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domingo, 13 de junho de 2021

Nutrição adequada é fundamental antes e depois da doação de sangue

 


Doar sangue ou plaquetas é uma experiência muito gratificante. Com apenas uma doação de um litro é possível salvar até 3 vidas. Toda vez que uma pessoa doa sangue, ele ajuda pacientes com câncer, transplantados, queimados, bebês prematuros, entre muitos outros.

Os doadores podem sentir certos efeitos colaterais como fadiga ou tonturas. Além disso perdem um pouco de ferro. No entanto, isso pode ser corrigido com nutrição equilibrada incluindo principalmente alimentos fonte de ferro, vitamina C, B2 e B9. As sugestões a seguir podem ajudá-lo a se preparar e evitar possíveis desconfortos e carências.

A nutricionista Adriana Stavro recomenda alguns alimentos para serem consumidos um dia antes no dia da doação de sangue.

Um dia antes da doação

· Consuma alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, acerola, abacaxi), estes ajudam absorver o ferro não heme (espinafre, acelga, couve, beterraba e couve, lentilhas e feijões) consumido;

· Com a alimentos ricos em ferro tais como frango, peru, ovos, peixe, marisco, carne e vísceras (fígado bovino ou frango);

· Consuma pelo menos 2 porções de verduras e legumes, e 3 porções de frutas;

· Durma pelo menos oito horas;

· Beba água (40 ml por kg de peso);

· Evite alimentos gordurosos como hambúrgueres e batatas fritas;

· Não ingerir bebidas alcoólicas 48 horas antes da doação, pois pode levar à desidratação;

· Se for doar plaquetas, não tome aspirina 48 horas antes;

· Não faça atividade física extenuante;

No dia da doação

· Tome café da manhã ou almoce (depende do horário marcado), antes do procedimento. Não doe sangue com o estômago vazio. As pessoas geralmente se sentem fracas depois de doar. Por isso, alimente-se antes;

· Beba água (40ml por kg de peso) ou chás;

· Você deve continuar bebendo líquidos após a doação;

· Consuma proteínas magras (frango, peixe, ovos, carnes) arroz integral ou macarrão integral, verduras, legumes e frutas;

· Evite alimentos gordurosos, como hambúrgueres, batatas fritas, pizza, feijoada;

· Não ingerir bebidas alcoólicas, pois pode levar à desidratação;

No dia seguinte da doação

Consuma alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, acerola, abacaxi), pois eles ajudam seu corpo a absorver o ferro consumido;

· Coma alimentos fontes de ferro: frango, peru, ovos, peixe, marisco, carne, vísceras(fígado bovino ou de frango), espinafre, acelga, couve, beterraba, couve, lentilhas e feijões;

· Beba água (40 ml por kg de peso);

· Evite alimentos gordurosos, como hambúrgueres, batatas fritas, pizza e feijoada;

· Não ingerir bebidas alcoólicas até 48 horas após a doação de sangue, pois pode levar à desidratação;

· Não faça atividade física extenuante;

Importante:

Evite bloqueadores de ferro

Alguns nutrientes interagem negativamente com a absorção de ferro. Mantenha um intervalo de ingestão de 3 horas (no mínimo) entre estes nutrientes. Os alimentos que reduzem a absorção de ferro no organismo são o leite e derivados, chá preto, café e chocolate

Coma alimentos ricos em ácido fólico (B9)
É importante substituir as células sanguíneas perdidas durante a doação de sangue. Seu corpo precisa de ácido fólico para produzir novos glóbulos vermelhos. Os alimentos fontes são o espinafre, couve nabos, couve de Bruxelas, brócolis, espargos, nozes, sementes, grão de bico, lentilhas, abacate

Riboflavina ou vitamina B2
Juntamente com o ácido fólico, a riboflavina também é necessária pelo organismo para produzir glóbulos vermelhos. Os alimentos ricos em riboflavina incluem o fígado, cogumelos, espinafre, nozes, sementes, leite e derivados, carnes de aves e ovos

sexta-feira, 19 de março de 2021

Saiba como aliviar a retenção de líquidos

 


A retenção se refere ao acúmulo de líquidos fora dos vasos sanguíneos e linfáticos do organismo, isto é, nos tecidos corporais, condição chamada de edema. As causas são diversas, podendo estar relacionadas a fatores fisiológicos, como o período pré-menstrual, gestação ou a presença de doenças, como as de fígado, problemas circulatórios, que comprometem o fluxo sanguíneo e linfático ou por deficiência de proteínas no organismo.

Ainda, dois fatores não patológicos podem estar relacionados a essa sensação. A primeira se refere ao consumo de água, que, quando muito baixo, promove o desequilíbrio da concentração de soluto e solvente (água) no nosso organismo, dificultando a saída e a entrada de água dos compartimentos corporais (tecidos, células e vasos). "Vale ressaltar que, em dias quentes, a ingestão hídrica deve ser mais alta, pois o organismo tende a perder fluidos, como o suor, para equilibrar a temperatura corporal e a concentração osmótica do organismo", explica Andrea Bonvini, docente do curso de Nutrição da Universidade Anhembi Morumbi, integrante da rede internacional de universidades Laureate.

Por outo lado, quando o consumo é muito alto os rins podem demorar um pouco mais para realizar a filtração adequada e, dessa forma, os líquidos ficam retidos no organismo por um tempo. Essa última causa é menos comum, visto que, em indivíduos saudáveis, o consumo de água tende a facilitar o trabalho dos rins.

O segundo fator, e o mais comum, se deve à dilatação dos vasos sanguíneos que ocorre para dissipar o calor do organismo, equilibrando a temperatura corporal. Nesse último processo, para que haja a vasodilatação, ocorre aumento do fluxo sanguíneo, isto é, do volume de sangue para as extremidades do organismo, a fim de tornar a troca de calor com o ambiente mais eficaz. Por isso, tendemos a sentir o corpo mais inchado na superfície e nas extremidades, como mãos e pés.

Exercícios físicos

O exercício físico auxilia no combate à retenção hídrica, tanto por promover a sudorese, ou seja, aumentar a perda de suor, quanto pelo aumento do metabolismo dos órgãos, incluindo os rins. Porém, é importante ressaltar que o consumo de líquidos antes, durante e após a atividade física é fundamental para repor os líquidos perdidos pelo suor, uma vez que a desidratação pode causar mal-estar, tonturas e desmaios. Ademais, durante a atividade, especialmente quando realizada em ambientes quentes, a sensação de inchaço pode aumentar, devido a vasodilatação que ocorre para dissipar o calor do corpo.

Exercícios intensos também podem contribuir para a retenção de líquidos, devido às micro lesões que promovem no músculo. Para repará-las, inicia-se um pequeno processo inflamatório, em que há o maior fluxo de células sanguíneas e outros componentes do sangue para o local inflamado, aumentando o tamanho dessa região. Por isso sentimos dor após uma sessão intensa de exercícios físicos. "Não há muito o que fazer, senão esperar a reparação da lesão e ingerir bastante líquido", esclarece a especialista.

A retenção hídrica é um processo normal que ocorre no organismo em determinadas condições, como as mencionadas anteriormente. No entanto, se o edema persistir por muito tempo ou o seu aparecimento não estiver relacionado a nenhuma dessas causas, deve-se procurar a ajuda de um profissional da saúde qualificado. Existem remédios diuréticos, que podem auxiliar no alívio do incômodo. "Embora esses medicamentos não necessitem de receita, é importante enfatizar que a automedicação pode ser perigosa. Além disso, a retenção hídrica pode ser decorrência de outras doenças que precisam ser tratadas".

Alimentação adequada

Os principais compostos presentes nos alimentos relacionados à retenção hídrica são o sódio, os açúcares e alguns aditivos alimentares. "Dessa forma, o consumo elevado de produtos ultra processados, como os embutidos (presunto, salame, mortadela), biscoitos, bolachas, refrigerantes e salgadinhos, que são ricos nesses compostos, devem ser evitados. Bebidas alcóolicas também favorecem o inchaço, por contribuir com a desidratação. O consumo de sucos naturais, de frutas in natura e de legumes deve ser preconizado. Sem esquecer que a água é fundamental, devendo-se ingerir, no mínimo, 35 ml/kg de peso por dia", enfatiza a docente.

O consumo de chá e infusões, assim como sucos naturais e água, tende a diminuir a retenção de líquidos, pois favorece o trabalho dos rins e ajuda a manter a concentração de solutos dos compartimentos corporais equilibrada. Todavia, indica a especialista, deve-se tomar cuidado com o consumo exacerbado de chás e infusões, visto que, além de não substituírem a água pura, algumas plantas podem apresentar propriedades farmacológicas, podendo causar toxicidade ao organismo. "Gestantes, principalmente, devem se atentar ao consumo de chás e infusões, visto que algumas plantas podem influenciar a saúde dela e do bebê. Estas não devem consumir nenhum tipo de chá sem orientação de um nutricionista ou um médico", finaliza.