quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Conheça a Abordagem Centrada na Pessoa


Na Psicologia existe uma forma diferenciada de se atender que não é muito conhecida pela sociedade. A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) é uma filosofia em que não se usam técnicas e padrões, acreditando que a melhor maneira de se ajudar alguém é acreditando na condição natural da pessoa de sentir, pensar, escolher e direcionar o caminho das suas próprias necessidades, à medida que lhe faz bem. Por conta disso, aceita e respeita a pessoa como ela realmente é, sem julgamentos e classificações, já que as necessidades de cada um são diferentes. Assim, não enfatiza os sintomas, mas os seus significados.
Nos encontros com adolescentes e adultos o tratamento psicológico é pela conversa, na qual se oferece um ambiente facilitador para que a pessoa, junto com o terapeuta, entenda o sentido de suas ações e sentimentos para que consiga se conhecer melhor, ter outras possibilidades e se transformar.
Já com crianças, o tratamento psicológico é pela ludoterapia – por meio do brincar a criança consegue explorar seus sentimentos, atitudes e se libertar de suas tensões reprimidas, e essa experiência dá a possibilidade para a criança se perceber, amadurecendo e se desenvolvendo. Também com crianças a conversa pode ser utilizada, da mesma forma que com adolescentes. O brincar pode ser utilizado, quem escolhe o caminho dos encontros é sempre a pessoa, e o terapeuta apenas aceita e respeita a escolha.
Um diferencial que eu considero relevante é que a ACP acredita que as pessoas com necessidades especiais também conseguem pensar, sentir, resolver e direcionar suas próprias escolhas. Portanto, aceita a pessoa como ela é realmente, sem classificações pelos sintomas, valorizando-a e as suas potencialidades antes dos seus sintomas e limitações.
A ACP acredita na relação terapêutica entre a pessoa atendida e o terapeuta. Por meio dessa relação e tendo apoio em critérios facilitadores que o terapeuta dispõe, facilita a pessoa para se conhecer e, quando ela consegue se conhecer completamente, torna-se seu próprio guia.

(Artigo da psicóloga Vanessa Sardisco)

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