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domingo, 10 de setembro de 2023

Bafo da manhã: conheça as possíveis condições que podem estar relacionadas ao mau hálito matinal

 


Muitos acreditam que o mau hálito matinal é algo comum e inevitável. No entanto, esse odor desagradável pode ser um sinal de doenças bucais que requerem atenção e cuidados que vão além da simples escovação. Chamado de "halitose", o mau hálito em geral é um problema de saúde com consequências sociais e econômicas, morais e psicoafetivas tão sérias que aflige, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 40% da população mundial.

 

Em geral, a falta de higiene bucal associada ao uso inadequado dos métodos mecânicos (escovação e fio dental) acarreta em uma higiene incompleta, de acordo com dr. Rodnei Dennis Rossoni, cirurgião-dentista, doutor em microbiologia e pesquisador sênior na área de Pesquisa Clínica para Kenvue, detentora de marcas como Listerine, Tylenol, Neutrogena, entre outras. "Apesar do uso correto da escova e fio dental serem essenciais, os dentes representam apenas 25% da boca e para higienizar adequadamente os outros 75% necessitamos de um enxaguante bucal para uma limpeza mais completa, além de prevenir algumas condições bucais como o mau hálito", explica.

 

Veja as principais condições que podem resultar no bafinho da manhã:
 

Cárie
A cárie é formada por algumas espécies de bactérias que também estão presentes na placa bacteriana. A presença de restos de alimentos oriundos da dieta que não foram removidos adequadamente durante a escovação pode levar ao acúmulo da placa bacteriana sobre os dentes, resultando também em mau hálito. Com o tempo, essa placa pode dissolver parte da estrutura dentária e atingir as várias camadas do dente como a dentina e a polpa. Se não tratada precocemente, essas bactérias podem agravar o problema levando até um tratamento de canal. Por isso, quanto mais precoce detectada a cárie, menos doloroso é o tratamento e prevenção da perda do dente.


Gengivite
A gengivite induzida por placa bacteriana é uma inflamação das gengivas causada pelo acúmulo de bactérias que também podem causar mau hálito. Essas bactérias produzem toxinas que, por um processo inflamatório, geram vermelhidão e inchaço do tecido, em contraste às gengivas saudáveis, que geralmente apresentam coloração rosa pálido e aspecto de "casca de laranja". A extensão e severidade podem variar de acordo com as condições da boca, e os cuidados são extremamente relevantes para evitar a progressão para casos mais graves, como a periodontite.


Periodontite e tártaro

Esses dois cenários são casos mais críticos, os quais somente o acompanhamento com um cirurgião-dentista pode ajudar a reverter essas condições bucais. A periodontite é uma infecção bacteriana que afeta não apenas as gengivas, mas também o osso e os tecidos de suporte dos dentes, que se não acompanhada por um profissional, pode levar a perda dentária. O tártaro, muito comum nessa condição bucal, é uma forma endurecida da placa bacteriana de coloração amarelada, e não pode ser removido apenas com a escovação ou uso do fio dental.

 

Para o dr. Rossoni é fundamental ter um cuidado de perto com a saúde bucal e não normalizar condições que causem desconforto próprio ou alheio. "O mau hálito matinal nem sempre é fisiológico, e pode ser um indicativo de outras condições que merecem atenção pessoal e profissional". O profissional ainda explica que, além do uso correto do fio dental, boa escovação, limpeza da língua, e a realização de bochechos com produtos antissépticos, é preciso também manter regularidade na consulta ao dentista, além de beber pelo menos dois litros de água por dia, controlar o estresse e evitar o excesso de comidas gordurosas, cigarros, café e frituras.



Foto: Pixabay

 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Você sabe a diferença entre placa bacteriana e tártaro?

 


A escovação correta dos dentes, seguida do uso de fio dental e enxaguante bucal, são ações essenciais para prevenir complicações na boca. No entanto, de acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, apenas 53% dos brasileiros utilizaram esses três itens em conjunto para garantir uma higienização completa. A ausência desses cuidados diários pode causar diversos males à cavidade oral e, entre os principais problemas estão a placa bacteriana e o tártaro.

 Sara Paz, consultora da GUM , marca americana de cuidados bucais, afirma que um é consequência do outro. De acordo com a especialista, a placa bacteriana, também conhecida como biofilme dental, é como uma película pegajosa que se desenvolve na superfície dos dentes e mucosa. "Praticamente todos os problemas orais têm origem direta ou indireta por essa placa e, quanto mais tempo ela estiver ali, maior é o risco da aparição de males, como cáries e mau hálito", alerta.

A consultora explica que o biofilme começa a se formar na gengiva devido à aglomeração de bactérias fomentadas pelo excesso de açúcar. "Não é possível evitar que essa disfunção aconteça, por isso, é importante escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, após as principais refeições", indica. Segundo ela, os hábitos de higiene com o sorriso impedem a estabilização e o consequente enrijecimento dessa película. Caso a limpeza não seja frequente e realizada de forma adequada, a cavidade fica mais propícia ao desenvolvimento do tártaro, ou cálculo dental.

 Segundo Sara, o surgimento do tártaro acontece por conta do endurecimento da placa bacteriana. "O tártaro acaba sendo pior, pois a única forma de trata-lo é fazendo a remoção por meio da raspagem", relata. Isso acontece porque ele se instala abaixo do nível da gengiva e só pode ser alcançado com um instrumento adequado. Ainda de acordo com a especialista, o cálculo dental é responsável pela aparência amarela ou amarronzada dos dentes, pois deixa o esmalte poroso. "Além disso, é ele quem propicia inflamações na gengiva, causando a gengivite e sintomas como sangramento e inchaço na gengiva", afirma.

 "A melhor maneira de prevenir ambos os problemas é removendo constantemente a placa bacteriana por meio de uma escova de dentes adequada, que possua tamanho e forma adequados à boca, e cerdas macias além, claro, do uso do fio dental", destaca. A especialista informa que esses hábitos precisam ser somados ao acompanhamento periódico do dentista. "Dessa forma, a boca estará sempre saudável", finaliza.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Doença periodontal (tártaro) em cães e gatos


Além de cuidar de nossa saúde, não podemos deixar de lado a dos nossos bichinhos. E pouco gente sabe que o tártaro é muito comum nos animais e, se não cuidado, pode levar à perda dos dentes. 
Segundo a médica veterinária Sabrina Frascacio, a doença perio­dontal é a afec­ção mais co­mum da cavidade oral nos animais de estima­ção, com aproximada­mente 85% dos casos em pacientes com ida­de acima de três anos. Essa doença é uma con­dição inflamatória crô­nica dos tecidos perio­dontais que envolvem a gengiva, ligamento pe­riodontal, cemento e osso alveolar.
Antes
Face vestibular esquerda antes
O início da doen­ça periodontal ocorre pelo acúmulo de placa bacteriana, gerando primariamente uma in­flamação da gengiva (gengivite), progredin­do para periodontite. Depois de algum tem­po, a placa bacteriana mineraliza-se, e se transforma em cálculos dentários (tártaro). O avanço da doença periodontal leva a forma­ções de bolsas periodontais profundas, retra­ção gengival, perda de inserção do ligamento periodontal e reabsorção óssea que, quando não tratada, leva à perda dental.
"O diagnóstico da doença periodontal ocor­re por meio do exame clínico e radiografia intraoral, que é uma ferramenta vital para a odontologia veterinária, sendo útil na ava­liação da doença periodontal, planejamento do tratamento periodontal, assim como para o monitoramento da progressão da doença", explica Sabrina. A maior parte dos componentes dentários é visualizada por meio desse exame. Por con­sequência, diversas afecções deixam de ser descobertas caso o exame clínico não envol­va a radiografia. Não utilizá-la é considerada uma prática negligente.
E depois do tratamento periodontal
Os sinais clínicos comumente observados nos animais são o cálculo dentário, gengivi­te, halitose, retração ou hiperplasia gengival, hemorragia gengival, mobilidade dentária e dificuldade na apreen­são de alimentos.
A médica veterinária ressalta que a doença periodon­tal ainda provoca efei­tos sistêmicos por meio da disseminação das bactérias para ou­tros órgãos. "Essa dis­seminação provoca le­sões contínuas em de­terminados órgãos, que poderão acarretar a insuficiência de sua função em longo pra­zo nos rins, fígado, ar­ticulações e raramente no coração", diz ela.
O tratamento da doença periodontal é complexo e longo, pois consiste em um con­junto de procedimentos nos quais incluem completa raspagem, aplainamento radicular e extração dentária quando houver necessi­dade, com o objetivo de remover os focos de infecção e permitir a recuperação do tecido. Depois do tratamento periodontal preconi­za-se a realização de tratamentos preventi­vos domiciliares para evitar nova adesão bac­teriana sobre a superfície dos dentes, dessa forma mantendo a saúde periodontal por um tempo prolongado.