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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Dicas para cuidar da saúde mental em 2024

 


O Janeiro Branco tem como objetivo chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas. Este movimento visa criar um ambiente propício para reflexões sobre a vida, relações sociais, condições de existência, emoções e sentidos existenciais.

Durante todo o mês de janeiro, a iniciativa incentiva as pessoas a compartilharem suas histórias e experiências pessoais relacionadas à saúde mental. Também promove a importância de buscar ajuda profissional e discute a disponibilidade de serviços nessa área. A psicanalista e CEO do Ipefem, Ana Tomazelli, explica o que significa ter uma boa saúde mental: “A boa saúde mental, em teoria, é o estado de bem-estar emocional, psicológico e social, que permite ao indivíduo realizar suas atividades diárias com relativo sucesso e enfrentar os desafios fundamentais da vida sem paralisar”.

A saúde mental é uma parte integral da saúde geral e envolve aspectos físicos, mentais e sociais. No entanto, muitas vezes é negligenciada e marginalizada em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das pessoas com condições patológicas de saúde mental não recebem tratamento adequado. Em vista disso, para conscientizar sobre a importância do cuidado com a saúde mental, foi criada a campanha Janeiro Branco, regulamentada no Brasil em 25 de abril de 2023 (Lei 14.556/2023), após ser idealizada pelo psicólogo e palestrante Leonardo Abrahão em 2014, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais.

Especialmente no Brasil, a saúde mental enfrenta vários desafios, incluindo falta de recursos, estigmas sociais e acesso limitado a tratamentos adequados. O país tem uma das maiores taxas de mortalidade por suicídio da América Latina e uma das maiores taxas de transtornos mentais, sendo o campeão em ansiedade. Segundo a OMS, cerca de 9,3% dos brasileiros manifestam sintomas da doença.

“A patologia em saúde mental é uma condição que afeta todo o círculo social que envolve o indivíduo e se manifesta em sintomas físicos e comportamentais. A prevenção e o tratamento são importantes em qualquer manifestação para garantir o bem-estar geral individual e coletivo”, reforça Ana Tomazelli. 

Nessa linha, tem havido esforços para melhorar a saúde mental no país, como o aumento do orçamento para o tema e campanhas que visam combater os estigmas sociais, como o Setembro Amarelo. Além disso, muitas empresas estão desenvolvendo negócios no campo terapêutico, o que ajuda a popularizar os tratamentos psicológicos e a acessibilizar o serviço para camadas da população com baixo poder aquisitivo.

Na rede pública, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece caminhos para garantir acolhimento e tratamento, são eles: 

·  Unidade Básica de Saúde (UBS): Acolhe casos leves e moderados.

·  Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): Destinados ao atendimento de casos graves, em situações de crise ou reabilitação psicossocial, funcionando em regime de porta aberta (não há necessidade de agendamento prévio).

·  Pronto-socorro: Atendimento de emergências.

No entanto, Ana Tomazelli ressalta que nem sempre o indivíduo consegue pedir ajuda ou ir a um centro especializado sozinho, sendo importante contar com uma rede de apoio composta por familiares, amigos, companheiros, etc. “A saúde mental é o resultado de uma combinação de fatores, que vão desde condições de moradia e transporte público, até as relações familiares e de trabalho de cada um. Por isso a rede de apoio é tão importante.”, explica. 

Para que esse processo seja menos doloroso, a psicanalista sugeriu algumas formas de cuidar da saúde mental ao longo do ano e amenizar os sintomas de transtornos mentais e outras condições como burnout e esgotamento psíquico.

Dicas para cuidar da saúde mental em 2024:

1.    Manter uma rotina regular, incluindo horários para dormir e acordar;

2.    Se exercitar regularmente;

3.    Ter uma dieta equilibrada e evitar o consumo excessivo de álcool;

4.    Manter contato social e participar de atividades que você gosta;

5.    Expressar seus sentimentos e compartilhar suas preocupações com pessoas dispostas a ouvir sem exercer julgamentos;

6.    Buscar ajuda profissional de psicólogos, psiquiatras ou outros profissionais especializados em saúde mental; 

7.    Dormir o suficiente, manter um ambiente de sono tranquilo e desligar eletrônicos antes de dormir;

8.    Tirar um tempo para você, de modo que possa fazer algo que você gosta e relaxar.


(Foto: Freepik)


Roda de Conversa - Janeiro Branco



O IPO - Instituto de Psicologia Organizacional promove durante o mês de janeiro uma Roda de Conversa, virtual e gratuita, direcionada a empresas e grupos interessados no assunto.

A Roda De Conversa terá como facilitadoras a psicóloga, coach e diretora geral do IPO Ana Maria de Freitas e a psicóloga Cristiane Varricchio. Entre os assuntos abordados estão: A Importância da Saúde Mental; Como reconhecer se Você Pre;cisa de Ajuda; Desmitificando os Tratamentos Psicológicos e Psiquiátricos; Tristeza, Ansiedade, Depressão e outros Sintomas.

O IPO - Instituto de Psicologia Organizacional, referência no mercado de Recursos Humanos, vem contribuindo, nos últimos 52 anos, com seus clientes para a excelência na gestão de pessoas, fazendo uso dos melhores processos para identificar, conhecer e desenvolver talentos.

Mais informações: (11) 3259-3979, ipo@ipoinstituto.com.br, www.ipoinstituto.com.br




 

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Black Friday: o desafio dos compradores compulsivos

 


A Black Friday, um dos eventos de compras mais aguardados do ano, pode ser uma verdadeira armadilha para pessoas que sofrem de oniomania, mais conhecida como transtorno do comprar compulsivo. Enquanto muitos consumidores aguardam ansiosamente pelas megapromoções, aqueles que enfrentam essa condição têm que lidar com o desafio de resistir ao impulso de gastar dinheiro em excesso, sem precisar, e às vezes até sem poder. A psicóloga Ana Streit, mestre em psicologia e saúde, explica que a compulsão tem relação com o autoalívio, sentimento esse que tem um poder muito grande sobre o paciente.

“O ato de comprar compulsivamente também funciona como válvula de escape para sentimentos e emoções. Esse comportamento vira doença quando se torna crônico e repetitivo e passa a causar algum dano a pessoa, seja social, financeiro ou emocional”, orienta a especialista.

A psicóloga explica que a Black Friday favorece uma ilusão. Os descontos acabam tirando um pouco o peso da compra para as pessoas que sofrem com o padrão da compra compulsiva e serve como uma permissão para o ato. Mas, o comprar compulsivo é um problema maior que continua mesmo após esse período.

Sinais e sintomas dos compradores compulsivos

A especialista ressalta que há alguns sinais e sintomas que podem indicar quem desenvolveu a oniomania, por exemplo: quando o desejo de comprar é causado por solidão; as compras, muitas vezes, são realizadas sem os familiares saberem; quando há descontrole financeiro e a pessoa adquire produtos que não precisa, entre outros sinais. “Todos nós gostamos de comprar algo que nos dê prazer, mas para os que sofrem de oniomania, a aquisição de novos produtos traz um alívio intenso. Só que o prazer logo é substituído por um sentimento de culpa e angústia, principalmente quando a pessoa se dá conta de que não consegue pagar o que comprou”, diz. 

Como tratar a compulsão por compras?

O tratamento alia psicologia e psiquiatria, uma vez que as compulsões geralmente estão ligadas a outros transtornos mentais como ansiedade ou depressão e mesmo transtornos de personalidade. Ana pontua que em alguns casos é necessário o uso de medicação. “O primeiro passo para lidar com o comprar compulsivo é reconhecer que há um problema e a partir daí procurar ajuda profissional”, comenta.

De qualquer forma, se você é uma pessoa que não tem compulsão, mas que gostaria de estratégias para lidar com a pressão que vem com a Black Friday, a psicóloga faz algumas orientações: fazer uma lista de quais produtos você realmente precisa, definir um orçamento para gastar na Black Friday, estabelecer limites de gastos no total para o dia ou o mês. “Com atenção redobrada e um plano sólido, é possível aproveitar as promoções sem ceder aos gatilhos que desencadeiam o impulso de compra”, finaliza Ana.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Ansiedade e depressão são as doenças mais comuns e acompanhamento contínuo é importante



As preocupações com a saúde mental se intensificaram nos últimos anos em razão do ritmo acelerado, das situações de estresse e de diversas dificuldades do dia a dia, o que fez com que muitas pessoas desenvolvessem transtornos mentais, sendo os mais comuns a ansiedade e a depressão. A Organização Mundial de Saúde estima que mais de 450 milhões de pessoas vivam com depressão, representando 5% da população mundial. Circunstâncias como a pandemia de covid-19 agravaram o quadro e trouxeram mais preocupações a respeito da doença.

“A ansiedade e a depressão são os transtornos mais vistos na sociedade hoje em dia, até por conta da sociedade em que vivemos, tendo relação com possíveis perdas, cobranças, algum cenário adverso no trabalho ou na vida cotidiana, como aconteceu no caso da pandemia, por exemplo. Ainda há possibilidade de se estar envolvidas questões genéticas, que podem concernir episódios traumáticos ou casos vindos da infância, por exemplo, ou até mesmo relacionado ao ambiente em que o indivíduo vive, viveu ou foi criado. São múltiplas as causas a estarem envolvidas”, explica Marina Balieiro, psicóloga do Hospital Edmundo Vasconcelos.

A especialista afirma que a adoção de hábitos saudáveis e um acompanhamento constante sobre as questões de saúde mental são essenciais para evitar o aparecimento da doença. “Se a pessoa tiver um hábito de vida saudável, praticar atividade física e conseguir expor e verbalizar as situações da vida e as dificuldades existentes, ainda que apenas com amigos, já é um primeiro passo importante. Mas é importante procurar um psicólogo e a terapia também pode ajudar muito nesse processo”, detalha.

Em alguns casos, um especialista, seja psicólogo ou psiquiatra, também poderão ficar atentos caso o quadro exija medidas mais severas. “No caso de diagnóstico da doença, o médico psiquiatra pode orientar e identificar se o uso de uma medicação e qual delas pode ser necessário”, explica.

Sobre o Hospital Edmundo Vasconcelos
Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Hospital Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.000 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 - Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o primeiro lugar no Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar na categoria Saúde - Hospitais, conquistado por três anos consecutivos, 2017, 2018 e 2019.

Foto: Freepik

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Depressão no idoso

 


A depressão é um dos transtornos mentais que mais atinge os idosos, sendo um quadro de adoecimento que inclui alteração de humor e que pode afetar qualquer indivíduo em qualquer momento da vida.

Desânimo, apatia, irritabilidade, perda de memória, alteração de sono e alimentação, esses são alguns dos sinais importantes para identificar a depressão.

Algumas mudanças que chegam com a idade são consideradas normais pelos olhos da maioria das pessoas. Não é incomum ouvirmos comentários sobre “como aquele senhor está cada vez mais ranzinza”, “este senhor não gasta energia, por isso está comendo tão pouco”, “minha mãe era tão ativa quando nova, agora com a idade não quer fazer mais nada”.

Sim, existem algumas alterações físicas, cognitivas e no comportamento que são esperadas com a passagem do tempo, afinal ocorrem transformações no processo de envelhecimento. Porém, existe uma diferença entre o envelhecer saudável e os sintomas depressivos, os quais exigem atenção especial nessa fase da vida.

Clinicamente, as queixas mais comuns são as físicas: dores pelo corpo, falta de apetite, insônia, isolamento e apatia. O componente hereditário, as dificuldades trazidas pelo envelhecimento em si, a perda das funções sociais e limitações das doenças físicas são fatores relevantes na identificação do processo depressivo.

Tratando-se dos sintomas depressivos, aqueles que afetam a cognição merecem atenção especial, pois podem ser facilmente confundidos com alterações típicas do processo de envelhecimento, como alterações da atenção, memória, linguagem, planejamento, organização e execução das tarefas cotidianas. De acordo com a neuropsicologia (o estudo da relação entre mente, cérebro e funções cognitivas), existem padrões a serem avaliados e comparados com as referências de cada faixa etária.

Como diferenciar os processos da limitação associados à passagem do tempo daqueles advindo do adoecimento depressivo?

É importante ter conhecimento sobre aquele indivíduo, pois a principal referência é: quem é aquela pessoa. Ou seja, como viveu, o jeito de ser, os impactos que a vida teve sobre aquele sujeito e como ele sempre reagiu a eles.

Embora as pessoas mudem ao longo do tempo, elas preservam a sua essência, então mudanças bruscas que afetam sua maneira de se comportar precisam de atenção redobrada. Destacamos aqui a importância de familiares ou pessoas de convivência diária do idoso para a identificação dessas alterações.

Problemas de memória, que são bastante comuns nessa fase, podem, por exemplo, vir de quadros demenciais, lesões ou da depressão, pois o quadro depressivo está associado ao rebaixamento das funcionalidades cognitivas do indivíduo.

Por isso, é importante ser acompanhado por um especialista, para que ele faça um diagnóstico diferencial e um planejamento de atividades de estimulação dos mais variados interesses.

Por Eliete Celi Martini Orsi, psicóloga (CRP 06-15998-1) e Giovana Martini Orsi, psicóloga e neuropsicóloga (CRP 06/131199)

 

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Tratamento do TOC alia medicamentos e terapia



Longe de ser uma simples mania de fácil tratamento, o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um problema sério que afeta a qualidade de vida e as relações sociais. O transtorno, que atinge cerca de 3% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem causas multifatoriais, que vão desde histórico familiar a interferências ambientais, como traumas na infância.

A doença é caracterizada pelo pensamento obsessivo e recorrente, que segundo, a psicóloga do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Marina Arnoni Balieiro, acaba gerando um sentimento de sofrimento.

"Não se trata de uma ação feita no automático, muitas vezes o paciente sabe que está fazendo algo excessivo e intenso, como lavar as mãos muitas vezes ao dia, mas não consegue evitar, pois o fato de não praticar o ritual traz sintomas de sofrimento e angústia. Essa situação acaba forçando-o a realizar a ação de forma repetitiva", diz.

Apesar de não ter cura, o transtorno pode ser controlado, permitindo assim, uma melhora na qualidade de vida. Para alcançar resultados no tratamento, Marina Arnoni enfatiza a importância de aliar o uso de medicamentos com a terapia, a fim de amenizar os sintomas e identificar os pontos comportamentais que são capazes de serem mudados.

Ela alerta que quando esse caminho do tratamento não é seguido, o quadro tende a piorar e atrelar-se a outros problemas. "Além dos prejuízos à qualidade de vida, o TOC, caso não acompanhado por um especialista, pode se transformar em depressão, facilitar o surgimento de pensamentos suicidas e a dependência de drogas", afirma a especialista.



terça-feira, 29 de setembro de 2015

Terapia com florais de Bach

O enfoque tera­pêutico dos Florais de Bach é completamente holís­tico e promove o homem integral, harmonizando e orientando sua inte­ração equilibrada com o universo.
Segundo o farmacêutico acupunturista José Rubens, somos personalida­des e existimos para alcançar conhecimen­tos e experiências que muitas vezes nos levam a conflitos, e assim sen­do, um grande núme­ro de patologias e pro­blemas de saúde, frequentemente, origi­nam-se na mente, isto é, sentimentos e sen­sações que foram continuamente reprimi­dos vão surgir primeiramente como confli­tos mentais e, depois, refletirão no físico na forma de doenças.
A terapia com Florais de Bach é uma te­rapia para sentimentos, não se aplica, por­tanto, para doenças físicas. "O que ocorre é que quando o indivíduo melhora emocio­nalmente, ele deixa de somatizar seus me­dos, angústias, frustrações, tristezas, mágo­as, e outros sentimentos que levam a um de­sequilíbrio energético, mental ou emocional, promovendo assim uma melhora de seus sinto­mas físicos", explica o profissional.
O Floral de Bach, por meio da energia trans­mitida pelas flores, per­mite corrigir esses de­sequilíbrios emocionais, atuando sobre essa de­sarmonia profunda do paciente, uma vez que eles agem no plano mais sutil do indivíduo, e, as­sim fazendo, dão a ba­se necessária, permitin­do ao organismo huma­no sua recuperação dos sintomas físicos, facilitando o livre fluxo de energia superior por meio da personalidade, o que permite a descoberta de seu caminho até a verdadeira saúde interior, o restabeleci­mento da harmonia entre alma e mente, cujo reflexo se exterioriza em nosso corpo.
Conheça mais sobre a terapia de Florais e sinta os benefícios desse universo energéti­co a favor de nós e de nosso equilíbrio natu­ral energético.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Quando devo procurar terapia?


Não raro, deparamo-nos com equivocados discursos, fruto de opiniões erradas e preconceituosas a respeito da terapia. Nesses discursos, propagam-se ideias de que “a terapia é coisa pra louco”, de que “a depressão é frescura”, ou de que “psicólogo é médico que mexe com a cabeça dos outros”. Discursos que refletem desconhecimento acerca do assunto.
A Associação para Ciência Psicológica defende que o estigma das doenças mentais dificulta o acesso a tratamento adequado. O desconhecimento impede o tratamento psicológico e a superação dos problemas que afligem as pessoas. Para termos melhor noção, no Brasil, pesquisa confirmou que as mortes por depressão cresceram 705% em 16 anos.
Para avaliar a necessidade de terapia, avalie a si mesmo. Caso sinta-se frequentemente angustiado, com tristeza pro¬longada, doenças psicossomáticas, baixa no sistema imunológico, conflitos de relacionamentos, busca incessante por aprovação e reconhecimento, ou ainda, sofrendo por luto, perdas e separações, depressão, fobias e ansiedade, não hesite em procurar a ajuda de um psicólogo.
A terapia consiste em ferramenta eficaz na identificação de comportamentos e atos que trazem sofrimento a pessoas. Auxilia no processo de autoconhecimento, interação social e manutenção das emoções, e ajuda a levar alegria e bem-estar à sua vida!


(Artigo da psicóloga Sônia A. R. Vellido Moterani - CRP 06/98639)

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Conheça a Abordagem Centrada na Pessoa


Na Psicologia existe uma forma diferenciada de se atender que não é muito conhecida pela sociedade. A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) é uma filosofia em que não se usam técnicas e padrões, acreditando que a melhor maneira de se ajudar alguém é acreditando na condição natural da pessoa de sentir, pensar, escolher e direcionar o caminho das suas próprias necessidades, à medida que lhe faz bem. Por conta disso, aceita e respeita a pessoa como ela realmente é, sem julgamentos e classificações, já que as necessidades de cada um são diferentes. Assim, não enfatiza os sintomas, mas os seus significados.
Nos encontros com adolescentes e adultos o tratamento psicológico é pela conversa, na qual se oferece um ambiente facilitador para que a pessoa, junto com o terapeuta, entenda o sentido de suas ações e sentimentos para que consiga se conhecer melhor, ter outras possibilidades e se transformar.
Já com crianças, o tratamento psicológico é pela ludoterapia – por meio do brincar a criança consegue explorar seus sentimentos, atitudes e se libertar de suas tensões reprimidas, e essa experiência dá a possibilidade para a criança se perceber, amadurecendo e se desenvolvendo. Também com crianças a conversa pode ser utilizada, da mesma forma que com adolescentes. O brincar pode ser utilizado, quem escolhe o caminho dos encontros é sempre a pessoa, e o terapeuta apenas aceita e respeita a escolha.
Um diferencial que eu considero relevante é que a ACP acredita que as pessoas com necessidades especiais também conseguem pensar, sentir, resolver e direcionar suas próprias escolhas. Portanto, aceita a pessoa como ela é realmente, sem classificações pelos sintomas, valorizando-a e as suas potencialidades antes dos seus sintomas e limitações.
A ACP acredita na relação terapêutica entre a pessoa atendida e o terapeuta. Por meio dessa relação e tendo apoio em critérios facilitadores que o terapeuta dispõe, facilita a pessoa para se conhecer e, quando ela consegue se conhecer completamente, torna-se seu próprio guia.

(Artigo da psicóloga Vanessa Sardisco)

sábado, 23 de agosto de 2014

O poder do não



A cada dia mais atendemos no consultório problemas relativos a essa palavrinha pequenina, mas com um poder enorme. Seja por ouvir “não” demais, seja por ouvir “não” de menos ou, ainda, por não conseguir dizer a si próprio e aos outros essa tão conhecida palavra.
Pais não conseguem dizer “não” aos filhos com medo de frustrá-los e frustrar a si próprios, temorosos por não serem mais amados pelos pequenos. Professores evitam pronunciar a palavra para os alunos por medo da represália dos pais. Profissionais não ousam dizer “não” aos colegas e chefes, com medo de perder o emprego.
O outro lado também gera idas aos consultórios. Como lidar com os “nãos” da vida? Não ser chamado a uma vaga de emprego, não receber o amor dos pais, não ser correspondido pelo paquera, não ser tão belo ou magro como gostaria, não ter tanto dinheiro para gastar, não poder sumir quando chega um problema que não sabemos resolver… Mas que palavrinha pirracenta! Como ela atrapalha a vida das pessoas, você poderia dizer!
Mas calma, essa palavra pode ser de muita ajuda! Ao receber um “não” a um desejo que você tem, você aprende a reprogramar suas estratégias e objetivos, praticando a habilidade de esperar, traçar novos caminhos, repensar como fará para chegar lá, analisar o que deu certo e errado no seu caminho de vida. O “não” permite às pessoas conhecer seu lugar no mundo, sabendo o que é certo ou errado e entendendo o que é aceito ou não no local em que vive.
Muitos problemas, nos dias de hoje, se dão pela falta dessa palavrinha na vida das pessoas. Crianças e jovens têm dificuldades de lidar com as regras e as vicissitudes da vida, pois escutaram pouco essa palavra de seus pais e cuidadores. Para eles, esperar sua vez, escutar uma orientação que contrarie sua vontade ou não ganhar o que quer lhes parece um fardo pesado demais para carregar.
Adultos não suportam o fato de imaginar que podem não ser aceitos por receber um “não” de seus parceiros, chefes e amigos, e por isso sofrem tanto quando precisam negar algo aos seus filhos. É como se revivessem o sentimento ruim que as negativas da vida causam neles e se recusam a pensar no “sofrimento” que isso pode gerar no seu filhote. Porém, obviamente que a criança não gostará de não ter seus desejos atendidos, mas isso não fará com que ela deixe de amar os pais ou ainda sucumba de uma terrível depressão e dor ao lidar com as dificuldades. Pelo contrário, ela aprenderá e esperar, rever, negociar, viver!
O “não” estrutura as pessoas. Organiza dentro e fora delas. Faz com que eu me conheça, saiba como minha família, minha cidade, minha empresa e meu mundo funcionam. O “não” liberta. Mostra nossos limites e os limites do mundo que nos cerca. Permite-nos enxergar o que podemos fazer sem prejudicar a nós mesmos e aos outros.
Não tenha medo de escutar ou dizer “não” a alguém.
Conheça seus nãos e os nãos do mundo e aprenda a lidar com eles, já que é impossível viver sem as negativas em nosso dia a dia. Faça terapia!
Artigo da psicóloga e psicopedagoga Camila Khazrik 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A doce (e difícil) tarefa de criar filhos



Sabemos que criar um filho nos dias de hoje não é tarefa fácil. A falta de tempo, o excesso de trabalho, de informação, a rotina agitada, o cansaço físico, o estresse cotidiano, entre outras características do mundo atual, mexem com toda a estrutura familiar que já não é mais a mesma de antigamente. Infelizmente, algumas crianças acabam sofrendo as consequências, passando por momentos difíceis durante o seu desenvolvimento.
Caso seu filho apresente alguns desses sinais, causando preocupação e angústia, é importante buscar ajuda e iniciar um trabalho que possa minimizar o sofrimento, auxiliar no bom desenvolvimento e oferecer, também, um espaço de escuta e acompanhamento familiar, muitas vezes evitando que problemas mais graves possam surgir ao longo do percurso.Mesmo partindo do princípio de que cada casal projeta o melhor futuro para o filho, muitas vezes o encanto acaba se quebrando, e aparece a dura realidade de que nem tudo é como o esperado ou planejado. A criança passa a dizer de diversas formas que algo não está caminhando muito bem e por isso é importante ficar atento a alguns sinais como: insônia, dificuldades na amamentação ou alimentação, recusa no olhar para mãe ou cuidador, birras insistentes e intensas, problemas na fala ou comunicação, problemas na relação com os pais e outras crianças, isolamento, inibição, apatia, agitações, problemas com limites, doenças orgânicas recorrentes etc.
Por meio do atendimento psicanalítico é possível lidar com tais questões, sem que o papel principal dos pais seja substituído por uma saber teórico e científico, ajudando-os a manter a espontaneidade e a relação única que existe entre pais e filho e que, muitas vezes, acaba sendo abalada pela culpa e pelo excesso de informações balizadas encontradas nos diversos meios de comunicação.
A realidade de uma criança que traz questionamentos não deve ser escamoteada, mas sim comunicada com o cuidado devido para evitar uma paralisação dos pais frente aos problemas do filho, garantindo suas funções parentais, assegurando um futuro digno de uma criança que possa se tornar um sujeito desejante, que faz escolhas, recusas e que enfrenta o desconhecido e os obstáculos da vida como qualquer outro cidadão!
(Artigo das psicanalistas Fabiana S. PellicciariJuliana M. Nivoloni)

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Terapia fonoaudiológica x autismo infantil

O autismo é considerado um transtorno do desenvolvimento de manifestação precoce, com início antes dos três anos, e que se caracteriza por comprometimento na interação social, comunicação e comportamento, com interesse restrito e repetitivo. Sua causa permanece desconhecida e os déficits vão desde peculiaridades leves a graves.
Pelo prejuízo na socialização o portador tem dificuldade em interagir, assim parece ignorar os pais e não estabelece um contato visual; com o passar dos anos percebe-se uma dificuldade para compartilhar suas emoções, o que restringe a atividade em grupo e as amizades.
O diagnóstico precoce é fundamental. Um grupo americano (AAP.org) levantou recomendações de alerta para o autismo. Indicações para o encaminhamento imediato ao especialista incluem ausência de gestos e/ou balbucio em 12 meses, ausência de palavras isoladas em 16 meses, ausência de frases espontâneas com pelo menos duas palavras aos 24 meses e a perda ou regressão de qualquer linguagem ou habilidade social em qualquer idade.
Crianças autistas apresentam alterações importantes de linguagem, principalmente no aspecto funcional. A comunicação representa seu distúrbio mais importante e os estudos mais recentes utilizam parâ-metros baseados na teoria pragmática.
Quanto mais cedo se dá o desenvolvimento da linguagem nos quadros de autismo, melhor o prognóstico. A terapia fonoaudiológica na década de 80 tinha o objetivo de treinar gestos simbólicos favorecendo o treino da fala. Atualmente, está provado que intervenções feitas em situações naturais, com a criança exposta a situações de interação, facilitação, transferência e colaboração, dão maior resultado dando um novo impulso às terapias fonoaudiológicas.
Todos os aspectos podem ser trabalhados em situações naturais contextualizadas, englobando aspectos como iniciativas de comunicação, atenção conjunta, contato ocular, atividade simbólica e desenvolvimento cognitivo.
É evidente a importância de um trabalho fonoaudiológico individual precoce com crianças autistas, visando, por meio de metas terapêuticas adequadas, a interação social, troca de turnos interacionais e, consequentemente, aquisição da linguagem oral e compreensão do processo de comunicação.

Artigo da especialista nos Distúrbios do Especto do Autismo Milene Rossi Barbosa


terça-feira, 20 de maio de 2014

Como se trata a depressão?


A depressão tornou-se um fenômeno tão frequente no mundo moderno a ponto de ser considerada por alguns autores como reação normal dos tempos atuais, desde que não interfira nas nossas atividades cotidianas. Esse ponto de vista estatístico não leva em conta, porém, a gravidade do problema e as sensações que acompanham o indivíduo durante toda a vida, podendo interferir negativamente nos relacionamentos afetivos, sociais e profissionais, ensejando o desequilíbrio psicológico do indivíduo, de forma a conduzi-lo a uma vida insatisfatória e improdutiva.
Segundo o CID 10 (Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10, 1993), o indivíduo acometido por episódios depressivos usualmente sofre de humor deprimido; perda de interesse e prazer; energia reduzida levando a uma fatigabilidade aumentada e atividade diminuída; cansaço marcante após esforços leves; concentração e atenção reduzidas; ideias de culpa e inutilidade; visões desoladas e pessimistas do futuro; ideias ou atos autolesivos ou suicídio; sono perturbado; apetite diminuído.
O paciente, geralmente, tem consciência de seu estado e sofre com isso. Além de triste, o humor pode se mostrar irritável, exteriorizando-se por sentimentos de angústia, ansiedade, medo, insegurança, incapacidade parcial ou total de sentir alegria ou prazer. Do ponto de vista somático, a maior parte do deprimidos queixa-se de diminuição da libido, insônia, inapetência ou aumento do apetite.
Para alguns autores, o núcleo da depressão está estruturado por um certo tipo de ideia que o sujeito faz da impossibilidade de realização de um desejo em que alcançaria um ideal, e como não é possível, ele se sente fracassado, arruinado, inferior, culpado.
A depressão por perdas, conhecida como luto, é decorrente da sensação de perda, real ou fantasiada, de objetos bons e/ou reasseguradores da autoestima do indivíduo. Freud (1974), em Luto e Melancolia, elabora uma comparação entre o afeto normal do luto e a melancolia. Tanto no luto como na melancolia há uma variedade de fenômenos, dentre eles, o desânimo profundamente penoso, interrupção do interesse pelo mundo externo, perda da capacidade de amar, bem como inibição às atividades em geral. No entanto, na melancolia, além desses fenômenos, encontra-se a diminuição dos sentimentos de autoestima, caracterizado por autorrecriminação, autodesvalorização e culpa, que podem levar ao delírio de autopunição.
Em linhas gerais, um tratamento antidepressivo pode ser do tipo medicamentoso ou não medicamentoso. O primeiro compreende os antidepressivos, sendo o segundo a psicoterapia, considerado básico, em qualquer caso clínico, a combinação dos mesmos como complementares. Portanto, enquanto o médico psiquiatra cuida da doença, o psicoterapeuta ocupa-se do doente ou, num outro sentido, do homem que sofre. Em termos práticos, o psicoterapeuta deve ajudar o paciente a identificar e desfazer a trama depressiva que vem construindo há muito tempo. O sujeito não se apercebe que, via de regra, escolhe a solução menos satisfatória, mais complicada, de forma a configurar a sua vida numa rede de vivências torturantes. Trata-se de um trabalho artesanal, o qual requer muita paciência e estritamente personalizado, com vista a auxiliar na remissão do episódio e, mais do que isto, encontrar um jeito melhor de funcionar.

Artigo do psicólogo Marco Túlio Silva de Oliveira

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Como está sua autoestima?

acne
Autoestima é a capacidade de sentirmos a vida, estando de bem com ela. É a confiança em nosso modo de pensar e enfrentar os problemas e no nosso direito de sermos felizes. Para tanto, diz a psicóloga Silvia Iha, precisamos acreditar que somos merecedores de nossas necessidades e desejos e desfrutar os resultados de nossos esforços. É preciso ter autoconhecimento e autoconfiança. 

De acordo com a psicóloga, se um indivíduo se sente inseguro para enfrentar os problemas da vida, se não tem autoconfiança e confiança em suas próprias ideias, veremos nele uma autoestima baixa. Ou, então, se falta ao indivíduo respeito por si mesmo, se ele se desvaloriza e não se sente merecedor de amor e respeito por parte dos outros, se acha que não tem direito à felicidade, se tem medo de expor suas ideias, vontades e necessidades, novamente veremos uma autoestima baixa, não importa que outros atributos positivos ele venha a exibir. 

"Muitas vezes, a autoestima é confundida com egoísmo. Egoísta é aquela pessoa que quer o melhor, e quase sempre no sentido material, somente para si, não importando os outros", ressalta Silvia.  "Quem possui uma autoestima elevada tem, como consequência, amor e estima pelos outros. Ela quer o melhor para si e para os outros também. A autoestima fortalece, dá energia e motivação". 

Quanto maior a nossa autoestima, mais queremos crescer, não necessariamente no sentido profissional ou financeiro, mas dentro daquilo que esperamos viver durante nossa vida – como o emocional, a criatividade, o espiritual. Quanto mais baixa nossa autoestima, menos desejamos fazer e é provável que menos possamos realizar.