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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Conheça 8 motivos para a queda de cabelo

 


A queda de cabelo excessiva, que quando mais de 100 fios de cabelo por dia, é preocupante e pode acontecer por diversas razões, desde uma dieta pobre de nutrientes a alterações hormonais. 

 É sempre recomendado a busca por especialistas, de modo a orientarem o melhor tipo de tratamento, combinando alimentação adequada, suplementos nutricionais, shampoos ou técnicas que incluem lasers e/ou implantes. Pensando nisso, a tricologista Viviane Coutinho, membro-docente  da ABT( Academia Brasileira de Tricologia) deu dicas de como tratar o problema.  

 1- Alimentação

 A falta de nutrientes, vitaminas e minerais, como proteínas, o zinco, o ferro e as vitaminas A e C, pode ser uma causa de o cabelo cair. Eles ajudam no crescimento e fortalecimento capilar. 

A especialista indica uma dieta rica em proteínas, ferro, zinco e vitaminas, como carne magra, queijo, leite, frutas e legumes. É importante frisar que todo o acompanhamento deve ser feito com um nutricionista qualificado.  

 2- Período pós-parto

 Durante a gravidez os hormônios femininos encontram-se elevados, o que deixa o cabelo com um aspecto sedoso e brilhante. Porém, logo após o parto, os níveis hormonais caem drasticamente, principalmente o estrógeno e progesterona, cerca de 24 horas após o nascimento do bebê. Com isso, os fios ficam mais fracos e tendem a cair mais. 

 O ideal é manter a alimentação equilibrada, assim como seguir as instruções do médico responsável pelo parto, como o uso de suplementos e vitaminas durante a fase da amamentação. 

3- Anemia

 A carência de ferro pode causar queda excessiva do cabelo, pois trata-se de um mineral essencial para a produção de hemoglobina - proteína que carrega oxigênio nas células vermelhas do sangue para todos os tecidos do corpo, inclusive o couro cabeludo, que ao receber menos oxigênio e nutrientes, pode causar enfraquecimento e a queda dos fios. 

 É fundamental a busca a um médico para que seja avaliada a possibilidade de usar a suplementação em ferro, combinado a alimentação com os mesmos requisitos, feita por um nutricionista. Dentre os alimentos estão: folhas verde-escuras, fígado bovino e atum, por exemplo.  

4-Estresse

 O excesso de estresse e ansiedade podem causar um desequilíbrio hormonal do cortisol, um hormônio relacionado ao estresse, que quando está com os níveis aumentados pode provocar a queda excessiva do cabelo, com aumento do número de fios que caem por dia.  

 Além disso, afetam a digestão e a absorção de nutrientes no corpo, ocasionando o desequilíbrio de vitaminas e nutrientes essenciais para o crescimento e fortalecimento dos fios. 

 É importante identificar a causa do problema, seja por problemas pessoais ou profissionais. Assim, a busca por um psicólogo, combinada à prática de exercícios (o que libera a serotonina), alimentação equilibrada e a busca por momentos de distração.  

 5-Menopausa ou andropausa

 Durante a menopausa, o ovário deixa de produzir estrógeno e, consequentemente, ocorre a interrupção da menstruação. Já na andropausa, há redução na produção de testosterona. Em ambos os casos, há a ocorrência de queda capilar, de modo frequente.  

 Por isso, é importante sempre estar em contato com o ginecologista, no caso das mulheres, ou endocrinologista, no caso dos homens, de modo a buscar o tratamento ideal.  

 6-Hipotireoidismo

 O hipotireoidismo é um desequilíbrio dos hormônios produzidos pela tireoide que estão reduzidos, principalmente T3 e T4, que são necessários para o funcionamento de todas as células do corpo. Com isso, os cabelos podem ficar mais finos, secos e sem brilho, causando a queda. 

 É fundamental o acompanhamento com um endocrinologista, para que haja um tratamento adequado através de medicamentos.  

 7-Alopecia areata

 A alopécia areata é uma condição causada por fatores genéticos ou doenças autoimunes como vitiligo ou lúpus, que fazem com que o cabelo caia de forma rápida e/ou em outras regiões do corpo que possuem pelos, como sobrancelha, barba, pernas e braços. 

 Busque um profissional para identificar a causa da doença e, assim, o tratamento mais adequado que pode ser feito com o uso de medicamentos, técnicas de estética como a carboxiterapia ou laser, ou técnicas cirúrgicas como implante ou transplante capilar.  

 8- Uso de medicamentos

 Alguns medicamentos podem favorecer a queda de cabelo, como antibióticos ou de usos prolongados. Por isso, deve-se fazer um acompanhamento médico, além da consulta a um profissional, para o uso de suplementos que não interfiram na ação dos remédios.  

 Já no caso de tratamento do câncer, alguns tipos de quimioterapia podem provocar a queda do cabelo, que voltam a crescer quando a pessoa termina o tratamento.  

 

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Tratamento do TOC alia medicamentos e terapia



Longe de ser uma simples mania de fácil tratamento, o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um problema sério que afeta a qualidade de vida e as relações sociais. O transtorno, que atinge cerca de 3% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem causas multifatoriais, que vão desde histórico familiar a interferências ambientais, como traumas na infância.

A doença é caracterizada pelo pensamento obsessivo e recorrente, que segundo, a psicóloga do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Marina Arnoni Balieiro, acaba gerando um sentimento de sofrimento.

"Não se trata de uma ação feita no automático, muitas vezes o paciente sabe que está fazendo algo excessivo e intenso, como lavar as mãos muitas vezes ao dia, mas não consegue evitar, pois o fato de não praticar o ritual traz sintomas de sofrimento e angústia. Essa situação acaba forçando-o a realizar a ação de forma repetitiva", diz.

Apesar de não ter cura, o transtorno pode ser controlado, permitindo assim, uma melhora na qualidade de vida. Para alcançar resultados no tratamento, Marina Arnoni enfatiza a importância de aliar o uso de medicamentos com a terapia, a fim de amenizar os sintomas e identificar os pontos comportamentais que são capazes de serem mudados.

Ela alerta que quando esse caminho do tratamento não é seguido, o quadro tende a piorar e atrelar-se a outros problemas. "Além dos prejuízos à qualidade de vida, o TOC, caso não acompanhado por um especialista, pode se transformar em depressão, facilitar o surgimento de pensamentos suicidas e a dependência de drogas", afirma a especialista.



segunda-feira, 5 de junho de 2017

Regras para viajar de avião com medicamentos


Planejou viagem mas está em dúvidas sobrehora de começar a planejar as regras o transporte de medicamentos, em especial, os de uso contínuo? O coordenador médico da Allianz Global Assistance, José Sallovitz, responde às principais dúvidas sobre o tema. Confira:

Faço uso de medicação de uso contínuo. Eu posso viajar? Quais cuidados devo ter?
Os passageiros que fazem uso de medicação contínua ou controlada podem viajar tranquilamente, desde que tomem algumas medidas preventivas. Apesar de não ser obrigatório, em viagens dentro do Brasil, é indicado levar uma prescrição médica, registrada no nome do viajante, constando os medicamentos desse tipo que estão sendo transportados. Já no exterior, com diferentes normas sanitárias, é recomendado que o passageiro leve consigo também uma versão em inglês da receita e, se possível, a nota fiscal dos medicamentos.

Qual a quantidade de medicamentos que eu posso transportar?
Isso varia de acordo com o tempo que você irá passar fora. Entretanto, uma boa dica é levar uma quantidade extra, para uma semana a mais, por exemplo, caso a sua viagem de retorno tenha que ser adiada.

Consigo comprar meus medicamentos de uso contínuo e controlado no exterior?
A prescrição médica brasileira não tem validade no exterior. Para isso, o viajante teria que passar numa consulta em um hospital local e solicitar uma receita do país em questão. Vale ressaltar que consultas clínicas não emergenciais, como essa, não estão cobertas pelo seguro viagem. Por isso, previna-se, e leve a quantidade correta dos seus medicamentos.

Durante a viagem, onde devo carregar meus medicamentos?
Sempre na sua bagagem de mão e dentro dos blísteres, a embalagem original do medicamento. Caso um imprevisto como extravio da mala aconteça, você terá os seus remédios consigo, o que no caso de medicamentos de uso contínuo são de extrema importância.

E os medicamentos de uso de rotina, que não precisam de receita. Posso levá-los sem preocupação?
Essa é uma questão importante. Alguns medicamentos de uso irrestrito aqui no Brasil, como a dipirona sódica, são proibidos em certos países, como nos Estados Unidos. Outro ponto de atenção é o uso de anti-inflamatórios. Em muitos países do exterior a sua compra só é possível com uma prescrição médica local. Por isso, vale a pena levar em sua bagagem esse remédio, mesmo que seja apenas por precaução.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Você sabe a diferença entre automedicação e autocuidado?


Tomar decisões sobre a própria saúde é um direito do cidadão assegurado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e envolve questões fundamentais, como higiene pessoal, nutrição, prática de atividades físicas, condições de moradia e hábitos sociais, além do uso consciente de medicamentos. Tomar remédio por conta própria, porém, deve ser uma prática responsável pautada em orientação e educação, para que o indivíduo conheça o próprio organismo e faça escolhas de forma eficaz e segura. Para isso, é preciso entender que nem todos os medicamentos disponíveis na farmácia podem ser tomados sem receita e da mesma maneira.

Medicamentos com tarja preta e vermelha, e alguns genéricos e similares necessitam de receita médica para serem comercializados e ingeridos. Se usados sem a indicação correta de um médico quanto à aplicação e posologia, podem expor o paciente a uma infinidade de efeitos adversos, que podem mascarar uma doença ou até mesmo agravá-la, além de causar intoxicação, que pode levar à morte. A automedicação diz respeito justamente ao ato de tomar medicamentos que exigem prescrição, ou seja, tarjados, de forma indiscriminada, errada e perigosa.  

Já o termo autocuidado está diretamente ligado a um tratamento multidisciplinar adotado para manter a saúde e prevenir doenças, e envolve o uso consciente dos medicamentos isentos de prescrição, os MIPs, aqueles que não precisam de receita para ser comprados – conhecidos mundialmente como OTC. Esses medicamentos são parte essencial da saúde porque permitem que os indivíduos possam fazer uso de tratamentos com segurança, qualidade e eficácia comprovadas, para tratar sintomas e males menores já diagnosticados ou conhecidos, como dores de cabeça, resfriados e má digestão, ou como ferramenta essencial de prevenção, como é o caso de vitaminas e antioxidantes. Ainda assim, são, muitas vezes e erroneamente, relacionados ao uso indiscriminado e à automedicação.

“O termo automedicação é utilizado no Brasil de uma forma diferente do resto do mundo. Aqui o termo é confundido com a autoprescrição, que é a prática (incorreta) de comprar e utilizar remédios tarjados sem a receita/prescrição de um médico. Por isso, definimos a utilização responsável dos MIPs como sendo uma prática de autocuidado, que está alinhada com a classificação da OMS”, explica Jonas Marques, presidente da ABIMIP (Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição).

Para ser considerado MIP, o medicamento deve ter um alto perfil de eficácia e segurança, com características como reações adversas com causalidades conhecidas e reversíveis após a sua suspensão, baixo potencial de interações (medicamentosa e alimentar), período curto de utilização, facilidade de uso pelo paciente e baixo potencial de toxicidade e risco (mau uso/abuso/intoxicação). Por esses motivos, não existem registros de uso de MIPs por impulso. O consumidor os usa somente quando apresenta algum sintoma ou problema. Para que seu uso seja seguro e consciente, sempre que o consumidor optar por usar medicamentos isentos de prescrição deve seguir as orientações da bula e rotulagem e ter em mente que, se os sintomas persistirem, a suspensão do medicamento deve ser imediata e um médico deve ser procurado.

A informação é o primeiro passo para estimular cada vez mais a população a pensar sobre seu estilo de vida, a assumir hábitos saudáveis e a tomar decisões conscientes sobre sua saúde. Para entender melhor a diferença entre autocuidado e automedicação, é preciso saber a classificação que existe entre os medicamentos:

·         Medicamentos tarja vermelha: medicamentos com tarja vermelha necessitam de receita médica para serem comercializados, já que se destinam a quadros clínicos que exigem maior cuidado e controle. Alguns deles precisam, além da apresentação da receita, que ela fique retida pelo farmacêutico. Esses são conhecidos como remédios controlados e psicotrópicos, que podem causar dependência e trazer muitos efeitos colaterais e contraindicações.
·         Medicamentos tarja preta: também necessitam de prescrição médica para serem comercializados e ingeridos. A diferença deles para os de tarja vermelha é que necessitam de um maior controle, já que podem apresentar mais efeitos colaterais e reações adversas, e possuem ação sedativa ou com impacto no sistema nervoso central, podem causar dependência, também sendo do grupo dos psicotrópicos. A sua venda é condicionada à apresentação de receita especial na cor azul.
·         Medicamentos sem tarja: chamados também de medicamentos isentos de prescrição (MIPs), podem ser tomados e adquiridos sem prescrição médica. Destinam-se a situações corriqueiras para tratar sintomas menores e conhecidos. Em geral, não possuem efeitos adversos importantes e/ou significativos. Caso os sintomas persistam, o uso deve ser interrompido e o médico deve ser procurado.
·         Medicamentos genéricos: geralmente designados com a tarja amarela e a letra “G”, esses medicamentos apresentam o mesmo princípio ativo que um medicamento de tarja vermelha ou preta, ou de um sem prescrição. Como esse tipo de medicamento não tem marca, o consumidor tem acesso apenas ao princípio ativo do medicamento e deve apresentar a receita médica, quando houver necessidade. Os genéricos geralmente são produzidos após a expiração ou renúncia da proteção da patente ou de outros direitos de exclusividade.
·         Medicamentos similares: os medicamentos similares são identificados pela marca ou nome comercial e possuem a mesma molécula (princípio ativo), na mesma forma farmacêutica e via de administração dos medicamentos tarjados. A diferença entre os remédios similares e os outros está relacionada a alguns aspectos, como prazo de validade do medicamento, embalagem, rotulagem, tamanho e forma do produto.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Novos horizontes para o linfoma


O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, datado em 15 de novembro, foi criado com o objetivo de alertar a população mundial para esse tipo de câncer que cresce a cada ano. Segundo dados de 2016 do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se cerca de 10 mil casos novos da doença todos os anos. A doença, que ataca as células do sistema imunológico, tem altas chances de cura quando diagnosticada e tratada precocemente.   
Carlos Chiattone, médico especialista em tratamento de linfoma, diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), alerta sobre a deficiência de arsenal terapêutico atualizado para proporcionar cura e evitar efeitos colaterais do tratamento aos pacientes brasileiros.

Segundo o hematologista, algumas drogas já foram aprovadas há muito tempo em outros países, mas ainda aguardam aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que coloca os pacientes brasileiros em desvantagem. “Além dos medicamentos disponíveis para o tratamento há outros que se encontram em estágio de estudos muito avançados. E neste caso os brasileiros também são prejudicados pelas dificuldades burocráticas para participação nesses estudos”, explica.

Atualmente, além do tratamento convencional utilizando a quimioterapia, a radioterapia e o transplante de medula óssea, o arsenal terapêutico inclui drogas “inteligentes” que atingem mais especificamente as células cancerosas, poupando as células normais, determinando um tratamento mais efetivo e com menos efeitos colaterais. Estes tratamentos incluem a imunoterapia particularmente com anticorpos monoclonais e mais recentemente a utilização de moléculas alvo específicas que agem dentro das células bloqueando as vias que determinam o crescimento do tumor.

“Embora já idealizada há mais de um século, só mais recentemente a imunoterapia pode ser desenvolvida e utilizada na prática clínica. Esta nova modalidade de tratamento passa pelos anticorpos monoclonais que são anticorpos (proteínas usadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar corpos estranhos como bactérias, vírus ou células tumorais) produzidos por um único clone, idênticos em relação às suas propriedades físico-químicas e biológicas, que podem ser usados isoladamente ou acoplados com toxinas ou radioisótopos.

Outras modalidades de imunoterapia que estão sendo desenvolvidas rapidamente são as vacinas, e o avanço mais esperado é a possibilidade de se modificar geneticamente as células de defesa do próprio paciente tornando-as altamente ativas contra as células tumorais. Chiattone, que é ​Professor Titular da Santa Casa de São Paulo, reforça que estes novos tratamentos geralmente determinam menos eventos adversos que os tratamentos convencionais e, mais importante, conseguem obter respostas positivas no momento no qual a doença já era considerada completamente refratária.  

Dados sobre a doença

A cada ano são diagnosticados 10 mil casos no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). É difícil identificar a causa deste aumento, uma das possibilidades reconhecidas pelos especialistas é o envelhecimento da população. Não há diferença entre o sexo que a doença acomete. Sua incidência está relacionada, sobretudo, à faixa etária, acometendo pacientes acima dos 60 anos.

O linfoma pode começar em qualquer local em que existam as células linfáticas. Ainda assim, se manifesta preferencialmente nos gânglios linfáticos, em nódulos no pescoço, axilas e região da virilha. Vale ressaltar que na maioria das vezes os nódulos são ocasionados por infecções, nem sempre sendo linfoma.

Manifestações dos linfomas se assemelham a outras doenças comuns. Em torno de 30% dos pacientes com quadro de linfomas apresentam sintomas acompanhados de febre, perda de peso sem motivo aparente, suor noturno intenso e coceira persistente, sem indício de quadro alérgico. “O que é intrigante nos linfomas, é que as manifestações se assemelham a outras doenças comuns”, relata Chiattone.

Quando detectado em estágio precoce, o linfoma pode ser erradicado com tratamento adequado. Atualmente, a terapia que mais aumenta a chance de cura e qualidade na sobrevida é a quimioterapia associada ao uso de anticorpos monoclonais, este último ainda não disponível da rede SUS para todos os tipos existentes de linfoma.

Não há na oncologia uma área tão avançada em termos de tratamento como a dos linfomas. O médico relata que na maioria das vezes, é aplicada a quimioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, radioterapia. “Quando a doença é mais grave ou a pessoa teve recaída, daí entramos com o transplante de medula óssea, como terapia de salvamento”, diz ele.

Tipos

Linfoma de Hodgkin: ocorre em 10% a 20% dos doentes, normalmente crianças, sendo mais comum no sexo masculino (numa proporção de aproximadamente três para dois). O índice de cura da doença é de, em média, 75%, em pacientes com o tratamento inicial. Pode surgir em qualquer parte do corpo e o sintoma inicial mais comum é um aumento indolor dos linfonodos (ou ínguas).

Linfomas não-Hodgkin: correspondem a cerca de 60% do problema na infância (entre cinco e 15 anos), com maior incidência entre os rapazes. São curados em menos de 25% dos casos. Pode apresentar manifestações no estômago, pele, cavidade oral, intestino delgado e sistema nervoso central (SNC).


segunda-feira, 4 de maio de 2015

Mitos e verdades sobre pressão alta

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, há cerca de 17 milhões de pessoas que sofrem de hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta. A doença que faz com que os vasos sanguíneos se contraiam mais do que o necessário, dificultando a passagem do sangue, pode levar anos para demonstrar os primeiros sintomas, por isso recomenda-se a medição periódica da pressão, o que pode contribuir para o diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença. Confira o que é mito e o que é verdade quando o assunto é pressão alta. As orientações são da Dra. Marly Uellendahl, especialista em cardiologia, dra. Marly Uellendahl, que integra o corpo clínico do Lavoisier Medicina Diagnóstica (www.lavoisier.com.br)
A obesidade pode ser um fator que leva ao quadro de hipertensão arterial?
Verdade. Embora não seja a única condição que possa levar uma pessoa a desenvolver a doença, a obesidade aliada ao sedentarismo é um dos principais fatores de risco. Segundo relatório divulgado nas últimas semanas pelo Ministério da Saúde, o excesso de peso atinge 52% dos brasileiros. O estilo de vida praticado atualmente favorece o ganho de peso, e consequentemente, o crescimento do número de hipertensos. Isso porque trabalhamos mais tempo sentados e comemos alimentos mais gordurosos e ricos em açúcar.
A pressão alta pode se manifestar em crianças e jovens?
Verdade. Embora o quadro de hipertensão ainda seja mais comum na terceira idade, ele tem afetado pessoas cada vez mais jovens. Quando ocorre entre as crianças, a pressão alta normalmente é primária, sendo causada por algum outro quadro, como problemas renais, por exemplo. Já em adolescentes e jovens adultos ela pode ser secundária, exigindo mudança de comportamento alimentar aliada à medicação.
O consumo de alimentos industrializados, como enlatados, é prejudicial aos hipertensos?
Verdade. O aumento do consumo de produtos industrializados, como os congelados e enlatados, tem propiciado, além do ganho de peso, o crescimento da incidência de hipertensão. Segundo a médica, o alto teor de sódio utilizado no tempero e conservação destes alimentos pode ser muito prejudicial a quem já tem a doença ou tendência a desenvolvê-la. Por isso, é importante priorizar alimentos frescos, evitando que todas as refeições sejam feitas fora de casa. Para se ter uma ideia, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, alguns lanches vendidos em redes tradicionais de fast-food podem ter até 78% do consumo diário de sódio recomendado pela Anvisa, que é de 2.400 mg para um adulto.
Os doces também podem ser um perigo aos hipertensos?
Verdade. Os alimentos doces industrializados podem conter uma grande porcentagem de sódio. Refrigerantes, sucos de caixinha, bolos, cereais e biscoitos contêm, na maioria das vezes, conservantes como o nitrato de sódio e substâncias que realçam o sabor, como o glutamato monossódico, que não são indicados para quem sofre de pressão alta.
A hipertensão só é controlada por meio de medicamentos?
Mito. Muitas pessoas apresentam uma melhora significativa do quadro apenas com a mudança do hábito alimentar. Diminuir o consumo de sal e alimentos industrializados já faz uma grande diferença. Depende muito de cada pessoa e do estágio de desenvolvimento da doença. Há quem consiga fazer mudanças na rotina alimentar e de exercícios e obter uma redução da pressão arterial. Mas também há aqueles que só conseguem obter uma melhora significativa do quadro com a medicação. Em alguns casos é preciso usar o medicamento pelo resto da vida.
Pessoas com pressão baixa podem sofrer com a hipertensão?
Verdade. É importante lembrar que embora nossa pressão siga um padrão, ela oscila ao longo do dia. Normalmente as pessoas apresentam uma queda fisiológica de pressão durante a noite, enquanto estão dormindo. Os hipertensos devem inclusive ficar alertas quando sua pressão não diminuir durante o período de sono. Não é raro também que pessoas que costumam ter a pressão mais baixa durante uma fase da vida venham a desenvolver hipertensão, ou ocasionalmente sofrer um aumento pontual da pressão arterial, que pode ser por uma série de fatores: reação a algum medicamento e estresse são os mais comuns. Entretanto, esse quadro costuma ser facilmente reversível, salvos os casos em que a pessoa está com algum problema de saúde que pode aumentar a pressão arterial, como a obesidade, problemas renais, entre outros.
Dor de cabeça pode ser um sintoma de pressão alta?
Verdade. É claro que nem toda dor de cabeça representa um aumento da pressão arterial. Mas quando ela é persistente e associada à tontura, visão turva, dores no peito e fraqueza é preciso procurar auxílio médico.