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sábado, 28 de outubro de 2023

Saiba como prevenir trombose venosa em viagens longas



Com a aproximação das férias de verão, muitas pessoas já começaram a se planejar para realizar viagens durante o tão sonhado período de descanso. Um dos pontos a levar em consideração ao realizar viagens de trem, aéreas e rodoviárias de longa duração é o risco de desenvolver uma trombose, doença que ocorre quando um coágulo se forma dentro de uma veia, comprometendo o fluxo sanguíneo. Erich de Paula, médico hematologista e professor associado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica porque isso acontece, quais são os principais sintomas da trombose e formas de prevenção. 

A trombose é caracterizada pela obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo, também chamado de trombo, podendo afetar tanto o sistema arterial quanto o venoso. “O tipo mais comum de trombose é a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre quando o trombo se forma em uma veia profunda das pernas, causando dor, inchaço e mudança de coloração da área afetada”, explica Erich de Paula. Uma das principais complicações da trombose é a embolia pulmonar (EP), que ocorre quando o trombo se solta e chega até os pulmões através da circulação sanguínea. Neste caso, a função de oxigenação do sangue é comprometida, causando falta de ar e podendo até mesmo ser fatal.  

Segundo o médico hematologista, a trombose pode ser desencadeada por diversos fatores, como obesidade, sedentarismo, tabagismo, imobilização, uso de contraceptivos orais a base de estrógeno, gestação, puerpério (período de resguardo ou quarentena), tendência familiar, entre outros. “Viagens de longa duração também são consideradas um fator de risco para o desenvolvimento de trombose, uma vez que combinam diferentes elementos que tornam o passageiro mais propenso a desenvolver um coágulo sanguíneo. Deixar de movimentar as pernas por muito tempo, desidratação e pressurização do ambiente são alguns dos fatores que contribuem para este quadro”, afirma o professor. 

Movimente-se e previna-se de coágulos sanguíneos – Viagens longas nas quais os passageiros ficam várias horas sentados, sem se movimentar, podem contribuir para a ocorrência de trombose. “A principal recomendação para evitar este quadro é se movimentar de vez em quando durante a viagem. Por exemplo, no trem ou no avião, uma opção é o passageiro se levantar do assento e andar pelo corredor ou fazer movimentos de flexão dos pés. Para viagens de carro, o ideal é fazer uma parada a cada duas ou três horas para andar um pouco e esticar as pernas”, recomenda Erich de Paula, que acrescenta ainda que em alguns casos de maior risco, os médicos podem recomendar o uso de anticoagulantes em doses baixas, para prevenção. Isto geralmente se aplica a pacientes que já apresentaram trombose prévia”, explica.  

De acordo com o médico, também é recomendado manter-se hidratado durante a viagem, uma vez que o baixo consumo de líquidos pode contribuir para a diminuição do volume sanguíneo, facilitando a formação de trombos. Além disso, evitar roupas apertadas nas regiões da cintura e das pernas facilita a circulação sanguínea, bem como evitar deixar as pernas cruzadas durante o trajeto. 

Apesar de ser uma doença comum, muitos desconhecem as causas e fatores de risco do tromboembolismo. “A trombose é uma doença perigosa, mas que pode ser evitada a partir do conhecimento sobre os fatores de risco e formas de prevenção. Além das recomendações específicas para pessoas que pretendem viajar, a adoção de um estilo de vida saudável, com prática exercícios, alimentação balanceada e acompanhamento médico são ações que também auxiliam na prevenção da trombose,” diz o dr. Erich.  

O médico alerta ainda que pessoas que já apresentaram tromboses ou que possuem histórico familiar devem tomar ainda mais cuidado em relação à doença. “Realizar acompanhamento médico regular é essencial para avaliar a adoção de medidas preventivas adicionais, como o uso de meias elásticas ou anticoagulantes profiláticos”, finaliza o médico hematologista.  


Foto: Freepik



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Como prevenir o aparecimento de escorpiões

 


Segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, foram registrados 149,7 mil acidentes com escorpiões no Brasil apenas no ano de 2020. Os escorpiões são aracnídeos ativos durante todo o ano, embora com menor intensidade nas estações mais frias e podem ser encontrados praticamente em todo território brasileiro.

Os escorpiões não costumam atacar os humanos, no entanto, como mecanismos de defesa ao serem importunados, podem picar seu perturbador, além de utilizar por sobrevivência desse mesmo mecanismo para capturar suas presas.

Algumas de suas características e hábitos

Escorpiões adultos que ocorrem no Brasil podem medir entre 4 e 12 centímetros de comprimento e, durante o dia, escondem-se sob pedras, tijolos, troncos ou rachaduras em pisos e paredes. Com o ajuda de suas pinças (pedipalpos) e muitas vezes de seu veneno, predam e se alimentam de diversos insetos como baratas, além de outros invertebrados e até mesmo pequenos mamíferos.

Os escorpiões vivem em média de 5 a 6 anos e as fêmeas de algumas espécies têm a capacidade de gerar descendentes mesmo sem a necessidade de um macho, processo chamado de partenogênese.

No Brasil, o gênero que causam maior número de acidentes pertence ao gênero Tityus. Sendo que a maior parte dos acidentes envolvem o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), escorpião-marrom (Tityus bahiensis), escorpião-amarelo-do-Nordeste (Tityus stigmurus) e escorpião-preto-da-Amazônia (Tityus obscurus).

Como prevenir os acidentes

 

·         Evitar caminhar descalço;

 

·         Não pôr as mãos ou pés em buracos, sob pedras e troncos podres;

 

·         Checar calçados e roupas antes de se vestir;

 

·         Não deixar roupas de cama ou lençóis pendurados ao nível do chão e sempre os sacudir antes de usar ou guardar;

 

·         Manusear o lixo, lenha ou entulhos com cuidado e preferencialmente com luvas adequadas (luva de raspa).

 Como prevenir os escorpiões?

Prevenção é o melhor aliado quando se trata desses animais indesejáveis; evitar que esses aracnídeos se instalem e desenvolvam não é uma tarefa simples, mas algumas medidas podem contribuir, tais como:

 

·         Manter jardins e quintais limpos e organizados, além da grama aparada;

 

·         Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas;

 

·         Usar telas em ralos, pias ou tanques;

 

·         Vedar frestas e fendas ou buracos ao longo das paredes e pisos e até mesmos as soleiras de portas ou janelas;

 

·         Preservar seus predadores naturais como aves, lagartos, lagartixas e sapos;

 Além das medidas que devem ser tomadas dentro de casa, a vizinhança também deve colaborar, bem como os terrenos baldios devem ser limpos periodicamente.

Como controlá-los?

Para o controle desses aracnídeos, sempre solicite o serviço de uma empresa profissional de controle de pragas e com experiência na área, pois a inspeção e o diagnóstico são pontos cruciais antes de definir a estratégia de controle a ser adotada. Dessa forma, os métodos implementados serão personalizados de acordo com a situação específica do local, podendo muitas vezes adotar o uso de inseticidas profissionais, além de orientar com mais criteriosidade medidas preventivas que devem ser adotadas.

“Os inseticidas são ferramentas fundamentais no manejo dos escorpiões, no entanto, devem ser utilizados com criticidade e exclusivamente por parte de profissionais como instituições ou empresas especializadas. O uso amador dessa ferramenta pode inclusive agravar a situação e aumentar os riscos de acidentes. Sendo assim, a adoção do MIP (Manejo Integrado de Pragas) é de extrema importância para mitigar os problemas relacionado ao escorpionismo”, conclui Jeferson de Andrade, pesquisador da área de Desenvolvimento de Produto e Mercado da BASF