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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Volta às aulas: 5 dicas para melhor adaptação

 


Após dois meses de uma rotina de férias, com horários e hábitos diferentes, o retorno às aulas impõe às crianças e adolescentes uma fase de readequação. A alteração do ritmo familiar - e, principalmente, na criança - pode gerar resistência, estresse e irritabilidade. Por isso, especialistas recomendam que a adaptação à rotina escolar ocorra entre uma a duas semanas antes do início das aulas, permitindo que o organismo tenha tempo de processar as mudanças.

A gerente-geral do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento dos colégios da rede Positivo (CIPP), Maria Fernanda Suss, destaca que o momento de ambientação aos novos horários e rotina é essencial para tornar o período de volta às aulas mais tranquilo. “O ideal é que os pais e responsáveis iniciem a adaptação com pelo menos uma semana de antecedência, evitando mudanças bruscas”, explica. A professora dá algumas dicas práticas para organizar o processo de volta às aulas. 

1. Voltar à rotina de sono

Particularmente para os alunos que frequentam o período matutino, a dificuldade de retomar o horário e acordar mais cedo pode ser mais desafiadora. Por esse motivo, Maria Fernanda recomenda que a mudança comece a acontecer já na rotina noturna. “Para acordar mais disposto, o segredo é dormir mais cedo, iniciando a higiene do sono no início da noite, evitando atividades com muito estímulo. Após isso, o ideal é começar a despertar um pouco mais cedo a cada dia, habituando o organismo ao novo horário”, pontua.

 2. Ficar atento à alimentação 

Assim como o sono, a alimentação é parte importante nesse processo. A ansiedade no início do ano letivo, combinada com uma alimentação pesada, pode não ser uma boa ideia para quem está prestes a iniciar a nova rotina. Segundo Maria Fernanda, na semana anterior, é recomendável optar por refeições leves e alimentos já conhecidos. “Se, devido às férias, a criança tem consumido mais alimentos ultraprocessados e fora de horário, é essencial trocar por uma alimentação balanceada, que vai ajudar nesse momento de ansiedade e proporcionará mais energia”, orienta.

3. Envolver os estudantes no processo de organização

Principalmente para aqueles que estão trocando de escola ou iniciando a transição escolar, a mudança tende a ser ainda mais desafiadora. Por isso, é essencial conversar sobre os novos hábitos e envolvê-los nessa etapa. “Explicar a nova rotina e tudo que envolve mais uma etapa da vida escolar é fundamental. Quando a criança entende o processo, tudo flui melhor. Além disso, a compra de novos materiais, uniformes e livros pode ser uma forma de estimular os estudantes para o novo ano letivo”, ressalta.

4. Manter a leitura como hábito

É muito importante manter uma rotina de leituras, que pode ser intensificada durante essa fase de adaptação. “Durante o período de descanso, a leitura é uma excelente opção para manter o desenvolvimento da criança. Pode ser ficção, biografia, contos, revistas; toda leitura é válida”, aconselha.

5. Ter calma

Independentemente do grande desafio que 2024 reserva, manter a tranquilidade é sempre uma ótima dica. O início do ano letivo marca o começo de uma nova etapa, e para enfrentá-la com sucesso, os alunos devem saber que não estão sozinhos. “Busque a equipe pedagógica, tire dúvidas, peça dicas e aproveite os profissionais que estão ao seu lado; eles estão preparados para auxiliar toda a comunidade escolar”, finaliza. 



Foto: Freepik

 

 

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Como lidar com a ansiedade no dia a dia

 



A ansiedade tem se tornado um problema recorrente nos dias de hoje, tanto em nível mundial quanto no Brasil. Segundo a dra. Karen Valéria da Silva, coordenadora de Psicologia da Docway, os transtornos ansiosos têm se proliferado, também, devido à rotina atribulada que muitas pessoas levam atualmente, com a pressão de realizar múltiplas tarefas ao mesmo tempo. Além disso, o período de pandemia que vivenciamos intensificou os sintomas desses transtornos, inclusive os físicos.

No entanto, é fundamental entender a diferença entre a ansiedade comum e os transtornos ansiosos. “A ansiedade é uma função natural do organismo e todos nós a experimentamos em determinados momentos. Ela nos prepara para lutar ou fugir em situações de perigo iminente. Mas quando a ansiedade se torna disfuncional, gerando prejuízos para a vida do indivíduo, é necessária uma investigação com profissional de saúde mental para avaliar o diagnóstico de um transtorno”, explica.

Com base no histórico de 165,3 mil atendimentos feitos no segundo trimestre de 2023 através da plataforma de telemedicina da Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital no Brasil, foi elaborado um ranking das principais doenças crônicas que acometeram a população no período. Na pesquisa, o diagnóstico de Ansiedade Generalizada apareceu com 68% de incidência.

Os principais sintomas da ansiedade abrangem aspectos cognitivos e fisiológicos, incluindo tremores, sudorese, pensamentos acelerados, tensão muscular, desconforto gastrointestinal, irritabilidade e distúrbios do sono, entre outros. Ainda assim, ao falarmos sobre diagnósticos, devemos considerar a diferença entre traço e transtorno. “Os traços referem-se aos sintomas isolados que preenchem alguns critérios diagnósticos, mas não o suficiente para caracterizar um transtorno ansioso. Já o diagnóstico de transtorno deve levar em conta a combinação de sintomas, frequência, intensidade e sofrimento clinicamente significativo”, aponta a psicóloga.

Quando se trata de tratamentos e abordagens eficazes para a ansiedade, as terapias cognitivas e comportamentais são consideradas o padrão-ouro, com maior evidência científica e maior probabilidade de resultar em remissão de sintomas. Um exemplo dessa abordagem é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Além da terapia, a dra. Karen Valéria sugere 10 dicas para lidar com os sintomas da ansiedade no dia a dia, são elas:

 

1.    Administração do pensamento:Identificar os gatilhos e tipos de pensamentos predominantes em momentos de ansiedade a fim de entender o porquê de aquele ambiente ou situação ser ansiogênico

 

2   Praticar exercícios físicos: Apesar de parecer clichê, a prática de atividade física é um dos pilares para o tratamento de saúde mental, pois gera uma resposta fisiológica importante para o organismo.

 

3.    Praticar a atenção plena: Quando fazemos muitas coisas ao mesmo tempo, é comum não conseguimos focar em nenhuma delas, o que gera um sentimento de ansiedade. Praticar atenção plena é focar no presente, entender que o que você está fazendo precisa ter um começo, meio e fim, e se entregar totalmente para a atividade do momento.

 

4.    Utilizar técnicas de relaxamento:É importante buscar uma técnica de relaxamento que funcione para você, entender o que realmente te desliga e te acalma. Um exemplo pode ser a meditação. 


5.    Controlar a respiração: A respiração "curta", comum na crise de ansiedade, contribui para a manutenção dos sintomas fisiológicos. Entre as técnicas recomendadas para auxiliar no controle de crises está a respiração diafragmática, na qual o indivíduo deve prestar atenção em sua própria respiração e identificar os movimentos de inspirar e expirar, colocando a mão sobre o abdômen e a região peitoral.

 

6.    Evitar o uso de substâncias estimulantes: Cafés e energéticos, por exemplo, podem piora a ansiedade e a qualidade do sono, então é importante evita-los ou consumir de forma moderada.

 

7.    Fazer higiene do sono: Uma noite bem dormida promove um dia seguinte produtivo, o que também ajuda no controle da ansiedade. Algumas técnicas são criar uma rotina antes de dormir e evitar o uso do celular na cama.

 

8.    Estabelecer uma rotina saudável: Priorize na sua rotina atividades com tempo hábil para serem realidades e administre visualmente seu tempo, a fim de evitar o sentimento de improdutividade. Lembre-se: uma rotina saudável é aquela possível de ser realizada. 



Foto: Freepik