de sinistros e de colisões com os demais participantes do trânsito;

4.    Caso compartilhe a via com os carros, é importante pedalar na faixa da direita e no mesmo sentido da via, para que faça parte do fluxo do trânsito e seja visto pelos motoristas. Neste caso, você poderá sinalizar suas intenções com o braço e estabelecer contato visual com os motoristas;

5.    O cuidado com a manutenção e a regulagem da bicicleta também é fundamental. É indicado procurar uma oficina parar fazer uma revisão, calibrar os pneus, verificar os freios e lubrificar as coroas, as catracas e as correntes;

6.    O uso de fones de ouvido e do celular ao pedalar não é indicado, pois pode reduzir a atenção do ciclista aos estímulos presentes no trânsito;

7.    O respeito à sinalização deve ser frequente por todos os participantes do trânsito.

Além disso, a docente do UDF listou alguns locais para quem deseja pedalar. “Se você não tem bike ou se está em viagem, é possível encontrar sistema de bicicletas compartilhadas para locação nas seguintes cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.”  

A psicóloga finaliza explicando que a bicicleta também representa benefícios sociais, uma vez que possibilita que as pessoas tenham mais contato com a comunidade. Por meio disso, as pessoas podem perceber e explorar a sua vizinhança e a cidade em geral, conhecendo espaços de uma maneira diferente de quando se está de carro ou de ônibus, preso em um congestionamento. “Para quem vai pedalar durante as férias, lembre-se sempre de circular com atenção, respeito e gentileza.”  


Foto: Freepik

 

 

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Diabetes não tratada pode causar a retinopatia diabética e levar à cegueira



O Brasil é o 5º país no mundo com a maior população diabética. Hoje, são mais de 16 milhões de brasileiros e de acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), esse número pode chegar a 21,5 milhões de pessoas em 2030.  

O diabetes é uma síndrome metabólica, cujo o corpo não produz insulina - hormônio produzido pelo pâncreas e responsável pelo metabolismo da glicose - ou não consegue utilizar adequadamente a que produz. 
 
Uma das doenças oculares relacionadas ao diabetes é a retinopatia diabética, que atinge a retina - área dos olhos onde se formam as imagens antes de serem enviadas ao cérebro. Por isso, o oftalmologista Fernando Naves, do Hospital Santa Casa de Mauá, alerta que a doença pode levar à cegueira irreversível, inclusive de ambos os olhos. “Os diabéticos precisam cumprir o tratamento à risca, pois a possibilidade de perder a visão é muito maior do que as pessoas que não possuem a doença”, orienta.
 
Para tornar urgente as medidas de conscientização e prevenção da doença, no próximo dia 25 de novembro, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) promoverá a campanha 24h pelo Diabetes, uma mobilização multidisciplinar on-line, que reunirá as sociedades de especialidades, entidades de saúde e profissionais de diferentes áreas em prol da saúde coletiva. Mais informações podem ser obtidas em 24hpelodiabetes.com.br .
 
Existem duas formas da doença e uma delas é a retinopatia diabética não proliferativa - primeiro nível da doença, a qual causa hemorragia e vazamento de líquido na retina. O outro tipo é a retinopatia diabética proliferativa, quando as chances da perda de visão são grandes e provocam a formação de vasos anormais com sangramento e o descolamento da retina.
 
No estágio inicial, a retinopatia diabética não apresenta sintomas e, por essa razão, as visitas ao especialista são extremamente importantes. Com o tempo, o paciente passa a ter visão borrada, fotofobia, distorção das imagens, manchas ou pontos na visão, dificuldade na visão noturna e perda progressiva da visão.
 
O diagnóstico é comprovado por meio de exame clínico, da angiografia por fluoresceína, por tomografia de coerência óptica e por exame de fundo de olho.
 
Os cuidados com o diabetes são primordiais para o sucesso do tratamento, o qual tem a finalidade de retardar a sua evolução e dependerá do estágio da doença. O especialista poderá recomendar medicação anti-inflamatória, fotocoagulação - aplicação de laser, injeções intra-vítreas, terapia anti-VEGF ou as cirurgias de vitrectomia.
 
“Assim como em todo controle e prevenção de doenças, na retinopatia diabética é importante ter hábitos saudáveis, praticar exercícios, ter boa alimentação e melhorar os níveis glicêmicos”, orienta o oftalmologista Fernando Naves.
 


Foto: Freepik

domingo, 19 de novembro de 2023

É possível envelhecer bem?

 


Dados do Censo de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último mês, apontam que o Brasil está envelhecendo mais rápido. Em 2010, a cada 30 idosos (65 anos ou mais), o país tinha 100 jovens de até 14 anos. Agora, são 55 idosos para cada 100 jovens. Com o aumento da longevidade, torna-se mais do que necessário aprender a encarar o envelhecimento da melhor forma possível.

"O tempo vai passar e não importa o que façamos com ele e de nós. Então, façamos dele a oportunidade perfeita para crescer, para construir e expandir nossa consciência. Não se preocupe com o tempo, se preocupe com a qualidade do tempo", enfatiza a doutora em psicologia pela PUC-SP e psicanalista Blenda Oliveira.

O ser humano sabe que vai morrer, mas o que ele faz com esse tempo em que está vivo? Para a especialista, o movimento da vida não deve parar nem mesmo na velhice. "Pelo contrário, é neste período que podemos entrelaçar e refletir sobre as experiências vividas. É no envelhecimento que o agora se impõe, se faz presente. Afinal, o fim se aproxima e a pergunta é inevitável: o que fizemos da vida?", ressalta ela.

O grande desafio que envolve o processo de envelhecer é o de conhecer a si mesmo de forma plena e consciente e também se preparar para essa etapa da vida. "A longevidade é um testemunho de resiliência e determinação. O envelhecimento está em todos nós, faz parte e é muito provável que aconteça com a gente", diz Blenda.

É chegada a hora de abandonar a crença estabelecida há tempos de que a longevidade é algo ruim, que simboliza um fim solitário e triste da vida. "Falar sobre longevidade ainda é, muitas vezes, um tema visto com certo desconforto, já que as pessoas tendem a associar o envelhecimento unicamente à ideia da morte. Devemos compreender que envelhecer é, na realidade, uma jornada de experiências e que isso não deve ser mais tratado como um tabu e nem ser romantizado", complementa a psicanalista.

Invista na vida social: as relações que estabelecemos com os outros podem melhorar a nossa satisfação com a vida. É muito importante que se crie e mantenha contato e relações de intimidade com familiares e amigos. Lembre-se que não existe um prazo limite para conhecer e ter experiências com pessoas novas. Manter boas amizades ao longo da vida também ajuda! 

Não deixe o autocuidado de lado: atividades que te façam bem devem ter um canto na sua agenda. Além disso, é necessário entender que a saúde emocional é essencial para se envelhecer bem, então buscar auxílio psicológico é um grande ato de carinho e amor a si mesmo.

Aproveite atividades de lazer: nunca é tarde para aprender e descobrir um hobby novo. Se manter interessado em atividades divertidas e prazerosas é uma ótima maneira de envelhecer de maneira plena e feliz.

Escolha um estilo de vida saudável: exercícios físicos, boa alimentação e bons hábitos de sono valem a pena ser investidos.


Foto: Freepik

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Proteja os cabelos do cloro, maior vilão durante o calor

 


Com a chegada do calor e das esperadas férias, nada melhor do que aproveitar um refrescante dia de piscina. No entanto, é fundamental estar ciente dos potenciais danos que o cloro, um agente comumente utilizado para manter a água limpa, pode causar aos preciosos cabelos.

“O cloro, devido ao seu pH baixo, desempenha um papel vital na preservação da higiene da piscina”, explica Mayla Carbone, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). “Contudo, quando os cabelos são expostos de maneira excessiva a essa substância, na natação ou na hidroginástica, por exemplo, os resultados podem ser prejudiciais e os fios, antes abundantes, podem se tornar mais frágeis, opacos e propensos a quebras. Além disso, o cloro tem o poder de desbotar a coloração dos cabelos, tornando os fios sem vida e sem o brilho característico”, destaca.

Os malefícios não param por aí: a exposição prolongada ao cloro também pode aumentar a propensão dos cabelos à queda, comprometendo a saúde capilar de maneira significativa.

“Antes de mergulhar, é aconselhável molhar os cabelos com água doce. Isso cria uma barreira protetora, limitando a absorção do cloro pela fibra capilar”, sugere Carbone. De acordo com a especialista, o uso de produtos capilares específicos, como cremes leave-in e óleos capilares para proteção contra cloro, pode ser uma opção eficaz. “Esses produtos criam uma camada protetora que minimiza os danos causados pelo cloro”, ensina a dermatologista.

Após o mergulho, é fundamental lavar os cabelos, removendo qualquer resíduo do produto. "Hidratar os fios regularmente também é essencial para restaurar a umidade perdida e fortalecer a estrutura capilar", finaliza Mayla Carbone.



Foto: Freepik

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Novembro azul: 1 em cada 7 homens pode desenvolver câncer de próstata

 


No mês de novembro, a campanha de alerta para a saúde do homem e a prevenção ao câncer de próstata ganham visibilidade com os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), que espera mais de 70 mil novos casos de câncer de próstata no país em 2023.

Segundo o urologista e especialista em cirurgia robótica do Grupo São Lucas, dr. Murilo Andrade (CRM: 116423 / RQE: 33267), um em cada sete homens pode desenvolver a doença ao longo de sua vida. Alguns fatores de risco mais comuns são relacionados ao envelhecimento, fatores hereditários, principalmente homens com parentes do lado paterno que tiveram câncer de próstata, obesidade, entre outros. Ele alerta que, nas fases iniciais, o câncer não apresenta nenhum sintoma, como dificuldade para urinar ou sangramento na urina e, por isso, a importância do rastreamento clínico.

“Quanto mais precocemente for detectado o tumor, maiores são as chances de cura. Então é importante fazer a avaliação periódica com o urologista, fazendo-se o exame de toque retal e o de PSA (Antígeno Prostático Específico), que é o exame sanguíneo que dosa essa proteína no sangue. Fazendo esses dois exames de rastreamento, que são complementares, a taxa de detecção dos tumores é alta, melhorando a precisão e qualidade do tratamento”, explica.

Havendo suspeita de câncer de próstata, seja pelo PSA elevado ou por uma alteração no exame de toque retal, o urologista pode fazer uma confirmação com um novo exame de PSA ou exames de imagem, através da ressonância magnética. Caso haja uma forte suspeita, o paciente deverá realizar uma biópsia de próstata. Uma vez confirmado o diagnóstico de câncer de próstata pela biópsia, é feito um estadiamento, ou seja, uma avaliação do estágio clínico do tumor.

Os estágios clínicos podem ser tumores de baixo risco, risco moderado e alto risco. Com base nessa avaliação, serão propostas algumas modalidades de tratamento. Para casos de baixo ou muito baixo risco, onde o tumor pode levar anos para se tornar biologicamente agressivo, o paciente, caso concorde, pode passar pela vigilância ativa que é o acompanhamento periódico sem necessitar de um tratamento definitivo naquele momento. Nesse caso, é importante que o paciente se comprometa a realizar todas as etapas da vigilância ativa, que envolve exames periódicos, inclusive com novas biópsias da próstata.

Como tratamento definitivo do câncer de próstata temos a cirurgia, denominada prostatectomia radical, ou remoção da próstata, que oferece as maiores taxas de cura desta neoplasia.

"No Hospital São Lucas, com o uso da plataforma robótica Da Vinci realizamos a cirurgia pela via robótica, trazendo menor tempo de internação, maior precisão cirúrgica, menor dor no pós-operatório, menores taxas de transfusão sanguínea e grandes avanços na recuperação funcional em termos da continência precoce após a cirurgia e a recuperação da função erétil", explica o médico. Outras modalidades de tratamento incluem a radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia.

O especialista ressalta que o câncer de próstata é o tumor sólido mais comum que atinge os homens e deve ser diagnosticado precocemente para que não haja complicações como metástases e acometimento de estruturas locais. Para diminuir as probabilidades de câncer de próstata, ele recomenda um estilo de vida saudável, uma alimentação adequada e atividades físicas regulares.

É também fundamental a compreensão dos homens da importância do acompanhamento urológico a partir dos 40 anos, válido para diminuir complicações do diagnóstico tardio, melhorar taxas de sucesso dos tratamentos e, assim, ampliar a expectativa e qualidade de vida, conclui o especialista.

 

sábado, 11 de novembro de 2023

Osteoporose, uma doença silenciosa que no começo não apresenta sintomas óbvios

 

Caracterizada pela perda de massa óssea e deterioração da estrutura dos ossos, a osteoporose é considerada uma doença silenciosa. Isto porque, em suas fases iniciais, ela não costuma causar sintomas óbvios, fazendo com que muitos só descubram que são portadores da condição quando sofrem uma fratura. De acordo com o Ministério da Saúde, 10 milhões de brasileiros apresentam a doença, e a estimativa é que cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens, com 50 anos de idade ou mais, sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida.



Tendo em vista a dimensão da osteoporose no Brasil, no mundo e seu caráter insidioso, posto que demora para se revelar, torna-se premente falar da doença. Nesse sentido, a médica intervencionista em dor e autora do livro “Existe vida além da dor”, dra. Amelie Falconi, aborda a seguir as principais causas da osteoporose, sintomas, tratamentos da doença e da dor atrelada a ela, medidas de prevenção, entre outros temas relacionados à doença.

Dra. Amelie destaca que as principais causas da osteoporose são: envelhecimento, deficiência de estrogênio, histórico familiar, sedentarismo, alimentação deficiente em cálcio e vitamina D, tabagismo, excesso de álcool, e outras doenças. Entre as doenças ou condições de saúde que estão ligadas direta ou indiretamente à osteoporose estão: doença endócrinas; doenças gastrointestinais; alguns tipos de câncer e quimioterapia; artrite reumatoide; distúrbios neuromusculares; doenças pulmores crônicas; síndromes genéticas, como a osteogênese imperfeita; e o uso prolongado de medicamentos, entre os quais corticosteroides e anticogulantes.

Ao contrário do que diz o senso comum, a doença não atinge exclusivamente mulheres, embora acometa mais elas do que os homens. Conforme dra. Amelie, os fatores de risco costumam ser diferentes de acordo com o gênero. “Para as mulheres, o principal fator de risco é a menopausa, já para os homens as principais causas são distúrbios hormonais, uso crônico de cortiscoteroides, condições médicas subjacentes e envelhecimento”, relata.

Como se trata de uma doença que pode passar despercebida por anos, dra. Amelie ressalta a importância de as pessoas em risco, especialmente mulheres pós-menopáusicas e idosos, adotarem um estilo de vida saudável e  realizarem exames de densiotometria óssea, para calcular a densidade do osso e, dessa forma, diagnosticarem a osteoporose antes de uma fratura ocorrer. “É fundamental que pessoas que apresentem fatores de risco significativos para a osteoporose passem por uma avaliação médica para desenvolver um plano de prevenção e tratamento adequado”, afirma.

No que tange à prevenção da doença, as recomendações mais atuais, de acordo com a médica intervencionista em dor, enfatizam uma abordagem integral, que consiste em praticar exercícios físicos regularmente, incorporar um dieta rica e balanceada, com ingestão adequada de cálcio e vitamina D, suplementar, tomar sol, evitar a automedicação, e adotar uma estilo de vida saudável, em que a pessoa evite fumar e consumir bebidas alcólicas em excesso.

O tratamento da osteoporose pode incluir várias classes de medicamentos. “Além dos tradicionais, que contribuem para fortalecer os ossos, aumentar a densidade óssea e reduzir o risco de fraturas, estão sendo desenvolvidos tratamento direcionados, visando abordar as causas subjacentes à doença, como terapias de antiressorção, que ajudam a preservar a massa óssea”, explica. A médica intervencionista em dor ressalta que os tratamentos evoluiram nos últimos anos, proporcionando opções cada vez mais seguras e eficazes.

 A dor em pacientes com osteoporose

A dor na osteoporose, explica dra. Amelie está intimamente relacionada à fratura óssea, uma de suas complicações mais comuns. Isto porque, explica a dra. Amelie, uma fratura costuma causar instabilidade e compressão de nervos, ocasionando desconforto e dor. “Além disso, precisamos lembrar que os fatores de risco para osteoporose são os mesmos que para dores crônicas, entre eles sedentarismo, tabagismo e alimentação com deficiência de nutrientes”, diz.

Segundo dra. Amelie, para controlar de maneira eficaz a dor relacionada à osteoporose, recomenda-se uma abordagem multidisciplinar que combine medidas de prevenção, tratamento da osteoporose subjacente e manejo da dor. “Entre as ações que podem ser adotadas estão: combate ao sedentarismo, com dieta rica e balanceada e prática regular de exercícios físicos, prevenção de fraturas, tratamento da osteoporose, reabilitação, medicamentos para controle da dor e procedimentos intervencionistas para alívio da dor”, destaca.

Considerando que a osteoporose está relacionada a hábitos nocivos à saúde, como consumo excessivo de álcool, tabagismo, dieta pobre em nutrientes e sedentarismo, que por sua vez estão associados ao desenvovimento de dor crônica, a médica intervencionista em dor reitera, no Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, a importância de a população em geral adotar um estilo de vida saudável como forma de prevenir a osteoporose, a dor crônica e outras doenças.