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quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Black Friday: o desafio dos compradores compulsivos

 


A Black Friday, um dos eventos de compras mais aguardados do ano, pode ser uma verdadeira armadilha para pessoas que sofrem de oniomania, mais conhecida como transtorno do comprar compulsivo. Enquanto muitos consumidores aguardam ansiosamente pelas megapromoções, aqueles que enfrentam essa condição têm que lidar com o desafio de resistir ao impulso de gastar dinheiro em excesso, sem precisar, e às vezes até sem poder. A psicóloga Ana Streit, mestre em psicologia e saúde, explica que a compulsão tem relação com o autoalívio, sentimento esse que tem um poder muito grande sobre o paciente.

“O ato de comprar compulsivamente também funciona como válvula de escape para sentimentos e emoções. Esse comportamento vira doença quando se torna crônico e repetitivo e passa a causar algum dano a pessoa, seja social, financeiro ou emocional”, orienta a especialista.

A psicóloga explica que a Black Friday favorece uma ilusão. Os descontos acabam tirando um pouco o peso da compra para as pessoas que sofrem com o padrão da compra compulsiva e serve como uma permissão para o ato. Mas, o comprar compulsivo é um problema maior que continua mesmo após esse período.

Sinais e sintomas dos compradores compulsivos

A especialista ressalta que há alguns sinais e sintomas que podem indicar quem desenvolveu a oniomania, por exemplo: quando o desejo de comprar é causado por solidão; as compras, muitas vezes, são realizadas sem os familiares saberem; quando há descontrole financeiro e a pessoa adquire produtos que não precisa, entre outros sinais. “Todos nós gostamos de comprar algo que nos dê prazer, mas para os que sofrem de oniomania, a aquisição de novos produtos traz um alívio intenso. Só que o prazer logo é substituído por um sentimento de culpa e angústia, principalmente quando a pessoa se dá conta de que não consegue pagar o que comprou”, diz. 

Como tratar a compulsão por compras?

O tratamento alia psicologia e psiquiatria, uma vez que as compulsões geralmente estão ligadas a outros transtornos mentais como ansiedade ou depressão e mesmo transtornos de personalidade. Ana pontua que em alguns casos é necessário o uso de medicação. “O primeiro passo para lidar com o comprar compulsivo é reconhecer que há um problema e a partir daí procurar ajuda profissional”, comenta.

De qualquer forma, se você é uma pessoa que não tem compulsão, mas que gostaria de estratégias para lidar com a pressão que vem com a Black Friday, a psicóloga faz algumas orientações: fazer uma lista de quais produtos você realmente precisa, definir um orçamento para gastar na Black Friday, estabelecer limites de gastos no total para o dia ou o mês. “Com atenção redobrada e um plano sólido, é possível aproveitar as promoções sem ceder aos gatilhos que desencadeiam o impulso de compra”, finaliza Ana.

sábado, 30 de setembro de 2023

Descubra a diferença entre infarto, AVC e angina



Principal causa de mortes no Brasil, as doenças cardiovasculares têm gerado alarde nos últimos anos. De acordo com o estudo PURE, (Population Urban and Rural Epidemiology), coordenado no Brasil pelo Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em 2022, aproximadamente 70% das mortes e dos eventos cardiovasculares poderiam ser evitados com o controle efetivo sobre os fatores de risco, como hipertensão arterial e tabagismo.

 Neste contexto, é fundamental compreender as diferenças entre AVC, Infarto e Angina e entender como a alimentação pode desempenhar papel crucial na prevenção das doenças cardiovasculares.

 

Isso porque alguns alimentos são aliados na promoção da saúde do coração, fornecendo nutrientes essenciais e ajudando a reduzir o risco de complicações cardíacas. Ao mesmo tempo, é vital estar ciente do que pode prejudicar o coração. 

 

Diferenças entre AVC, Infarto e Angina

Para muitos, os termos "AVC," "infarto" e "angina" podem parecer equivalentes, mas é essencial compreender suas diferenças. Conforme Dr. Leandro Costa, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, cada uma dessas condições apresenta características específicas que demandam tratamentos e ações distintas.

 

Infarto agudo do miocárdio

O cardiologista explica que o infarto agudo do miocárdio é uma emergência médica caracterizada pelo bloqueio das artérias coronárias, bloqueando o fluxo sanguíneo ao músculo cardíaco, que ao ficar sem sangue, perde oxigênio e morre. Quando isso acontece, uma dor no peito intensa se manifesta, e essa dor não é só focada no peito; ela pode se espalhar para áreas como pescoço, axila, costas ou braços.

 

De acordo com o Dr. Leandro, os sintomas prévios são: mal-estar, enjoo, tontura, palidez e falta de ar. “Reconhecer esses sinais é crucial, pois permite um tratamento precoce, o que, por sua vez, melhora significativamente as chances de recuperação”, diz.

 

AVC (Acidente Vascular Cerebral)

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) reportou recentemente um preocupante crescimento de 20,2% no número de atendimentos de vítimas de AVC no Estado durante o primeiro semestre de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022. 

 

O AVC é uma condição que se divide em dois tipos principais: hemorrágico e isquêmico. O cardiologista explica que “o hemorrágico ocorre quando vasos sanguíneos no interior do cérebro se rompem, resultando em sangramento. Já o isquêmico é o mais incidente e acontece quando há obstrução das vias sanguíneas que abastecem o cérebro, em razão de uma trombose ou embolia”.

 

Isso leva a uma variedade de sintomas, de acordo com Dr. Leandro, incluindo perda súbita de força ou sensibilidade, visão prejudicada, alterações na fala e dores de cabeça intensas. É importante destacar que um AVC é uma emergência médica que requer intervenção imediata. Os sintomas são semelhantes nos casos de AVC hemorrágico e isquêmico.

 

Angina

Por fim, o especialista explica que a angina é a manifestação clínica, sintomática, da redução ou interrupção do fluxo sanguíneo nas artérias que irrigam o coração, podendo acontecer concomitantemente ao infarto, ou seja, quando o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco é diminuído, dores intermitentes ou pressão no peito, especialmente durante atividades físicas, podem acontecer. 

 

“É interessante notar que, em alguns casos, o repouso pode aliviar esses sintomas, e embora seja uma condição séria, a angina geralmente não resulta em danos permanentes ao coração, ao contrário do infarto”, conta o médico.

 

A importância da alimentação

Segundo a Organização Mundial de Saúde, dietas inadequadas representam um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Portanto, a relação entre alimentação e saúde cardiovascular é inegável e de grande relevância. 

 

“Uma dieta equilibrada e consciente, aliada à prática regular de exercícios físicos, não apenas pode ajudar a reduzir os fatores de risco associados a doenças cardíacas, como níveis elevados de hipertensão arterial e colesterol, mas também desempenha um papel crucial na manutenção da saúde do coração a longo prazo”, ressalta Dr. Leandro.

 

Neste contexto, sabendo da influência da alimentação em nossa saúde cardiovascular, vale destacar os alimentos a serem evitados.

 

Gorduras saturadas, presentes em carnes vermelhas, embutidos como bacon, salsichas, manteiga e queijos gordurosos, são conhecidas por elevar os níveis de colesterol LDL (o "colesterol ruim"), contribuindo para o acúmulo de placas nas artérias coronárias, assim, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

 

As gorduras trans, presentes em produtos ultraprocessados como bolos e fast-food, não só aumentam o colesterol LDL, mas também diminuem o colesterol HDL (o "colesterol bom"), tornando-as especialmente prejudiciais.

 

Além disso, o consumo excessivo de sódio, comum em alimentos processados, pode aumentar a pressão arterial, enquanto o açúcar adicionado em bebidas nesses alimentos contribui para inflamação, ganho de peso e resistência à insulina, fatores que podem contribuir para doenças cardíacas.

 

“Evitar esses alimentos e optar por alternativas saudáveis, como frutas, vegetais e grãos integrais, além de ter o hábito de se exercitar regularmente, é fundamental para promover um estilo de vida com um coração saudável. Ressaltando que qualquer mudança significativa nos hábitos do paciente deve ser avaliada por um profissional de saúde para garantir que seja apropriada e segura de acordo com as necessidades individuais”, completa.




Foto: Freepik

domingo, 24 de setembro de 2023

O que é que a banana tem?



De sabor adocicado, a banana está entre as frutas mais consumidas no Brasil. Versátil e prática, pode ser ingerida in natura nos intervalos das refeições, com a comida ou em receitas doces, como bolos, tortas e vitaminas, e salgadas, como farofas. De acordo com a nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau, as bananas são excelentes fontes de nutrientes essenciais à saúde. "Possuem boa quantidade de carboidrato, que fornece energia, potássio, que atua na função cardíaca e muscular, magnésio, para saúde óssea, dentária e muscular, além de fibras, que garantem saciedade e bom funcionamento do sistema digestivo", ensina. 

Renata ressalta que o consumo regular da fruta auxilia o raciocínio, a memorização e a concentração. E completa: "Rica em antioxidante, ajuda a retardar o envelhecimento e promove a produção de colágeno. Por conter vitamina B6 e triptofano, um aminoácido que atua na síntese da serotonina, conhecido como "hormônio da felicidade", melhora o humor e o sono", diz. 


A nutricionista explica as particularidades de seis tipos de bananas. 

 

Nanica: Uma unidade possui em média 90kcal. Seu nome tem origem na bananeira que a produz, que é de porte pequeno, embora seja uma das maiores bananas. Tem teor de fibras e carboidratos mais alto, o que ajuda na função intestinal.

 

Prata: 100g têm cerca de 90kcal e correspondem a 2 unidades médias. Por ter uma quantidade menor de carboidratos, é menos doce. É uma das bananas com maior durabilidade.

 

Ouro: Uma das mais doces e mais calóricas. Cada 100g têm cerca de 160kcal. Uma unidade pesa aproximadamente 40g.

 

Maçã: Uma unidade média tem em torno de 50kcal. É ótima para doces e salada de frutas, pois oxida com menor facilidade.

 

Terra: É a maior de todas as bananas. Uma unidade pode pesar de 400g a 500g. Muito usada em preparações salgadas, como farofas, e consumida também frita.

 

Marmelo: Lembra bastante a banana-da-terra, com sabor mais adocicado, principalmente se for cozida. Se ela estiver bem madura, pode ser consumida in natura. Quando está mais verde, o melhor é cozinhá-la.

 

Renata ensina receitas com os diversos tipos de banana:

 

Panqueca de banana  

1 banana nanica madura

1 ovo

1 colher de sopa de farelo de aveia

1 colher de sopa de mel

1 colher de sopa de nibs de cacau

 

Modo de preparo:

Amasse a banana e misture todos os ingredientes. Leve para cozinhar em uma frigideira untada com azeite ou manteiga sem sal e cozinhe bem dos dois lados. Só servir.

 

 

Pãozinho doce de banana 

2 bananas-prata maduras

2 colheres de sopa da aveia em flocos

1 colher de sopa de farinha de trigo

1 colher de sopa de açúcar

1 colher de chá de fermento em pó

 

Modo de preparo:

Amasse 1 banana e misture a aveia em flocos, o trigo, o açúcar e o fermento em pó. Acomode a massa em um pote de vidro e em seguida, adicione rodelas da outra banana picada. Leve ao microondas por cerca de 3 minutos. Se você desejar, adicione canela em pó antes de aquecer.

 

 

Bolo de banana com maçã  

4 ovos

½ xícara de chá de óleo

1 maçã com casca

6 bananas-ouro

2 xícaras de chá de farinha de trigo

2 xícaras de chá de açúcar ou adoçante culinário

1 colher de chá de fermento em pó

1 colher de chá rasa de sal

 

Modo de preparo:

Bata no liquidificador a maçã, os ovos, o óleo e o sal. Adicione o açúcar, a farinha de trigo, o fermento, e bata novamente. Acomode metade da massa em uma forma com furo central, untada com manteiga e farinha. Em seguida, adicione metade das bananas, cortadas em rodelas. Junte o restante da massa e decore com as bananas. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 40 minutos.



Foto: Freepik

sábado, 23 de setembro de 2023

Cólicas em bebês: por que elas ocorrem e como aliviar este incômodo?



As cólicas são um problema comum em bebês, especialmente nos primeiros meses de vida, além de causarem temor em pais de primeira viagem. Meninos e meninas são igualmente afetados, independentemente de mamarem no peito ou tomarem fórmula. Esse desconforto pode ser fruto de algumas conjunturas, mas seu motivo exato ainda não é totalmente compreendido. Algumas teorias relacionam as prováveis causas ao sistema digestivo em desenvolvimento, acúmulo de gases, sensibilidade alimentar, ou mesmo ingestão de ar na hora e mamar ou tomar leite na mamadeira, acarretando dor abdominal e choro constante.
 

Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e médica da UTI Neonatal do Hospital e Maternidade São Cristóvão, dra. Claudia Conti comenta que o tempo das cólicas geralmente varia de bebê para bebê. "Os episódios costumam passar completamente até no máximo 6 meses de vida." Segundo a especialista, a cólica típica se manifesta como um ataque de choro forte, agudo, estridente e crescente: "O bebê se estica, fica vermelho, vira a cabeça para os lados e se encolhe".
 

A pediatra descreve alguns dos sinais emitidos pelos bebês durante essas ocorrências:


  • Choro inconsolável: O bebê chora intensamente, muitas vezes no final da tarde ou à noite, e o choro pode ser alto e agudo;
     
  • Pernas encolhidas: O bebê pode encolher as pernas em direção ao abdômen, demonstrando desconforto;
     
  • Barriga tensa: A região abdominal do bebê pode ficar rígida ao toque;
     
  • Mudanças de expressão: O bebê pode fazer caretas, franzir a testa ou parecer desconfortável;
     
  • Agitação: O bebê pode se contorcer ou se mexer constantemente enquanto chora;
     
  • Gases: A presença de gases é muitas vezes associada a cólicas e pode causar desconforto adicional.

"É importante notar que os sinais de cólicas também podem estar associados a outros problemas de saúde, como refluxo gastroesofágico, alergias alimentares ou infecções", complementa Dra. Claudia Conti.
 

Para aliviar o desconforto das cólicas, além da tão recomendada dica de "fazer o bebê arrotar depois de cada mamada", com tapinhas delicados em suas costas, algumas das seguintes estratégias levantadas pela especialista, ou a combinação de algumas delas, podem ser eficazes:


  1. Movimento suave: Embale o bebê nos braços, use um balanço ou uma cadeira de balanço para acalmá-lo;
     
  2. Barriga para baixo: Colocar o bebê de bruços sobre o colo ou em uma superfície macia e segura pode ajudar a aliviar a pressão abdominal;
     
  3. Massagem: Com cuidado, faça movimentos circulares suaves na barriga do bebê, no sentido horário. Isso pode ajudar a liberar gases;
     
  4. Água morna: Um banho morno pode relaxar os músculos do bebê e aliviar o desconforto;
     
  5. Ambiente relaxado: Diminua as luzes, ou reduza o barulho para que o seu bebê possa descansar.

Além disso, estudos demonstram que o contato pele a pele com o bebê nas primeiras semanas de vida junto aos seus responsáveis, pode fazer com que os episódios de choro sejam menores durante seu crescimento. Em alguns momentos, o bebê vai chorar, independentemente do método de alívio escolhido. Experimente abordagens diferentes e, caso a sugestão não funcione em uma semana, passe para a próxima da lista. A fase de cólicas de seu bebê passará, então, não se frustre.
 

Peça ajuda da família e dos amigos e divida os cuidados do bebê com o companheiro, pois essas pessoas serão uma importante rede de apoio. Além disso, exponha suas dúvidas ao pediatra e converse também com seu médico sobre formas de lidar com a frustração causada pelo choro constante. Grupos de mães ou fóruns online também proporcionam dicas e conselhos de outras mães que passam pela mesma situação.



Foto: Freepik

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

De infecção fúngica a dor de ouvido: problemas que dormir de cabelo molhado pode causar



Você já deve ter ouvido alguém dizer: "Não durma de cabelo molhado ou você vai acordar resfriado!". Embora não haja comprovação científica para essa afirmação, dormir com os cabelos molhados pode trazer consequências prejudiciais para a saúde dos fios e do couro cabeludo. A dermatologista especializada em tricologia, dra. Hevelyn Mendes, esclarece todos os problemas possíveis e apresenta as melhores soluções para preveni-los e tratá-los.
 
Principais danos de dormir com o cabelo molhado
 
1. Proliferação de fungos e bactérias: Dormir com o cabelo molhado cria um ambiente propício para a proliferação de fungos e bactérias. A umidade retida no couro cabeludo, especialmente se a fronha for de tecido sintético, abafa a raiz dos fios e cria um habitat favorável para o crescimento desses microorganismos. Essas infecções fúngicas podem se espalhar rapidamente e causar sintomas como coceira intensa, descamação, vermelhidão, formação de crostas e até mesmo a perda de cabelo em certas áreas e infecções mais graves. A solução é garantir que o cabelo esteja completamente seco antes de dormir, seja utilizando um secador de cabelo em temperatura baixa ou permitindo que o cabelo seque naturalmente.

2. Danos aos fios: A dra. Hevelyn Mendes comenta que a fricção causada pelo atrito do cabelo molhado com o travesseiro durante o sono pode tornar os fios mais frágeis, quebradiços e propensos a nós e frizz. Ao dormir com o cabelo molhado regularmente, você está comprometendo a saúde e a aparência dos seus cabelos. A melhor solução é evitar dormir com os fios úmidos, optando por lavar o cabelo com antecedência ou utilizando técnicas de secagem adequadas, como a utilização de uma toalha de microfibra para absorver a umidade antes de deitar.
 
3. Prevenção de doenças mais graves, como otite externa: Dormir com o cabelo molhado e úmido repetidamente pode aumentar o risco de desenvolver otite externa, também conhecida como "ouvido de nadador". A umidade no couro cabeludo pode entrar no canal auditivo e criar um ambiente favorável para o crescimento de bactérias. Essas bactérias podem causar inflamação e infecção no canal auditivo externo, resultando em dor de ouvido, coceira, inchaço e até mesmo perda auditiva temporária.
 
A dermatite de contato, uma reação alérgica, também pode surgir devido à exposição a substâncias irritantes presentes em produtos capilares.
 
Para evitar esses problemas mais graves, é essencial adotar medidas preventivas

- Priorizar a secagem adequada do cabelo antes de dormir, utilizando técnicas suaves e sem atrito, como o uso de toalhas de microfibra;
 
- Evitar o uso de fronhas de tecido sintético, optando por tecidos naturais, como algodão, que permitem maior respirabilidade do couro cabeludo;
 
- Garantir a higiene adequada do couro cabeludo, utilizando produtos capilares adequados ao seu tipo de cabelo e evitando o acúmulo de resíduos;
 
- Consultar um tricologista, especialista em saúde capilar, para obter orientações específicas e personalizadas para o seu caso.
 
"É essencial adotar medidas preventivas e seguir as melhores práticas de cuidado capilar. Lembre-se de que a saúde dos seus cabelos é valiosa e merece atenção e cuidado adequados. Consultar um especialista em tricologia pode ser o primeiro passo para garantir cabelos saudáveis e deslumbrantes. Invista em você e em seus cabelos, pois eles refletem sua autoestima e bem-estar", finaliza a especialista.



Foto: Freepik

domingo, 17 de setembro de 2023

Aprenda a cuidar dos cabelos cacheados

 


Cuidar dos cabelos cacheados não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível. Esse tipo de cabelo é majoritário no país segundo De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Beleza Natural em parceria com a Universidade de Brasília (UNB), 70% dos brasileiros apresentam cabelos cacheados, crespos ou ondulados.

Já em 2017, dados do Google BrandLab apontavam que a busca pelo termo "cabelos cacheados" superou o de "cabelos lisos" e cresceu mais de 200%.

 

Muitas mulheres alegam ter mais dificuldade em cuidar dos cabelos cacheados do que dos lisos, por exemplo, mas será que realmente é mais difícil? Para ajudar nessa questão, a hair stylist Tamara Zavareze respondeu diversas dicas sobre como cuidar dos cachos.

 

"Quando não temos conhecimento e experiência sobre alguma situação, ela sempre se apresenta mais difícil do que realmente é. Eu diria que cuidar de um cabelo cacheado requer um pouco mais de dedicação até você entender que a dinâmica é completamente diferente. Por exemplo, você é obrigada a fazer uma finalização, isso quer dizer, que você vai precisar aplicar produto (s) e dividir o cabelo em partes para conseguir um resultado satisfatório e com durabilidade. Mas, depois que você entende como o seu cabelo funciona e pega o jeitinho de fazer, não tem mistério", explica Tamara.

 

Segundo a hair stylist, a principal diferença entre os cabelos lisos e cacheados são as particularidades de ambos. "Cabelos cacheados tem algumas particularidades. Por exemplo, só devem ser penteados enquanto molhados, deve-se evitar pentear os fios a seco, porque desse modo se estraga a definição", conta.

 

Tamara ressalta que por terem uma espessura de médio a grosso, os cabelos cacheados costumam ser mais ressecados. "Isso acontece porque a estrutura física em forma de elipses não permite que a oleosidade da raiz transite para as pontas, com isso é interessante não lavar os fios todos os dias. Uma dica que funciona muito pra mim é lavar só com condicionador se estou lavando com um prazo menor do que 2 dias", explica.

 

Principais cuidados

 

Para prevenir o ressecamento, Tamara recomenda manter uma rotina de nutrição toda semana. "Além disso, ajuda muito caso a pessoa durma com touca de cetim ou ter a fronha do travesseiro nesse mesmo tecido, porque você suaviza o atrito dos fios enquanto dorme e preserva por mais tempo a finalização. Outra boa dica, que funciona muito pra mim, é não dormir em cima dos cabelos, colocá-los para fora do travesseiro ou prender com uma borrachinha bem larga e bem solta no alto da cabeça. Quanto menos atrito, menos frizz e mais tempo dura nossa finalização", recomenda a hair stylist.

 

Outra dica valiosa é evitar o uso de elásticos no cabelo, eles ajudam a arrebentar os fios.
 

Como fazer a finalização?
 

De acordo com Tamara, o primeiro passo é descobrir os produtos que funcionam nos seus cabelos. "Aplicar leave-in com os fios bem molhados ajuda na definição dos cachos e economiza na quantidade de produto. Entender como cada produto funciona e a hora certa de aplicar nos fios também é importante, às vezes você tem um ótimo produtos em mãos mas peca na quantidade ou na hora da aplicação", explica.

 

Tamara ressalta que em caso de uso de difusor, não é recomendado usá-lo para secar os fios 100%. "Porque dependendo do cabelo faz frizz. Gosto de secar uns 70% e deixar que o restante seque naturalmente", explica.

 

Cabelos cacheados e tingidos

 

A hair stilist afirma que nesses casos em que a cacheada também possui o cabelo tingido aumenta a necessidade de tratamento e os cuidados devem ser redobrados. "Uma boa dica é preparar o cabelo para lavagem aplicando algum creme nos fios antes de entrar no banho para que o impacto do shampoo seja amenizado. Com isso você preserva os pigmentos e evita o ressecamento. É importantíssimo evitar água muito quente, pois além de ressecar os fios, desbotam os pigmentos . Sempre que possível, evitar mar e piscina ou preparar os fios antes de curtir", aconselha.

 

Mudança de conceito

 

A hair stylist acredita que é necessário mudar o olhar a respeito dos cabelos cacheados, levando em conta a "falsa cultura dos fios perfeitos". "De um modo geral, os cabelos cacheados tem frizz e costumam ter curvaturas diferentes ao longo da cabeça e isso é normal. Essa falsa cultura de fios perfeitos é utopia, mas a partir do momento que aceitamos que os cabelos são a mais pura expressão do nosso ser, tiramos dos cabelos a obrigação de ser perfeito todos os dias. Afinal, somos cíclicas como a lua, horas estamos cheia e horas estamos minguante, e para os dias de lua minguante ( analogia para quando os cabelos não estão tão bonitos ) a gente tem recursos, um bom gel, uma escova e um spray fixador podem salvar qualquer mulher de 'bad hair day'", finaliza Tamara.



Foto: Freepik

 

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

É verdade que o celular escuta as conversas para mostrar anúncios?

 


É bem possível que alguma vez você tenha tido a sensação de que o celular pode ouvir o que falamos. Afinal, já deve ter acontecido de receber a indicação de um produto ou serviço relacionado a algo que tenha comentado com familiares ou amigos ao falar ao telefone, ou até mesmo em conversas ao vivo. Por esse motivo, muitos dos que afirmam estarem sendo gravados pelos smartphones acham que os celulares estão constantemente nos ouvindo e gravando o que falamos, para então categorizar e usar esse conhecimento para direcionar anúncios. Será que é isso mesmo que acontece?


De acordo com Yasodara Cordova, pesquisadora-chefe em Privacidade e Caio Gomes, diretor de Dados da Unico, empresa especializada em identidade digital, a resposta é não, os celulares não nos gravam.
 

Diferente das teorias de conspiração, a realidade é que as empresas não gravam nossas conversas, ou escutam o que falamos o tempo todo em nossos aparelhos. Na verdade, é tudo uma questão de estatística e muita coleta de dados - mas não áudio de conversas. Estes dados não são coletados sem a permissão dos usuários. É exatamente o oposto: os próprios usuários dão permissão - ao clicar e aceitar os termos de consentimento e políticas de privacidade - para que aplicativos e outros serviços conectados acessem a sensores diversos que coletam dados que informam a localização, a lista de contatos, e outros dados que são necessários para a prestação de serviços via internet.
 

Primeiramente, é crucial esclarecer que coletar todos os áudios de um celular não é economicamente viável. Se o processamento do áudio fosse centralizado na nuvem, o consumo de dados móveis seria tão elevado que o usuário notaria. Alternativamente, se o processamento ocorresse no próprio aparelho, a bateria se esgotaria rapidamente, algo que também seria facilmente percebido pelo aquecimento do dispositivo.
 

"Então, como as empresas coletam dados? Elas se concentram em metadados e padrões de comportamento. Imagine que você visite a casa de um amigo e conversem sobre uma marca de celular. A localização já indica que você esteve lá, e se seu amigo pesquisar sobre a marca posteriormente, é um sinal de que você também é um alvo para essa publicidade", explica o Diretor Caio Gomes.
 

Através da análise dessas correlações, as empresas de tecnologia montam cenários publicitários que nos impactam diariamente. No entanto, é vital reconhecer o papel do viés de confirmação em nossa percepção dessas práticas. Somos bombardeados com centenas, senão milhares, de anúncios todos os dias, a maioria dos quais ignoramos. Mas quando um anúncio se alinha com uma conversa recente, ele chama nossa atenção, criando a ilusão de que a segmentação é mais precisa do que realmente é. Tendemos a ignorar as inúmeras vezes em que a publicidade falha e focamos apenas nos acertos, o que pode distorcer nossa compreensão da realidade.
 

Levando isso tudo em conta, podemos ficar todos mais tranquilos sobre a possibilidade de gravação de áudio e escuta que porventura celulares executariam. Não só é mais eficiente fazer o direcionamento de anúncios usando dados do seu dia-a-dia, mas possivelmente mais preciso e igualmente lucrativo. É claro que toda essa paranóia tem fundamento: estamos desconfiados sobre quais dados estão sendo coletados e para quê.
 

Como já diagnosticado por vários institutos de pesquisa e reconhecido pelo World Economic Forum - ao qual a Unico é filiada, é preciso restabelecer as relações de confiança entre pessoas e instituições, incluindo empresas. Para recuperar essa confiança, é importante dar transparência sobre os dados pessoais, uma propriedade da privacidade (que é um direito humano reconhecido na constituição do Brasil). Afinal, se as pessoas tivessem facilidade para descobrir quais dados estão sendo utilizados e para quê, a relação entre pessoas usuárias e empresas seria muito mais saudável.
 

É uma forma de o anunciante avaliar a popularidade dos produtos e as variações conforme a idade, gênero, trabalho e hobbies. "Assistentes virtuais como Siri, Google Assistente ou Alexa estão instalados praticamente em todos os aparelhos e podem peneirar dados de seus usuários para a publicidade digital, uma técnica chamada Retargeting. Isso acontece através dos cookies de internet. Esses cookies são pequenos dados que os sites pedem para guardar durante sua navegação, eles também estão em todos os lugares até mesmo nos nossos celulares. No entanto, os sites sempre pedem permissão para usar esses cookies oferecendo uma experiência mais personalizada", explica a pesquisadora.
 

Lei Geral de Proteção de Dados
 

Falhas de segurança nas plataformas também podem resultar em conteúdos coletados sem autorização e um ambiente favorável para cibercriminosos. Então, quando o assunto são seus dados pessoais, as empresas precisam sempre oferecer informações claras e acessíveis.
 

No Brasil, com a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o uso dessas informações foi regulamentado. O tratamento de dados passou por mudanças sendo necessária a autorização do usuário e transparência por parte das organizações sobre o uso desses dados, cabendo sanções em caso de utilização indevida.
 

"O usuário preocupado com a sua privacidade deve estar atento aos termos e políticas de uso. Se o usuário estiver de acordo com a captura e utilização de seus dados, não há motivos para se preocupar. Provavelmente isso significa que existe uma relação de confiança entre a empresa e a pessoa usuária. Contudo, não é uma situação comum. Hoje em dia ainda existe uma aura misteriosa sobre como a coleta de dados para o fornecimento de serviços é feita, por qual motivo e até quando. A transparência e a segurança são cruciais para todos os envolvidos. Nós da indústria temos a obrigação de melhorar nossos serviços de privacidade", comenta Yasodara.
 

Como posso evitar?
 

Muitos aplicativos e sites precisam de determinadas informações para manter os serviços, como o WhatsApp ou Instagram, que requerem acesso às câmeras e microfones para desempenhar algumas funções. Entretanto, não são todas as plataformas que precisam disso. Na dúvida, autorize o acesso apenas aos dados necessários.
 

"Realizar uma compra, fazer um cadastro em um site, curtir ou comentar uma foto nas redes sociais, até dirigir o carro utilizando o GPS, todas essas ações e outras mais são informações que estamos provendo para que os serviços sejam prestados.. É importante revisar as permissões dos aplicativos instalados regularmente. Devemos estar atentos a nossa privacidade ao usar, por exemplo, aplicativos desenvolvidos por empresas desconhecidas ou com termos de uso duvidosos", esclarece a pesquisadora.
 

É sempre bom lembrar que as dicas de segurança básica devem ser sempre seguidas, como: não dividir a sua conta, não utilizar senhas padrão ou senhas muito fáceis, e até mesmo utilizar VPN quando necessário. São importantes e precisam ser seguidas. Outro ponto é recorrer a especialistas sempre que existirem dúvidas, pois a internet está recheada de teorias da conspiração. Na dúvida, vale ler os termos de uso e perguntar, diretamente para o provedor dos serviços, quais dados pessoais estão sendo utilizados, porque, até quando e como. É um direito básico que você deve utilizar sempre que precisar.




Foto: Freepik