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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Transtornos mentais também devem ser acompanhados na terceira idade

 


Solidão, perda de peso, fadiga e sentimento de inutilidade são alguns dos sinais apresentados por idosos quando acometidos por algum transtorno mental. É comum que, por falta de conhecimento, muitos desses relatos sejam confundidos com outras patologias, ignorados por familiares e encarados como sintomas naturais causados pelo envelhecimento. Por isso, o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) apoia a campanha global de conscientização sobre a saúde mental “Janeiro Branco” e estimula o diálogo sobre o tema. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio. Em quase todas as regiões do mundo, as taxas de suicídio são mais elevadas entre as pessoas com 70 anos ou mais. A médica geriatra do HSV, Dra. Bruna M. Fernandes Nunes, explica quais são os principais diagnósticos na terceira idade. “Podemos pontuar o transtorno depressivo; transtorno de ansiedade generalizada (TAG); transtorno do pânico; transtornos afetivos como, por exemplo, transtorno bipolar e esquizofrenia; e síndrome demencial, como demência de Alzheimer e demência vascular”. 

Segundo a especialista, as causas são multifatoriais. São considerados fatores biológicos, genéticos e epigenéticas. As patologias também podem se desenvolver a partir de experiências de vida como trauma e abuso; problemas familiares; luto por perdas próximas; incapacidade física; frustrações por dependência; e outros eventos de saúde como dor; privação sensorial visual ou auditiva; e transtorno do sono. 

“Devemos observar a rotina e o comportamento do idoso e estar atento a algumas alterações. Os sinais são de acordo com a patologia, mas em alguns casos são semelhantes, o que dificulta essa percepção. No geral, é possível observar alterações cognitivas; esquecimentos; alteração comportamental; agitação; alucinações; isolamento social; alteração do humor; fadiga; sonolência excessiva ou insônia; dificuldade de concentração; inquietude; perda ou ganho de peso”, explica Bruna. 

Tratamento 

A terapia requer um conjunto de ações e deve ser baseada em tratamento medicamentoso e comportamental. A atividade física, se possível, pode ser uma ótima complementação. Alternativos, outros tratamentos também auxiliam no processo, como musicoterapia e fototerapia para alguns casos. 

“O tratamento na população idosa tem algumas particularidades. O idoso é mais suscetível a efeitos colaterais e interação de medicamentos. Devemos sempre iniciar com doses baixas e progredirmos conforme a tolerância. Existe um lema na geriatria que é: inicie devagar e progrida devagar, mas não deixe de progredir. É importante destacar que quando identificado algum sintoma, o familiar deve procurar atendimento médico para acompanhamento”, ressalta a geriatra.

 

Foto: Freepik

domingo, 19 de novembro de 2023

É possível envelhecer bem?

 


Dados do Censo de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último mês, apontam que o Brasil está envelhecendo mais rápido. Em 2010, a cada 30 idosos (65 anos ou mais), o país tinha 100 jovens de até 14 anos. Agora, são 55 idosos para cada 100 jovens. Com o aumento da longevidade, torna-se mais do que necessário aprender a encarar o envelhecimento da melhor forma possível.

"O tempo vai passar e não importa o que façamos com ele e de nós. Então, façamos dele a oportunidade perfeita para crescer, para construir e expandir nossa consciência. Não se preocupe com o tempo, se preocupe com a qualidade do tempo", enfatiza a doutora em psicologia pela PUC-SP e psicanalista Blenda Oliveira.

O ser humano sabe que vai morrer, mas o que ele faz com esse tempo em que está vivo? Para a especialista, o movimento da vida não deve parar nem mesmo na velhice. "Pelo contrário, é neste período que podemos entrelaçar e refletir sobre as experiências vividas. É no envelhecimento que o agora se impõe, se faz presente. Afinal, o fim se aproxima e a pergunta é inevitável: o que fizemos da vida?", ressalta ela.

O grande desafio que envolve o processo de envelhecer é o de conhecer a si mesmo de forma plena e consciente e também se preparar para essa etapa da vida. "A longevidade é um testemunho de resiliência e determinação. O envelhecimento está em todos nós, faz parte e é muito provável que aconteça com a gente", diz Blenda.

É chegada a hora de abandonar a crença estabelecida há tempos de que a longevidade é algo ruim, que simboliza um fim solitário e triste da vida. "Falar sobre longevidade ainda é, muitas vezes, um tema visto com certo desconforto, já que as pessoas tendem a associar o envelhecimento unicamente à ideia da morte. Devemos compreender que envelhecer é, na realidade, uma jornada de experiências e que isso não deve ser mais tratado como um tabu e nem ser romantizado", complementa a psicanalista.

Invista na vida social: as relações que estabelecemos com os outros podem melhorar a nossa satisfação com a vida. É muito importante que se crie e mantenha contato e relações de intimidade com familiares e amigos. Lembre-se que não existe um prazo limite para conhecer e ter experiências com pessoas novas. Manter boas amizades ao longo da vida também ajuda! 

Não deixe o autocuidado de lado: atividades que te façam bem devem ter um canto na sua agenda. Além disso, é necessário entender que a saúde emocional é essencial para se envelhecer bem, então buscar auxílio psicológico é um grande ato de carinho e amor a si mesmo.

Aproveite atividades de lazer: nunca é tarde para aprender e descobrir um hobby novo. Se manter interessado em atividades divertidas e prazerosas é uma ótima maneira de envelhecer de maneira plena e feliz.

Escolha um estilo de vida saudável: exercícios físicos, boa alimentação e bons hábitos de sono valem a pena ser investidos.


Foto: Freepik

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Vamos falar de Alzheimer




Doença considerada muito comum no Brasil, o Mal de Alzheimer afeta 1,2 milhões de brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). O problema é neurodegenerativo, o que significa uma diminuição gradativa de células e conexões nervosas. O principal sintoma do paciente é a perda de memória. Portanto, quanto antes a doença for percebida, menos danos serão causados. E este é um assunto sério, que vem bem a calhar no dia de hoje, 1º de outubro, Dia Internacional do Idoso.

Alguns sinais de que a pessoa está com a doença são mais precoces e, se reconhecidos, valem uma avaliação médica especializada. O neurologista do Hospital Santa Catarina, Maurício Hoshino, reuniu sete sinais típicos que podem indicar que a pessoa pode ser um portador de Alzheimer.

Repetições de falas e ações: devido aos problemas de memória, pessoas com Alzheimer tendem a repetir as mesmas frases e ações, já que a doença costuma afetar principalmente a memória recente.

Problemas para realizar tarefas simples: uma simples tarefa como fazer café pode se tornar um problema para o portador de Alzheimer. Até mesmo a utilização dos utensílios corretos na cozinha passa a ser um obstáculo. Passa a ter dificuldade em manipulação do dinheiro, senhas e para elaborar as compras do supermercado ou padaria.

Esquecimento frequente de palavras: em um estágio um pouco mais avançado, o portador de Alzheimer passa a esquecer palavras básicas. A degeneração constante das células no cérebro leva a essa condição.

Mudança repentina de humor: é comum uma pessoa que tenha o Mal de Alzheimer ficar facilmente irritada e chateada, com falta de confiança e sentindo-se frustrada.

Não saber onde está ou o que está fazendo em determinada situação: é recorrente que o portador da doença neurodegenerativa perca a noção de onde está, esquecendo-se totalmente de seu propósito na situação e no local presente. É costume encontrar uma explicação para suas falhas, embora não justifique a frequência com que ocorrem.

Falta de higiene pessoal: algumas mudanças no comportamento são típicas do portador de Alzheimer, por exemplo esquecer-se de tomar banho ou de fazer seus procedimentos básicos de higiene (e frequentemente argumenta que já o fez). Colocar as mesmas roupas também é habitual, assim como a falta de preocupação com a própria imagem.

Mudança de linguagem e dificuldade na fala: a pessoa com Alzheimer tende a utilizar uma linguagem mais simplificada, utilizando cada vez menos palavras e apresenta nítida dificuldade de construir frases coesas. O vocabulário fica mais simplificado.


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Estudos comprovam efeito anti-inflamatório da prática de exercícios físicos


De acordo com Claudia Forjaz, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, o evento permitiu a difusão do conhecimento cientifico que está sendo desenvolvido em todo o país sobre o exercício e a saúde cardiovascular. Conseguimos englobar temas que vão desde a pesquisa básica até aquelas aplicadas em situação real de atuação.
Pesquisadores comprovaram que o exercício físico pode contribuir para diminuição desses riscos em indivíduos obesos, sedentários e idosos – os quais fazem parte do grupo de risco cardiovascular. As teorias mais modernas preconizam a utilidade do exercício físico como efeito anti-inflamatório, isso porque o músculo que se encontra ativo com a prática de exercícios produz substâncias benéficas à prevenção de inflamações, e com isso consegue inibir as secreções inflamatórias que são produzidas pelo tecido adiposo.
Para comprovação desses benefícios, a pesquisadora dra. Cláudia Regina Cavaglieri conduziu um estudo que submeteu indivíduos obesos a seis meses de treinamento físico sem que houvesse qualquer mudança de alimentação. O que se observou é que, mesmo sem melhora na dieta, houve uma diminuição significativa nos riscos de desenvolvimento de diabetes e hipertensão.
“O exercício é efetivamente um medicamento importante, sem efeitos colaterais, que se modulado da forma correta (para que ocorra perda de massa gorda e ganho de massa magra) consegue ter esse efeito anti-inflamatório e, consequentemente, diminui o risco de desenvolvimento de doenças”, afirma Cláudia.
Outro destaque é a pesquisa do dr. Paulo Farinatti, que verificou queda na pressão nos usuários das academias que seguiam os protocolos indicados por profissionais de saúde.
De acordo com os pesquisadores, a atividade física deve ser realizada com durações, intensidades e frequências adaptadas para as necessidades de cada indivíduo. Em idosos, por exemplo, em que há menor condicionamento físico, há maior propensão ao desenvolvimento da hipertensão arterial e de doenças cardiovasculares. Nesses casos, os exercícios físicos aeróbicos são extremamente benéficos, e podem ser potencializados se somados aos exercícios de força.
No caso das mulheres mais velhas, a pesquisadora dra. Iris Callado mostra que a prática de exercícios físicos pode provocar benefícios significativos à saúde cardiovascular.
Mais informações: http://www.sbh.org.br.


sábado, 14 de novembro de 2015

A importância do bom humor na terceira idade

Desde a década de 70 existem estu­dos relacionando o humor à saúde, mostran­do que o riso e o bom hu­mor são, muitas vezes, te­rapêuticos, e funcionam co­mo poderosos medicamen­tos. O riso é um fenômeno universal, faz parte do ser humano e ultrapassa qual­quer cultura, tempo e idade.
O bom humor e a alegria beneficiam o in­divíduo como um todo, física e psicologica­mente. O riso estimula a produção de endor­fina, conhecida como o hormônio do bem-es­tar, diminui o cortisol, hormônio do estresse, tem efeitos cardiovasculares semelhantes a exercícios aeróbicos, aumenta a tolerância à dor e melhora o sistema imunológico.
Na Psicologia Analítica, a psique é compos­ta por pares de polos opostos. Dessa forma, se entendermos a alegria como um polo e a tristeza como outro, o humor funciona co­mo um eixo entre eles, e estar em contato com apenas um desses extremos pode tra­zer problemas como a euforia ou a depres­são. Portanto, para obter um equilíbrio psí­quico é importante que o ser humano viven­cie tanto a tristeza quanto a alegria.
Em nossa sociedade, a velhice carrega mui­tos estigmas negativos, sendo comumente associada a uma fase de declínio, depressão, tristeza, falta de felicidade e perspectiva. É extremamente importante para o idoso vi­venciar e lidar com a tristeza, mas resgatar o bom humor e o riso é fundamental para a sua saúde emocional. Em momentos de desequi­líbrio, o bom humor pode trazer uma nova or­dem às emoções, mesmo que por instantes, lembrando ao idoso que há outros aspectos a serem vistos e que nem tudo está perdido.
Na mitologia grega, existe um excelente exemplo da importância do bom humor em determinadas situações. Foi por meio dele que Bal­bo, deusa do ventre, aman­te do sorriso e da gargalha­da, resgatou a deusa Demé­ter, a mãe-terra, de sua pro­funda tristeza. Ao ouvir as histórias e piadas de Balbo, Deméter não pôde conter o riso. Foi a alegria que fez com que Deméter tivesse forças para continuar pro­curando sua filha, Perséfone, que havia sido capturada por Hades.
A deusa Balbo reflete a nossa capacidade de sobrevivência e superação, mesmo diante de obstáculos que nos trazem muita tristeza. Pa­ra nos ajudar a manter o bom humor, é preciso cultivar relações de afeto, praticar atividades físicas e incluir o lazer em nossa rotina.
Costumo dizer aos clientes que lazer e ri­sada também são remédios, tão importan­tes quanto aqueles prescritos pelos médicos. Nem o prazer, nem o desejo se extinguem na velhice, e devemos nos permitir vivenciá-los.
(Artigo da psicóloga Raquel Benazzi)

terça-feira, 3 de novembro de 2015

SBGG lança guia da Síndrome Mielodisplásica

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) lançou o Guia da Síndrome Mielodisplásica. O material foi idealizado para atender a uma demanda identificada pela entidade em esclarecer sobre a síndrome mielodisplásica (SMD) aos geriatras e à comunidade médica em geral, em especial, aqueles que atuam na linha de atenção a saúde da pessoa idosa, visto que se trata de uma doença que incide prevalentemente em pessoas acima dos 60 anos de idade.
De autoria da médica geriatra e membro da Sociedade, Naira Hossepian Hojaij, com supervisão do diretor científico da SBGG Toshio Chiba, o presidente, João Bastos Freire Neto, o material reforça a existência de uma possibilidade atual de melhor controle da doença e da qualidade de vida dos portadores de SMD, além de agregar conhecimento nos diagnósticos diferenciais da anemia do idoso, e na escolha do melhor momento para o encaminhamento ao especialista para eventual terapêutica específica.
A Síndrome Mielodisplásica consiste num conjunto de síndromes heterogêneas, com evolução e prognóstico diversos. Consideradas a classe mais comum de síndromes adquiridas de falência medular em adultos, além de já ser observada como a neoplasia hematológica mais prevalente, as SMDs têm como agravo importante a progressão para a leucemia mieloide aguda, caso não seja identificada em sua fase inicial.
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia fornecerá aos associados médicos a versão impressa do Guia pelo correio. Saiba mais e acesse o conteúdo online no site:


sábado, 27 de junho de 2015

Saiba com evitar hipotermia em idosos



O inverno chegou e é preciso tomar muito cuidado com a saúde dos idosos. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) esclarece quais são os principais. Confira:
Um dos principais riscos consiste na hipotermia – queda da temperatura do corpo que pode resultar em longo prazo, em graves problemas de saúde como um ataque cardíaco, em uma lesão hepática ou morte.
Pode ocorrer quando o ambiente exterior fica muito frio ou a produção de calor do corpo diminui. A hipotermia pode se desenvolver em adultos mais velhos, mesmo depois de um relativamente curto período de exposição ao frio ou uma leve queda na temperatura.
A hipotermia ocorre quando a temperatura corporal cai a menos de 36,8 graus.  Abaixo de 29 graus causam risco eminente de morte. Os sintomas mais comuns são fraqueza, fadiga e diminuição do tremor do frio.  Em fases mais avançadas o idoso pode apresentar fala enrolada, perda de consciência e choque.
Em caso de hipotermia, os primeiros-socorros devem consistir em tirar o idoso do frio e retirar suas roupas úmidas ou molhadas. Envolver a vítima em mantas e agasalhos para aquecê-la enquanto o serviço de emergência é chamado, se a vítima estiver consciente, dê-lhe bebidas quentes (não alcoólicas) como chás. Converse com a vítima mantendo-a sempre acordada e em caso de parada respiratória, realize manobras de ressuscitação cardiorrespiratória.
Outros agravos à saúde dos idosos, além da hipotermia, são imobilidade – ausência de movimentação; infecções – como gripe e pneumonias e dores crônicas – aumento das dores crônicas como artrites e artroses.
Confira 11 dicas para reduzir o impacto do frio na saúde de idosos
  1. Utilizar roupas e agasalhos adequados para proteção de ambientes ao ar livre e salas frias, como bonés, toucas, mantas e etc;
  2. Tomar bebidas quentes como chás, chocolate, bem como ingerir sopas e caldos;
  3. Banhos devem ser rápidos e em temperaturas amenas;
  4. A hidratação da pele devera ser recomendada sempre com uso de hidratantes tópicos para diminuir a sensação de pele seca;
  5. Usar cobertores que retenham calor principalmente no período do sono quando há um declínio da temperatura corporal;
  6. Tomar as vacinas contra gripe e pneumonias;
  7. Buscar ajuda médica se o idoso apresentar sintomas de confusão mental e calafrios, ou dificuldades respiratórias;
  8. Realizar atividades indoor, isto é, passear em locais como shoppings centers, pois ajuda a quebrar o ciclo da imobilidade;
  9. Fazer exercícios de alongamento com orientação de professores de educação física ou fisioterapeutas;
  10. Reposição de vitamina D pela falta de exposição ao sol deve ser orientada por nutricionistas ou médico assistente. Outras fontes de obtenção do nutriente são peixes como atum, sardinha e salmão. Gema de ovos, bifes de fígado e cogumelos também são ricos em vitaminas.
  11. Em locais com lareiras é importante ter cuidado com manipulação do fogo e intoxicação pelo monóxido de carbono devido a janelas fechadas.
Mais informações: www.sbgg.org.br 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Idosos devem realizar exercícios de proteção para prevenir lesões



Independentemente da faixa etária e das condições físicas, todos podem sofrer lesões nos músculos e articulações. Por isso, é cada vez mais comum a prática de exercícios considerados de proteção que, segundo o médico do esporte do Delboni Medicina Diagnóstica, dr. Luiz Augusto Riani, previnem lesões por meio do aumento da força, da resistência e da potência do sistema músculo esquelético, aumentando a amplitude dos movimentos e a estabilidade das articulações.
Os exercícios de proteção podem ser realizados por qualquer pessoa que queira prevenir possíveis lesões e degeneração das articulações. “Eles também têm sido indicados para quem sofre de obesidade, postura inadequada, desequilíbrios musculares e histórico de lesões musculoesqueléticas, como tendinite e lombalgia”, afirma o especialista. Nos idosos, estes exercícios podem proporcionar significativa melhora na sua qualidade de vida, já que aumentam o desempenho físico e reduzem as dores nas articulações. Para aqueles que sofrem de dor crônica musculoesquelética, degeneração articular e perda de força e flexibilidade, a prática destes exercícios também reflete em bons resultados.
É importante lembrar que cada pessoa deve ter seu plano de exercícios individualizado e adequado às suas necessidades específicas. “Devem ser respeitados os limites de cada pessoa, atentando-se às cargas excessivas, progressões muito rápidas e curtos intervalos de descanso. Isso vale principalmente aos idosos”, destaca Riani.
A principio, os exercícios de proteção devem ser feitos sob acompanhamento de um fisioterapeuta. Com o tempo, um professor de educação física pode avaliar a atividade em conjunto com um médico do esporte. Dependendo das condições e necessidades de cada pessoa, o médico pode também solicitar uma análise biomecânica.
Atletas de alto nível, com grande exigência mecânica corporal, também devem praticar estes exercícios com regularidade. Segundo o dr. Riani, além de prevenir lesões e dores, os exercícios de proteção podem aumentar a capacidade física e melhorar a performance, independentemente da atividade ou esporte praticado, promovendo efeitos positivos nas mais diferentes modalidades.
Como fazer
Existem diversos tipos de exercícios de proteção, que podem ser realizados tanto em academias quanto em casa. Geralmente são recomendados exercícios que buscam correção dos desvios e desequilíbrios de força, ajustes posturais, sincronização de músculos e ganho de amplitude de movimento.
Quando realizados em casa, os exercícios não necessitam de nenhum instrumento complementar, sendo utilizado o próprio peso corporal e posições e movimentos específicos. Estes são indicados principalmente para quem está no processo de recuperação de lesões, sem necessidade de cargas mais pesadas, mas sempre sob orientação adequada e cuidadoso controle da postura e do movimento conforme aprendido nas sessões com o profissional responsável, seja o fisioterapeuta ou o professor de educação física.
A realização frequente destes exercícios promete reduzir a fadiga na prática de atividades cotidianas. “É necessário frisar que os exercícios de proteção não substituem outras atividades físicas de maior intensidade e com estímulo específico em outras qualidades da aptidão física, mas sua prática deve ser adotada para evitar danos ao corpo com o passar dos anos”, conclui o médico.

domingo, 31 de maio de 2015

Idosos devem realizar exercícios de proteção para prevenir lesões



Independentemente da faixa etária e das condições físicas, todos podem sofrer lesões nos músculos e articulações. Por isso, é cada vez mais comum a prática de exercícios considerados de proteção que, segundo o médico do esporte do Delboni Medicina Diagnóstica, dr. Luiz Augusto Riani, previnem lesões por meio do aumento da força, da resistência e da potência do sistema músculo esquelético, aumentando a amplitude dos movimentos e a estabilidade das articulações.
Os exercícios de proteção podem ser realizados por qualquer pessoa que queira prevenir possíveis lesões e degeneração das articulações. “Eles também têm sido indicados para quem sofre de obesidade, postura inadequada, desequilíbrios musculares e histórico de lesões musculoesqueléticas, como tendinite e lombalgia”, afirma o especialista. Nos idosos, estes exercícios podem proporcionar significativa melhora na sua qualidade de vida, já que aumentam o desempenho físico e reduzem as dores nas articulações. Para aqueles que sofrem de dor crônica musculoesquelética, degeneração articular e perda de força e flexibilidade, a prática destes exercícios também reflete em bons resultados.
É importante lembrar que cada pessoa deve ter seu plano de exercícios individualizado e adequado às suas necessidades específicas. “Devem ser respeitados os limites de cada pessoa, atentando-se às cargas excessivas, progressões muito rápidas e curtos intervalos de descanso. Isso vale principalmente aos idosos”, destaca Riani.
A principio, os exercícios de proteção devem ser feitos sob acompanhamento de um fisioterapeuta. Com o tempo, um professor de educação física pode avaliar a atividade em conjunto com um médico do esporte. Dependendo das condições e necessidades de cada pessoa, o médico pode também solicitar uma análise biomecânica.
Atletas de alto nível, com grande exigência mecânica corporal, também devem praticar estes exercícios com regularidade. Segundo o dr. Riani, além de prevenir lesões e dores, os exercícios de proteção podem aumentar a capacidade física e melhorar a performance, independentemente da atividade ou esporte praticado, promovendo efeitos positivos nas mais diferentes modalidades.
Como fazer
Existem diversos tipos de exercícios de proteção, que podem ser realizados tanto em academias quanto em casa. Geralmente são recomendados exercícios que buscam correção dos desvios e desequilíbrios de força, ajustes posturais, sincronização de músculos e ganho de amplitude de movimento.
Quando realizados em casa, os exercícios não necessitam de nenhum instrumento complementar, sendo utilizado o próprio peso corporal e posições e movimentos específicos. Estes são indicados principalmente para quem está no processo de recuperação de lesões, sem necessidade de cargas mais pesadas, mas sempre sob orientação adequada e cuidadoso controle da postura e do movimento conforme aprendido nas sessões com o profissional responsável, seja o fisioterapeuta ou o professor de educação física.
A realização frequente destes exercícios promete reduzir a fadiga na prática de atividades cotidianas. “É necessário frisar que os exercícios de proteção não substituem outras atividades físicas de maior intensidade e com estímulo específico em outras qualidades da aptidão física, mas sua prática deve ser adotada para evitar danos ao corpo com o passar dos anos”, conclui o médico.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A saúde alimentar do paciente com Alzheimer


É importante analisar os hábitos antigos do paciente e mantê-los, desde que não haja prejuízo nutricional. Aqui estão al­gumas dicas da nutricionista Claudia Bergander, que vão ajudar a cuidar da saúde alimen­tar do paciente acometido pela doença de Alzheimer.
- Atenção para a perda de apetite, pois pode estar rela­cionada a várias causas, que devem ser investigadas e tratadas. Lesões na boca, in­fecções, doenças crônicas ou refeições que não estejam do agrado do paciente são al­guns exemplos.
- O controle do peso corporal deve ser fei­to mensalmente.
- Para a realização das refeições devem-se manter horários regulares e ambiente tran­quilo, livre de ruídos.
- O paciente deverá estar sentado confor­tavelmente para receber a alimentação.
- Jamais ofereça alimentos ao paciente quando ele estiver deitado.
- Os pacientes que ainda conservam a independência para se alimentar sozinhos devem continuar a receber estímulos pa­ra esta ação.
- As instruções passadas ao paciente de­verão ser claras e o comando suave.
- Independentemente da apresentação da dieta – sólida, pastosa ou líquida – deve-se, sempre que possível, respeitar as preferên­cias do paciente.
- O convívio com a família é de extrema importância. Sempre que possível, deve-se permitir que o paciente ali­mente-se em companhia de seus familiares.
- Os utensílios utilizados durante a refeição devem ser preferencialmente lisos e claros. As estampas – de pra­tos, por exemplo – pode dis­trair e reduzir a concentra­ção naquilo que é realmen­te importante (mastigação e deglutição).
- Aqueles que apresentam dependência podem ser ali­mentados com colheres, em lugar de garfos.
- Os alimentos crus e secos devem ser evi­tados, pois o perigo de engasgamento é maior.
- Os temperos devem ser suaves e os mo­lhos picantes evitados.
- Após cada refeição, a higiene oral é indis­pensável e deve ser realizada uma inspeção cuidadosa da boca, a fim de que possam ser removidos os resíduos alimentares.
- Oferecer líquidos é de extrema impor­tância. Eles podem ser oferecidos na forma de água, chás, sucos, vitaminas etc, sendo que o volume deve ser fracionado em pequenas doses, várias vezes ao dia. Aqueles que pos­suam restrição de líquidos devem respeitá-la com rigor.
- Não ofereça líquidos com o paciente dei­tado. Ele deve estar em posição sentada ou recostada em travesseiros. Essa medida re­duz o risco de aspirações (engasgos) e oti­tes (dor de ouvido).

sábado, 2 de maio de 2015

Osteoporose: difícil diagnóstico na terceira idade





A osteoporose, uma condição comum que causa a perda óssea progressiva e o aumento do risco de fraturas, é tipicamente conhecida como uma doença que afeta as mulheres mais velhas. E, no entanto, um em cada quatro homens, com mais de 50 anos de idade, vai quebrar um osso devido à osteoporose.
Um estudo publicado na edição de novembro do Journal of Bone & Joint Surgery (JBJS)descobriu que os homens, após fraturarem o punho (fratura do rádio distal), eram três vezes menos propensos que as mulheres a se submeterem a uma densitometria óssea e sete vezes menos propensos a iniciar um tratamento para a osteoporose.
“Com o envelhecimento da população no mundo, a provável incidência de fraturas por fragilidade irá aumentar devido à perda óssea. Os estudiosos acreditam que essas fraturas irão aumentar de duas a quatro vezes, em homens e mulheres, nos próximos 30 anos”, informa o ortopedista Caio Gonçalves de Souza (CRM-SP 87.701), médico do Hospital das Clínicas de São Paulo. 
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram retrospectivamente os prontuários de 95 homens e 344 mulheres com idade superior a 50 anos que foram tratados devido a uma fratura de punho, em uma única instituição, entre 2007 e 2012. As lesões dos pacientes foram avaliadas para determinar se elas estavam ou não relacionadas à presença de osteoporose antes da lesão. Todos os participantes do estudo também fizeram tratamento para osteoporose, pelo menos depois de seis meses, após a fratura no punho.
“Os pesquisadores descobriram que menos homens do que mulheres foram submetidos a testes de densidade óssea antes da fratura. Na sequência da fratura do punho, o número de homens que foram avaliados pelo exame continuou a ser menor: 53 % de mulheres (184) versus 18% dos homens (17)”, diz o médico.
Além disso:
  • 21% dos homens versus 55% das mulheres iniciaram o tratamento com cálcio e vitamina D, antes de completar seis meses da lesão, e 3% dos homens versus 22% das mulheres começaram a tomar bifosfonatos, medicamento comum para evitar a perda da massa óssea;
  • O sexo masculino e os padrões de fratura menos graves levaram a menor indicação de se iniciar o tratamento com cálcio e vitamina D;
  • 50% dos homens que fizeram a densitometria óssea estavam em risco de uma segundo grande fratura osteoporótica na próxima década;
  • No geral, os homens tiveram fraturas menos graves do que as mulheres. 20% dos homens e 40% das mulheres no estudo tiveram uma fratura envolvendo a articulação do punho.
Os resultados deste estudo sugerem que os homens com mais de 50 anos, com fratura do rádio distal, devem ser submetidos a testes e avaliação da densidade óssea para melhor identificar aqueles com alto risco de fraturas no futuro e aqueles que se beneficiariam de um tratamento adicional. 
Osteoporose não é “doença de mulher”
Segundo dados da IOF, International Osteoporosis Foundation, o conceito errôneo de que a osteoporose afeta apenas as mulheres tem consequências devastadoras:
  • Ossos quebrados causam imobilidade, incapacitação grave e dor forte: o resultado é baixa qualidade de vida e perda da independência quando os homens envelhecem;
  • O risco de fratura ao longo da vida é maior do que o risco de desenvolver câncer de próstata: poucos homens mais velhos estão cientes desse risco, ainda que um em cada cinco irá fraturar um osso;
  • Um terço de todas as fraturas do quadril no mundo todo ocorre em homens: os estudos também mostram que 37% dos pacientes masculinos morrem no primeiro ano após uma fratura de quadril;
  • Os homens têm maior probabilidade do que as mulheres de sofrer consequências sérias ou morte: os homens são frequentemente mais velhos quando sofrem uma fratura;
  • Perda de produtividade no local de trabalho devido a fraturas: as fraturas de coluna, particularmente, podem afetar homens de 50 a 65 anos de idade que trabalham e resultam em dias de trabalho perdidos.
Caio G. Souza conta que a densitometria óssea é um exame padrão para mulheres com mais de 65 anos de idade e para aqueles com mais de 60 anos de idade que sofreram uma fratura por fragilidade ou têm fatores de risco para osteoporose. Recomendações similares devem ser propostas para os homens.
Para o médico, tratar as fraturas ósseas dos homens, mas não tratar a causa subjacente das fraturas, os coloca em um risco maior para futuras fraturas e complicações relacionadas.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Exercícios físicos na terceira idade



Ser idoso e sedentário não é desculpa para iniciar a prática de exercícios físicos. Dr. Maurício Serpa, médico coordenador hospitalista e chefe de equipe de Clínica Médica do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, explica que a prática da atividade física pode ser iniciada na terceira idade, desde que haja um acompanhamento adequado.
“É necessária uma fase de adaptação, além da realização de uma avaliação médica prévia. Normalmente, para indivíduos muito sedentários, nossa recomendação é começar com pequenas caminhadas ou pedalar sem nenhuma carga. Estas atividades devem ser realizadas entre 20 a 30 minutos por dia, três vezes por semana, durante quatro semanas. Para iniciantes, também costumamos recomendar a hidroginástica, pois há poucos riscos de lesões e é uma atividade em que a frequência cardíaca permanece mais baixa.”
A partir desta primeira etapa e de acordo com o desempenho do idoso, atividades moderadas já são permitidas. Quanto mais dedicado o indivíduo estiver aos exercícios, maiores os benefícios alcançados. Confira alguns deles, listados pelo Dr. Mauricio Serpa:
- Melhora do equilíbrio e sustentação do tronco;
- Melhora da velocidade de caminhada;
- Aumento da densidade óssea e prevenção da osteoporose (principalmente entre as mulheres, que são acometidas pela doença após a menopausa);
- Ativação do sistema cardiovascular;
- Auxílio no controle glicêmico para os diabéticos e prevenção para quem não tem a doença;
- Melhora do sistema digestivo. Além de oxigenar melhor os tecidos, os exercícios físicos aumentam o peristaltismo (movimentos involuntários realizados pelos órgãos do tubo digestivo para auxiliar a passagem do bolo alimentar);
- Prevenção da depressão, uma vez que a prática de atividades físicas libera endorfina e melhora a disposição e a autoestima.
O médico ressalta, porém, que as atividades devem ser acompanhadas por um fisioterapeuta ou um professor de educação física. Caso contrário, o idoso pode sofrer lesões ligamentares (nos ligamentos), articulares e musculares. A sobrecarga também pode gerar desgastes ósseos que levam a processos de artrose.

domingo, 23 de novembro de 2014

Diabetes: saiba como evitar a hipoglicemia

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) orienta idosos e seus familiares aos cuidados para se evitarem episódios de hipoglicemia, uma complicação que consiste na baixa da taxa de açúcar no sangue e acomete predominantemente diabéticos e, principalmente, aqueles que estão em tratamento com medicamentos. Segundo dados do Ministério da Saúde, idosos acima dos 65 anos são os que mais sofrem com diabetes, sendo 21,6% das pessoas nessa faixa etária portadores da doença. O diabetes tipo 2 é o mais comum.
Segundo o presidente da Sociedade, o geriatra João Bastos Freire Neto, nas pessoas idosas as funções dos rins e outros órgãos, podem apresentar comprometimento e, assim, alterar o metabolismo dos medicamentos e da insulina no organismo, o que pode contribuir para um risco aumentado de hipoglicemia.
Sudorese, tremores, agitação, sensação de fome, de fraqueza são alguns dos sintomas leves que caracterizam o quadro de hipoglicemia. Já a confusão mental, turvação da vista, convulsão e, até mesmo desmaios, são reflexos de um quadro acentuado de uma condição hipoglicêmica. Manter a ingestão de alimentos de três em três horas também é uma atitude simples, mas que ajuda a garantir a glicemia equilibrada no organismo.

É ideal buscar um meio de aferição da glicemia já ao primeiro sinal de uma baixa. Como um primeiro socorro no caso de hipoglicemia, Bastos indica que se tenha sempre à mão uma fonte de açúcar que possa ser consumida rapidamente. “Balas, mel, uma colher de café de açúcar. Estas são algumas medidas simples, que podem ser adotadas para subir a taxa de glicemia”, relata o presidente da SBGG.

O não-controle do diabetes pode causar cegueira, amputação de membros, insuficiência renal, derrame cerebral, disfunção erétil, úlcera nos pés, depressão, entre outros problemas. E aumentam os riscos de incontinência urinária, quedas e demências.
Conheça algumas das circunstâncias que levam pessoas com diabetes a apresentarem hipoglicemia: 
● Tomar muito remédio, incluindo insulina ou certos comprimidos para diabetes
● Alimentação inadequada
● Realizar atividades físicas sem comer algo (lanche) ou reduzir a dose de insulina (injetável ou oral)
● Manter longo período de ingesta de alimentos entre as refeições
● Consumir bebida alcoólica em excesso
Sintomas
Diferem de pessoa para pessoa e podem alterar ao longo do tempo. Nas primeiras fases da redução da taxa de açúcar pode ocorrer:
● Suor ou tremor
● Sensação de fome
Ao identificarem alguma destas situações é indicado verificar o nível de açúcar no sangue e, conforme o resultado tratá-lo. 
Em casos avançados da hipoglicemia a pessoa apresenta:
● Dificuldade para andar ou sensação de fraqueza
● Visão turva
● Confusão mental ou agir de forma diferente do habitual
● Convulsão
Algumas pessoas não apresentam sintomas durante as primeiras fases de baixa de açúcar no sangue. Nestes casos aumenta a chance de os sintomas aparecerem apenas em estágio grave. Os médicos chamam este quadro de “desconhecimento hipoglicêmico”, comum em pessoas com o seguinte perfil:
● Ter tido diabetes tipo 1 há mais de 5 a 10 anos
● Use insulina para manter seu nível de açúcar no sangue sob controle
● Ingira uma grande quantidade de álcool
● Faça uso de medicamentos para a pressão alta ou diabetes
Como posso evitar a baixa de açúcar no sangue?  A melhor maneira de prevenir a baixa de açúcar no sangue é:
● Verifique os níveis de açúcar no sangue com frequência – conforme indicação médica.
● Conheça os sintomas da glicemia no sangue e esteja apto e pronto para tratá-lo nos estágios iniciais.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Como tratar gripes e resfriados na 3ª idade



A partir dos 65 anos, é preciso ter um cuidado especial com a saúde para evitar que pequenos problemas se transformem em grandes complicações, como gripes que evoluem para pneumonia com mais facilidade. O pneumologista Mauro Gomes (CRM/SP 59917) dá algumas dicas sobre cuidados necessários durante a terceira idade para evitar complicações decorrentes de gripes e resfriados.
Seggundo o médico, a gripe e os vírus são os mesmos, independentemente da idade. O que modifica, no caso do idoso, é a maior possibilidade de complicação. A principal é a pneumonia, infecção dos pulmões por bactérias ou pelo próprio vírus da gripe. Por isso, o indivíduo que está com 65 anos ou mais deve se cuidar e estar atento aos sintomas para tratar rapidamente.
É possível que um idoso adquira o vírus da gripe por meio da tosse, espirro e fala de pessoa para pessoa, diretamente pelo ar ou por objetos que foram manipulados pelo doente. O indivíduo é contaminado quando inala as partículas do vírus ou quando toca os objetos contaminados e leva sua mão aos olhos, nariz ou boca. Mesmo o idoso tendo sido vacinado contra a gripe, isto não impede que ele tenha um quadro gripal, mas sim, reduz a chance dele ter um quadro gripal grave.
Se por acaso o idoso apresentar os sintomas da gripe, é importante que a família não hesite em procurar ajuda médica, de preferência o médico que já acompanha o idoso. “Apesar da fragilidade de uma pessoa com 65 anos ou mais, os acompanhantes não devem deixar de levá-la ao hospital por receio de sofrer uma nova infecção. É uma oportunidade de cuidar precocemente e evitar uma complicação mais grave”, diz o pneumologista.
Ainda segundo o dr. Mauro, além do auxílio de um especialista, é essencial que o idoso informe todos os medicamentos de uso rotineiro e também se ele possui já alguma outra doença prévia. O tratamento da gripe é muito semelhante para todos. Porém, na terceira idade, normalmente outros medicamentos já são tomados e a somatória deles podem gerar efeitos colaterais. Além disso, é necessário saber se as funções do rim e do fígado estão normais, pois são os órgãos responsáveis por metabolizar os medicamentos.
Vale ressaltar que o envelhecimento da população continua sendo uma tendência no Brasil. De acordo com o IBGE, o país tem mais de 20 milhões de idosos e, até 2060, a expectativa é que esta faixa etária represente 26,7% da população – 58,4 milhões de idosos em uma população com 218 milhões de pessoas.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Vamos cuidar da visão dos nossos velhinhos!


Hoje é comemorado o Dia do Idoso. A data traz à tona questões ligadas à saúde na terceira idade, especialmente à saúde dos olhos, que tende a se debilitar com o avanço dos anos. Admirar os netos que brincam, assistir aos programas da televisão, ler, enfim, realizar tarefas simples do cotidiano, costumam ser afetadas pelos problemas de visão. Nessa fase da vida, as doenças mais comuns são a catarata, presbiopia, glaucoma, degeneração macular e retinopatia diabética.
O  ideal, segundo o oftalmologista Hilton Medeiros, é que os idosos consultem um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano e sempre que aparecer qualquer sintoma diferente, como, por exemplo, ponto preto na visão, vista embaçada ou distorção das linhas retas quando se tampa um dos olhos. Segundo ele, quanto antes forem detectados os problemas, menor será a perda da acuidade visual.
Dificilmente pessoas mais velhas escaparão de ter catarata e presbiopia, mais conhecida como vista cansada. A primeira caracteriza-se pela perda de transparência do cristalino, levando ao embaçamento da visão, e o único tratamento é a cirurgia de implante de uma lente intraocular. Já a presbiopia é ocasionda pelo enrijecimento dos músculos ciliares, que perdem a capacidade de focar as imagens próximas. Neste caso, a pessoa terá de usar óculos ou lentes de contato, ou se submeter a uma cirurgia de implante de uma microlente que corrige o foco e se ajusta à retina.
A degeneração macular, maior causa de cegueira em pessoas acima de 60 anos no mundo, resulta em uma perda de visão no centro do campo visual por danos na retina. É uma doença que pode ser tratada apenas na sua fase inicial. O problema impossibilita o idoso de ler, reconhecer as cores, dirigir veículos, entre outras atividades. Entre as causas do surgimento da doença estão o excesso de exposição aos raios solares e o baixo consumo de frutas e verduras, que  tenham vitamina E, betacaroteno, zinco e cobre.
O glaucoma provoca o aumento da pressão nos olhos e pode ser causado por um grupo de doenças que atingem o nervo óptico e envolvem a perda de células ganglionares da retina. Normalmente não causa sintomas e o indivíduo perde a visão de forma irreversível. Por meio de exames frequentes, a doença pode ser prevenida ou atrasada com tratamento.

Idosos diabéticos precisam manter o adequado controle dos níveis glicêmicos, já que a retinopatia diabética, decorrente desse descontrole, pode causar danos visuais irreversíveis ou ainda cegueira. 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A importância do exercício físico no tratamento da depressão


A depressão é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, devido à sua alta morbidade e mortalidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde o aumento absoluto e relativo de idosos ocorreu em vários países, tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento, ao longo das últimas décadas.
No Brasil, a expectativa de vida estimada para 2050 é de 81,3 anos e espera-se que até 2025 o país seja o sexto do mundo com o maior número de pessoas idosas. Com isso, é esperado também que aumente a prevalência de morbidades que estão associadas ao envelhecimento. Especificamente no idoso, a depressão está relacionada a múltiplos fatores, entre eles tristeza, sentimento de culpa, solidão, isolamento social, fadiga, perda de peso, queixa de dores, os quais também podem contribuir para piora no desempenho cognitivo e funcional.
Segundo os educadores físicos Raphael da Silva e Francisco Felix Coco, esses sintomas são mais acentuados em deprimidos idosos do que em deprimidos jovens e contribuem para o declínio cognitivo e do condicionamento físico nessa faixa etária.
Diversos estudos têm mostrado que o exercício físico é considerado um dos métodos mais eficazes no tratamento da depressão. Como já elucidado em diversos estudos, o exercício físico melhora a força muscular em aspectos gerais e a condição cardiorrespiratória aumentando, assim, a capacidade funcional do idoso, proporcionando-lhe mais independência, evitando a fadiga e a perda de peso (proporcionada pela diminuição de massa muscular), aumentando seu desempenho físico. Esses benefícios são maximizados quando praticado em grupo e acompanhado por um profissional especializado, diminuindo assim a solidão e isolamento social causado pela depressão.
Estudos mostram que o exercício físico contribui para o desenvolvimento da formação de novos neurônios no hipocampo, do mesmo modo que os antidepressivos e a terapia eletroconvulsiva, e também pode estar relacionado com o aumento de dopamina e serotonina, que está envolvida com o desempenho motor, a motivação locomotora, a modulação emocional, bem-estar e sensação de prazer.

domingo, 20 de abril de 2014

Envelhecimento x exercício físico

O envelhecimento era considerado, do ponto de vista funcional, a capacidade de adaptação homeostática perante situações de sobrecarga do organismo. Entretanto, hoje é considerado um processo fisiológico que deve ser entendido como um continuum, que começa com a concepção e termina com a morte.
As mudanças trazidas pelo envelhecimento são, na maioria das vezes, conhecidas, mas não é possível afirmar se são dependentes do envelhecimento primário (nossa bagagem genética) ou secundário, este caracterizado pelos fatores externos, como alimentação, fumo, prática de atividade física, consumo de álcool e aspectos sócioeconômicos, que poderão atenuar ou prejudicar o envelhecimento.
Para o especialista em condicionamento físico para cardiopatas pelo Incor-FMUSP Paulo Roberto Bueno (CREF 875-G), por outro lado, a modificação ou eliminação dos fatores externos pode proporcionar uma velhice saudável, caracterizada por baixo risco de doença e de incapacidade funcional, funcionamento físico e mental ótimos e envolvimento ativo com a vida. "O envelhecimento é um processo complexo, e não se pode definir um único ‘modelo de idoso’ que englobe a grande variabilidade interindividual existente nesse segmento etário, pois as pessoas envelhecem em diferentes velocidades e modos, mesmo sendo de uma mesma comunidade", diz ele.
exercicio
Recomendações e orientações para a prática do exercício físico
Segundo Paulo, considerando que o processo de envelhecimento ocorre em todos os órgãos e sistemas do corpo humano e que eles têm o mesmo grau de importância na funcionalidade física e mental dos idosos, uma prescrição de programa de exercícios físicos deve considerar a estimulação equilibrada de todos os sistemas corporais. Assim, aspectos como postura e equilíbrio do corpo, reações e movimentos rápidos, controlados e precisos, devem ser treinados, estimulando funções neuromotoras, que devem ser ativadas tanto quanto as funções cardiorrespiratórias e músculos esqueléticos, de acordo com a capacidade funcional que o idoso apresenta, respeitando suas necessidades de manutenção da saúde e interesses pessoais.
O principal objetivo da prática de atividade física para o idoso é ampliar ao máximo possível sua expectativa de vida ativa e com qualidade, promovendo a sua independência física e cognitiva, de forma que uma eventual doença ou incapacidade só se manifeste nos últimos tempos de sua vida.