quinta-feira, 17 de julho de 2014

A doce (e difícil) tarefa de criar filhos



Sabemos que criar um filho nos dias de hoje não é tarefa fácil. A falta de tempo, o excesso de trabalho, de informação, a rotina agitada, o cansaço físico, o estresse cotidiano, entre outras características do mundo atual, mexem com toda a estrutura familiar que já não é mais a mesma de antigamente. Infelizmente, algumas crianças acabam sofrendo as consequências, passando por momentos difíceis durante o seu desenvolvimento.
Caso seu filho apresente alguns desses sinais, causando preocupação e angústia, é importante buscar ajuda e iniciar um trabalho que possa minimizar o sofrimento, auxiliar no bom desenvolvimento e oferecer, também, um espaço de escuta e acompanhamento familiar, muitas vezes evitando que problemas mais graves possam surgir ao longo do percurso.Mesmo partindo do princípio de que cada casal projeta o melhor futuro para o filho, muitas vezes o encanto acaba se quebrando, e aparece a dura realidade de que nem tudo é como o esperado ou planejado. A criança passa a dizer de diversas formas que algo não está caminhando muito bem e por isso é importante ficar atento a alguns sinais como: insônia, dificuldades na amamentação ou alimentação, recusa no olhar para mãe ou cuidador, birras insistentes e intensas, problemas na fala ou comunicação, problemas na relação com os pais e outras crianças, isolamento, inibição, apatia, agitações, problemas com limites, doenças orgânicas recorrentes etc.
Por meio do atendimento psicanalítico é possível lidar com tais questões, sem que o papel principal dos pais seja substituído por uma saber teórico e científico, ajudando-os a manter a espontaneidade e a relação única que existe entre pais e filho e que, muitas vezes, acaba sendo abalada pela culpa e pelo excesso de informações balizadas encontradas nos diversos meios de comunicação.
A realidade de uma criança que traz questionamentos não deve ser escamoteada, mas sim comunicada com o cuidado devido para evitar uma paralisação dos pais frente aos problemas do filho, garantindo suas funções parentais, assegurando um futuro digno de uma criança que possa se tornar um sujeito desejante, que faz escolhas, recusas e que enfrenta o desconhecido e os obstáculos da vida como qualquer outro cidadão!
(Artigo das psicanalistas Fabiana S. PellicciariJuliana M. Nivoloni)

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