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terça-feira, 20 de julho de 2021

A importância dos exercícios físicos para os diabéticos

 


De acordo com o Atlas de 2019 da International Diabetes Federation (IDF), o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de países com o maior número de casos de diabetes, ficando atrás da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Os dados também apontam que, do total de 16,8 milhões de brasileiros, 95 mil portam diabetes tipo 1.

Medicações e mudanças nos hábitos alimentares são os principais tratamentos contra a doença, mas praticar exercícios físicos regulares também favorecem muito. "Qualquer atividade física pode e deve ser praticada pelo paciente com diabetes, pois ajuda muito no controle da glicemia e assim será possível reduzir as doses de insulina ou das medicações", disse Bruna Manes Laudano, médica especializada em endocrinologia.

E o ideal é seguir as recomendações estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS): praticar 150 minutos de exercícios semanais, intercalando entre treinos anaeróbicos (musculação) e aeróbicos (corrida, caminhada). "Se o paciente estiver com a glicemia controlada, o exercício vai ajudar a manter o controle. Porém, se ela estiver descompensada, o paciente pode entrar em cetoacidose", alerta.

Não exagere nos treinos

Mencionado pela doutora Bruna, a cetoacidose diabética é um quadro de descompensação de diabetes por falta da ação de insulina, que, se não tratado, pode levar ao coma. Os sintomas incluem sede, micção frequente, náuseas, dor abdominal, fraqueza, hálito cetônico (odor característico, similar ao de frutas envelhecidas) e confusão mental.

Assim, ela alerta os pacientes com diabetes tipo 1, pois eles "devem ter mais cuidado com a hipoglicemia, que pode aumentar durante o treino. Eles devem sempre avaliar a glicose no pré-treino e se alimentar corretamente para praticar a atividade física", ressaltou.

Segundo a especialista, uma observação é muito importante: "NÃO podem realizar qualquer atividade física os pacientes com glicemia maior que 250NG/DL e que apresentem sinais de cetose, e indivíduos o qual a glicemia for maior que 300NG/DL, seja com ou sem cetose".

 

domingo, 17 de abril de 2016

Quais exames um pré-natal deve conter?

Tão logo seja descoberta a gravidez, a futura mamãe iniciará o pré-natal com o suporte de um obstetra de confiança, para identificar situações que podem interferir tanto em sua saúde quanto na do feto.
Esse acompanhamento será feito por meio de exames que indicarão quais os cuidados pré-natais e possíveis tratamentos. O obstetra e ginecologista Mário Burlacchini enumera quais os principais, de acordo com a fase da gestação:
Primeira consulta
A primeira providência é fazer o exame de sangue para confirmar a gravidez. Com o resultado positivo em mãos, o especialista solicita:
·         Ultrassom transvaginal (se o atraso da menstruação já estiver por volta de 6 a 7 semanas): avalia se o embrião está implantado adequadamente no útero, qual o tempo da gravidez, se é gemelar e se é ectópica, ou seja, ocorre nas trompas;
·         Hemograma completo: checa os níveis de globulina e a necessidade de reposição de vitaminas;
·         Tipagem sanguínea para fator RH: identifica se mãe possui RH negativo;
·         Glicemia: aponta se a mulher é diabética;
·         Sorologia para rubéola, toxoplasmose, HIV, sífilis e hepatites A e B: se identificadas, estas doenças podem resultar em malformações fetais;
·         Urina tipo 1: investiga infecções e doenças renais;
·         Parasitológico de fezes (exame de rotina);
·         Papanicolau, se mulher realizou há mais de um ano.
1º trimestre/entre 11 e 14 semanas
·         Ultrassom morfológico: avalia as malformações fetais e a translucência nucal, a qual pode dar indícios da Síndrome de Down; para confirmar este quadro fazem-se os exames beta HPG livre e PAPP-A.
2º trimestre / entre 20 e 24 semanas
·         Ultrassom para acompanhar crescimento fetal, peso e líquido da placenta;
·         Glicemia com sobrecarga: retira-se sangue depois da ingestão de uma alta taxa de glicose a fim de averiguar a ocorrência de diabete gestacional.
3º trimestre
Entre 30 a 32 semanas
·         É o período ideal para realização do ultrassom 3D (imagem estática) ou 4D (imagem com movimento): com essa tecnologia é possível ver melhor órgãos internos do feto, como o funcionamento do pulmão. São mais indicados para casos de desconfiança de malformações, em virtude do grande detalhamento da imagem, e nas gestações normais contribuem para aumentar ainda mais o vínculo entre pais e nenê.
Entre 34 a 36 semanas
·         Ultrassom obstétrico: verifica o desenvolvimento do feto de acordo com a idade gestacional;
·         Repetição do exame para HIV e sífilis: é importante rastrear novamente, porque essas doenças podem ser transmitidas ao bebê durante o parto;
·         Streptococus do grupo A (bactéria existente no trato intestinal normalmente): pesquisar se há na vagina ou no ânus, pois no parto pode passar à criança e gerar infecção pulmonar – importante causa de morte no primeiro dia de vida do recém-nascido.
SINAL DE ALERTA
Segundo o dr. Burlacchini, algumas gestantes requerem cuidados adicionais e um acompanhamento ainda mais criterioso, quando apresentarem:
·         Hipertensão: são solicitados exames para aferição do nível de colesterol,  coagulação sanguínea, além de exames de ureia, creatinina, proteína na urina de 24h e ácido úrico, para checar a função renal. Faz-se também ultrassom para averiguar crescimento fetal e teste de vitalidade fetal, que verifica oxigenação, bem-estar e nutrição.
·         Diabetes: a gestante deve controlar a glicemia com o exame do furinho do dedo – de 5 a 7 vezes por dia.
·         Problemas hematológicos: investiga trombofilia.
·         Cardiopatia: edocardiografia, eletro e ecocardiograma fetal, quando há histórico de a mulher ter nascido com cardiopatia congênita ou tiver filho com problemas no coração.
·         Contrações antecipadas: faz-se a fibromectina fetal para verificar se bebê corre risco de nascer antes do tempo


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Saiba quais exames não podem faltar antes de começar a correr

Entrar em forma e manter a saúde em dia é um desejo de grande parte dos brasileiros. E uma das maneiras de conseguir um resultado satisfatório e prazeroso é a corrida de rua. Mas antes de dar o pontapé inicial na atividade física que conta com mais de 6 milhões de adeptos no Brasil, é necessário passar por uma Avaliação Clínica de Pré-Participação (APP).
“Nessa avaliação, o médico vai solicitar exames de acordo com a idade para verificar a possibilidade de presença de doenças e com a intensidade da atividade, variando desde lazer, passando por amador até profissional”, explica Luiz Augusto Lavalle, médico cardiologista do Hospital São Vicente – FUNEF, de Curitiba.
Nos casos mais simples, além da avaliação clínica inicial, são realizados eletrocardiograma, hemograma completo, glicemia de jejum, ureia e creatinina, lipidograma completo e ácido úrico. “Hepatograma (TGO, TGP, gama-GT, bilirrubinas, TAP/INR), exame de urina e exame parasitológico de fezes completam a lista”, detalha o especialista.
Já os exames funcionais, como o teste de esforço, ecocardiograma de estresse e cintilografia, são indicados para atletas ou pessoas com mais de 60 anos de idade. “Fora desse quadro, a necessidade de exames funcionais vai depender dos resultados da Avaliação Clínica Pré-Participação. Se houver alguma normalidade na APP, pode resultar em outros tipos de exames cardiológicos e não cardiológicos”, lembra Lavalle.
Atestado liberatório
O cardiologista salienta que ao final da avaliação o médico terá de fornecer ao paciente um atestado de aptidão ou liberatório para as corridas. Neste atestado, deverá constar o tipo de esporte para o qual a pessoa está apta de acordo com uma classificação específica que leva em conta a estática e a dinâmica da modalidade. “Não há nada que substitua a avaliação clínica inicial”, completa o médico.
Exames obrigatórios na Avaliação Clínica de Pré-Participação (APP):
  • Eletrocardiograma;
  • Hemograma completo;
  • Glicemia de jejum, ureia e creatinina;
  • Lipidograma completo;
  • Ácido úrico;
  • Hepatograma (TGO, TGP, gama-GT, bilirrubinas, TAP/INR);
  • Exame de urina;
  • Exame parasitológico de fezes.
Exames obrigatórios para pessoas acima de 60 anos ou atletas:
  • Teste de esforço;
  • Ecocardiograma de estresse;
  • Cintilografia.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Você sabe o que é o pré-diabetes?

Aproximadamente 10% da população brasileira apresentam altos riscos de desenvolver diabetes tipo dois em alguma fase da vida. Pessoas acima dos 40 anos, com sobrepeso, sedentárias e que apresentam histórico familiar fazem parte deste grupo. Mulheres que tiveram diabetes na gestação, também correm maior risco. Porém, antes do estabelecimento da doença, existe uma fase conhecida como pré-diabetes. O que poucos sabem é que já nesta fase o organismo sofre diversos danos.
“Considera-se portador de diabetes o indivíduo que apresenta um índice glicêmico em jejum acima de 125 mg/dl (nível de açúcar por decilitro de sangue). Uma pessoa saudável apresenta índices inferiores a 100 mg/dl. No intervalo entre estes dois valores, precisa-se aprofundar na investigação”, explica a dra. Suemi Marui, endocrinologista do Alta Excelência Diagnóstica (http://blog.altadiagnosticos.com.br/).
Estima-se que hoje existam aproximadamente oito milhões de brasileiros nesta faixa e nos próximos cinco anos, 35 milhões de pessoas devem desenvolver o pré-diabetes. O mais grave é que metade deles deve evoluir para a versão plena da doença e a mesma quantidade não está ciente disso. “Isso acontece porque a condição não apresenta sintomas claros e, na maior parte das vezes, só é diagnosticada após a realização da curva glicêmica ou com a análise conjunta da hemoglobina glicada”, informa a especialista.
Além do fator genético não modificável, a alimentação inadequada, o sedentarismo e a obesidade são fatores que têm favorecido o aumento de casos de diabetes tipo dois. A gordura sedimentada na região abdominal é ainda mais grave, pois dificulta a ação da insulina produzida pelo corpo. Há ainda registros de jovens desenvolvendo a doença, por conta de uma alimentação inadequada na infância.
O diabetes tipo dois apresenta complicações como insuficiência renal, doenças cardiovasculares e neuropatias (complicação que afeta os nervos das extremidades do corpo). Apesar de não apresentar riscos elevados, especialistas acreditam que durante o pré-diabetes, 50% da produção de insulina está comprometida, o que propicia o aumento progressivo dos níveis de açúcar.
Prevenção
Segundo a dra. Suemi, dietas balanceadas e a manutenção de peso adequado para a idade e altura, são fundamentais para manter o nível de açúcar normal. O excesso de peso exige uma maior produção de insulina pelo pâncreas, para manter a glicemia dentro dos valores normais. Quando a produção pelo pâncreas não é suficiente, ocorre o pré-diabetes e consequentemente em alguns anos, aparece o diabetes.
De uma forma geral, atividades físicas são essenciais e devem ser estimuladas desde cedo, já que melhoram o nível glicêmico. Trinta minutos diários de atividades aeróbicas ajudam a combater o pré-diabetes.
Exames
Glicemia em jejum: este é o exame que mede o nível de açúcar no sangue, no momento em que é realizado após pelo menos 8 horas sem se alimentar. O ideal é manter os níveis entre 70 e 99 mg/dl. Os valores entre 100 e 125 mg/dl sugerem uma investigação para excluir o pré-diabetes ou mesmo o diabetes. Valores maiores que 126 já indicam diabetes. Uma glicemia acima de 200 mg/dl, feita a qualquer hora indica diabetes.
Hemoglobina glicada: um dos métodos úteis para o diagnóstico da diabetes ou pré-diabetes é o teste de hemoglobina glicada. Observa-se elevação dos valores da hemoglobina glicada quando os valores da glicemia ficam altos. Ao contrário da dosagem de glicemia, este exame apresenta indiretamente as concentrações de açúcar nos últimos três meses. Valores entre 5,8% e 6,4% sugerem o pré-diabetes.
Teste de tolerância à glicose oral ou curva glicêmica: para realizar este exame é necessário jejum de 8h a 12h e evitar esforço físico no dia anterior. O exame mede a glicose no sangue em jejum e 2 horas após ingestão de líquido com quantidade 75 gramas de glicose. Valores entre 140 e 200 mg/dl após 2 horas indicam pré-diabetes.

domingo, 23 de novembro de 2014

Diabetes: saiba como evitar a hipoglicemia

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) orienta idosos e seus familiares aos cuidados para se evitarem episódios de hipoglicemia, uma complicação que consiste na baixa da taxa de açúcar no sangue e acomete predominantemente diabéticos e, principalmente, aqueles que estão em tratamento com medicamentos. Segundo dados do Ministério da Saúde, idosos acima dos 65 anos são os que mais sofrem com diabetes, sendo 21,6% das pessoas nessa faixa etária portadores da doença. O diabetes tipo 2 é o mais comum.
Segundo o presidente da Sociedade, o geriatra João Bastos Freire Neto, nas pessoas idosas as funções dos rins e outros órgãos, podem apresentar comprometimento e, assim, alterar o metabolismo dos medicamentos e da insulina no organismo, o que pode contribuir para um risco aumentado de hipoglicemia.
Sudorese, tremores, agitação, sensação de fome, de fraqueza são alguns dos sintomas leves que caracterizam o quadro de hipoglicemia. Já a confusão mental, turvação da vista, convulsão e, até mesmo desmaios, são reflexos de um quadro acentuado de uma condição hipoglicêmica. Manter a ingestão de alimentos de três em três horas também é uma atitude simples, mas que ajuda a garantir a glicemia equilibrada no organismo.

É ideal buscar um meio de aferição da glicemia já ao primeiro sinal de uma baixa. Como um primeiro socorro no caso de hipoglicemia, Bastos indica que se tenha sempre à mão uma fonte de açúcar que possa ser consumida rapidamente. “Balas, mel, uma colher de café de açúcar. Estas são algumas medidas simples, que podem ser adotadas para subir a taxa de glicemia”, relata o presidente da SBGG.

O não-controle do diabetes pode causar cegueira, amputação de membros, insuficiência renal, derrame cerebral, disfunção erétil, úlcera nos pés, depressão, entre outros problemas. E aumentam os riscos de incontinência urinária, quedas e demências.
Conheça algumas das circunstâncias que levam pessoas com diabetes a apresentarem hipoglicemia: 
● Tomar muito remédio, incluindo insulina ou certos comprimidos para diabetes
● Alimentação inadequada
● Realizar atividades físicas sem comer algo (lanche) ou reduzir a dose de insulina (injetável ou oral)
● Manter longo período de ingesta de alimentos entre as refeições
● Consumir bebida alcoólica em excesso
Sintomas
Diferem de pessoa para pessoa e podem alterar ao longo do tempo. Nas primeiras fases da redução da taxa de açúcar pode ocorrer:
● Suor ou tremor
● Sensação de fome
Ao identificarem alguma destas situações é indicado verificar o nível de açúcar no sangue e, conforme o resultado tratá-lo. 
Em casos avançados da hipoglicemia a pessoa apresenta:
● Dificuldade para andar ou sensação de fraqueza
● Visão turva
● Confusão mental ou agir de forma diferente do habitual
● Convulsão
Algumas pessoas não apresentam sintomas durante as primeiras fases de baixa de açúcar no sangue. Nestes casos aumenta a chance de os sintomas aparecerem apenas em estágio grave. Os médicos chamam este quadro de “desconhecimento hipoglicêmico”, comum em pessoas com o seguinte perfil:
● Ter tido diabetes tipo 1 há mais de 5 a 10 anos
● Use insulina para manter seu nível de açúcar no sangue sob controle
● Ingira uma grande quantidade de álcool
● Faça uso de medicamentos para a pressão alta ou diabetes
Como posso evitar a baixa de açúcar no sangue?  A melhor maneira de prevenir a baixa de açúcar no sangue é:
● Verifique os níveis de açúcar no sangue com frequência – conforme indicação médica.
● Conheça os sintomas da glicemia no sangue e esteja apto e pronto para tratá-lo nos estágios iniciais.