quarta-feira, 30 de junho de 2021

O que não fazer para piorar a diástase

 


Estima-se que a cada 3 mamães duas sofram com diástase após a gestação.  A condição, caracterizada pelo excesso de afastamento dos músculos abdominais, está entre as queixas mais comuns das mulheres nas consultas pós-parto. Enquanto umas relatam aparência de grávida, mesmo após meses de vida do bebê, outras sofrem com incontinência urinária e dores na lombar.  

Segundo a especialista em reabilitação da diástase, Verônica Motta, conhecida como Vevê Fit e criadora do programa Adeus Diástase, da plataforma de exercícios online, Queima Diária, o problema ocorre na gravidez, mas pode afetar também ex-obesos, inclusive homens. Para evitar a piora da diástase, a expert alerta que é preciso ter cautela ao executar tarefas domésticas e conta que o segredo da cura está em fazer os exercícios específicos para reabilitar a diástase, que são os hipopressivos e o RAP. A seguir, confira o que não fazer e como tratar a diástase, por meio desses exercícios indicados por ela.

Como identificar a diástase, em casa?

 

Vevê Fit diz que o processo é bem simples e pode ser feito através de autoexame. Basta deitar de barriga para cima, contrair o abdômen como se fosse realizar um exercício abdominal e pressionar os dedos (indicador e médio) acima e abaixo do umbigo, apalpando a barriga. Veja se existe um afastamento entre essa musculatura. Se existir, é possível medir com os dedos, se ela tem um, dois ou mais dedos de diâmetro.

 

 Atenção aos movimentos do dia a dia

Após identificada a diástase, Vevê Fit indica ter disciplina nas atividades simples da rotina. Mas antes, ela explica: a parede abdominal é composta por quatro músculos: transverso (camada mais profunda ou cinturão natural), obliquo interno, obliquo externo e reto abdominal, que são os músculos mais aparentes. "Todos os músculos da parede abdominal são interligados pela linha alba, que fica entre os retos. A frouxidão da linha alba deixa um espaço entre os músculos e é aí que acontece a diástase. Qualquer movimento que se fizer que vai empurrar ou fazer uma força mecânica de dentro para fora, vai piorar a diástase ou atrasar o processo de reabilitação", explica.

 

Varrer a casa, passar pano no chão, carregar o filho, tirar um galão de água da mesa e colocar no chão, arrastar um móvel, levantar-se do chão, são atividades que merecem atenção, de acordo com a treinadora. "Ao realizar qualquer tarefa, é preciso ter consciência de movimento e conectar o abdômen.  Para isso, é preciso imaginar uma faixa elástica amarrada na cintura. Antes de fazer qualquer esforço é necessário apertar esse cinturão natural", explica.

 

Na contramão da indicação de alguns profissionais, Vevê afirma que o tratamento da diástase "não é levar o umbigo nas costas ou segurar o xixi. Na reabilitação, é preciso manter uma boa postura o tempo todo. Coluna reta, sentir o músculo abraçar a coluna e aí sim fazer a tarefa, seja ela qual for".

 

Nada de cinta

Segundo Vevê Fit, o uso de cinta modeladora é um erro e prejudicial à saúde. "Muita gente fala que a cinta vai ajudar. Temos uma cintura natural chamada de transverso abdominal. Ele é um músculo bem profundo, localizado ao redor da cintura. Usar cinta modeladora vai deixar esse músculo sem função, ou seja, vai perder tônus e outros problemas como dores nas costas irão aparecer. Para quem tem diástase é necessário trabalhar uma musculatura profunda e não é a cinta que vai fazer o músculo se reaproximar", esclarece. 

 

Não estufe o abdômen na hora do exercício

"Quando for fazer qualquer exercício durante a rotina de treino, seja abdominal ou agachamento, tome cuidado para a barriga não estufar. Contenha o abdômen para não piorar a diástase. Ressalto que não é o exercício que vai piorar a diástase, mas sim a fraqueza e a falta de tônus dos músculos".

 

Como tratar?

De acordo com a especialista, há somente duas formas de recuperar a diástase: através de exercícios específicos ou, em poucos casos, por meio de cirurgia. "De 100 mulheres que atendo apenas duas precisam de cirurgia para reverter o quadro. São casos, geralmente, de gravidez gemelar ou engordou muito e o músculo afastou mais de seis centímetros", explica.

 

 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Treino no sofá para espantar o frio

 


Opções de treinos para fazer no sofá são uma boa opção, principalmente pelo gatilho do desânimo para ir até a academia com esse frio. A treinadora da  plataforma de exercícios online Queima Diária, Lana Pessoa, entrega três diferentes exercícios que podem ajudar a espantar o desânimo nesse inverno.  

 

Confira o treino do sofá indicado pela Lana, a seguir:

 

Abdominal

Deitado no sofá, faça o movimento de abdominal de forma lenta e sem puxar o pescoço. Se preocupe com a contração das musculaturas na descida também. Faça quantas repetições conseguir. O objetivo é sentir aquela queimação na região da barriga.

 

Elevação pélvica

Ainda deitada, faça elevação pélvica. Suba e abaixe o quadril, lembrando sempre de contrair o bumbum toda vez que elevar o quadril. Repita esse movimento até o quadril não conseguir mais se levantar, sinal de que você fez o máximo de repetições possível.

 

Prancha lateral

Apoie um dos antebraços no encosto do sofá e o joelho do mesmo lado, formando então uma prancha lateral.  Faça movimentos de vai e vem para trabalhar o glúteo e retorne à posição inicial. Faça isso até você sentir “queimar” a região do culote. Repita o mesmo do outro lado.

 

Agachamento

Agora com o corpo mais quente, Lana sugere fazer agachamentos focados nos glúteos. Sente-se no sofá e fique 1 segundo relaxada. Levante-se e sente-se e toda vez que fizer isso lembre-se de contrair bastante o bumbum. Repita até as pernas e o bumbum reclamarem.

 

sábado, 26 de junho de 2021

Baixas temperaturas alertam para os cuidados com a saúde dos pequeninos

 


A partir desta segunda-feira, 21, até 22 de setembro, as temperaturas ficarão mais baixas, o tempo mais seco, a alta concentração de poluentes e as frentes frias mais frequentes. A chegada do inverno traz um cenário que convida a tirar do armário os casacos e redobrar os cuidados com a saúde para encarar a estação mais fria do ano.

Serão mais de dois meses de olho nos termômetros e investindo em uma rotina continua de atenção com a imunidade para não ser pego desprevenido e evitar nariz congestionado, coriza, dor de garganta, tosse, febre e as dores pelo corpo que costumam chegar sem serem convidados. "É o momento mais oportuno do ano para trazer à tona aquele velho ditado: prevenir é melhor que remediar", destaca a médica pediatra do Grupo Sabin, dra. Talita Cordeschi Corrêa.

A especialista reitera ainda uma preocupação a mais com a queda das temperaturas. "Estamos no meio de uma pandemia e não podemos relaxar com os hábitos de higiene e saúde que já fazem parte do nosso dia a dia. Agora, é fundamental reforçar ainda mais esses cuidados, principalmente com os pequeninos, que estão entre os mais suscetíveis aos vírus circulantes e doenças típicas do inverno".

Grande vilã da saúde, a gripe é uma das mais comuns e atinge pessoas de todas as idades, mas crianças e idosos os principais alvos "devido à imunidade mais baixa e, em muitos casos, sistema respiratório fragilizado", explica a médica. que reforça a importância de se prevenir de e adotar hábitos dentro de casa, como investir em uma alimentação mais rica e com mais nutrientes e beber muita água. A médica detalha ainda que gripe e resfriado são infecções transmitidas por via respiratória, mas são doenças distintas. "Alguns sintomas são semelhantes, mas o resfriado não é provocado pelo vírus influenza, os sintomas são mais leves e passam em poucos dias".

Otites, asma, amigdalites, sinusites, pneumonias também figuram na lista de doenças comuns do período e que podem ser causadas ou agravadas por bactérias ou vírus. A especialista destaca que algumas medidas simples de higiene como cobrir a boca ao espirrar ou tossir, manter as mãos sempre limpas e evitar ambientes fechados, são importantes formas de se prevenir contra os males provocados por esses vírus e aponta ainda uma prática de fácil aplicação: limpeza nasal com soro fisiológico. "Esse cuidado auxilia para evitar o acúmulo de secreção nas vias aéreas superiores e consequente complicação das doenças virais. Esse soro nasal umidifica as vias aéreas e por limpar o excesso de secreções dificulta a proliferação do vírus e de bactérias", explica.

Além disso, outro aliado fundamental da saúde de crianças, jovens, adultos e idosos é a vacinação. Disponível nas redes pública e privada, a vacina contra a o vírus influenza, causador da gripe age estimulando o organismo a desenvolver proteção própria. Oferecida no portfólio do Grupo Sabin, ela é quadrivalente, protegendo quatro tipos de vírus da gripe - dois subtipos de influenza A (H1N1 e H3N2, conhecido com sazonal) e duas linhagens de influenza B.

 

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Como cuidar da pele em dias frios

 


É comum escutarmos sobre a importância dos cuidados com a pele, principalmente em dias quentes. Porém, nos dias mais frios, a atenção também não deve ser deixada de lado. Nas estações outono/inverno, alguns fatores influenciam no ressecamento da pele, como temperatura e baixa umidade do ar, redução de suor e o aumento de banhos quentes, por aumentarem a remoção de oleosidade da pele. Além disso, acabamos por ingerir uma menor quantidade de líquidos, prejudicando a hidratação de nosso corpo.

Pensando nisso, certos cuidados básicos não devem ser ignorados, como o uso de sabonetes e hidratantes específicos, um para o rosto e outro para o corpo. De acordo com a dra. Eliana Antiqueira, dermatologista do Grupo São Cristóvão Saúde, "os sabonetes convencionais têm pH alcalino e isso altera a camada lipídica da pele, podendo causar ressecamento e irritação cutânea. Muitas vezes, orientamos o uso do sabonete de glicerina. Prefira também os líquidos aos em barra, pois eles têm um pH mais adequado e ressecam menos a pele. Para peles mais sensíveis, são indicados os Syndet, um tipo de detergente sintético com menos de 10% de sabonete e com pH entre 5,5 e 7, menos agressivo para a pele".

Quando o clima esfria, é difícil não fazer uso de água quente na hora do banho. Porém, vale ressaltar que o chuveiro pode estar em um modo agradável, sem que a água esteja a ponto de causar vermelhidão na pele. É aconselhado evitar o uso de buchas ou tomar mais de um banho por dia, quando a temperatura está muito baixa: "é possível notar a pele repuxando de tão ressecada; então, deve-se hidratar o rosto e o corpo logo após o banho", sugere a especialista. "As peles oleosas, por exemplo, também precisam de hidratação e, nesse caso, o ideal são os produtos oil free nas áreas de maior oleosidade (face e tórax)", conta a dermatologista.

Engana-se quem acredite não precisar fazer uso de protetor solar no inverno: esse item é fundamental e deve fazer parte da rotina, caso precise sair de casa: "fora de casa, estamos expostos à radiação UV, mesmo em dias frios ou nublados. Alguns protetores possuem agentes hidratantes, o que auxilia também na hidratação do rosto", reforça dra. Eliana.

A dermatologista do São Cristóvão Saúde explica que algumas doenças podem aparecer ou piorar em tempos frios, devido ao ressecamento da pele. Alguns exemplos são: a dermatite atópica, psoríase e ictiose vulgar. Desse modo, para evitar o surgimento de doenças e lidar melhor com essas estações, inclua essas dicas em seu cotidiano e mantenha em dia a saúde de sua pele e, ao menor sinal, consulte um profissional qualificado.

 

terça-feira, 22 de junho de 2021

Conscientização e conhecimento são os primeiros passos para o tratamento da asma

 


Em 21 de junho é celebrado o Dia Mundial de Controle da Asma, uma das doenças crônicas mais comuns. Segundo dados epidemiológicos da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), ela acomete cerca de 300 milhões de pessoas entre crianças e adultos a nível mundial. No Brasil, estima-se que em torno de 20 milhões de brasileiros sejam asmáticos, acarretando em média 350 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) anualmente.

Trata-se de uma doença de trato respiratório, que desencadeia um processo inflamatório nas vias aéreas. A causa da asma ainda não é conhecida, mas acredita-se que seja um conjunto de fatores genéticos e ambientais, que podem agravar ou desencadeá-la. Os fatores ambientais são os mais comuns, como a exposição à poeira, mofo, fungos, poluição e períodos sazonais do ano. Nas questões genéticas, observamos o histórico familiar de asma e rinite, além da obesidade.

Um paciente com asma apresenta os seguintes sintomas:

-    Falta de ar ou dificuldade para respirar;
-   Chio no peito, popularmente chamado de gato no peito
-    Sensação de peito pesado ou aperto
-    Tosse

Estes sintomas normalmente apresentam-se mais comumente nas primeiras horas da manhã ou à noite, pode piorar com a prática de exercícios físicos ou exposição do indivíduo à alérgenos como citados anteriormente, mofo, poeira, poluição.

O diagnóstico da doença é realizado pelo médico, através da história do paciente juntamente com a realização do exame de espirometria. Vale ressaltar que o diagnóstico de asma não é realizado através de radiografia de tórax ou somente baseado na história clínica do paciente. A radiografia de tórax muitas vezes é solicitada pelo médico, entretanto, ela é realizada com intuito de descartar outras patologias como tumores e não para diagnóstico da asma. A história clínica detalhada é de suma importância para fechar o diagnóstico. Nele, é importante observar quando o paciente relata apresentar os sintomas, períodos do dia, em alguma estação do ano, em algum ambiente específico, até mesmo para se descobrir ou dar indícios dos possíveis desencadeadores dos sintomas.

O exame específico é a espirometria, também conhecido como prova de função respiratória. Trata-se de um exame simples no qual o paciente realizará diversas expirações, e este volume de ar exalado será transcrito em números e gráficos para análise. Muitas vezes este exame é repetido, porém com o uso de um broncodilatador para acompanhar uma possível melhora nos volumes pulmonares avaliados, e desta forma verificar se a medicação será ou não eficaz, para uma possível reversão de um quadro agudizado.

 A asma possui diferentes graus de gravidade, classificados em quatro graus. O primeiro tem sintomatologia mais leve e períodos sem agudização do quadro, o grau quatro há presença de sintomas mais graves, com importante redução da ventilação pulmonar e sem períodos de cessação da crise.

A doença não tem cura, entretanto, com o tratamento adequado, os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. O importante nestes pacientes é, além da medicação rotineira, o autoconhecimento e o autocuidado a fim de evitar fatores desencadeantes da crise asmática, mantendo assim a melhor qualidade de vida.

No tratamento medicamentoso são utilizadas as famosas bombinhas, medicações inalatórias a base de broncodilatadores ou corticoides inalatórios que conseguem ser administradas em doses pequenas e com ótima eficácia, tanto no controle quanto na reversão e em boa parte das crises asmáticas.

Desde de 2011, o SUS fornece tratamento gratuito aos asmáticos por meio do Programa Farmácia Popular. Medicamentos como brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol podem ser obtidos, gratuitamente, com a apresentação do CPF e da receita médica.

Outra conduta importante para o paciente asmático é a prática de exercícios aeróbicos, sempre autorizada pelo médico e realizada de forma supervisionada. O objetivo é ter um melhor condicionamento cardiorrespiratório, auxiliando na redução de episódios de crise.

sábado, 19 de junho de 2021

Minha tontura é labirintite?

 


Citada de maneira equivocada pela maioria das pessoas que sofrem de tontura, a labirintite pode, na verdade, esconder outras doenças do labirinto, que é a parte interna do ouvido, responsável pela audição, percepção e equilíbrio do corpo.

De acordo com o otoneurologista Ricardo Dorigueto, do Hospital Paulista, o termo labirintite é geralmente utilizado de modo incorreto por pacientes e, até mesmo, por alguns profissionais da saúde, como sinônimo de tontura.

O especialista faz um alerta para os riscos de doenças neurológicas, psiquiátricas, cardíacas, hormonais e metabólicas, manifestadas com os mesmos sintomas. De fato, a maioria dos pacientes que se queixa de tontura possui doenças localizadas no labirinto ou em suas conexões com o sistema nervoso, mas não é a labirintite, caracterizada pela inflamação do labirinto.

Segundo o dr. Dorigueto, é importante que, ao sentir tontura, o indivíduo procure um médico, que pode ajudar a identificar a doença ou qual condição de saúde que está causando este sintoma.

"Erros alimentares, estresse emocional, automedicação e hábitos inadequados de sono e postura devem ser corrigidos. Neste momento de isolamento social, é necessário ficar atento também ao nervosismo, insônia e ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, nicotina e doces", destaca o especialista.

A patologia, no entanto, pode ser evitada por meio da adoção de hábitos saudáveis, praticados no dia a dia, além de uma dieta equilibrada, livre de gordura e açúcares; e da prática de atividades físicas regulares.

Diagnóstico

A melhor forma de diagnosticar a tontura é por meio de avaliação médica minuciosa. Como os sintomas costumam ser bastante comuns em pessoas que sofrem de outras patologias, como diabetes, hipertensão e até esclerose múltipla, é comum que ela seja facilmente confundida com outra doença.

"Caso haja algum desses sintomas, é importante que o paciente procure um profissional o quanto antes. A avaliação médica é importante não só para diagnosticar a labirintite, mas qualquer uma das doenças mencionadas", ressalta o médico.

Segundo o dr. Ricardo, o diagnóstico da tontura pode ser auxiliado por meio de exames complementares sofisticados, como a videonistagmografia, o vHIT (teste do impulso cefálico com vídeo) e o VEMP, indicados pelo profissional caso haja necessidade.

 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Fake news sobre cirurgias de hérnia de disco interferem no tratamento



Muito se fala sobre a hérnia de disco, uma doença relativamente comum no país: segundo o IBGE, mais de 5,4 milhões de brasileiros são afetados. Apesar de ser conhecida, ela é também uma doença que gera muitas dúvidas, principalmente sobre as formas de tratamento. Será que os pacientes realmente precisam de intervenções invasivas?

Segundo o dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein, nem todo paciente com hérnia de disco precisa de uma cirurgia de coluna. "Este é um dos problemas mais comuns no consultório. O papel da cirurgia para quem tem hérnia de disco, na verdade, é muito pequeno. A maioria dos pacientes melhoram da dor apenas com medidas paliativas, como o uso de medicamentos", diz.

O especialista explica que cerca de 9 a cada 10 pacientes com dores causada por hérnias de disco não precisam de cirurgia. "O bom cirurgião sempre leva a intensidade da dor do paciente em conta, há quanto tempo ele está sofrendo com o problema e, também, como a dor interfere em suas atividades diárias", afirma o médico. "Se os sintomas forem leves e tiverem curta duração, o tratamento jamais será cirúrgico. "O organismo é sábio e capaz de corrigir alterações sozinho, ou com um pequeno auxílio. Em determinados casos, somente a fisioterapia ou uma infiltração são necessários", complementa o neurocirurgião.

Nos casos cirúrgicos, que são exceções, o dr. Valadares reforça: se o paciente for bem tratado e bem indicado, provavelmente terá grandes chances de resolver seu problema definitivamente com a cirurgia. "Raramente a cirurgia será a primeira opção. Quando isso acontece, é extremamente raro e relacionado a alterações neurológicas graves. É possível que tentemos tratamentos mais simples antes. Entretanto, quando o problema persiste e a pessoa está, por exemplo, há meses ou até mesmo anos sofrendo com dor, o caso será reavaliado", finaliza. 

 


terça-feira, 15 de junho de 2021

Dor de dente no frio? Saiba a causa

 


Se você coloca algo gelado na boca e sente um desconforto, provavelmente sofre com a sensibilidade dental. Essa sensação também pode ser desencadeada pelos dias mais frios, sendo intensificada de acordo com a área e dentina, principalmente se estiver exposta. 

 "O aumento da dor de dente no frio se chama "sensibilidade dentária". É um problema comum, que provoca dor quando a pessoa ingere algo muito quente ou muito frio, e que atinge mais de 50% da população adulta brasileira",  explica Ana Paula Quinteiro, professora do Instituto Levy Nunes na Faculdade São Leopoldo Mandic. 

 A dentista explica porque quem sofre com a sensibilidade sente essa dor. 

 "O ar frio em contato por alguns minutos com a superfície do dente, acaba resfriando o esmalte (parte externa), a dentina (camada intermediária) até chegar à polpa dentária, região rica em terminações nervosas, muito sensíveis ao frio. Isso gera a sensação de dor". 

 A boa notícia é que há como evitar a sensibilidade dentária. Além de procurar um dentista, quem sofre do mal deve adotar algumas medidas.  

 "Escovar os dentes de modo adequado, com pasta dental que não contém produtos abrasivos e tenha agentes dessensibilizantes.  Optar por alimentos e bebidas com baixo índice de acidez e não ingerir os mesmos em temperaturas extremamente quentes ou geladas,  também ajudam a evitar a sensibilidade dentária", aconselha.         

 Mas nem toda dor de dente nos dias frios são causados pela sensibilidade, mas apenas essa piora quando a temperatura cai. 

 "A dor de dente pode ser multifatorial e independe do clima.  A sensibilidade dentária sim, pode ser aumentada no frio quando a dentina está exposta",  conclui.

 

domingo, 13 de junho de 2021

Nutrição adequada é fundamental antes e depois da doação de sangue

 


Doar sangue ou plaquetas é uma experiência muito gratificante. Com apenas uma doação de um litro é possível salvar até 3 vidas. Toda vez que uma pessoa doa sangue, ele ajuda pacientes com câncer, transplantados, queimados, bebês prematuros, entre muitos outros.

Os doadores podem sentir certos efeitos colaterais como fadiga ou tonturas. Além disso perdem um pouco de ferro. No entanto, isso pode ser corrigido com nutrição equilibrada incluindo principalmente alimentos fonte de ferro, vitamina C, B2 e B9. As sugestões a seguir podem ajudá-lo a se preparar e evitar possíveis desconfortos e carências.

A nutricionista Adriana Stavro recomenda alguns alimentos para serem consumidos um dia antes no dia da doação de sangue.

Um dia antes da doação

· Consuma alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, acerola, abacaxi), estes ajudam absorver o ferro não heme (espinafre, acelga, couve, beterraba e couve, lentilhas e feijões) consumido;

· Com a alimentos ricos em ferro tais como frango, peru, ovos, peixe, marisco, carne e vísceras (fígado bovino ou frango);

· Consuma pelo menos 2 porções de verduras e legumes, e 3 porções de frutas;

· Durma pelo menos oito horas;

· Beba água (40 ml por kg de peso);

· Evite alimentos gordurosos como hambúrgueres e batatas fritas;

· Não ingerir bebidas alcoólicas 48 horas antes da doação, pois pode levar à desidratação;

· Se for doar plaquetas, não tome aspirina 48 horas antes;

· Não faça atividade física extenuante;

No dia da doação

· Tome café da manhã ou almoce (depende do horário marcado), antes do procedimento. Não doe sangue com o estômago vazio. As pessoas geralmente se sentem fracas depois de doar. Por isso, alimente-se antes;

· Beba água (40ml por kg de peso) ou chás;

· Você deve continuar bebendo líquidos após a doação;

· Consuma proteínas magras (frango, peixe, ovos, carnes) arroz integral ou macarrão integral, verduras, legumes e frutas;

· Evite alimentos gordurosos, como hambúrgueres, batatas fritas, pizza, feijoada;

· Não ingerir bebidas alcoólicas, pois pode levar à desidratação;

No dia seguinte da doação

Consuma alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, acerola, abacaxi), pois eles ajudam seu corpo a absorver o ferro consumido;

· Coma alimentos fontes de ferro: frango, peru, ovos, peixe, marisco, carne, vísceras(fígado bovino ou de frango), espinafre, acelga, couve, beterraba, couve, lentilhas e feijões;

· Beba água (40 ml por kg de peso);

· Evite alimentos gordurosos, como hambúrgueres, batatas fritas, pizza e feijoada;

· Não ingerir bebidas alcoólicas até 48 horas após a doação de sangue, pois pode levar à desidratação;

· Não faça atividade física extenuante;

Importante:

Evite bloqueadores de ferro

Alguns nutrientes interagem negativamente com a absorção de ferro. Mantenha um intervalo de ingestão de 3 horas (no mínimo) entre estes nutrientes. Os alimentos que reduzem a absorção de ferro no organismo são o leite e derivados, chá preto, café e chocolate

Coma alimentos ricos em ácido fólico (B9)
É importante substituir as células sanguíneas perdidas durante a doação de sangue. Seu corpo precisa de ácido fólico para produzir novos glóbulos vermelhos. Os alimentos fontes são o espinafre, couve nabos, couve de Bruxelas, brócolis, espargos, nozes, sementes, grão de bico, lentilhas, abacate

Riboflavina ou vitamina B2
Juntamente com o ácido fólico, a riboflavina também é necessária pelo organismo para produzir glóbulos vermelhos. Os alimentos ricos em riboflavina incluem o fígado, cogumelos, espinafre, nozes, sementes, leite e derivados, carnes de aves e ovos