segunda-feira, 4 de março de 2024

Reposição hormonal pode ser feita antes da menopausa?

 


A menopausa assinala o momento na vida da mulher em que a menstruação cessa naturalmente, uma vez que os ovários deixam de produzir os hormônios femininos. A entrada na menopausa é confirmada após 12 meses consecutivos sem menstruação. Esse período é geralmente observado entre 45 e 55 anos, representando, portanto, o encerramento da fase reprodutiva.

Com a chegada desse ciclo, é possível notar mudanças de comportamento e temperamento feminino. Por que conviver com uma baixa qualidade de vida se é possível reverter quadros desse tipo? Em situações em que a mulher se sente depressiva e ansiosa, é possível realizar a reposição hormonal. “Esperar a mulher ficar um ano sem menstruar para realizar a reposição hormonal é desnecessário, porém é preciso ter alguns sintomas para iniciar o tratamento”, relata a médica ginecologista Loreta Canivilo.

Um dos primeiros sintomas que as mulheres relatam é a irregularidade menstrual. “Menstruar duas vezes no mês ou apresentar sangramentos de 10, 15 dias são alguns dos sintomas que começam a aparecer na vida da mulher, porém não são eles que definem se é possível realizar a reposição hormonal”, conta a especialista.

Para que haja o início do tratamento, critérios mais importantes devem ser notados. “Sintoma vasomotor (calores), dor de cabeça, ansiedade, depressão, dores nas juntas, zumbido no ouvido, vertigem e insônia”. São sinais maiores que vão guiar e quantificar a realização da reposição hormonal de acordo com a dra. Loreta. Ela ressalta a importância da mulher apresentar algum sintoma para fazer o tratamento, pois sem aparentar essas razões não é possível realizar a reposição hormonal.

A terapia de reposição hormonal manterá os níveis adequados de hormônios de acordo com a necessidade de cada pessoa e controlará os sintomas, melhorando a qualidade de vida. Os hormônios predominantes na terapia de reposição incluem estrogênio e progesterona, sendo que, em determinadas situações, a testosterona e a gestrinona também podem ser utilizadas.

“É essencial lembrar que qualquer tratamento deve ser discutido com um profissional de saúde qualificado. Cada pessoa é única, e a escolha da reposição deve ser baseada em necessidades individuais, a saúde e conselhos médicos”, conclui a especialista.


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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Saiba como aplicar a colorimetria no seu dia a dia

 


Existem cores de roupas que combinam mais com a gente e outras que podem até mudar o nosso humor. Mas afinal, por que isso acontece? A resposta pode estar por trás da colorimetria: essa ciência quantifica e descreve fisicamente a percepção humana da cor. O conceito é aplicado em áreas diversas, e no caso da moda, tem vários usos: ajuda a estruturar a paleta de cores de coleções de roupas e acessórios e é base para a técnica de Análise Cromática, muito utilizada por consultores de imagem pessoal e profissionais de styling

Nesse cenário, a análise cromática estuda as cores naturais da pele, dos olhos e dos cabelos para identificar a paleta de cores que irá compor os itens do vestuário. A professora Valesca Sperb Lubon, do curso de Design de Moda do Centro Universitário de João Pessoa – Unipê, diz que para saber qual é a paleta que melhor realça a beleza do tom de pele de cada pessoa, é preciso antes analisar os subtons. 

“Nossa pele possui uma tonalidade aparentemente homogênea, porém, cada uma é composta de forma única e se comportará diferente quando vestida por determinadas cores. A definição do subtom é indiferente à cor da pele, portanto, não há regra de que peles brancas sejam de subtom frio, ou que pele pardas e negras sejam de subtom quente”, comenta. 

Assim, a professora explica um modo simples para classificar cada subtom, e que foi criado em 1976 pelo dermatologista norte-americano Thomas B. Fitzpatrick, diretor do departamento Dermatologia da Escola de Medicina de Harvard. É a classificação feita a partir da capacidade que cada pele tem de se bronzear, incluindo a sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol. Confira: 

- Pele que fica bronzeada após banho de sol: subtom quente; 

- Pele que fica avermelhada após banho de sol: subtom frio; 

- Pele que tem dificuldade de pegar cor (nem bronzeia nem fica avermelhada): subtom neutro. 

“Outra técnica utilizada por profissionais para avaliar o subtom é observar as cores das veias que aparecem próximo à pele. Quando ela é esverdeada, o subtom da pele é quente. Caso ela seja azulada, o subtom é frio. E caso tenha veias esverdeadas e azuladas, o subtom é considerado neutro”, explica Valesca. 

Ou seja: com o subtom quente, roupas de cores com o mesmo conceito, como o dourado, vermelho, laranja, roxos avermelhados e amarelos, são os ideais. Mas se seu subtom é frio, as melhores cores são os azuis, verdes e roxos azulados. E é importante lembrar que a análise cromática não visa criar regras do que é certo ou errado de vestir: a ideia é valorizar nossas características individuais com dicas – em geral, o uso de um tom oposto tem efeito em um visual menos impactante e harmonioso, 

Assim, a harmonização cromática de looks e maquiagem valoriza a beleza natural de cada pessoa, enaltece seus traços, deixa o olhar mais brilhante e a pele luminosa. Tudo isso rejuvenesce e descansa instantaneamente a nossa aparência, “resultando em mais autoconfiança e liberdade de expressão através da vestimenta”. 

Estudante de Design de Moda do Unipê, André Ricardo da Silva Nascimento faz um paralelo com a maquiagem. “O maquiador faz essa arte no seu dia a dia, ele vê os rostos como telas em branco para executar suas obras, escolhendo com cuidado as cores que irão dar ainda mais destaque ao olhar e à beleza da cliente. E notamos que quando não nos sentimos bem com uma maquiagem é provavelmente devido ao mau uso das cores e dos tons. Utilizar os tons corretos é algo fundamental para que a make fique bonita, harmoniosa e evidencie os pontos fortes do rosto da pessoa maquiada. Além disso, dominar os tons é algo essencial para que vários truques possam ser feitos, deixando a cliente muito mais satisfeita.” 

Valesca aconselha: só um consultor em imagem pessoal ou styling poderá orientar com as melhores modelagens e estilos das roupas para cada ocasião cotidiana. “É importante buscar orientação de um profissional especializado em colorimetria para entender melhor seu tom e subtom de pele e, assim, poder ajudar o profissional de maquiagem a executar um trabalho com mais qualidade, sabendo quais os tons de base, sombras, blush e batons que irão harmonizar mais com você”, pontua André. 


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sábado, 24 de fevereiro de 2024

Pets também podem desenvolver transtornos mentais e emocionais

 


Inúmeras pesquisas apontam para o quadro de saúde mental da população humana, conscientizando sobre a necessidade de cuidados para garantir o bem-estar emocional dos indivíduos e da sociedade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive publicou o Informe Mundial de Saúde Mental (2022) e alertou que, em 2019, quase um bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental, a principal causa de incapacidades.

Porém, transtornos mentais e emocionais não são exclusividade dos humanos. Os pets também podem desenvolvê-los, principalmente ansiedade, reatividade, agressividade, medo/fobia, comportamento compulsivo e dermatites. “Os animais de estimação têm emoções e elas devem ser compreendidas e respeitadas. É preciso atender às necessidades emocionais do pet e ficar atento caso haja mudança de comportamento do animal, procurando assistência especializada quando algo fora do comum acontecer”, comenta a médica-veterinária comportamental, Dani Graziani. 

As situações que mais geram desconforto para eles estão relacionadas a mudanças, como de casa ou de rotina, à perda de um ente da família ou até mesmo à senilidade, processo de envelhecimento que vem acompanhado de desafios físicos e emocionais, como diminuição da visão, da audição e do olfato, dificuldade de locomoção, irritabilidade, desorientação, perda de memória, entre outros fatores que os deixam mais vulneráveis.

“São muitos os sinais que podem identificar que o animal de estimação não está bem, como um cão tranquilo apresentar agressividade ou um pet que fazia seu xixi no lugar certo começar a fazê-lo em outro lugar. É importante acolher em vez de ficar bravo, pois ele está demonstrando que precisa de ajuda e o apoio é essencial para o processo de cura”, aconselha a veterinária.

De olho na prevenção

A atividade física impacta diretamente na saúde física e mental dos animais. “Os cães precisam correr, caminhar e explorar ambientes. Um passeio diário de vinte minutos já acalma e ajuda no gasto de energia, na socialização, na perda de peso e na manutenção da massa muscular”, indica a médica-veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade.

A falta de brinquedos e de interação também pode trazer prejuízos, assim como um ambiente muito agitado ou monótono demais. “O ideal é manter uma rotina equilibrada entre atividades, brincadeiras e descanso, para se evitar o estresse e a ansiedade. Dar mais atenção ao pet é fundamental para o bem-estar dele”, conta a veterinária.

Colocar em prática o enriquecimento ambiental, ou seja, adaptar o lar para proporcionar uma rotina mais saudável e prazerosa ao pet, com estímulos mentais, físicos e sensoriais, auxilia a prevenir o tédio, reduzir o estresse e promover um comportamento equilibrado.

Para dar certo, é preciso conhecer o animal de estimação, seus gostos e preferências. Para os gatos, é possível instalar prateleiras nas paredes, nichos, redes, arranhadores e deixar brinquedos em locais estratégicos. Já para os cachorros, além dos brinquedos, incluir atividades que estimulam o olfato, treinamento cognitivo e socialização são algumas formas de deixar o ambiente mais interativo. 

Tratamento em forma de petisco

Medicar um animal nem sempre é uma tarefa fácil, sendo, muitas vezes, um fator de grande estresse, especialmente para os felinos. Para isso existem soluções como os medicamentos manipulados em formas farmacêuticas que facilitam a administração, como biscoitos, caldas ou molhos, pastas orais e géis transdérmicos. As apresentações orais podem ainda ser flavorizadas com sabores como bacon, caramelo, leite condensado, frango entre diversos outros que atraem os pets. “O gel transdérmico é aplicado na pele do animal e sua aplicação mais parece um carinho. Já um biscoito com sabor é como um petisco, um mimo. Muitos pacientes chegam a ‘pedir’ mais”, comenta Farah.

Os medicamentos manipulados também costumam ser a principal alternativa para a prevenção ou o tratamento de transtornos mentais devido à possibilidade de combinação de ativos num mesmo medicamento, manipulado na dose exata para o peso do animal, além dos diferenciais de flavorização e apresentação.

“Florais de Bach e fitoterápicos como valeriana, kawa-kawa, passiflora, L-triptofano e melatonina são algumas opções que podem ser prescritas em casos como insônia, estresse ou ansiedade. Medicamentos controlados, geralmente indicados para casos mais complexos, também podem ser manipulados, como fluoxetina, sertralina e clomipramina”, comenta Farah, ressaltando que somente um médico-veterinário está apto a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso. 


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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Urgências urológicas: quando procurar o PS

 

As urgências urológicas são ocorrências que exigem atendimento médico de emergência, pois, demandam diagnósticos rápidos e tratamentos imediatos a fim de evitar complicações.

As infecções urinárias mais comuns são:

·  Cistite: acomete somente o trato urinário inferior, como, por exemplo, a bexiga. Seus sintomas clínicos são leves, geralmente ardência ao urinar, pouco volume, presença de sangue e vontade constante de ir ao banheiro;

·  Pielonefrite: consiste em uma infecção do rim e, geralmente, causa sintomas mais graves, com febre, mal-estar, prostração e dor. A causa, muitas vezes, é bacteriana e pode começar com uma simples cistite.

“Nos dois casos, a rápida intervenção de um especialista, com o auxílio de exames laboratoriais, é de extrema importância, uma vez que tais infecções podem se tornar mais graves rapidamente”, explica o dr. Rodrigo Wilson Andrade, urologista do Hospital Albert Sabin (HAS).

Em se tratando da pielonefrite, por ser uma infecção de maior porte, em pacientes mais sensíveis, como os diabéticos, imunodeprimidos e idosos, corre-se o risco da evolução para um quadro de infecção generalizada e da geração de sequelas. “Por esse e outros motivos a urgência no tratamento se faz extremamente necessária”, adverte o médico do HAS.



Em pacientes jovens e sem comorbidades, o tratamento é ambulatorial e o especialista receita antibióticos para serem ministrados em casa. Contudo, nos mais idosos e/ou com a saúde debilitada, o ideal é a internação para a aplicação de antibióticos endovenosos e a realização de exames de imagem e coleta de material para cultura. Também é importante a avaliação das condições de hidratação e nutrição do paciente.

Quanto à prevenção, fatores como boa alimentação, correta hidratação, qualidade de sono e atividades físicas devem ser levados a sério. “A prevenção da cistite, que é a infecção urinária mais comum, serve como a principal forma de prevenir uma pielonefrite, modo mais grave da doença”, diz o dr. Andrade.  

Outro fator importante de prevenção é as mulheres estarem sempre em dia com suas consultas e exames ginecológicos, uma vez que esse tipo de infecção atinge, em sua grande maioria, as pacientes desse sexo.

“No mais, apesar de pouco discutido, as bactérias que causam as infecções urinárias são as mesmas presentes no intestino. Portanto, manter o ritmo intestinal regular é fundamental. Mulheres constipadas ou com muita diarreia, por exemplo, estão mais sujeitas a tais infecções”, finaliza o urologista.


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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Riscos de compartilhar maquiagem

 


Existe uma cena clássica entre amigas, seja no shopping, na balada ou em qualquer outro passeio: amiga, você tem um batom para me emprestar? O exemplo aqui foi o batom, mas a lista de itens de beleza compartilhados entre colegas pode se estender a base, blush, rímel etc… A prática é comum, mas não correta, de acordo com Daniela Pontes, biomédica especializada em biossegurança. Segundo ela, isso pode trazer alguns problemas de saúde.

“Maquiagens são itens pessoais e que não devem ser compartilhados por alguns motivos, entre eles porque podem ser causadoras de infecções. Você usaria a escova de dente de alguém? Creio que a resposta seja não”. Isso quer dizer que se eu usar, por exemplo, o pincel de blush de alguém, vou me infeccionar? Não necessariamente, mas sim, existe uma chance. 

“Como estamos falando de itens que têm contato direto com a pele, eles carregam bactérias que ficam na superfície do rosto, ou seja, acabam sendo transportados de uma pessoa para outra”, explica. 

A prática anti-higiênica aumenta o risco de infecções cutâneas, como acne e dermatite, infecções bacterianas ou virais, a exemplo da conjuntivite e até mesmo reações alérgicas, já que determinados ingredientes encontrados em produtos de maquiagem podem causar reações alérgicas em algumas pessoas. Isso pode incluir erupções cutâneas, coceira, vermelhidão e inchaço.

“O contato frequente com certos ingredientes presentes em maquiagens, como corantes e conservantes, pode desencadear a dermatite de contato. Isso resulta também em inflamação e irritação da pele, complementa a biomédica.

Por isso é importante praticar a higiene adequada, evitar compartilhamento de maquiagem, e, mais do que isso, verificar regularmente a validade dos produtos e prestar atenção a qualquer sinal de irritação ou reação adversa ao usar maquiagem. Caso ocorram problemas persistentes, o ideal é  procurar a orientação de um profissional de saúde.

Erros ao se maquiar

Além do compartilhamento de maquiagens, alguns hábitos aparentemente inofensivos podem causar danos à pele e até mesmo comprometer o resultado final da maquiagem. “Alguns erros acabam passando despercebidos, entre eles, a não higienização da pele antes de aplicar produtos, por exemplo.

Pontes enfatiza também que é preciso cuidar dos pincéis e esponjas de maquiagem. A falta de limpeza regular pode levar à acumulação de microrganismos, causando problemas de pele. “É necessário limpar todos os produtos que entram em contato com a pele para que não haja nenhum tipo de alergia ou infecções.”

Não podemos esquecer que é importante remover adequadamente os produtos do rosto, para que não haja nenhum tipo de complicação. “O acúmulo de resíduos ou restos de maquiagens podem obstruir os poros e levar a problemas de pele a longo prazo” pontua a especialista, que alerta existir uma maneira correta de se maquiar e não contaminar os produtos.


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sábado, 10 de fevereiro de 2024

Tontura ou vertigem?

 


Você já sentiu o mundo rodar? Ou ainda uma sensação de desequilíbrio inesperada? Segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, a tontura é o terceiro sintoma mais comum em pronto-atendimentos, ficando atrás apenas de queixas de febre e dor. No Brasil, cerca de 40% da população relata os sintomas, geralmente classificados como tontura. O que a maioria não sabe é que muitas vezes pode estar com vertigem. Mas, afinal, existe diferença entre tontura e vertigem?

Gabriela Serrano Faria, fisioterapeuta parceira da Bem te quero 60+ e especialista em reabilitação vestibular, explica que tontura e vertigem são conceitos distintos e a diferença reside na maneira como o paciente descreve a sensação causada pelo sintoma. De acordo com a profissional, a tontura pode se manifestar de diversas formas, incluindo a sensação de instabilidade corporal, desequilíbrio ou atordoamento, enquanto a vertigem, também chamada de tontura rotatória, se caracteriza por uma falsa sensação de movimentação do ambiente, como se as coisas estivessem rodando.

Acima dos 60 anos é fundamental ter atenção e cuidado com movimentos abruptos que possam desencadear tontura ou vertigem (como levantar-se rapidamente do sofá ou de uma cadeira), pois podem desencadear desequilíbrios e quedas. De acordo com a fisioterapeuta, indivíduos que têm episódios de tontura ou vertigem devem buscar atendimento médico para investigação diagnóstica, uma vez que a tontura ou a vertigem não é a doença em si, mas um sintoma. Estudos indicam que há mais de 300 tipos de tontura e mais de duas mil causas diferentes.

As tonturas relacionadas à pressão baixa estão associadas ao sistema cardiovascular e não necessariamente ao sistema vestibular - órgão sensorial que exerce um importante papel na manutenção do equilíbrio do corpo. Os sintomas incluem sensação de fraqueza, desmaio, sudorese e visão escurecida. “Nestes casos é essencial consultar um cardiologista e realizar uma ampla investigação médica para avaliar as causas da hipotensão”, pontua a especialista.

Já a vertigem geralmente está relacionada a problemas no sistema vestibular, que pode ser do labirinto em si ou de suas conexões cerebrais. Cerca de 70% dos casos de vertigem são causados pela VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna), uma condição em que cristais no labirinto se deslocam. O diagnóstico baseia-se na anamnese sugestiva, na qual são coletas informações e percepções do paciente e no exame físico direcionado, sendo o tratamento realizado por meio de manobras para reposicionar esses cristais.

“Conhecer o diagnóstico é crucial para a eficácia do tratamento. A reabilitação vestibular desempenha um papel fundamental no gerenciamento dos sintomas e no processo de compensação vestibular. Os familiares e cuidadores de pessoas idosas devem acolher essa queixa, pois a tontura muitas vezes é considerada um sintoma comum do envelhecimento, mas não é! Trata-se de um sintoma incapacitante que gera impacto emocional, social e funcional no paciente”, enfatiza Gabriela.

A fisioterapeuta lista cinco pontos de atenção:

1.    Manter uma hidratação adequada;

2.    Evitar períodos prolongados de jejum e manter uma alimentação balanceada, evitando álcool;

3.    Observar atentamente as características da tontura para auxiliar em um diagnóstico preciso. Qual a sensação do sintoma? Há desequilíbrio? Sente pré-síncope ou atordoamento? Qual a duração das crises (minutos, horas, dias)? Há sintomas associados (zumbido, ouvido tampado, náuseas, vômito, quedas, dificuldade de marcha)?

4.    Caminhadas ao ar livre são recomendadas, mas atenção ao risco de quedas;

5.    Buscar a ajuda de um profissional especializado, pois idosos com tontura têm até 8 vezes mais risco de quedas.

 

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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Volta às aulas: 5 dicas para melhor adaptação

 


Após dois meses de uma rotina de férias, com horários e hábitos diferentes, o retorno às aulas impõe às crianças e adolescentes uma fase de readequação. A alteração do ritmo familiar - e, principalmente, na criança - pode gerar resistência, estresse e irritabilidade. Por isso, especialistas recomendam que a adaptação à rotina escolar ocorra entre uma a duas semanas antes do início das aulas, permitindo que o organismo tenha tempo de processar as mudanças.

A gerente-geral do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento dos colégios da rede Positivo (CIPP), Maria Fernanda Suss, destaca que o momento de ambientação aos novos horários e rotina é essencial para tornar o período de volta às aulas mais tranquilo. “O ideal é que os pais e responsáveis iniciem a adaptação com pelo menos uma semana de antecedência, evitando mudanças bruscas”, explica. A professora dá algumas dicas práticas para organizar o processo de volta às aulas. 

1. Voltar à rotina de sono

Particularmente para os alunos que frequentam o período matutino, a dificuldade de retomar o horário e acordar mais cedo pode ser mais desafiadora. Por esse motivo, Maria Fernanda recomenda que a mudança comece a acontecer já na rotina noturna. “Para acordar mais disposto, o segredo é dormir mais cedo, iniciando a higiene do sono no início da noite, evitando atividades com muito estímulo. Após isso, o ideal é começar a despertar um pouco mais cedo a cada dia, habituando o organismo ao novo horário”, pontua.

 2. Ficar atento à alimentação 

Assim como o sono, a alimentação é parte importante nesse processo. A ansiedade no início do ano letivo, combinada com uma alimentação pesada, pode não ser uma boa ideia para quem está prestes a iniciar a nova rotina. Segundo Maria Fernanda, na semana anterior, é recomendável optar por refeições leves e alimentos já conhecidos. “Se, devido às férias, a criança tem consumido mais alimentos ultraprocessados e fora de horário, é essencial trocar por uma alimentação balanceada, que vai ajudar nesse momento de ansiedade e proporcionará mais energia”, orienta.

3. Envolver os estudantes no processo de organização

Principalmente para aqueles que estão trocando de escola ou iniciando a transição escolar, a mudança tende a ser ainda mais desafiadora. Por isso, é essencial conversar sobre os novos hábitos e envolvê-los nessa etapa. “Explicar a nova rotina e tudo que envolve mais uma etapa da vida escolar é fundamental. Quando a criança entende o processo, tudo flui melhor. Além disso, a compra de novos materiais, uniformes e livros pode ser uma forma de estimular os estudantes para o novo ano letivo”, ressalta.

4. Manter a leitura como hábito

É muito importante manter uma rotina de leituras, que pode ser intensificada durante essa fase de adaptação. “Durante o período de descanso, a leitura é uma excelente opção para manter o desenvolvimento da criança. Pode ser ficção, biografia, contos, revistas; toda leitura é válida”, aconselha.

5. Ter calma

Independentemente do grande desafio que 2024 reserva, manter a tranquilidade é sempre uma ótima dica. O início do ano letivo marca o começo de uma nova etapa, e para enfrentá-la com sucesso, os alunos devem saber que não estão sozinhos. “Busque a equipe pedagógica, tire dúvidas, peça dicas e aproveite os profissionais que estão ao seu lado; eles estão preparados para auxiliar toda a comunidade escolar”, finaliza. 



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