domingo, 30 de abril de 2017

Deixe o sedentarismo de lado!


Quem é sedentário sempre encontra uma boa desculpa para “fugir” da prática de exercícios. Para essas pessoas, sempre há um bom motivo para evitar os treinos, mesmo sabendo que a falta de atividades físicas é prejudicial à saúde.

Pesquisas apontam que realizar exercícios regularmente é a melhor maneira de prevenir doenças crônicas como câncer, hipertensão e diabetes. No mundo, o sedentarismo é o quarto principal fator de risco de morte. Além disso, exercícios regulares diminuem os níveis de estresse, ajudam a largar hábitos nocivos como o álcool e o cigarro e propiciam a adoção de uma alimentação mais saudável.

“As famosas desculpas muitas vezes impedem o início de uma rotina de treinos ou de uma dieta mais equilibrada. Mas essas são barreiras que podem ser facilmente superadas, ao contrário do que alguns acreditam. Basta ter força de vontade e um pouco de disciplina”, explica a atleta Cris Senna.

Pense em mudar seu cotidiano, adotando uma rotina mais saudável, e planeje essa transformação. “É importante colocar na cabeça que é possível conciliar as tarefas cotidianas com as atividades físicas. Introduzir 12 minutos de treinos diários já é um grande passo para dar um basta no sedentarismo”, ensina Cris.

Segundo ela, é importante determinar uma data para o início dos treinos e reestruturar o dia a dia para encaixar na agenda um período para os exercícios.
A especialista lista atitudes que vão ajudar você a “virar a página” e passar a treinar.

Motivação
“Estou bem assim” é uma das desculpas comuns que pode esconder a falta de motivação para treinar. “É importante não deixar que o desânimo vença. Muitas pessoas se matriculam em academias tradicionais, mas acabam desistindo. Quando fui proprietária de uma academia, observava que muitos alunos não conseguiam alcançar suas metas e acabavam desestimulados. Por isso, segundo a especialista, é importante estabelecer onde se quer chegar e procurar uma reeducação alimentar para obter resultados já a curto e médio prazo. “Quanto mais rapidamente os resultados forem percebidos, maior será a motivação para continuar o treino e a novo cardápio alimentar”, comenta Cris.

Inexperiência
A falta de experiência é um fator que deve ser observado com cuidado por quem decide deixar de ser sedentário. Quem nunca praticou atividade física precisa, realmente, de orientações, além de começar pelos movimentos mais simples.

Tempo
Por ser uma questão que afeta a vida da maioria das pessoas hoje em dia, a falta de tempo é, provavelmente, a desculpa mais usada para manter-se sedentário. “De fato, frequentar uma academia demanda tempo. Considerando a ida, o período de treino e a volta, é uma atividade que toma algumas horas do dia. Por isso mesmo, criamos um método 100% online, que ajuda as pessoas a treinar de forma rápida, prática e eficaz, e que pode ser executado de qualquer lugar – dentro de casa, na praia, em um parque ou praça pública”, explica Cris.


sexta-feira, 28 de abril de 2017

Jogo da Baleia Azul: como alertar pais e jovens sobre os perigos?


O noticiário da última semana foi tomado com reportagens sobre a prática do “Jogo da Baleia Azul”, uma espécie de gincana disputada pelas redes sociais, que propõe desafios sinistros aos adolescentes, como fazer selfies assistindo a filmes de terror, atravessar a rua devagar e até se automutilar. A psicóloga Camila Cury, do programa educacional Escola da Inteligência, alerta que em casos mais graves, o jogo pode levar os jovens a cometerem suicídio e que o diálogo aberto entre pais, escola, crianças e adolescentes é imprescindível para evitar tragédias. 

De acordo com a psicóloga, é importante que todas as pessoas que convivem com crianças e adolescentes fiquem atentos a possíveis mudanças de comportamento. “Vivemos em uma sociedade em que os índices de depressão são muito altos. Os educadores, que fazem parte da formação destes jovens, devem trabalhar profundamente a educação das emoções e da inteligência. Isso irá refletir na melhoria dos índices de aprendizagem, na redução da indisciplina, no aprimoramento das relações interpessoais e também no aumento da participação da família na formação integral dos alunos”, explica. 

As evidências sobre a brincadeira são alarmantes: na Rússia (possivelmente o local no qual a prática surgiu), em 2015, uma jovem de 15 anos se jogou do alto de um edifício - dias depois, uma adolescente de 14 anos se atirou na frente de um trem. Depois de investigar a causa destes e outros suicídios cometidos por jovens, a polícia ligou os fatos a um grupo que participava de um desafio com 50 missões, sendo a última delas acabar com a própria vida.

 No Brasil, o jogo tem preocupado as autoridades. Em três Estados, pelo menos, já existem investigações abertas para apurar mortes e tentativas de suicídio. Para Camila Cury, jovens com habilidades para construir relações saudáveis e administrar conflitos terão segurança, autoestima, autocontrole, e por consequência ficariam fora de jogos que estimulem a automutilação e o suicídio. “Professores e pais devem estar sempre abertos ao diálogo. Os adolescentes sem laços familiares fortalecidos e com baixa estima estarão mais vulneráveis a este tipo de conduta autodepreciativa”, esclarece.

 Segundo a Organização Mundial da Saúde pelo menos 90% dos casos o suicídio pode ser prevenido, pois estão associados a psicopatologias diagnosticáveis e tratáveis, principalmente a depressão. “O desenvolvimento das habilidades socioemocionais, melhora a capacidade de trabalhar perdas e frustações. Deste modo, os jovens aprenderão a valorizar seu bem mais precioso: a vida”, finaliza Camila.


quarta-feira, 26 de abril de 2017

Você sabe o que são as estomatites?


A estomatite é uma inflamação da cavidade oral (stoma, do grego = boca). Na infância, acomete crianças pequenas e na maioria das vezes é causada por vírus.

Quais são os sintomas da estomatite?
A estomatite é caracterizada pelo aparecimento de aftas em todas a cavidade oral com inchaço e vermelhidão das gengivas, às vezes até com sangramento local. Por conta disso, é muito comum a criança apresentar “babação” e dificuldade de se alimentar e beber líquidos. Além dos sintomas locais, a criança pode apresentar febre, dor, irritabilidade e prostração. Todos esses sintomas podem durar até 15 dias, mas o período crítico ocorre no final da primeira semana.

O que provoca a estomatite?
Normalmente, os vírus são os responsáveis por essa infecção. Dentre eles, o principal é o vírus herpes simples (HSV-1). Em menor incidência, os vírus da família Coxsackie também podem causar estomatites, entre outros. Em menor frequência a estomatite pode ser a manifestação de outras doenças, não infecciosas. Caso o quadro seja recorrente e/ou persistente, deve-se atentar para outras possibilidades e a orientação do pediatra irá auxiliar no diagnóstico.

Em que períodos do ano a estomatite é mais comum?
Nos meses de outono e inverno, os episódios são mais frequentes. Nesse período, a maior frequência a ambientes fechados facilita a transmissão do vírus que ocorre pela saliva contaminada ou pelo contato com as lesões. As crianças menores são as mais acometidas também por frequentarem creches e escolas.

Pode haver complicações?
A principal complicação é a desidratação. Por conta da dificuldade de comer e beber e da própria inapetência causada pela doença, a criança ingere pouco líquido, podendo ficar desidratada. Embora aconteça na minoria dos casos, pode ocorrer infecção secundária por bactérias, com aparecimento de lesões com secreção e odor forte, podendo agravar e/ou prolongar os sintomas gerais como a febre. Nessa situação, o uso de antibióticos poderá ser necessário.

Como evitar a estomatite?
Infelizmente trata-se de uma infecção muito comum nos primeiros anos de vida e dificilmente o seu pequeno escapará dela. Cuidados gerais podem evitar a transmissão, como lavar as mãos com frequência e higienizar brinquedos de uso comum com água e sabão ou detergente, evitando-se a propagação do vírus.

Mas e se meu filho ficar doente, o que fazer?
Evite a ida a escolas ou creches porque poderá transmitir a infecção para outras crianças. Ofereça alimentos frios, pastosos, sem ácidos ou temperos. Estimule preferencialmente a ingestão de líquidos, oferecendo de forma fracionada mais vezes ao dia para evitar a desidratação. Mantenha seu filho em repouso e o medique com analgésicos para aliviar a dor. Alimentos pastosos e líquidos, que não exijam mastigação, são mais facilmente aceitos. Iogurte, sorvete, gelatina e líquidos como sucos de frutas não ácidas, água, chá e leite frios são ótimas opções.

O que pode ser usado para aliviar os sintomas locais?
A higiene oral é um passo importante para se evitar as infecções secundárias. Pela resistência das crianças em permitir a escovação, podem ser usados antissépticos bucais, que aliviam a dor, na forma de bochecho.

Lembre-se que a estomatite é, na maioria das vezes, causada por infecções virais. Os cuidados são apenas sintomáticos, ou seja, objetivam aliviar os sintomas e prevenir as complicações. O vírus tem um ciclo com duração média de 1 a 2 semanas, com remissão de todos os sintomas.

A consulta pediátrica é fundamental para orientar o diagnóstico e as melhores opções para que o seu pequeno sofra o mínimo possível em consequência da estomatite. 

Artigo do dr. Marco Aurélio Safadi (CRM 54792), parceiro da NUK, professor de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenador da Equipe de Infectologia Pediátrica do Hospital.


segunda-feira, 24 de abril de 2017

Mitos e verdades sobre preenchimento facial


Indicado para quem está em busca de um tratamento que possa colaborar com o fim das marcas de expressão, o preenchimento ajuda a rejuvenescer os traços do rosto, que com o tempo ficam mais carregados, formando as rugas.

Existem muitos mitos sobre o preenchimento, por isso a médica-chefe da Pró-Corpo, dra. Adriana Benito, esclarece abaixo algumas dúvidas sobre o procedimento estético.

Preenchimento só pode ser feito nos lábios
MITO. 
Na verdade, a região dos lábios nem é a mais procurada. As áreas mais frequentes são a região do bigode chinês, rugas ao redor dos lábios, nas bochechas e para correção de olheiras.

Existem contraindicações para o preenchimento
VERDADE. 
Desde que realizado por um profissional treinado e habilitado para tal procedimento, o mesmo será extremamente seguro. Por ser uma substância idêntica à que já existe no nosso organismo, não é tóxica e sem risco de alergias ou rejeições. As contraindicações são em casos de gravidez e amamentação.

O efeito do preenchimento é definitivo
MITO. 
O efeito do preenchimento tem duração média de 6 a 9 meses. Após a absorção do ácido hialurônico, há a necessidade de repetir o procedimento.

O resultado final do preenchimento não é visto imediatamente após a aplicação
VERDADE. 
Parte dos resultados aparece imediatamente após aplicação, mas pode ocorrer um pouco de inchaço ou vermelhidão no local. Nos dias que se seguem, o produto se acomoda na região aplicada e, portanto, o resultado final aparecerá após o período de melhora do edema e hematoma, que pode ocorrer normalmente e duram de 10 a 15 dias.

O preenchimento pode ser aplicado em qualquer tipo de pele
VERDADE. 
O ácido hialurônico pode ser aplicado em qualquer tipo de pele. O preenchimento com ácido hialurônico é recomendado até para pessoas que possuem pequenas cicatrizes de acne surgidas no período da adolescência.

Botox ® e preenchimento são a mesma coisa
MITO. 
Eles são procedimentos totalmente diferentes com indicações também diferentes. O Botox ® atua relaxando os músculos onde é injetado e, portanto, é indicado para o tratamento de rugas que se formam com a ação dos músculos faciais. O preenchimento consiste na injeção de substâncias dentro da pele ou logo abaixo dela, elevando-a, diminuindo a sua profundidade, dando volume e corrigindo as depressões.

Fazer preenchimento dói muito
MITO. 
A sensibilidade varia de acordo com cada pessoa, mas normalmente é bem tolerado. Em alguns casos, um anestésico tópico é utilizado para diminuir a sensibilidade à puntura da microagulha.



sexta-feira, 21 de abril de 2017

Saiba quais são os transtornos mentais mais comuns na terceira idade


Segundo o mais recente relatório global da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada 10 pessoas no mundo sofrem de algum distúrbio mental. Esse dado representa 10% da população mundial – aproximadamente 700 milhões de pessoas – que sofrem com a perda de uma parte da reserva funcional cerebral, o que os torna mais vulneráveis para lidar com o estresse, relacionamentos interpessoais e até mesmo a qualidade de suas escolhas.

De acordo com Edson Issamu, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, não existe uma definição explícita para o termo saúde mental pelo fato de existirem diferenças culturais e julgamentos subjetivos que interferem neste conceito. Na verdade, segundo o especialista, essa expressão é usada para descrever o nível de qualidade cognitivo-emocional (capacidade de identificar sentimentos e emoções) de cada indivíduo, que interfere no nosso bem-estar emocional, psicológico e social, afetando também o modo como pensamos, sentimos e agimos.

No caso dos idosos, a geriatra Aline Thomaz explica que são muitos os fatores que influenciam na saúde mental, mas o processo biológico do envelhecimento, por si só, não vem associado a qualquer doença, mas sim à diminuição das nossas reservas funcionais. “Experiências de vida (trauma ou abuso), fatores biológicos e genéticos, fatores externos típicos da vida moderna (como o estresse), problemas familiares e luto por perdas de pessoas próximas, além da frustração por não poderem mais realizar algumas atividades que antes faziam parte do seu dia a dia, são alguns dos aspectos que podem favorecer o aparecimento das doenças psíquicas”, detalha a médica do Hospital São Camilo.

Entre as condições mentais que mais afetam a terceira idade, a geriatra destaca os casos de depressão, transtornos de ansiedade (pânico e transtorno de ansiedade generalizada), bipolaridade, esquizofrenia e demência – sendo que o principal tipo é a Doença de Alzheimer, seguida pela Demência Vascular.

A geriatra explica as condições mentais que mais afetam a terceira idade:

Depressão – A condição leva a pessoa a se sentir desanimada, triste, desamparada, desmotivada ou desinteressada pela vida em geral. Temos dois tipos de casos: a depressão reativa, ou seja, quando esses sentimentos duram por um curto período de tempo e os sintomas desaparecem com a resolução do problema que a ocasionou ou uma depressão maior, que perdura por mais de duas semanas e interfere nas atividades do dia a dia, como cuidar da família, da vida social, do desempenho profissional ou escolar, requerendo tratamento especializado.

Bipolaridade – Também conhecido como doença maníaco-depressiva, é um transtorno mental que causa mudanças incomuns no humor, nos níveis de atividade e na capacidade de realizar as tarefas do dia a dia. Ocorre alternância de episódios de euforia (mania) e de depressão, com intervalos de normalidade. Tanto um episódio quanto o outro envolvem mudanças claras no humor e nos níveis de atividade.

Esquizofrenia – Uma doença cerebral crônica que afeta cerca de 1% da população mundial. Ela apresenta várias manifestações, afetando diversas áreas do funcionamento psíquico que podem incluir delírios, alucinações, problemas com o pensamento e concentração e falta de motivação.

Demência – Descreve um conjunto de sintomas que podem incluir perda de memória, dificuldades de linguagem e pensamento, além de incapacidade para resolver os problemas. Muitas vezes, estas mudanças são sutis na fase inicial da doença, mas irão progredir ao longo do tempo, afetando fortemente o seu cotidiano. A pessoa pode apresentar mudanças em seu humor e comportamento e chegar ao ponto de não mais conseguir cuidar de si mesma.

Aline também ressalta que a depressão e a ansiedade podem melhorar com tratamento e, em muitos casos, o paciente se recupera completamente, podendo obter a cura. “Há tratamentos com medicamentos específicos e psicoterapia que, especialmente juntos, são muito eficazes”, explica. “Já o Alzheimer e a esquizofrenia são doenças incuráveis que podem ser controladas, porém tem caráter progressivo e irreversível”.


Por isso, a geriatra alerta para vários sinais, sintomas e comportamentos suspeitos, como afastar-se das pessoas e das atividades usuais, ter pouca ou nenhuma energia (anedonia), dores frequentes e/ou dores inexplicáveis, sentir-se confuso, esquecido, irritado, chateado, preocupado ou com medo, apresentar mudanças de humor, pensamentos negativos e persistentes, ouvir vozes ou acreditar em coisas que não são verdadeiras, pensar em machucar a si mesmo ou aos outros e ser incapaz de executar tarefas cotidianas, como cuidar de seus filhos, da casa ou das atividades de trabalho.

As pessoas também devem manter uma saúde mental positiva como alternativa para evitar essas condições mentais durante o processo de envelhecimento. “É importante desempenhar todo o seu potencial, enfrentando as tensões do cotidiano, sendo produtivas no trabalho (incluindo o serviço voluntário) e fazendo contribuições significativas para as suas comunidades”. Entre as recomendações estão “uma vida social ativa, ser positivo em relação à vida e a si próprio, manter-se fisicamente ativo, ajudar os outros (o voluntariado é uma ótima opção), dormir o suficiente – sentir-se disposto no dia seguinte e não cansado ou sonolento durante o dia – e desenvolver habilidades para o melhor enfrentamento dos problemas”, aconselha a profissional.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Chocolate pode ser aliado da dieta e favorecer a boa forma


É difícil encontrar alguém que resista a tentação de apreciar o sabor e aroma marcantes de um belo chocolate, especialmente nesse período de Páscoa em que as prateleiras dos supermercados transbordam dos mais variados tipos. O doce, que já foi uma iguaria consumida apenas pelos nobres e usado como moeda de troca por civilizações antigas, é extremamente versátil e facilmente encontrado em vários formatos, textura, cor e sabor, sendo amplamente consumido em todo o mundo, o que o torna um forte componente da indústria alimentícia e explica seu papel fundamental na economia de vários países.

Mas o alimento é tão querido quanto polêmico, pois atualmente há vários questionamentos acerca de seus efeitos no organismo, especialmente para aqueles que prezam pela boa forma física, assim, muitos acabam restringindo ou excluindo totalmente o doce do cardápio, mesmo que isso exija muita força de vontade e determinação. A boa notícia é que alguns estudos recentes comprovam que o alimento, se consumido de forma correta e moderada, não só é inofensivo à saúde, como também pode trazer muitos benefícios. Por isso, chega de tortura, conheça as vantagens do chocolate e saiba como incluí-lo na dieta.

Principais benefícios da guloseima
Seja em forma de bombom, barra, bebida, branco, amargo ou ao leite, entre tantas outras opções, o fato é que o chocolate sempre atrai e conquista cada vez mais admiradores desde a sua descoberta. O mundo inteiro se rende ao sabor incomparável do produto, que já inspirou canções, quadros e foi até tema de filmes. Entretanto, seu consumo foi associado, injustamente, ao ganho de peso e aumento do colesterol ruim, porém, a nutricionista Sinara Menezes explica que é a forma moderna de fabricação, com alto teor de gordura e açúcar, que prejudicam o potencial nutritivo do alimento.

De acordo com a profissional da Nature Center, o responsável pelas vantagens do chocolate é o cacau. O fruto é rico em nutrientes que possuem comprovação científica sobre seus benefícios, como os polifenóis, que auxiliam na redução da pressão arterial e atuam para melhorar a saúde do coração e os flavonoides, que são potentes antioxidantes com ação extremamente hidratante que protegem o organismo do excesso dos radicais livres – moléculas reativas que danificam vários tecidos do corpo. “Para aproveitar os benefícios do cacau, o chocolate deve apresentar uma boa concentração do fruto, além disso, para que seus nutrientes não percam o efeito é preciso prestar atenção aos outros componentes da fórmula”, explica Menezes.

Chocolate e boa forma
Estudos apontam que os polifenóis do cacau ajudam na luta contra a diabetes, combatendo a síndrome de resistência à insulina, isso contribui para o aumento da sensibilidade ao hormônio, que é responsável pelo metabolismo dos carboidratos, ou seja, ele transporta a glicose, ingerida através dos alimentos, para as células do organismo para que seja transformada em energia, regulando os níveis de açúcar no sangue, dessa forma o organismo trabalha corretamente e não acumula excesso de gorduras. Além disso, as pesquisas indicam também que o consumo de chocolate antes e depois das atividades físicas pode aliviar o desgaste muscular e as dores, conferindo mais energia e contribuindo no processo de regeneração muscular.

A nutricionista lembra que, no entanto, é preciso moderação para não causar efeito contrário. Além de escolher um produto de boa qualidade, o consumo não deve ser feito de forma indiscriminada, o recomendável, para um cardápio saudável, é uma quantidade diária de cerca de 30 gramas da guloseima.

Qual a melhor opção para se beneficiar
O chocolate ao leite é o tipo mais consumido em todo o mundo, seu sabor é doce e altamente agradável. A lei determina que para ser comercializado como chocolate o alimento contenha no mínimo 25% de cacau em sua composição, porém, os 75% restantes são compostos geralmente por leite integral, açúcar, aditivos, gordura hidrogenada e outras substancias que não fazem nada bem à saúde. “E engana-se quem pensa que o chocolate diet é uma boa opção, indicados para quem tem diabetes por não possuírem açúcar, eles ainda contêm a parte química do adoçante e, muitas vezes, apresentam um percentual de gordura mais elevado”, acrescenta a nutricionista. Segundo ela, o ideal é optar por versões com maior concentração de cacau, pois, quanto maior for a quantidade do fruto maior será o potencial nutritivo do alimento.

Os melhores tipos de chocolate
50%: Esse é o tipo mais indicado para aqueles que querem começar a degustar um chocolate com mais qualidade. Nesse percentual já é possível sentir um gosto diferenciado e uma acidez mais intensa;
60%: Esse percentual tem uma intensidade mais elevada e é o que apresenta maior índice de retrogosto – aquela lembrança que fica na boca após a ingestão do alimento, como se o sabor ainda estivesse presente. Sua composição apresenta um traço amargo mais acentuado;
75%: Esta faixa de concentração de cacau é a mais consumida por quem busca um equilíbrio entre o prazer do sabor e a qualidade do produto. Seu gosto é menos amargo que o classificado em 60%, mas ainda é intenso e marcante.
85%: Não contém adição de açúcar. Seu sabor intenso e amargo traz lembranças do café preto e sua textura derrete bem lentamente na boca.
99%: Esse chocolate é quase composto inteiramente por cacau e apresenta um sabor amargo com um forte traço salgado, é um dos mais difíceis de ser encontrado no mercado, porém é o que apresenta maior concentração de flavonoides.

Desenvolva seu paladar aos poucos
Não é preciso comer um ovo de páscoa ou uma caixa de bombom inteira para contar com os benefícios do chocolate, assim como também não é preciso limitar o consumo apenas as versões com 99% de cacau. A nutricionista aconselha que aqueles que querem obter mais saúde e, ao mesmo tempo, degustar um chocolate refinado, com sabor agradável, pode optar pela versão 75% cacau, que tem um gosto mais palatável e um alto valor nutritivo. Mas para quem está habituado apenas as versões mais doces do produto, a porcentagem de 50% já traz benefícios, e pode ser acrescentada em receitas e sobremesas.

A especialista afirma que o ideal é que o chocolate seja saboreado lentamente, para que a pessoa consiga sentir a textura e o sabor marcante do cacau derretendo na boca, além disso, deve ser consumido em pequenas quantidades. “O chocolate é um alimento para ser apreciado, quanto mais rápido a pessoa devorar o doce maior será a quantidade ingerida e as chances de compulsão ao comê-lo, pois não há tempo para desfrutar do sabor agradável e a sensação de prazer que ele traz”, explica Menezes.

Derrubando os maiores mitos
As dúvidas em torno do chocolate são muitas e, por falta de informação, alguns mitos se propagam como verdade, dificultando ainda mais que as pessoas conheçam seus benefícios. Confira algumas das dúvidas mais frequentes:

Todo chocolate engorda?
Mito. Para o consumo saudável basta ficar atento à quantidade e à qualidade do alimento. Se o consumo for moderado e o doce apresentar maior concentração de cacau ele pode até auxiliar no processo de perda de peso. “O cacau é rico em ácidos fenólicos, substâncias que agem na produção da leptina, o hormônio da saciedade, e, de acordo com alguns estudos recentes a ingestão regular pode auxiliar no processo de emagrecimento e ainda inibir a estocagem de gordura pelo organismo”, diz a nutricionista.

Chocolate pode causar acnes?
Mito. Não há evidências científicas que comprovem a relação do chocolate com qualquer tipo de malefícios à pele, exceto em casos específicos onde o paciente já possui intolerância à lactose ou glúten. Menezes acrescenta que fora essas situações isoladas, o aparecimento de acnes geralmente provém de uma dieta desequilibrada e rica em carboidratos de alto índice glicêmico.

Qualquer chocolate é saudável?
Mito. A especialista afirma a melhor opção é o tipo amargo, com concentração acima de 50% de cacau. As versões mais comuns, como o chocolate ao leite, possuem um alto teor de gordura e açúcar, por isso só devem ser consumidas ocasionalmente.

Chocolate branco faz bem para a saúde?
Mito. De acordo com a nutricionista o chocolate branco é composto por uma mistura de manteiga de cacau e outros ingredientes, como baunilha, leite e açúcar, ou seja, ele não contém massa de cacau e, consequentemente, não possui as propriedades nutricionais provenientes do fruto, além disso, ele é um doce mais calórico e rico em gordura saturada.



terça-feira, 11 de abril de 2017

Dicas para quem deseja começar a correr


Basta colocar uma roupa confortável e um tênis apropriado. Sem precisar de muita estrutura e investimento para praticá-la, a corrida de rua tem ganhado cada vez mais adeptos. Além disso, a lista de benefícios para a saúde é imensa. “Os principais são redução de peso, menor chance de apresentar problemas cardíacos, como o infarto e hipertensão, redução de ocorrência de diabetes e vários tipos de câncer”, explica o especialista em Medicina do Esporte e cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, dr. Marcelo Leitão.

Segundo o médico, o exercício pode ser realizado por qualquer pessoa, desde que esteja em boas condições de saúde e apresente um grau mínimo de condicionamento físico. “Quem está sedentário há muito tempo deve iniciar as atividades com exercícios de baixa intensidade e a caminhada é uma boa opção para esta fase inicial”, comenta.

À medida que o condicionamento vai melhorando, o iniciante pode correr em velocidades progressivamente mais elevadas. Mas antes de iniciar uma atividade física é sempre importante consultar um médico. “A partir desta avaliação inicial podem ser solicitados alguns exames, como o teste cardiopulmonar de exercício”, diz dr. Marcelo. O teste tem grande utilidade na avaliação da saúde de atletas e pessoas sedentárias que desejam iniciar uma atividade física, pois registra o maior valor de oxigênio consumido pelo organismo durante o esforço máximo despendido na avaliação e as faixas de batimentos cardíacos que determinam o limite de atividade aeróbica que a pessoa pode suportar sem sobrecarregar o coração e os músculos.

Em relação ao tempo de exercícios, o especialista comenta que o ideal é realizar por semana 2h30 de exercícios de baixa intensidade, como caminhar, ou 1h15 de corrida de moderada a elevada intensidade. “Mas vale ressaltar que esta recomendação é mínima, quanto mais praticar maior serão os benefícios para a saúde”, afirma.


sábado, 8 de abril de 2017

Rotina de saúde ajuda a prevenir o câncer


A data do dia 8 de abril, Dia Mundial de Combate ao Câncer, foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para chamar atenção de todos para esta doença que vem atingindo altos índices.

Aqui no Brasil, é a segunda causa de morte. “Temos que usar a data para conscientizar a população da importância de se fazer o diagnóstico prematuramente ou com ações preventivas para garantir hábitos mais saudáveis”, relata Celso Massumoto, onco-hematologista e coordenador de transplante de medula óssea do Hospital Nove de Julho.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o INCA, os tipos de câncer mais incidentes no mundo foram pulmão (1,8 milhão), mama (1,7 milhão), intestino (1,4 milhão) e próstata (1,1 milhão). Nos homens, os mais frequentes foram pulmão, próstata, intestino, estômago e fígado. Em mulheres, a doença foi encontrada com maiores frequências na mama, intestino, pulmão, colo do útero e estômago.

Além dos tipos citados, no Brasil, o Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin e leucemias também fazem parte da estatística. “O linfoma de Hodgkin, por exemplo corresponde a 30% de todos os linfomas, com maior pico de incidência na faixa etária de 20-30 anos e um menor pico após os 50 anos”, relata Massumoto. Já o linfoma de não-Hodgkin acomete pessoas com mais de 60 anos. Os linfomas atingem homens e mulheres e ainda não se conhece a causa exata.

O médico alerta que maus hábitos como beber, fumar e obesidade podem enquadrar a pessoa num grupo de risco de ter câncer futuramente, além das causas como a pré-disposição genética. Embora mudanças de hábito possam ajudar ao combate de neoplasias malignas, ainda não é possível prevenir (com raras exceções) o surgimento do câncer.

“Diante desses altos índices, é fundamental que se incorpore na rotina de saúde um monitoramento das mortes por câncer, pois só assim teremos um instrumento essencial para estabelecer ações de prevenção, controle da enfermidade e os fatores de risco para a população”, finaliza Massumoto.


quinta-feira, 6 de abril de 2017

Trabalho e amamentação: conheça os direitos garantidos por lei


São direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente: toda criança tem direito ao aleitamento materno e toda mãe tem o direito de amamentar seu filho. Porém, como a amamentação deve funcionar nas empresas após o período de licença maternidade e quais são os direitos garantidos por lei?

Toda mulher tem garantida por lei uma licença maternidade, que é um afastamento remunerado do trabalho, de, no mínimo, 120 dias e, no máximo, 180 dias a partir do oitavo mês de gestação. Porém, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o bebê deve ser amamentado por no mínimo 6 meses. Ou seja, quando a mãe tem direito aos 180 dias de licença, o bebê consegue ser amamentado no período recomendado pela OMS. Mas quando isso não acontece, a mãe deve se organizar para continuar a oferecer o leite materno ao bebê.

Segundo a dra. Luciana Dessimoni, sócia no escritório Nakano Advogados Associados, as mães, ao retornarem ao trabalho após o período de 120 dias, têm garantido por lei o direito de fazer dois descansos remunerados de 30 minutos por dia para amamentar seu bebê até que ele complete seis meses de idade. “Os pais adotivos têm os mesmos direitos dos pais biológicos”, lembra a especialista.

A dra. Luciana ainda salienta que se a empresa ou entidade empregadora tiver no mínimo 30 funcionárias, ela é obrigada a oferecer um espaço como berçário. Não existindo essa opção no local, a funcionária deve ser autorizada a sair do trabalho para ir amamentar seu filho.

“Sabemos que, na prática, é muito difícil que uma mãe consiga sair do trabalho, ir em casa, amamentar, e voltar ao trabalho em 30 minutos. Por isso, a colaboradora pode pedir à empresa a junção desses dois descansos de meia hora garantidos por lei, de forma que possa ficar afastada do emprego por 1 hora, podendo iniciar ou terminar sua jornada uma hora mais cedo”, explica a advogada.

Caso seja esse o esquema acordado, é recomendado que empresa e colaboradora assinem um documento especificando o critério de descanso acordado para a amamentação. “Este documento deve ser guardado nos arquivos que a empresa mantém da funcionária para eventual apresentação à fiscalização trabalhista”, conclui.


segunda-feira, 3 de abril de 2017

Brasileiro com incontinência urinária gasta até 40% da renda com tratamento


Estudo da Associação Brasileira pela Continência B. C. Stuart indica que o paciente com incontinência urinária gasta de 25 a 40% da renda média mensal de R$ R$ 2.116,84 com medicamentos e sondas uretrais.  Os dados foram apresentados no Fórum Público: A realidade da Incontinência Urinária no Brasil durante o 2º Congresso Internacional da Associação Latino-Americana de Assoalho Pélvico, realizado este mês em São Paulo.

“Os médicos que tratam a incontinência no Brasil não encontram dados para análise, levando à dificuldade de definir política de saúde adequada, voltada para o problema. Já os pacientes têm os gastos elevados com o tratamento”, afirma o médico urologista Valter Honji, membro voluntário da associação.

No Datasus (2016), os dados traduzem o número de cirurgias.  Só no ano passado, na região Sudeste, foram realizados 2627 procedimentos via vaginal. Os números são bem diferentes de uma região para outra. No Norte foram 176. No Sul, 1143, no Nordeste 762 e no Centro-Oeste 723. No total, foram 5.429.

Para a médica uroginecologista Márcia Dias, também membro voluntário da associação, no Brasil o tratamento é basicamente cirúrgico. “Se formos avaliar pelo número de pessoas com a condição, há demanda reprimida em relação aos variados tipos de tratamento”, destaca.

A incontinência urinária é uma condição que afeta grande número de pessoas, de todas as idades, de ambos os sexos e poucos procuram ou tem acesso aos tratamentos. Causa impacto direto na qualidade de vida, autoimagem, trabalho, vida sexual, levando à depressão, vergonha e timidez. A doença atinge mais as mulheres. 

A perda involuntária de urina atinge cerca de 10 milhões de brasileiros e traz um grande prejuízo na qualidade de vida do indivíduo. Existem diferentes tipos de incontinência urinária. Um dos mais comuns é a incontinência urinária de esforço, que ocorre quando a pessoa perde urina ao rir, tossir, espirrar, exercitar-se, subir escadas, levantar peso ou exercer alguma outra forma de pressão sobre o assoalho pélvico.

Em muitos casos, esse tipo de incontinência pode ser ocasionado por alguma lesão nos esfíncteres (músculos) da uretra. Obesidade, menopausa, gravidez e partos, prisão de ventre, entre outras, podem ser a causa da doença.

O tratamento irá depender do tipo e da gravidade, além das causas subjacentes, podendo muitas vezes haver a necessidade de uma combinação de abordagens interdisciplinares. O paciente pode fazer exercícios para fortalecer a musculatura pélvica, aprender técnicas e treinamentos para a bexiga, perder peso e fazer dieta alimentar. Outros tipos da doença devem ser tratados com medicamentos e até cirurgia.

Associação Brasileira Pela Continência B. C. Stuart
A Associação Brasileira pela Continência B. C. Stuart é uma entidade sem fins lucrativos, cujo maior objetivo é de prestar assistência às pessoas que sofrem de incontinência urinária e/ou fecal.

A ideia de se criar esta associação aqui no Brasil nasceu do sonho de um empresário canadense, sr. Raymond Laborie. Juntamente com um pequeno grupo de profissionais envolvidos na causa da incontinência, fora então criada a Associação Brasileira pela Continência usando o modelo de outras fundações já existentes no mundo, tais como a Canadian Continence Foundation e a norte-americana Simon Foundation.

Pensando nas dificuldades econômicas, sociais e emocionais que as disfunções miccionais causam às pessoas, que vislumbramos apoiar e orientar pessoas de todo o Brasil a encontrarem ajuda, oferecendo informações sobre os problemas específicos; sobre as possibilidades de tratamentos; encaminhamentos para profissionais que possam ajudar; orientações e indicações de acesso a medicações e produtos necessários ao manejo das disfunções miccionais.