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sábado, 10 de fevereiro de 2024

Tontura ou vertigem?

 


Você já sentiu o mundo rodar? Ou ainda uma sensação de desequilíbrio inesperada? Segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, a tontura é o terceiro sintoma mais comum em pronto-atendimentos, ficando atrás apenas de queixas de febre e dor. No Brasil, cerca de 40% da população relata os sintomas, geralmente classificados como tontura. O que a maioria não sabe é que muitas vezes pode estar com vertigem. Mas, afinal, existe diferença entre tontura e vertigem?

Gabriela Serrano Faria, fisioterapeuta parceira da Bem te quero 60+ e especialista em reabilitação vestibular, explica que tontura e vertigem são conceitos distintos e a diferença reside na maneira como o paciente descreve a sensação causada pelo sintoma. De acordo com a profissional, a tontura pode se manifestar de diversas formas, incluindo a sensação de instabilidade corporal, desequilíbrio ou atordoamento, enquanto a vertigem, também chamada de tontura rotatória, se caracteriza por uma falsa sensação de movimentação do ambiente, como se as coisas estivessem rodando.

Acima dos 60 anos é fundamental ter atenção e cuidado com movimentos abruptos que possam desencadear tontura ou vertigem (como levantar-se rapidamente do sofá ou de uma cadeira), pois podem desencadear desequilíbrios e quedas. De acordo com a fisioterapeuta, indivíduos que têm episódios de tontura ou vertigem devem buscar atendimento médico para investigação diagnóstica, uma vez que a tontura ou a vertigem não é a doença em si, mas um sintoma. Estudos indicam que há mais de 300 tipos de tontura e mais de duas mil causas diferentes.

As tonturas relacionadas à pressão baixa estão associadas ao sistema cardiovascular e não necessariamente ao sistema vestibular - órgão sensorial que exerce um importante papel na manutenção do equilíbrio do corpo. Os sintomas incluem sensação de fraqueza, desmaio, sudorese e visão escurecida. “Nestes casos é essencial consultar um cardiologista e realizar uma ampla investigação médica para avaliar as causas da hipotensão”, pontua a especialista.

Já a vertigem geralmente está relacionada a problemas no sistema vestibular, que pode ser do labirinto em si ou de suas conexões cerebrais. Cerca de 70% dos casos de vertigem são causados pela VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna), uma condição em que cristais no labirinto se deslocam. O diagnóstico baseia-se na anamnese sugestiva, na qual são coletas informações e percepções do paciente e no exame físico direcionado, sendo o tratamento realizado por meio de manobras para reposicionar esses cristais.

“Conhecer o diagnóstico é crucial para a eficácia do tratamento. A reabilitação vestibular desempenha um papel fundamental no gerenciamento dos sintomas e no processo de compensação vestibular. Os familiares e cuidadores de pessoas idosas devem acolher essa queixa, pois a tontura muitas vezes é considerada um sintoma comum do envelhecimento, mas não é! Trata-se de um sintoma incapacitante que gera impacto emocional, social e funcional no paciente”, enfatiza Gabriela.

A fisioterapeuta lista cinco pontos de atenção:

1.    Manter uma hidratação adequada;

2.    Evitar períodos prolongados de jejum e manter uma alimentação balanceada, evitando álcool;

3.    Observar atentamente as características da tontura para auxiliar em um diagnóstico preciso. Qual a sensação do sintoma? Há desequilíbrio? Sente pré-síncope ou atordoamento? Qual a duração das crises (minutos, horas, dias)? Há sintomas associados (zumbido, ouvido tampado, náuseas, vômito, quedas, dificuldade de marcha)?

4.    Caminhadas ao ar livre são recomendadas, mas atenção ao risco de quedas;

5.    Buscar a ajuda de um profissional especializado, pois idosos com tontura têm até 8 vezes mais risco de quedas.

 

Foto: Freepik

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Obesidade infantil: quais os riscos para a coluna das crianças?

 


O excesso de peso é um fator diretamente prejudicial ao surgimento de dores na coluna, quadril, pernas e muitas outras condições crônicas. No caso das crianças e adolescentes, não seria diferente. Se não for rapidamente identificada e tratada, certamente, essa questão pode comprometer o desenvolvimento dos pequenos.

Segundo dados divulgados pelo IBGE em conjunto com o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças no país entre cinco e nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Até setembro de 2022, mais de 340 mil foram diagnosticadas com obesidade pelo relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, em uma quantia que cresceu significativamente com a pandemia.

Boa parte desses números revelam maus hábitos não apenas no que tange a alimentação, mas também à falta de exercícios físicos. O sedentarismo, que foi ainda mais impulsionado pelo isolamento social durante a pandemia, é um dos fatores que agrava a obesidade e os problemas ortopédicos. Soma-se também fatores genéticos e hormonais e até problemas psicológicos, que alteram o comportamento da criança e geram compulsões alimentares. Em um estudo feito pela faculdade de medicina da USP, a pandemia foi responsável por cerca de 36% dos casos de depressão nesses pacientes.

As consequências para o agravamento da obesidade infantil são nítidas, cuja longa exposição sem o tratamento adequado pode desencadear problemas cada vez mais graves para a qualidade de vida dos pequenos conforme seu crescimento. Essa relação foi, inclusive, comprovada em uma pesquisa feita pela Gallup Organization (EUA) com mais de um milhão de pessoas, a qual relatou que a obesidade pode aumentar a incidência de dores ósseas, musculares e articulares, como artrite, fibromialgia e, claro, desconfortos na coluna.

Isso se explica, pois, quanto maior o ganho de gordura, principalmente, na parte abdominal, o centro de gravidade do corpo tende a alterar gradativamente, elevando o arco natural da nossa postura e, com isso, exercendo uma maior pressão sobre os músculos e ligamentos das costas e da região lombar. O deslocamento do disco vertebral, além da dor consequente, prejudica a mobilidade do paciente e tende a gerar muitas outras consequências.

Quando não combatida em tempo hábil, essa condição pode dificultar que as crianças e adolescentes realizem diversas atividades, tarefas diárias e, até mesmo, que consigam brincar e se divertir. Em casos mais graves, quando não tratados, há o risco de sofrerem falecimento prematuro ao atingirem a fase adulta, visto que a tendência de permanecerem com sobrepeso ao longo de seu crescimento é alta.

Por esses motivos, é importante que os pais desempenhem um papel ativo junto aos profissionais de saúde para reduzir o Índice de Massa Corporal (IMC) das crianças o quanto antes, através de mudanças rigorosas que não se limitem aos seus hábitos alimentares. Como costumam ser mais adeptas a essas alterações ainda enquanto jovens, pode ser mais fácil iniciar um estilo de vida mais saudável a elas desde cedo, prevenindo que esse diagnóstico piore e cause consequências severas em suas vidas.

Além de uma dieta equilibrada, a prática frequente de atividades físicas é sempre recomendada, considerada como uma aliada importante para a manutenção de um corpo ativo e saudável. Uma boa rotina de sono também é extremamente importante, uma vez que este é um fator diretamente relacionado a fatores emocionais e, ainda, ao controle do peso de todos.

Todas essas mudanças comportamentais são defendidas pela própria OMS como atitudes essenciais ao combate da obesidade infantil e aos seus impactos à coluna. Essa é uma condição extremamente preocupante e que deve ser combatida o quanto antes, inserindo alimentos mais saudáveis nas rotinas dos pequenos junto a exercícios e comportamentos que, juntos, contribuam para um corpo mais saudável e uma melhor qualidade de vida para seu crescimento.


Por dr. Carlos Eduardo Barsotti,cirurgião ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da USP, Mestre em Ciências da Saúde e Pós-graduado pela Harvard Medical School. 

 



Foto: Freepik

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Diabetes não tratada pode causar a retinopatia diabética e levar à cegueira



O Brasil é o 5º país no mundo com a maior população diabética. Hoje, são mais de 16 milhões de brasileiros e de acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), esse número pode chegar a 21,5 milhões de pessoas em 2030.  

O diabetes é uma síndrome metabólica, cujo o corpo não produz insulina - hormônio produzido pelo pâncreas e responsável pelo metabolismo da glicose - ou não consegue utilizar adequadamente a que produz. 
 
Uma das doenças oculares relacionadas ao diabetes é a retinopatia diabética, que atinge a retina - área dos olhos onde se formam as imagens antes de serem enviadas ao cérebro. Por isso, o oftalmologista Fernando Naves, do Hospital Santa Casa de Mauá, alerta que a doença pode levar à cegueira irreversível, inclusive de ambos os olhos. “Os diabéticos precisam cumprir o tratamento à risca, pois a possibilidade de perder a visão é muito maior do que as pessoas que não possuem a doença”, orienta.
 
Para tornar urgente as medidas de conscientização e prevenção da doença, no próximo dia 25 de novembro, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) promoverá a campanha 24h pelo Diabetes, uma mobilização multidisciplinar on-line, que reunirá as sociedades de especialidades, entidades de saúde e profissionais de diferentes áreas em prol da saúde coletiva. Mais informações podem ser obtidas em 24hpelodiabetes.com.br .
 
Existem duas formas da doença e uma delas é a retinopatia diabética não proliferativa - primeiro nível da doença, a qual causa hemorragia e vazamento de líquido na retina. O outro tipo é a retinopatia diabética proliferativa, quando as chances da perda de visão são grandes e provocam a formação de vasos anormais com sangramento e o descolamento da retina.
 
No estágio inicial, a retinopatia diabética não apresenta sintomas e, por essa razão, as visitas ao especialista são extremamente importantes. Com o tempo, o paciente passa a ter visão borrada, fotofobia, distorção das imagens, manchas ou pontos na visão, dificuldade na visão noturna e perda progressiva da visão.
 
O diagnóstico é comprovado por meio de exame clínico, da angiografia por fluoresceína, por tomografia de coerência óptica e por exame de fundo de olho.
 
Os cuidados com o diabetes são primordiais para o sucesso do tratamento, o qual tem a finalidade de retardar a sua evolução e dependerá do estágio da doença. O especialista poderá recomendar medicação anti-inflamatória, fotocoagulação - aplicação de laser, injeções intra-vítreas, terapia anti-VEGF ou as cirurgias de vitrectomia.
 
“Assim como em todo controle e prevenção de doenças, na retinopatia diabética é importante ter hábitos saudáveis, praticar exercícios, ter boa alimentação e melhorar os níveis glicêmicos”, orienta o oftalmologista Fernando Naves.
 


Foto: Freepik

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Cachos perfeitos: 5 cuidados necessários para manutenção dos cabelos

 


Cachos perfeitos é o sonho de todas as mulheres e homens com cabelos encaracolados. Devido à sua estrutura única, os cabelos cacheados precisam de cuidados especiais para manterem-se saudáveis e definidos. Isso ocorre porque eles tendem a ser naturalmente mais secos e suscetíveis ao frizz e à quebra se comparados a outros tipos de cabelo. A curvatura espiral do fio dificulta a distribuição do óleo natural do couro cabeludo até as pontas.

 Aqui estão algumas dicas e cuidados específicos que podem ajudar a manter os cachos saudáveis e bonitos: 

  1. Hidratação regular: existem várias maneiras de hidratar os cabelos cacheados regularmente. Uma opção é usar máscaras capilares hidratantes uma ou duas vezes por semana. Essas máscaras são formuladas com ingredientes nutritivos, como óleos naturais, manteigas vegetais e vitaminas, que penetram nos fios e os hidratam profundamente. Além disso, é importante utilizar produtos específicos para cabelos cacheados, como shampoos, condicionadores e leave-ins, que contenham ingredientes hidratantes e nutritivos. Evite produtos com sulfatos agressivos, pois podem ressecar ainda mais os fios. Outra dica é utilizar técnicas de finalização que ajudem a selar a hidratação nos fios, aplicando um leave-in ou creme de pentear nos cabelos úmidos, amassando os fios com as mãos deixando secar naturalmente, sem o uso de secador. 
  1. Lavagem suave: não é bom lavar o cabelo todos os dias, pois o excesso de lavagem pode remover os óleos naturais que protegem os fios. 
  1. Cuidado ao pentear: Ao pentear cabelos cacheados, ter paciência é fundamental para evitar danos e frizz. Utilize técnicas suaves e evite pentear em excesso. É recomendado o uso de utensílios corretos como com um pente de bambu de dentes largos, uma escova macia ou até mesmo os próprios dedos para desembaraçar os fios. Divida o cabelo em seções e aplique um condicionador sem enxágue ou creme para cachos. Comece penteando pelas pontas e vá subindo, com movimentos suaves. 
  1.  Penteado noturno: ótima maneira de preservar seus cachos e acordar com uma aparência incrível pela manhã é fazer uso de uma fronha ou touca de cetim ou seda para dormir, pois elas reduzem o atrito nos fios e preservam a umidade do seu cabelo cacheado durante a noite.

       5. Proteção solar: A proteção solar para cabelos cacheados não é apenas importante durante o verão, mas também durante todo o ano. Tão importante quanto a proteção para a pele. A exposição direta ao sol pode causar danos aos fios, como ressecamento, desbotamento da cor e quebra. É importante usar produtos com proteção UV ou usar chapéus e lenços para protegê-los. 

Cada cabelo cacheado é único, o que significa que pode ser necessário adaptar esses cuidados ao seu tipo de cacho. Testar diferentes produtos e técnicas é uma excelente maneira de descobrir o que funciona melhor para você, além de buscar orientação de um cabeleireiro especializado sempre que possível.

Por fim, lembre-se que beber bastante água e manter uma alimentação saudável também contribuem para a hidratação dos cabelos.

 

Por Shalisa Boso, gerente administrativa da Prohall Professional, marca de produtos capilares voltados para cuidado pessoal e estética – e-mail: prohall@nbpress.com.br

sábado, 28 de outubro de 2023

Saiba como prevenir trombose venosa em viagens longas



Com a aproximação das férias de verão, muitas pessoas já começaram a se planejar para realizar viagens durante o tão sonhado período de descanso. Um dos pontos a levar em consideração ao realizar viagens de trem, aéreas e rodoviárias de longa duração é o risco de desenvolver uma trombose, doença que ocorre quando um coágulo se forma dentro de uma veia, comprometendo o fluxo sanguíneo. Erich de Paula, médico hematologista e professor associado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica porque isso acontece, quais são os principais sintomas da trombose e formas de prevenção. 

A trombose é caracterizada pela obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo, também chamado de trombo, podendo afetar tanto o sistema arterial quanto o venoso. “O tipo mais comum de trombose é a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre quando o trombo se forma em uma veia profunda das pernas, causando dor, inchaço e mudança de coloração da área afetada”, explica Erich de Paula. Uma das principais complicações da trombose é a embolia pulmonar (EP), que ocorre quando o trombo se solta e chega até os pulmões através da circulação sanguínea. Neste caso, a função de oxigenação do sangue é comprometida, causando falta de ar e podendo até mesmo ser fatal.  

Segundo o médico hematologista, a trombose pode ser desencadeada por diversos fatores, como obesidade, sedentarismo, tabagismo, imobilização, uso de contraceptivos orais a base de estrógeno, gestação, puerpério (período de resguardo ou quarentena), tendência familiar, entre outros. “Viagens de longa duração também são consideradas um fator de risco para o desenvolvimento de trombose, uma vez que combinam diferentes elementos que tornam o passageiro mais propenso a desenvolver um coágulo sanguíneo. Deixar de movimentar as pernas por muito tempo, desidratação e pressurização do ambiente são alguns dos fatores que contribuem para este quadro”, afirma o professor. 

Movimente-se e previna-se de coágulos sanguíneos – Viagens longas nas quais os passageiros ficam várias horas sentados, sem se movimentar, podem contribuir para a ocorrência de trombose. “A principal recomendação para evitar este quadro é se movimentar de vez em quando durante a viagem. Por exemplo, no trem ou no avião, uma opção é o passageiro se levantar do assento e andar pelo corredor ou fazer movimentos de flexão dos pés. Para viagens de carro, o ideal é fazer uma parada a cada duas ou três horas para andar um pouco e esticar as pernas”, recomenda Erich de Paula, que acrescenta ainda que em alguns casos de maior risco, os médicos podem recomendar o uso de anticoagulantes em doses baixas, para prevenção. Isto geralmente se aplica a pacientes que já apresentaram trombose prévia”, explica.  

De acordo com o médico, também é recomendado manter-se hidratado durante a viagem, uma vez que o baixo consumo de líquidos pode contribuir para a diminuição do volume sanguíneo, facilitando a formação de trombos. Além disso, evitar roupas apertadas nas regiões da cintura e das pernas facilita a circulação sanguínea, bem como evitar deixar as pernas cruzadas durante o trajeto. 

Apesar de ser uma doença comum, muitos desconhecem as causas e fatores de risco do tromboembolismo. “A trombose é uma doença perigosa, mas que pode ser evitada a partir do conhecimento sobre os fatores de risco e formas de prevenção. Além das recomendações específicas para pessoas que pretendem viajar, a adoção de um estilo de vida saudável, com prática exercícios, alimentação balanceada e acompanhamento médico são ações que também auxiliam na prevenção da trombose,” diz o dr. Erich.  

O médico alerta ainda que pessoas que já apresentaram tromboses ou que possuem histórico familiar devem tomar ainda mais cuidado em relação à doença. “Realizar acompanhamento médico regular é essencial para avaliar a adoção de medidas preventivas adicionais, como o uso de meias elásticas ou anticoagulantes profiláticos”, finaliza o médico hematologista.  


Foto: Freepik



quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Transição capilar: como resgatar a estrutura natural dos fios



A transição capilar é um processo pelo qual muitas pessoas passam quando decidem parar de alisar ou colocar química nos cabelos, e assim retornar ao seu cabelo natural. É um momento importante na vida de quem passa por essa jornada, pois envolve uma série de mudanças físicas e emocionais. Por isso para te ajudar com esse processo a Karla Anacleto, trancista de São Paulo especializada em cabelos cacheados e crespos que atende pelo GetNinjas, maior plataforma para contratação de serviços do Brasil, ajuda na transformação que faça sua vida ficar melhor e mais leve, já que o cabelo é um dos principais componentes do rosto. Confira as dicas:

Como dar o primeiro passo para a transformação? 

Karla diz que o ideal é pensar em todo processo com leveza, buscando conhecimento e ter muita paciência. “O mundo dos cabelos cacheados e crespos é cheio de termos e técnicas, e ao tomar a decisão sobre a transição capilar, o ideal é sempre contar com um profissional que entenda sua necessidade e acompanhe a transformação de perto, pois o sucesso dessa mudança vai dependender de muitos fatores externos, até mesmo do ambiente”, cita.
 

Por onde começar? Pelo cronograma capilar!
A especialista explica que o cronograma é um dos processos mais importantes na transição. “Deve-se criar uma rotina de cuidados que tenha como objetivo repor nutrientes perdidos pelos cabelos e deixá-los mais fortes. Esse processo é composto por três etapas: hidratação, nutrição e reconstrução, que atuam diretamente na reposição de água, lipídios e massa capilar”.

 

O que fazer quando o cabelo está com duas texturas?

Em um determinado momento, o cabelo terá duas personalidades, sendo uma química e outra natural. De acordo com a especialista, não há um produto que torne tudo uniforme de primeira, mas orienta que: “O uso de cremes finalizadores para cachos ou cremes de pentear sem enxágue pode amenizar as duas texturas, isso fará com que o fio se acostume com a nova forma”, aponta.
 

Entenda a tabela de curvatura
A tabela classifica os cabelos a partir da curvatura dos cachos, dos mais abertos até os mais fechados, Karla explica que, na lista existem os tipos 2ABC (ondulados), 3ABC (cacheados), 4ABC (crespos) e 5 (crespos).
 

Big chop
É o grande corte da transição capilar, o momento em que você retira toda a parte alisada, ou com química, deixando os cachinhos livres.

 

Co-wash

É uma técnica de lavagem que não utiliza shampoo, e deixa os fios mais macios e hidratados. “Nesse método, o cabelo é higienizado com um condicionador limpante específico para a função. A intenção principal é fugir da ação dos sulfatos, petrolatos, parabenos e silicones presentes na composição de diversos produtos capilares, e que podem prejudicar o resultado da transição” cita a profissional.


Day after
Karla orienta que o day after é a quantidade de dias em que os cachos duram após a última lavagem, e pode ser considerado o tempo entre uma higienização e outra.

 

Fitagem

É um método de finalização que separa o cabelo em fitas. “Durante a aplicação do creme de pentear, separa-se o cabelo em mechas para deixar os cachos mais definidos”, comenta a especialista.

 

Low poo e no poo
Dentre as técnicas, são os termos mais comuns de pesquisa ao decidir pela transição. “Nesse processo, falamos em lavagem com baixa, ou nenhuma, quantidade de sulfato. Essa substância trata de uma limpeza muito profunda dos fios e pode acabar removendo nutrientes e óleos naturais das madeixas. Por isso, fazer a higienização dos fios sem o uso do sulfato deixa o cabelo mais macio, sedoso e saudável”, afirma Karla. “Esses métodos possuem algumas restrições, portanto pesquise bastante ou consulte um especialista antes de aderir”, completa.

 

Método L.O.C. e C.O.G

São técnicas de finalização que buscam prolongar o day after. O método L.O.C. significa líquido, óleo e creme. É feita com a ajuda de um borrifador ou produto em spray para trazer hidratação, óleo para nutrir e o creme para definir os cachos. Já o método C.O.G. significa creme, óleo e gelatina. “Nesse caso, o resultado é ainda mais duradouro pois o creme define, o óleo nutre e a gelatina traz fixação para o cabelo”, salienta.

 

Texturização
São técnicas que formam cachos nos fios sem a ajuda de quaisquer ferramentas de calor. Karla comenta que “são ações essenciais durante a transição, pois ajudam a lidar com as duas texturas. Podem ser feitas com o próprio cabelo, com grampos, com a ajuda de acessórios, como bigudinhos, flexi rods, bobes e curl formes”.

 

Umectação

Essa técnica faz parte da etapa de nutrição do cronograma capilar e funciona como um banho de óleo, repondo os lipídios. “A umectação pode ser realizada com diversos óleos vegetais, como o de coco ou de oliva”, informa.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Saiba como diminuir os impactos do tempo seco na pele



Quando o assunto é pele, beleza e saúde é sinônimo de hidratação. Mas, em tempos de baixa umidade do ar e altos índices de poluição é mais difícil mantê-la hidratada e combater a agressão dos radicais livres (moléculas que danificam as células saudáveis do corpo e estão relacionadas ao envelhecimento).

As mudanças climáticas podem afetar a saúde da pele de diversas formas e esses efeitos podem ser sentidos diretamente na sensibilidade, hidratação e capacidade de renovação celular. De lábios rachados até rosto com ressecamento intenso, esses sintomas são comuns durante esse período de tempo seco.

“Vermelhidão e coceira são sintomas de dermatite e acontecem devido ao ressecamento excessivo. No tempo seco, as impurezas presentes no ar podem gerar esse problema. Além disso, o organismo desidratado diminui a camada de gordura da pele, que funciona como uma barreira contra agentes externos,” explica dra. Maria Paula Del Nero, dermatologista pela SBD.
A médica explica que doenças como a dermatite atópica e a psoríase também podem piorar, levando muitos pacientes aos consultórios dermatológicos com exacerbação das lesões. Tomar líquido e usar cremes hidratantes ajudam a evitar esses problemas, pois essas medidas favorecem a retenção de água. Reduzir a temperatura do chuveiro também ajuda!

A dermatologista lista abaixo medidas práticas para passar pelo período de estiagem sem prejudicar a saúde da pele.

1-Evite banhos quentes e demorados;
2- Use sabonetes líquidos com hidratante no banho;
3- Ingerir no mínimo 2 litros de água por dia;
4- Use cremes a base de ácido hialurônico; 
5-Aplique cremes hidratantes após o banho no corpo todo;
6-Ingerir cápsulas de ácido hialurônico e ômega 3 com indicação médica.

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

De infecção fúngica a dor de ouvido: problemas que dormir de cabelo molhado pode causar



Você já deve ter ouvido alguém dizer: "Não durma de cabelo molhado ou você vai acordar resfriado!". Embora não haja comprovação científica para essa afirmação, dormir com os cabelos molhados pode trazer consequências prejudiciais para a saúde dos fios e do couro cabeludo. A dermatologista especializada em tricologia, dra. Hevelyn Mendes, esclarece todos os problemas possíveis e apresenta as melhores soluções para preveni-los e tratá-los.
 
Principais danos de dormir com o cabelo molhado
 
1. Proliferação de fungos e bactérias: Dormir com o cabelo molhado cria um ambiente propício para a proliferação de fungos e bactérias. A umidade retida no couro cabeludo, especialmente se a fronha for de tecido sintético, abafa a raiz dos fios e cria um habitat favorável para o crescimento desses microorganismos. Essas infecções fúngicas podem se espalhar rapidamente e causar sintomas como coceira intensa, descamação, vermelhidão, formação de crostas e até mesmo a perda de cabelo em certas áreas e infecções mais graves. A solução é garantir que o cabelo esteja completamente seco antes de dormir, seja utilizando um secador de cabelo em temperatura baixa ou permitindo que o cabelo seque naturalmente.

2. Danos aos fios: A dra. Hevelyn Mendes comenta que a fricção causada pelo atrito do cabelo molhado com o travesseiro durante o sono pode tornar os fios mais frágeis, quebradiços e propensos a nós e frizz. Ao dormir com o cabelo molhado regularmente, você está comprometendo a saúde e a aparência dos seus cabelos. A melhor solução é evitar dormir com os fios úmidos, optando por lavar o cabelo com antecedência ou utilizando técnicas de secagem adequadas, como a utilização de uma toalha de microfibra para absorver a umidade antes de deitar.
 
3. Prevenção de doenças mais graves, como otite externa: Dormir com o cabelo molhado e úmido repetidamente pode aumentar o risco de desenvolver otite externa, também conhecida como "ouvido de nadador". A umidade no couro cabeludo pode entrar no canal auditivo e criar um ambiente favorável para o crescimento de bactérias. Essas bactérias podem causar inflamação e infecção no canal auditivo externo, resultando em dor de ouvido, coceira, inchaço e até mesmo perda auditiva temporária.
 
A dermatite de contato, uma reação alérgica, também pode surgir devido à exposição a substâncias irritantes presentes em produtos capilares.
 
Para evitar esses problemas mais graves, é essencial adotar medidas preventivas

- Priorizar a secagem adequada do cabelo antes de dormir, utilizando técnicas suaves e sem atrito, como o uso de toalhas de microfibra;
 
- Evitar o uso de fronhas de tecido sintético, optando por tecidos naturais, como algodão, que permitem maior respirabilidade do couro cabeludo;
 
- Garantir a higiene adequada do couro cabeludo, utilizando produtos capilares adequados ao seu tipo de cabelo e evitando o acúmulo de resíduos;
 
- Consultar um tricologista, especialista em saúde capilar, para obter orientações específicas e personalizadas para o seu caso.
 
"É essencial adotar medidas preventivas e seguir as melhores práticas de cuidado capilar. Lembre-se de que a saúde dos seus cabelos é valiosa e merece atenção e cuidado adequados. Consultar um especialista em tricologia pode ser o primeiro passo para garantir cabelos saudáveis e deslumbrantes. Invista em você e em seus cabelos, pois eles refletem sua autoestima e bem-estar", finaliza a especialista.



Foto: Freepik

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Sangramentos nasais podem indicar pressão alta e até tumor


A nova onda de calor que se faz presente em todo o território nacional, ao longo desta semana, demanda atenção redobrada em relação aos casos de sangramento nasal, que se tornam mais recorrentes e não podem ser ignorados.
 

De acordo com o Dr. Arnaldo Braga Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, as altas temperaturas favorecem a dilatação dos vasos sanguíneos e, por isso, o problema tende a ocorrer com maior frequência nessas ocasiões.
 
"Isso acontece porque, no tempo quente, os vasos sanguíneos se dilatam e o sangramento tende a ocorrer com maior frequência", explica o médico, acrescentando que feridas, inflamações e o ressecamento das vias nasais costumam ser as principais causadoras dessas hemorragias.
 
É importante atenção! 
 
Ainda assim, o especialista recomenda uma investigação mais aprofundada para esse tipo de ocorrência – principalmente quando ela persiste. Isso porque podem estar associadas a quadros de aumento da pressão, desidratação, problemas respiratórios ou até mesmo questões mais graves.  
 
"O sangramento nasal também pode ser um sinal de alerta para tumores, como nasoangiofibromas, pólipos e hemangiomas, entre outros. Eles estão entre as causas menos prevalentes, mas não podem ser descartados", alerta.
 
Dr. Arnaldo explica que a hemorragia, por si só, já deve ser encarada como um sintoma de que algo com a saúde não está bem. "Quando os sangramentos nasais acontecem repetidamente, eles não podem ser considerados comuns. Pelo contrário, merecem preocupação e, seja qual for a intensidade, devem ser analisados por um otorrino."
 
O que fazer? 
 
O médico esclarece que, quando os sangramentos acontecem esporadicamente, ao assoar o nariz, por exemplo, não há motivos para alarde. "Nesses casos, é necessário manter a cabeça sempre posicionada para frente, nunca para trás, para evitar engasgos. O paciente também pode apertar as narinas por dois minutos para ajudar a cessar o sangramento e, ao soltar, colocar gelo por 10 minutos", ressalta.
 
Nesses dias de calor intenso, segundo Dr. Arnaldo, a principal recomendação para evitar essas hemorragias é hidratar o nariz com soro fisiológico. "Caso perceba alguma sujeira ou corpo estranho, evite cutucá-lo, principalmente em dias de tempo seco. O ideal é lavá-lo com água corrente."
 
Já nos casos de hemorragias frequentes, o especialista reforça a importância de consultar um otorrinolaringologista. "Isso é essencial para o diagnóstico e tratamento adequados, que pode demandar o uso de medicamentos, cauterizações e até cirurgias nasais", finaliza.


Foto: Freepik

domingo, 17 de setembro de 2023

Aprenda a cuidar dos cabelos cacheados

 


Cuidar dos cabelos cacheados não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível. Esse tipo de cabelo é majoritário no país segundo De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Beleza Natural em parceria com a Universidade de Brasília (UNB), 70% dos brasileiros apresentam cabelos cacheados, crespos ou ondulados.

Já em 2017, dados do Google BrandLab apontavam que a busca pelo termo "cabelos cacheados" superou o de "cabelos lisos" e cresceu mais de 200%.

 

Muitas mulheres alegam ter mais dificuldade em cuidar dos cabelos cacheados do que dos lisos, por exemplo, mas será que realmente é mais difícil? Para ajudar nessa questão, a hair stylist Tamara Zavareze respondeu diversas dicas sobre como cuidar dos cachos.

 

"Quando não temos conhecimento e experiência sobre alguma situação, ela sempre se apresenta mais difícil do que realmente é. Eu diria que cuidar de um cabelo cacheado requer um pouco mais de dedicação até você entender que a dinâmica é completamente diferente. Por exemplo, você é obrigada a fazer uma finalização, isso quer dizer, que você vai precisar aplicar produto (s) e dividir o cabelo em partes para conseguir um resultado satisfatório e com durabilidade. Mas, depois que você entende como o seu cabelo funciona e pega o jeitinho de fazer, não tem mistério", explica Tamara.

 

Segundo a hair stylist, a principal diferença entre os cabelos lisos e cacheados são as particularidades de ambos. "Cabelos cacheados tem algumas particularidades. Por exemplo, só devem ser penteados enquanto molhados, deve-se evitar pentear os fios a seco, porque desse modo se estraga a definição", conta.

 

Tamara ressalta que por terem uma espessura de médio a grosso, os cabelos cacheados costumam ser mais ressecados. "Isso acontece porque a estrutura física em forma de elipses não permite que a oleosidade da raiz transite para as pontas, com isso é interessante não lavar os fios todos os dias. Uma dica que funciona muito pra mim é lavar só com condicionador se estou lavando com um prazo menor do que 2 dias", explica.

 

Principais cuidados

 

Para prevenir o ressecamento, Tamara recomenda manter uma rotina de nutrição toda semana. "Além disso, ajuda muito caso a pessoa durma com touca de cetim ou ter a fronha do travesseiro nesse mesmo tecido, porque você suaviza o atrito dos fios enquanto dorme e preserva por mais tempo a finalização. Outra boa dica, que funciona muito pra mim, é não dormir em cima dos cabelos, colocá-los para fora do travesseiro ou prender com uma borrachinha bem larga e bem solta no alto da cabeça. Quanto menos atrito, menos frizz e mais tempo dura nossa finalização", recomenda a hair stylist.

 

Outra dica valiosa é evitar o uso de elásticos no cabelo, eles ajudam a arrebentar os fios.
 

Como fazer a finalização?
 

De acordo com Tamara, o primeiro passo é descobrir os produtos que funcionam nos seus cabelos. "Aplicar leave-in com os fios bem molhados ajuda na definição dos cachos e economiza na quantidade de produto. Entender como cada produto funciona e a hora certa de aplicar nos fios também é importante, às vezes você tem um ótimo produtos em mãos mas peca na quantidade ou na hora da aplicação", explica.

 

Tamara ressalta que em caso de uso de difusor, não é recomendado usá-lo para secar os fios 100%. "Porque dependendo do cabelo faz frizz. Gosto de secar uns 70% e deixar que o restante seque naturalmente", explica.

 

Cabelos cacheados e tingidos

 

A hair stilist afirma que nesses casos em que a cacheada também possui o cabelo tingido aumenta a necessidade de tratamento e os cuidados devem ser redobrados. "Uma boa dica é preparar o cabelo para lavagem aplicando algum creme nos fios antes de entrar no banho para que o impacto do shampoo seja amenizado. Com isso você preserva os pigmentos e evita o ressecamento. É importantíssimo evitar água muito quente, pois além de ressecar os fios, desbotam os pigmentos . Sempre que possível, evitar mar e piscina ou preparar os fios antes de curtir", aconselha.

 

Mudança de conceito

 

A hair stylist acredita que é necessário mudar o olhar a respeito dos cabelos cacheados, levando em conta a "falsa cultura dos fios perfeitos". "De um modo geral, os cabelos cacheados tem frizz e costumam ter curvaturas diferentes ao longo da cabeça e isso é normal. Essa falsa cultura de fios perfeitos é utopia, mas a partir do momento que aceitamos que os cabelos são a mais pura expressão do nosso ser, tiramos dos cabelos a obrigação de ser perfeito todos os dias. Afinal, somos cíclicas como a lua, horas estamos cheia e horas estamos minguante, e para os dias de lua minguante ( analogia para quando os cabelos não estão tão bonitos ) a gente tem recursos, um bom gel, uma escova e um spray fixador podem salvar qualquer mulher de 'bad hair day'", finaliza Tamara.



Foto: Freepik

 

domingo, 10 de setembro de 2023

Bafo da manhã: conheça as possíveis condições que podem estar relacionadas ao mau hálito matinal

 


Muitos acreditam que o mau hálito matinal é algo comum e inevitável. No entanto, esse odor desagradável pode ser um sinal de doenças bucais que requerem atenção e cuidados que vão além da simples escovação. Chamado de "halitose", o mau hálito em geral é um problema de saúde com consequências sociais e econômicas, morais e psicoafetivas tão sérias que aflige, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 40% da população mundial.

 

Em geral, a falta de higiene bucal associada ao uso inadequado dos métodos mecânicos (escovação e fio dental) acarreta em uma higiene incompleta, de acordo com dr. Rodnei Dennis Rossoni, cirurgião-dentista, doutor em microbiologia e pesquisador sênior na área de Pesquisa Clínica para Kenvue, detentora de marcas como Listerine, Tylenol, Neutrogena, entre outras. "Apesar do uso correto da escova e fio dental serem essenciais, os dentes representam apenas 25% da boca e para higienizar adequadamente os outros 75% necessitamos de um enxaguante bucal para uma limpeza mais completa, além de prevenir algumas condições bucais como o mau hálito", explica.

 

Veja as principais condições que podem resultar no bafinho da manhã:
 

Cárie
A cárie é formada por algumas espécies de bactérias que também estão presentes na placa bacteriana. A presença de restos de alimentos oriundos da dieta que não foram removidos adequadamente durante a escovação pode levar ao acúmulo da placa bacteriana sobre os dentes, resultando também em mau hálito. Com o tempo, essa placa pode dissolver parte da estrutura dentária e atingir as várias camadas do dente como a dentina e a polpa. Se não tratada precocemente, essas bactérias podem agravar o problema levando até um tratamento de canal. Por isso, quanto mais precoce detectada a cárie, menos doloroso é o tratamento e prevenção da perda do dente.


Gengivite
A gengivite induzida por placa bacteriana é uma inflamação das gengivas causada pelo acúmulo de bactérias que também podem causar mau hálito. Essas bactérias produzem toxinas que, por um processo inflamatório, geram vermelhidão e inchaço do tecido, em contraste às gengivas saudáveis, que geralmente apresentam coloração rosa pálido e aspecto de "casca de laranja". A extensão e severidade podem variar de acordo com as condições da boca, e os cuidados são extremamente relevantes para evitar a progressão para casos mais graves, como a periodontite.


Periodontite e tártaro

Esses dois cenários são casos mais críticos, os quais somente o acompanhamento com um cirurgião-dentista pode ajudar a reverter essas condições bucais. A periodontite é uma infecção bacteriana que afeta não apenas as gengivas, mas também o osso e os tecidos de suporte dos dentes, que se não acompanhada por um profissional, pode levar a perda dentária. O tártaro, muito comum nessa condição bucal, é uma forma endurecida da placa bacteriana de coloração amarelada, e não pode ser removido apenas com a escovação ou uso do fio dental.

 

Para o dr. Rossoni é fundamental ter um cuidado de perto com a saúde bucal e não normalizar condições que causem desconforto próprio ou alheio. "O mau hálito matinal nem sempre é fisiológico, e pode ser um indicativo de outras condições que merecem atenção pessoal e profissional". O profissional ainda explica que, além do uso correto do fio dental, boa escovação, limpeza da língua, e a realização de bochechos com produtos antissépticos, é preciso também manter regularidade na consulta ao dentista, além de beber pelo menos dois litros de água por dia, controlar o estresse e evitar o excesso de comidas gordurosas, cigarros, café e frituras.



Foto: Pixabay