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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Brasileiro com incontinência urinária gasta até 40% da renda com tratamento


Estudo da Associação Brasileira pela Continência B. C. Stuart indica que o paciente com incontinência urinária gasta de 25 a 40% da renda média mensal de R$ R$ 2.116,84 com medicamentos e sondas uretrais.  Os dados foram apresentados no Fórum Público: A realidade da Incontinência Urinária no Brasil durante o 2º Congresso Internacional da Associação Latino-Americana de Assoalho Pélvico, realizado este mês em São Paulo.

“Os médicos que tratam a incontinência no Brasil não encontram dados para análise, levando à dificuldade de definir política de saúde adequada, voltada para o problema. Já os pacientes têm os gastos elevados com o tratamento”, afirma o médico urologista Valter Honji, membro voluntário da associação.

No Datasus (2016), os dados traduzem o número de cirurgias.  Só no ano passado, na região Sudeste, foram realizados 2627 procedimentos via vaginal. Os números são bem diferentes de uma região para outra. No Norte foram 176. No Sul, 1143, no Nordeste 762 e no Centro-Oeste 723. No total, foram 5.429.

Para a médica uroginecologista Márcia Dias, também membro voluntário da associação, no Brasil o tratamento é basicamente cirúrgico. “Se formos avaliar pelo número de pessoas com a condição, há demanda reprimida em relação aos variados tipos de tratamento”, destaca.

A incontinência urinária é uma condição que afeta grande número de pessoas, de todas as idades, de ambos os sexos e poucos procuram ou tem acesso aos tratamentos. Causa impacto direto na qualidade de vida, autoimagem, trabalho, vida sexual, levando à depressão, vergonha e timidez. A doença atinge mais as mulheres. 

A perda involuntária de urina atinge cerca de 10 milhões de brasileiros e traz um grande prejuízo na qualidade de vida do indivíduo. Existem diferentes tipos de incontinência urinária. Um dos mais comuns é a incontinência urinária de esforço, que ocorre quando a pessoa perde urina ao rir, tossir, espirrar, exercitar-se, subir escadas, levantar peso ou exercer alguma outra forma de pressão sobre o assoalho pélvico.

Em muitos casos, esse tipo de incontinência pode ser ocasionado por alguma lesão nos esfíncteres (músculos) da uretra. Obesidade, menopausa, gravidez e partos, prisão de ventre, entre outras, podem ser a causa da doença.

O tratamento irá depender do tipo e da gravidade, além das causas subjacentes, podendo muitas vezes haver a necessidade de uma combinação de abordagens interdisciplinares. O paciente pode fazer exercícios para fortalecer a musculatura pélvica, aprender técnicas e treinamentos para a bexiga, perder peso e fazer dieta alimentar. Outros tipos da doença devem ser tratados com medicamentos e até cirurgia.

Associação Brasileira Pela Continência B. C. Stuart
A Associação Brasileira pela Continência B. C. Stuart é uma entidade sem fins lucrativos, cujo maior objetivo é de prestar assistência às pessoas que sofrem de incontinência urinária e/ou fecal.

A ideia de se criar esta associação aqui no Brasil nasceu do sonho de um empresário canadense, sr. Raymond Laborie. Juntamente com um pequeno grupo de profissionais envolvidos na causa da incontinência, fora então criada a Associação Brasileira pela Continência usando o modelo de outras fundações já existentes no mundo, tais como a Canadian Continence Foundation e a norte-americana Simon Foundation.

Pensando nas dificuldades econômicas, sociais e emocionais que as disfunções miccionais causam às pessoas, que vislumbramos apoiar e orientar pessoas de todo o Brasil a encontrarem ajuda, oferecendo informações sobre os problemas específicos; sobre as possibilidades de tratamentos; encaminhamentos para profissionais que possam ajudar; orientações e indicações de acesso a medicações e produtos necessários ao manejo das disfunções miccionais.


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Incontinência após cirurgia de próstata é a complicação que mais preocupa os homens


A incontinência urinária atinge de 40 a 80% dos homens que realizam cirurgia para o câncer de próstata. No entanto, esse quadro melhora espontaneamente ou com o auxílio de fisioterapia em até um ano. Cerca de 5% dos pacientes que passam pela cirurgia, no entanto, vão precisar de tratamento cirúrgico para corrigir a incontinência.

“O diagnóstico precoce do câncer de próstata aumenta a chance de o paciente ter um melhor prognóstico e evita as complicações mais comuns, como a incontinência e a impotência”, afirma o urologista Luís Gustavo de Toledo, chefe do Serviço de Urologia da Santa Casa de São Paulo e integrante do Comitê Científico da Associação Brasileira Pela Continência B.C. Stuart. “As implicações da incontinência chegam a ser mais significativas que as da impotência. O homem incontinente enfrenta impactos não apenas na vida sexual, mas também no âmbito social, profissional e psicológico”, ressalta o médico.

O urologista defende a realização do rastreamento para câncer de próstata, com a realização dos exames de PSA e toque retal, a partir dos 50 anos. “É importante ressaltar que o rastreamento evita o diagnóstico tardio e, com o auxílio de ressonância e, em breve, testes genéticos, ampara a decisão de fazer ou não a biópsia da próstata. O urologista deve ponderar junto ao paciente e sua família os prós e contras da biópsia, com o objetivo de evitar o diagnóstico de tumor indolente e não deixar passar um tumor clinicamente significante”, acrescenta Toledo. É importante esclarecer que é a biópsia, e não o rastreamento, que faz o diagnóstico do câncer de próstata. Assim, sua indicação deve ser criteriosa, na suspeita de tumor clinicamente significante, aquele que realmente necessitará tratamento. 

O urologista Júlio Geminiani, professor assistente da Unifesp e também integrante da Associação Brasileira Pela Continência B.C. Stuart, destaca que assim que realizado o diagnóstico podem-se adotar tratamentos individualizados para o câncer de próstata, dependendo dos diferentes estágios da doença: se é inicial, localmente avançada ou metastática (já tendo se espalhado para outros órgãos). “A avaliação inicial ocorre com a realização dos exames já conhecidos, como o PSA e o toque retal. Eles são uma espécie de triagem e ajudam a definir quais pacientes devem realizar biópsia ou exames complementares”, diz. Com a biópsia positiva, exames de imagem e a análise microscópica da biópsia ajudam a avaliar o tamanho e a agressividade da doença e optar pelo melhor tratamento.

Dados da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que, ainda hoje, cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata ainda são diagnosticados em estágios avançados. Entre diversos fatores de risco, a idade, a raça e a história familiar apresentam-se como os mais importantes.

Associação Brasileira Pela Continência B. C. Stuart
A Associação Brasileira pela Continência B. C. Stuart é uma entidade sem fins lucrativos, cujo maior objetivo é de prestar assistência às pessoas que sofrem de incontinência urinária e/ou fecal.

A ideia de se criar esta associação aqui no Brasil nasceu do sonho de um empresário canadense, Sr. Raymond Laborie. Juntamente com um pequeno grupo de profissionais envolvidos na causa da incontinência, fora então criada a Associação Brasileira pela Continência usando o modelo de outras fundações já existentes no mundo, tais como a “Canadian Continence Foundation” e a norte-americana “Simon Foundation”.

Pensando nas dificuldades econômicas, sociais e emocionais que as disfunções miccionais causam às pessoas, que vislumbramos apoiar e orientar pessoas de todo o Brasil a encontrarem ajuda, oferecendo informações sobre os problemas específicos; sobre as possibilidades de tratamentos; encaminhamentos para profissionais que possam ajudar; orientações e indicações de acesso a medicações e produtos necessários ao manejo das disfunções miccionais.