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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Dicas para cuidar da saúde mental em 2024

 


O Janeiro Branco tem como objetivo chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas. Este movimento visa criar um ambiente propício para reflexões sobre a vida, relações sociais, condições de existência, emoções e sentidos existenciais.

Durante todo o mês de janeiro, a iniciativa incentiva as pessoas a compartilharem suas histórias e experiências pessoais relacionadas à saúde mental. Também promove a importância de buscar ajuda profissional e discute a disponibilidade de serviços nessa área. A psicanalista e CEO do Ipefem, Ana Tomazelli, explica o que significa ter uma boa saúde mental: “A boa saúde mental, em teoria, é o estado de bem-estar emocional, psicológico e social, que permite ao indivíduo realizar suas atividades diárias com relativo sucesso e enfrentar os desafios fundamentais da vida sem paralisar”.

A saúde mental é uma parte integral da saúde geral e envolve aspectos físicos, mentais e sociais. No entanto, muitas vezes é negligenciada e marginalizada em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das pessoas com condições patológicas de saúde mental não recebem tratamento adequado. Em vista disso, para conscientizar sobre a importância do cuidado com a saúde mental, foi criada a campanha Janeiro Branco, regulamentada no Brasil em 25 de abril de 2023 (Lei 14.556/2023), após ser idealizada pelo psicólogo e palestrante Leonardo Abrahão em 2014, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais.

Especialmente no Brasil, a saúde mental enfrenta vários desafios, incluindo falta de recursos, estigmas sociais e acesso limitado a tratamentos adequados. O país tem uma das maiores taxas de mortalidade por suicídio da América Latina e uma das maiores taxas de transtornos mentais, sendo o campeão em ansiedade. Segundo a OMS, cerca de 9,3% dos brasileiros manifestam sintomas da doença.

“A patologia em saúde mental é uma condição que afeta todo o círculo social que envolve o indivíduo e se manifesta em sintomas físicos e comportamentais. A prevenção e o tratamento são importantes em qualquer manifestação para garantir o bem-estar geral individual e coletivo”, reforça Ana Tomazelli. 

Nessa linha, tem havido esforços para melhorar a saúde mental no país, como o aumento do orçamento para o tema e campanhas que visam combater os estigmas sociais, como o Setembro Amarelo. Além disso, muitas empresas estão desenvolvendo negócios no campo terapêutico, o que ajuda a popularizar os tratamentos psicológicos e a acessibilizar o serviço para camadas da população com baixo poder aquisitivo.

Na rede pública, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece caminhos para garantir acolhimento e tratamento, são eles: 

·  Unidade Básica de Saúde (UBS): Acolhe casos leves e moderados.

·  Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): Destinados ao atendimento de casos graves, em situações de crise ou reabilitação psicossocial, funcionando em regime de porta aberta (não há necessidade de agendamento prévio).

·  Pronto-socorro: Atendimento de emergências.

No entanto, Ana Tomazelli ressalta que nem sempre o indivíduo consegue pedir ajuda ou ir a um centro especializado sozinho, sendo importante contar com uma rede de apoio composta por familiares, amigos, companheiros, etc. “A saúde mental é o resultado de uma combinação de fatores, que vão desde condições de moradia e transporte público, até as relações familiares e de trabalho de cada um. Por isso a rede de apoio é tão importante.”, explica. 

Para que esse processo seja menos doloroso, a psicanalista sugeriu algumas formas de cuidar da saúde mental ao longo do ano e amenizar os sintomas de transtornos mentais e outras condições como burnout e esgotamento psíquico.

Dicas para cuidar da saúde mental em 2024:

1.    Manter uma rotina regular, incluindo horários para dormir e acordar;

2.    Se exercitar regularmente;

3.    Ter uma dieta equilibrada e evitar o consumo excessivo de álcool;

4.    Manter contato social e participar de atividades que você gosta;

5.    Expressar seus sentimentos e compartilhar suas preocupações com pessoas dispostas a ouvir sem exercer julgamentos;

6.    Buscar ajuda profissional de psicólogos, psiquiatras ou outros profissionais especializados em saúde mental; 

7.    Dormir o suficiente, manter um ambiente de sono tranquilo e desligar eletrônicos antes de dormir;

8.    Tirar um tempo para você, de modo que possa fazer algo que você gosta e relaxar.


(Foto: Freepik)


Roda de Conversa - Janeiro Branco



O IPO - Instituto de Psicologia Organizacional promove durante o mês de janeiro uma Roda de Conversa, virtual e gratuita, direcionada a empresas e grupos interessados no assunto.

A Roda De Conversa terá como facilitadoras a psicóloga, coach e diretora geral do IPO Ana Maria de Freitas e a psicóloga Cristiane Varricchio. Entre os assuntos abordados estão: A Importância da Saúde Mental; Como reconhecer se Você Pre;cisa de Ajuda; Desmitificando os Tratamentos Psicológicos e Psiquiátricos; Tristeza, Ansiedade, Depressão e outros Sintomas.

O IPO - Instituto de Psicologia Organizacional, referência no mercado de Recursos Humanos, vem contribuindo, nos últimos 52 anos, com seus clientes para a excelência na gestão de pessoas, fazendo uso dos melhores processos para identificar, conhecer e desenvolver talentos.

Mais informações: (11) 3259-3979, ipo@ipoinstituto.com.br, www.ipoinstituto.com.br




 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Janeiro Branco: saúde mental em foco

 


 A campanha Janeiro Branco tem como objetivo chamar a atenção para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas. Em um momento no qual a pandemia de Covid-19 está prestes a completar um ano de duração no Brasil, o incentivo ao cuidado mental se mostra cada vez mais necessário, seja entre os pacientes, seja entre seus familiares.

De acordo com Rodrigo Lancelote Alberto, médico psiquiatra e diretor técnico do CAISM-FR (Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental de Franco da Rocha), gerenciado pelo Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM) em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, a fase mais recente da pandemia tem gerado sentimentos de desgaste e desesperança, que levam as pessoas a procurarem por atendimento psiquiátrico ou psicológico na rede pública de saúde.

"O tempo decorrido desde o início da pandemia e do isolamento é grande, especialmente se consideramos as diversas modificações de hábitos que foram impostas de maneira abrupta às pessoas. Houve um rompimento das rotinas, um medo crescente e constante diante das notícias com os números de mortos e infectados, além dos impactos financeiros/sociais e da redução das práticas esportivas e de lazer por conta do isolamento", explica o especialista.

Nesse sentido, um dos objetivos da campanha Janeiro Branco é estimular a manutenção dos tratamentos daqueles que já os faziam antes da pandemia, e que, por algum motivo, reduziram as consultas e o acompanhamento, e também incentivar que novos pacientes procurem por auxílio profissional para tratar possíveis desordens mentais e emocionais.

"O tratamento psiquiátrico, basicamente, tem algumas fases: aguda, continuidade e manutenção. Ou seja, é necessário um seguimento de consultas para ajustes e avaliações clínicas com o objetivo de atingir a cura ou, pelo menos, o maior alívio do sofrimento e melhora da qualidade de vida possível", afirma o médico, ressaltando os possíveis prejuízos causados a quem interrompe os tratamentos de forma abrupta.

"Vale lembrar que nenhum tratamento deve ser interrompido por conta própria, independentemente da doença que se busque curar ou acompanhar. Interromper de forma abrupta ou antecipada o tratamento psiquiátrico ou psicológico pode trazer prejuízos como, por exemplo, os efeitos físicos e psíquicos da retirada de alguns tipos de medicamentos, assim como o retorno precoce dos sintomas. Isso facilita e intensifica uma possível recaída e/ou uma recorrência da doença", completa.

Ajuda familiar e tratamento

O apoio familiar para quem manifesta sintomas de desordem mental ou emocional é essencial, seja na pandemia ou fora dela. Alberto ressalta que, no dia a dia, familiares e amigos podem reconhecer os sintomas, quando a pessoa apresentar características como ansiedade, tristeza e falta de motivação sem qualquer motivo aparente ou de forma mais intensa e duradoura do que seria comum.

"A função da família e pessoas próximas é fundamental, pois, em muitos casos, o esforço contínuo e desmedido da pessoa em manter sua rotina é tão grande que não se percebe ou então não se observa a privação e os prejuízos que ela sofre em sua qualidade de vida. Ou seja, através de um esforço muito intenso, o paciente tende a esconder, de si e dos outros, os problemas mentais e emocionais que possa estar enfrentando, retardando a busca por tratamento", explica o médico.

O tratamento de transtornos psiquiátricos requer a adoção, em conjunto, de medicamentos e terapia. A individualização do tratamento faz com que o objetivo possa ser alcançado de forma mais rápida, eficaz, adequada e consistente.

"Portanto, jamais o paciente deve se automedicar ou tomar remédios de conhecidos ou familiares. Além disso, a terapia sempre deve ser realizada com profissional habilitado, pois vai muito além de uma simples conversa ou bate-papo. Por fim, e não menos importante, cada pessoa necessita manter as rotinas, alimentação saudável e reservar tempo para atividades de lazer e atividades físicas. Deve-se, ainda, evitar excessos de informações neste momento, reservar horas de sono suficientes e não consumir drogas", complementa.

Janeiro Branco

A campanha é realizada no primeiro mês do ano porque é nesse período que as pessoas, em termos simbólicos e culturais, procuram pensar e avaliar suas vidas, suas emoções e suas relações sociais.

A ideia da cor da campanha é promover o entendimento de que, como uma folha ou uma tela em branco, todos podem ser inspirados a (re) escreverem suas próprias histórias. E que, nesse sentido, o auxílio psiquiátrico e psicológico pode ser fundamental para enfrentar desordens de ordem emocional ou psíquicas.

Além de conscientizar, a campanha busca combater tabus e mudar paradigmas sobre a saúde mental, promovendo palestras, oficinas, cursos, materiais de divulgação e abordagem de pessoas em espaços públicos. Em 2021, por conta da pandemia de Covid-19, a ação tem priorizado espaços abertos e formatos online.