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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Como aliviar as cólicas do bebê?


As cólicas em bebês recém-nascidos são muito comuns e assustam, principalmente, os papais de primeira viagem. A manifestação do incômodo se dá por meio de um choro inconsolável, súbito e inexplicável. Porém, de acordo com o pediatra do Hospital Edmundo Vasconcelos, Eduardo Brandina, não há motivo para pânico; as cólicas em lactantes são comuns e seus episódios se iniciam a partir da segunda semana de vida, atingindo o pico entre a quarta e a sexta e com melhora considerável após o terceiro mês.

Até o momento, as pesquisas acerca das causas da cólica em lactantes são inconclusivas, entretanto, algumas hipóteses têm sido associadas ao incômodo, como imaturidade no sistema nervoso central do bebê, anormalidades na produção de hormônios gastrointestinais, alteração da motilidade intestinal – capacidade de mobilidade do intestino – e até mesmo fatores externos, como barulho, claridade e agitação. Algumas pesquisas indicam ainda que, bebês que não se alimentam pelo leite materno, têm duas vezes mais chances de incidência de cólicas.

"Por não se saber ao certo a causa da cólica em recém-nascidos, ainda não há um tratamento eficaz, porém, algumas dicas simples podem ajudar a trazer conforto nessa hora delicada: manter-se tranquilo para transmitir calma ao bebê, pegá-lo no colo, deixar a barriga do pequeno em contato com a da mãe, a fim de transmitir calor e conforto. Além disso, manter o ambiente a meia luz e com música suave, colocar compressas mornas na barriga, fazer massagem circular e dar banho morno", afirma Eduardo Brandina.

O tratamento com medicamentos, chás ou outros métodos de controle da dor só deve ser realizado sob orientação do pediatra. O especialista alerta para a importância do acompanhamento médico. "O exame clínico é fundamental para descartar quaisquer outras razões para o choro da criança", diz.

Eduardo Brandina chama atenção ainda para uma moda perigosa: o uso do colar de âmbar nos bebês. Trata-se de um colar feito de uma resina vegetal que atuaria como analgésico e anti-inflamatório pela presença do ácido succínico, mas não existe nenhuma comprovação científica de sua eficácia. "Além disso, seu uso traz grande risco de asfixia ao lactente, tanto por estrangulamento quanto por aspiração", afirma.


A cólica em recém-nascidos por mais traumática que seja, é uma condição transitória que não traz riscos ao bebê e nem interfere em seu desenvolvimento.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Mitos e verdades sobre amamentação




No dia 1º de agosto celebra-se o Dia Mundial da Amamentação, data que tem como objetivo promover o exercício do aleitamento materno e estimular a criação de bancos de leite em todo o país, os quais contribuem no combate da desnutrição infantil.
Além de o leite materno ser o alimento mais completo para o desenvolvimento do bebê, a amamentação contribui para criar um laço entre mãe e filho. “O aleitamento está relacionado ao desenvolvimento emocional do bebê, pois promove uma forte ligação com a mãe, transmitindo-lhe segurança e carinho, de modo a facilitar, mais tarde, o seu relacionamento interpessoal e, ainda, contribui para o desenvolvimento psicomotor do bebê”, destacam Luciana Santos e Natalia Modica, enfermeiras da Criogênesis.
Em meio a tantas informações, é comum que as mamães tenham diversas dúvidas. Para auxiliá-las, as enfermeiras respondem algumas das questões mais recorrentes sobre o tema.     


             Algumas mulheres têm leite fraco
MITO. No início da amamentação o primeiro leite, chamado de colostro, é aquoso, o que pode dar a impressão de que o leite é fraco. Entretanto isso não é verdade, uma vez que a substância é rica em anticorpos essenciais para garantir a saúde da criança.

          Amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama

VERDADE. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a amamentação completa diminui de 3 a 4% o risco de a mulher desenvolver o câncer de mama. Mulheres que amamentam por mais de seis meses têm menos chances de desenvolver a doença devido à substituição de tecido glandular por gordura nas mamas.

          Passar produtos nos seios previne rachaduras

MITO. Não use sabonetes, álcool, pomadas ou perfume. A limpeza deve ser feita apenas com água. A pomada a base de lanolina, deve ser utilizada sempre na aréola e mamilo, pois é utilizada para tratamento das feridas. Em volta da mama pode utilizar o creme de estrias normal já utilizado na barriga.

           Existe uma posição ideal para amamentar

VERDADE. O fundamental é que ambos estejam confortáveis e relaxados, mas é importante observar o alinhamento entre o corpo e a cabeça da criança, abdômen do bebê encostado ao abdômen materno e queixo tocando a mama. A criança deve estar apoiada pelo braço da mãe, que envolve a cabeça, o pescoço e a parte superior do seu tronco. A boca precisa estar bem aberta com o lábio inferior para fora recobrindo quase toda a aréola (como uma “boca de peixe”) enquanto a porção superior da aréola pode ser visualizada.

          Apenas a pega incorreta pode desencadear fissura nos mamilos

MITO. Outros fatores como clima, resíduos de detergente nas roupas, loções aplicadas na região da mama, sabonetes, talco, produtos para cabelo, desodorante ou perfume, podem influenciar no ressecamento dos seios. O uso incorreto de bombinhas para extrair o leite também pode causar o aparecimento de rachaduras, pois certos equipamentos, quando utilizados de forma mais brusca, podem ferir o tecido mamário e romper os capilares. Por isso, recomenda-se colocar o dedo mínimo no canto da boca do bebê para ele soltar o vácuo que está fazendo na mama, antes de retirá-lo.

          Quem tem prótese de silicone não pode amamentar

MITO. O silicone não interfere na qualidade do leite materno, pois as próteses ficam localizadas abaixo das glândulas mamárias. Vale ressaltar que existem várias maneiras pelas quais as próteses podem ser colocadas e a maioria delas não oferece nenhum risco. A exceção fica por conta dos procedimentos conhecidos por periareolar e transareolar, em que o enchimento é inserido pelas aréolas dos seios.

          Amamentar deixa os seios flácidos

MITO. É importante ressaltar que a flacidez dos seios ocorre em função da gravidez e não da amamentação, portanto, o fato de não amamentar para evitar o problema não tem fundamento.

        Durante o aleitamento o consumo de chocolate deve ser controlado
VERDADE. A mãe pode comer chocolate, mas sem exageros. Quantidades superiores a 400 gramas de chocolate por dia causa irritabilidade ou aumento da peristalse do intestino do bebê – causando cólica e dor de barriga.

       O bebê deve mamar a cada duas ou três horas
MITO. A criança em aleitamento materno exclusivo deve mamar em livre demanda, ou seja, na hora que quiser. Porém, após 3 horas de jejum, aumenta o risco de hipoglicemia, devendo-se oferecer a mama ao recém-nascido para minimizar o risco.

        A amamentação deve ser exclusiva até os seis meses
VERDADE. As recomendações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Academia Americana de Pediatria é de que a amamentação seja exclusiva até os 6 meses de vida para garantir a saúde dos bebês e imunizá-los contra doenças respiratórias, diarreias, doenças crônicas, problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e osteoporose. Após esse período, inicia-se a inclusão de alimentos na dieta da criança, conforme orientação do pediatra, que ocorre até os dois anos de idade. Recomenda-se que não fique mais de 4h de jejum.



sábado, 7 de julho de 2018

BCG: proteção na primeira fase da vida



Os primeiros dias de vida do bebê são muito importantes, principalmente para a proteção contra doenças infectocontagiosas, como a tuberculose. A prevenção feita com algumas vacinas é essencial para garantir qualidade de vida nos primeiros anos e reduzir riscos também na vida adulta. A BCG (Bacilo Calmette-Guérin), uma das vacinas dadas no recém-nascido, imuniza contra a tuberculose. Feita com a bactéria viva atenuada, é aplicada intradérmica.

- A vacina não previne as doenças na fase adulta, mas na faixa etária pediátrica o objetivo é prevenir meningite tuberculosa ou tuberculose disseminada – ressalta a dra. Renata Coutinho, infectologista do Hospital Rios D’Or.

A BCG faz parte do Calendário Básico de Vacinação e é obrigatória para menores de um ano, que devem ser vacinados de preferência antes de deixar a maternidade. A vacina é contraindicada para crianças que tenham suspeita de imunodeficiência – identificado no teste do pezinho – e para crianças que já tiveram contato com a doença. Nesse caso, a vacina não é feita inicialmente.

Algumas reações podem se manifestar, desde aplicação da vacina até seis meses após. A mais comum é uma pequena lesão, que se transforma em uma elevação da pele e, posteriormente, em uma cicatriz.

- Mesmo nos imunocompetentes algumas reações locais podem acontecer, mas no geral é uma vacina bem segura. No local pode acontecer um abcesso frio, que é o pus; pode haver aumento dos linfonodos, sem dor e calor, ou úlcera, que é normal por conta da aplicação da vacina, a não ser que seja maior que 1 cm. Nesse caso, recomenda-se procurar um pediatra para o tratamento do local, alerta a especialista.


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

O bebê define a hora certa de amamentar


O universo da maternidade é cercado por muitas dúvidas. Uma delas é de quanto em quanto tempo a mãe deve amamentar o bebê para que ele seja saudável. A pediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Miquelina Lucia Santarsiere Etchebehere, explica que o aleitamento materno deve ser livre demanda, ou seja, feito sempre que o bebê tiver fome.

Muitas vezes, a insegurança das mães pode atrapalhar este ato e criar normas que não existem. A pediatra ressalta que com o aleitamento materno não pode, nem deve existir uma preocupação em relação à quantidade de vezes oferecidas. “Amamentar de três em três horas é apenas uma média de ingestão de alimento. Quando a criança chora, você pode dar de mamar.”

De acordo com a médica, nem sempre o bebê chora por fome. “Tirando todos os desconfortos, como dores, temperatura, posição, se mesmo assim continuar chorando, a mãe deve amamentar”, afirma. Mas alerta para que esse processo seja feito apenas quando o alimento for exclusivamente o leite materno. Alimentar com complemento ou leite artificial não deve ser livre demanda.

De acordo com a especialista, oferecer o leite materno sempre que o bebê estiver com fome não traz nenhum risco ao peso ou mesmo de ocorrer uma sobrecarga de alimentação. “Com bebês pequenos isso não acontece, eles choram de fome e têm uma capacidade gástrica pequena. Se ele mamar mais do que suporta, vai regurgitar esse leite.”

A importância da amamentação é enfatizada pela pediatra, pois fortalece a relação entre mãe e filho e traz grandes benefícios à saúde de ambos. “A mãe volta ao peso de antes da gravidez mais rapidamente e a criança controla o peso. Já os bebês amamentados com mamadeiras tendem a ser mais obesos do que os alimentados com leite natural”, complementa a médica.


Outro ponto importante neste processo, segundo Miquelina Lucia Santarsiere Etchebehere, é a qualidade do leite. “Por mais que os artificiais sejam modificados para imitar o alimento materno, o leite natural é específico, com todas as vantagens possíveis, como a passagem de anticorpos à criança”, reforça a pediatra.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Bebês: quando começar a usar protetor solar?


No início deste ano circulou pelas redes sociais e sites de notícia a história de um bebê australiano de três meses que teve uma alergia grave após sua mãe usar um protetor solar, supostamente destinado ao uso infantil e utilizando desenho animado famoso na divulgação. A criança acabou precisando ficar internada por duas noites em um hospital da cidade de Queensland, na Austrália, com queimaduras e vermelhidões em toda pele, mesmo não tendo sido exposto ao sol. A dermatologista Livia Pino alerta para o fato de este episódio não ser tão raro quanto parece.

“O uso de protetor solar é importante para crianças e adultos, mas é fundamental que os pais e responsáveis observem a indicação adequada. Nós dermatologista só recomendamos o uso de protetor solar a partir dos seis meses. Antes disso, orientamos usar apenas roupas, chapéu e outras formas de proteção física. Evite a exposição solar excessiva, saia com seu bebê ao sol apenas nos horários recomendados e consulte o dermatologista”, orienta a médica.

Ao mesmo tempo que é perigoso, a exposição ao sol é também benéfica e a diferença entre o bem e o mal está na dose certa e no horário. Nos primeiros banhos de sol, a duração deve ser de 2 minutos, suficientes para que o organismo dos bebês sintetize a vitamina D e previna o raquitismo. Aos poucos, a partir do sexto mês, o tempo de exposição pode ser aumentado entre 10 e 20 minutos por dia. Nessa fase, deve-se expor a criança ao sol apenas nas pernas e nos braços. Crianças com mais de 3 anos e adultos podem ficar mais tempo expostos, mas nada acima dos 30 minutos sob o sol quente. O ideal é intercalar sol e sombra. E o horário deve ser respeitado: antes das 10h e após 16h.

“Queimaduras solares na infância estão relacionadas com o desenvolvimento de câncer de pele na vida adulta. A pele do bebê é muito delicada e mais sujeita a alergias. Porém devemos lembrar que qualquer pessoa está sujeita a desenvolver reação a qualquer produto”, destaca a dra. Livia.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 70% das radiações que irão causar câncer de pele na vida foram recebidas na infância; por isso, recomenda-se que somente se leve a criança à praia após os 12 meses de vida.


quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Mitos e verdades da amamentação


A Semana Mundial do Aleitamento Materno, período entre 1 a 7 de agosto, traz a discussão sobre o desafio de conciliar trabalho e amamentação. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta e tira as principais dúvidas sobre o aleitamento materno, que além de nutrir, fortalece a relação entre mãe e bebê. Para o diretor de comunicação da entidade, Rodrigo Lima, o leite materno é essencial para o desenvolvimento saudável do bebê e deve ser o alimento exclusivo até os seis meses de idade.

Conheça os mitos e verdades sobre a amamentação:

A criança pode ser amamentada até três anos de idade ou mais.
VERDADE. Embora seja necessário introduzir outros alimentos após o sexto mês de vida, não há duração máxima para o aleitamento, sendo esta uma decisão da mãe.

É necessária a higienização das mamas antes e depois do aleitamento com água e gaze.
MITO. Não há necessidade de qualquer preparo da mama antes de oferecer o leite materno ao bebê.

A química do cigarro e álcool pode ser transmitida para o bebê pelo leite.
VERDADE. Além do álcool e de substâncias presentes no cigarro, até mesmo medicamentos podem passar para o leite materno, e o uso de substâncias deve ser discutido com o médico de confiança.

Terapias alternativas, como floral, podem influenciar na qualidade do leite.
MITO. Não existem evidências científicas confiáveis sobre isso.

Canjica e cerveja preta estimulam a produção de leite.
MITO. Não existem evidências científicas confiáveis sobre isso.

O colostro, o primeiro leite após o nascimento da criança, é rico em anticorpos e importante para o bebê.
VERDADE. O colostro tem papel importante na saúde do bebê, pois transfere anticorpos da mãe para o bebê que podem protegê-lo de infecções enquanto seu sistema imunológico ainda está em formação.

Cada mãe produz um tipo de leite diferente.
VERDADE. O leite de cada mãe é produzido de acordo com suas características corporais e hábitos de vida.

A alimentação e quantidade de água diárias influenciam na qualidade e quantidade de leite.
VERDADE.O leite é elaborado a partir dos nutrientes ingeridos pela mãe.

A produção de leite é hereditária, se a mãe não conseguiu amamentar, a filha também terá dificuldade
MITO. A produção de leite depende do estado de saúde da mãe e da estimulação do bebê.

A amamentação reforça o vínculo entre mãe e bebê.
VERDADE. O ato de amamentar aproxima a mãe do bebê, e é importante na formação do vínculo entre eles.

Amamentar dói.
MITO. Embora, em alguns casos, a amamentação possa produzir algum incômodo inicialmente, essa queixa costuma desaparecer à medida que a mãe se acostuma. A persistência de dor pode significar algum problema e deve ser comunicada ao médico de confiança.


domingo, 17 de abril de 2016

Quais exames um pré-natal deve conter?

Tão logo seja descoberta a gravidez, a futura mamãe iniciará o pré-natal com o suporte de um obstetra de confiança, para identificar situações que podem interferir tanto em sua saúde quanto na do feto.
Esse acompanhamento será feito por meio de exames que indicarão quais os cuidados pré-natais e possíveis tratamentos. O obstetra e ginecologista Mário Burlacchini enumera quais os principais, de acordo com a fase da gestação:
Primeira consulta
A primeira providência é fazer o exame de sangue para confirmar a gravidez. Com o resultado positivo em mãos, o especialista solicita:
·         Ultrassom transvaginal (se o atraso da menstruação já estiver por volta de 6 a 7 semanas): avalia se o embrião está implantado adequadamente no útero, qual o tempo da gravidez, se é gemelar e se é ectópica, ou seja, ocorre nas trompas;
·         Hemograma completo: checa os níveis de globulina e a necessidade de reposição de vitaminas;
·         Tipagem sanguínea para fator RH: identifica se mãe possui RH negativo;
·         Glicemia: aponta se a mulher é diabética;
·         Sorologia para rubéola, toxoplasmose, HIV, sífilis e hepatites A e B: se identificadas, estas doenças podem resultar em malformações fetais;
·         Urina tipo 1: investiga infecções e doenças renais;
·         Parasitológico de fezes (exame de rotina);
·         Papanicolau, se mulher realizou há mais de um ano.
1º trimestre/entre 11 e 14 semanas
·         Ultrassom morfológico: avalia as malformações fetais e a translucência nucal, a qual pode dar indícios da Síndrome de Down; para confirmar este quadro fazem-se os exames beta HPG livre e PAPP-A.
2º trimestre / entre 20 e 24 semanas
·         Ultrassom para acompanhar crescimento fetal, peso e líquido da placenta;
·         Glicemia com sobrecarga: retira-se sangue depois da ingestão de uma alta taxa de glicose a fim de averiguar a ocorrência de diabete gestacional.
3º trimestre
Entre 30 a 32 semanas
·         É o período ideal para realização do ultrassom 3D (imagem estática) ou 4D (imagem com movimento): com essa tecnologia é possível ver melhor órgãos internos do feto, como o funcionamento do pulmão. São mais indicados para casos de desconfiança de malformações, em virtude do grande detalhamento da imagem, e nas gestações normais contribuem para aumentar ainda mais o vínculo entre pais e nenê.
Entre 34 a 36 semanas
·         Ultrassom obstétrico: verifica o desenvolvimento do feto de acordo com a idade gestacional;
·         Repetição do exame para HIV e sífilis: é importante rastrear novamente, porque essas doenças podem ser transmitidas ao bebê durante o parto;
·         Streptococus do grupo A (bactéria existente no trato intestinal normalmente): pesquisar se há na vagina ou no ânus, pois no parto pode passar à criança e gerar infecção pulmonar – importante causa de morte no primeiro dia de vida do recém-nascido.
SINAL DE ALERTA
Segundo o dr. Burlacchini, algumas gestantes requerem cuidados adicionais e um acompanhamento ainda mais criterioso, quando apresentarem:
·         Hipertensão: são solicitados exames para aferição do nível de colesterol,  coagulação sanguínea, além de exames de ureia, creatinina, proteína na urina de 24h e ácido úrico, para checar a função renal. Faz-se também ultrassom para averiguar crescimento fetal e teste de vitalidade fetal, que verifica oxigenação, bem-estar e nutrição.
·         Diabetes: a gestante deve controlar a glicemia com o exame do furinho do dedo – de 5 a 7 vezes por dia.
·         Problemas hematológicos: investiga trombofilia.
·         Cardiopatia: edocardiografia, eletro e ecocardiograma fetal, quando há histórico de a mulher ter nascido com cardiopatia congênita ou tiver filho com problemas no coração.
·         Contrações antecipadas: faz-se a fibromectina fetal para verificar se bebê corre risco de nascer antes do tempo


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Falta de vitamina d aumenta risco de pré-eclâmpsia

A deficiência de vitamina D no organismo de pessoas de diferentes idades já se tornou uma situação muito comum e cerca de 90% da população mundial apresenta essa defasagem. A grande causa disso é a vida indoor que a maioria das pessoas leva sem exposição ao sol, que é a maior fonte dessa importante vitamina.
Apesar de ter esse nome, a vitamina D é considerada um hormônio que, em baixos níveis, favorece o surgimento de doenças como câncer, osteoporose, hipertensão, diabetes, derrames, distúrbios psiquiátricos e doenças autoimunes, que ocorrem quando o sistema imunológico da própria pessoa ataca e destrói os tecidos saudáveis do corpo.
De acordo com dr. Guilherme Loureiro, obstetra da Maternidade Pro Matre Paulista, a carência de vitamina D pode ter consequências preocupantes para gestantes. “Baixos níveis de 25 OH Colecalciferol (vitamina D) podem induzir um parto prematuro, aumentar as chances de pré-eclâmpsia, que é a hipertensão arterial específica da gravidez, e fazer com que o bebê também nasça com a deficiência da vitamina”, explica. “Outro fator comprovado ligado à falta do hormônio é que mães que não estão com seus níveis de vitamina D em dia durante a gestação dão à luz mais facilmente a bebês com autismo”.
Em contrapartida, bons níveis de vitamina D representam benefícios à saúde da mulher, e quando em idade fértil, seu papel é induzir melhor a ovulação. Já na gravidez, frente a organismos patológicos, reduz consideravelmente os riscos de pré-eclâmpsia por promover uma melhor adaptação da placenta com o organismo materno.
Para repor a vitamina D e evitar danos à saúde é importante manter uma dieta saudável, composta por carnes, peixes, leites e ovos, por exemplo, mas o banho de sol é a opção mais natural. Entretanto, as questões sobre câncer de pele e proteção solar não deixam que o hormônio seja absorvido. Isso por que o uso ininterrupto do protetor solar tem protegido a pele, mas deixado o organismo órfão da vitamina que ajuda na saúde do corpo e até no bom funcionamento da mente. “A vitamina D só é absorvida adequadamente com a exposição da pele direto ao sol, completamente livre de outras barreiras. O certo seria ficar no sol sem protetor solar por 15 minutos diariamente, fora dos horários de sol a pino, até às 10h e depois das 17h”, afirma o médico.
O consumo da vitamina D encapsulada ou em solução também é uma alternativa, mas é importante que seja sempre prescrita por um médico de acordo com a necessidade do paciente, pois a vitamina D, apesar de se fazer essencial, pode ser tóxica. Ingestões excessivas resultam em hipercalcemia, causando depósitos de cálcio nos rins, artérias, coração e pulmões, isso porque a vitamina D estimula o processo de formação de cálcio no organismo.


terça-feira, 28 de julho de 2015

Amamentar e trabalhar é possível, sim!



“Vou voltar a trabalhar, como manter o aleitamento materno? Devo tirar ele do peito já e acostumar com a mamadeira? Devo enviar o meu leite na mamadeira ou a fórmula para a creche? Devo buscar ajuda num banco de leite?”. Essas são apenas algumas das milhares de dúvidas das mães sobre esse tema – continuidade do aleitamento materno e volta ao trabalho -, que o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349) ouve tanto nas consultas, quanto nas palestras que realiza.
“A princípio, a recomendação é bem simples: a mãe que vai voltar ao trabalho pode retirar o leite e mandar para a creche. Se o bebê for ficar em casa com algum parente ou babá, ela pode deixar leite materno estocado, para ser oferecido no copinho, para que o bebê continue recebendo todos os nutrientes necessários. A mãe pode também buscar apoio num banco de leite. Os bancos de leite foram criados e destinam-se principalmente aos bebês prematuros, mas não atendem somente às demandas desse público”, esclarece o médico. 
Ordenha manual 
Há um documento, elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, intituladoRecomendações úteis para a manutenção do aleitamento materno em mães que trabalham fora do lar ou estudam, que traz todas as recomendações necessárias para manter o aleitamento materno e retomar as atividades profissionais/estudantis. “Gosto muito das explicações desse documento, pois elas partem de uma premissa da qual compartilho: toda mulher tem direito a trabalhar, estudar, passear e continuar amamentando”, diz o médico, idealizador do movimento #euapoioleitematerno.
Segundo o documento, a primeira coisa a se fazer, antes de voltar ao trabalho, é aprender a ordenhar o leite materno manualmente. A ordenha deve ser realizada quando a mãe tem leite em excesso, quando a mãe e o bebê não podem ficar juntos – seja por motivos de saúde ou de distância física, trabalho –, quando o bebê apresenta dificuldade de sugar ou mamar adequadamente ou quando a mãe deseja doar o excedente de seu leite.
Dr Moisés ensina: “para realizar a ordenha, a mãe deve escolher um lugar limpo e tranquilo, prender bem os cabelos e usar uma touca de banho ou pano amarrado. Deve proteger a boca e o nariz com máscara, pano ou fralda. Também deve deixar preparado um vasilhame para estocar o leite, de preferência um frasco com tampa plástica, fervido por 15 minutos para esterilizar. Em seguida, deve massagear a mama com a ponta dos dedos das mãos bem limpas, como um todo, com movimentos circulares da base em direção a aréola. A mãe deve massagear por mais tempo as áreas mais doloridas. Depois, apoiar a ponta dos dedos (polegar e indicador) acima e abaixo da aréola, comprimindo a mama contra o tórax, fazendo movimentos rítmicos, como se tentasse aproximar as pontas dos dedos, sem deslizar na pele. É importante que a mãe despreze os primeiros jatos e guarde o restante no recipiente preparado”.
Existem três tipos de ordenha (manual, mecânica e elétrica). A melhor forma e a mais natural de tirar o leite é a manual, utilizando as mãos após a massagem nos pontos entumecidos. Porém, pode se fazer o processo mecanicamente através de bombas tira leite manuais ou elétricas, o resultado é o mesmo nas duas formas. Nas situações em que a mãe tira o leite por um longo tempo, a elétrica oferece mais conforto e praticidade.
Conservação do leite materno 
“Após retirar o leite, a mãe deve guardá-lo em um frasco limpo e bem tampado. Deve manter o leite, sob refrigeração, em geladeira, freezer ou, se não houver essa possibilidade, manter em isopor com gelo. O leite materno pode ser conservado sem estragar na geladeira, por 24h, e no congelador ou freezer, por 15 dias. Ele deve ficar o menos tempo possível exposto à temperatura ambiente”, ensina o pediatra. Para ser oferecido ao bebê, o leite deve ser descongelado e aquecido no próprio frasco em banho-maria. “Não o descongele em microondas e não ferva. O leite aquecido que não foi usado deve ser jogado fora. O uso do copinho é a forma mais indicada para oferecer o leite materno armazenado.”
Caso o armazenamento do leite não seja possível, é importante que, para manter a produção de leite, a mãe apenas retire o leite e o jogue fora. Caso a mãe deseje doar o excesso de leite a um Banco de Leite Humano (BLH), deve congelar o líquido imediatamente após a extração.
Ordenhando no trabalho
Segundo o dr. Moisés, a mulher que precisa tirar o leite durante o período em que está no trabalho, e só vai chegar em casa à noite, deve procurar um lugar tranquilo e limpo, sem fluxo de pessoas e distante de ambientes contaminantes (banheiro, fluxo de animais), se possível em intervalos de 3 a 4 horas. Em seguida, deve guardar o leite na geladeira da forma correta. Se o leite for oferecido ao bebê no período de até  24 horas, não é necessário o congelamento. Caso ultrapasse esse tempo a mãe deve guardá-lo no freezer. Para o transporte, a mulher deve utilizar uma bolsa térmica com bolsa de gelo (gelo reciclável) encontrada em farmácias, drogarias e casas especializadas em produtos infantis. “Não aconselhamos o uso de isopor por ser um produto poroso e de difícil higienização. O ideal é usar material lavável e que resista a desinfecção com álcool 70°. Isso deve ser feito a cada utilização”, ensina Chencinski.
Bancos de leite 
Quem pode ser doadora de leite humano? De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil (RDC Nº 171), a doadora, além de  apresentar excesso de leite, deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente. “Se você quer doar seu leite entre em contato com um Banco de Leite Humano”, recomenda o pediatra.
Como preparar o frasco para coletar o leite humano?
  • Escolha um frasco de vidro com tampa plástica, pode ser de café solúvel ou maionese;
  • Retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa e lave com água e sabão, enxaguando bem;
  • Em seguida coloque em uma panela o vidro e a tampa e cubra com água, deixando ferver por 15 minutos (conte o tempo a partir do início da fervura);
  • Escorra a água da panela e coloque o frasco e a tampa para secar de boca para baixo em um pano limpo;
  • Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não enxugue;
  • Você poderá usar quando estiver seco.
Por que armazenar o leite?
Armazenar o leite materno traz benefícios imensos para a mãe e o bebê. “Com a correria do dia a dia pode parecer cansativo ordenhar a mama para retirada do leite, porém a gratificação será maior do que o esforço. O ato de tirar e armazenar o leite materno pode ser bem mais simples do que a mãe pensa. Aliás, com o tempo e a prática fica cada dia mais fácil de fazê-lo”, diz o pediatra.
Para a mãe, alguns dos principais benefícios em armazenar o leite materno são:
  • Evitar o desmame precoce;
  • Continuar a produção de leite, assim ela pode continuar amamentar mesmo após a volta ao trabalho, nem que seja no período em que estiver em casa à noite;
  • Continuar perdendo peso, após a volta ao trabalho;
  • Tranquilidade em saber que o melhor está sendo oferecido ao bebê.
Para o bebê, alguns dos principais benefícios de consumir o leite materno armazenado são:
  • Continuar recebendo o alimento mais precioso, repleto de vitaminas, sais minerais e amor que se pode oferecer  a uma criança;
  • Continuar recebendo anticorpos da mãe para se proteger contra doenças contra as quais ela já foi vacinada;
  • Evitar o desenvolvimento de alergias e intolerâncias a vários alimentos, tal como  a proteína do leite de vaca;
  • Prevenir a obesidade na vida adulta;
  • Ter uma digestão mais fácil, com menos cólicas.
Dificuldades do bebê
O bebê que está acostumado a mamar no seio pode não pegar a mamadeira, assim como pode não aceitar o leite materno no copinho, logo de início. O que fazer nesse caso?  “Enquanto a mãe estiver em casa, ela deve oferecer sempre e apenas o leite materno diretamente do seio. Não faça testes. Nestas situações, sugerimos que a mãe conduza tudo da forma mais natural possível, com a introdução gradual dos outros meios de oferta do leite materno – como o copinho, mamadeira – de forma alternada à mama, retirando uma mamada do dia a cada uma ou duas semanas. Esse processo é o que chamamos de desmame. Normalmente, esse processo é natural e tranquilo, porém, às vezes, requer paciência e compreensão, demandando uma atenção especial da mãe e da família em geral”, destaca o médico.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Tire suas dúvidas sobre depressão pós-parto



A chegada de um bebê é sempre um momento feliz na vida de qualquer pessoa. Porém, algumas mães enfrentam um problema que contrasta com essa expectativa normal de alegria: a depressão no pós-parto. Até mesmo quando o bebê nasce saudável, o pai fornece todo o suporte necessário e a família está feliz, é normal que muitas mães sintam, na hora de voltar para casa, melancolia e tristeza. Esses sentimentos podem ser passageiros e diminuir com o tempo. Porém, eles também podem evoluir para um quadro mais grave de apatia e rejeição ao bebê.
Para entender um pouco mais sobre a depressão pós-parto, o dr. Ivan Morão, psiquiatra do Hospital e Maternidade São Luiz,  tira algumas dúvidas:
Qual a diferença entre depressão e depressão no pós-parto? Em termos de entidade clínica, não existe diferença entre depressão e depressão pós-parto. O que essas classificações determinam é uma depressão dentro de uma época ou episódio.
Por que após o nascimento do bebê algumas mães apresentam depressão pós-parto? Além de ser marcado por uma alteração hormonal, o pós-parto é também uma mudança no estilo de vida. Têm mães que entendem a gravidez não como um ganho, mas como uma perda de beleza, espaço, convívio social, relações no trabalho etc. Isso pode desenvolver um quadro depressivo grave que vai fazer com que surja um sentimento de rejeição, algo que está além do quadro hormonal e implica como ela vai lidar com esse novo ser em sua vida.
Quais são os sintomas da depressão no pós-parto? São os mesmos da depressão: variação de humor para o polo negativo, tristeza, apatia, desinteresse, fraqueza, diminuição do apetite, sono perturbado, irritação e baixa autoestima.
A depressão pós-parto causa riscos para o bebê? O risco de uma agressão é muito baixo. O maior risco para o bebê é o próprio desinteresse e rejeição da mãe.
A depressão pós-parto tem início quantos dias após o nascimento do bebê? A pessoa pode apresentar sintomas até mesmo durante a gravidez, ou a depressão pode surgir duas a três semanas após o parto.
Algumas mulheres têm mais predisposição para a depressão pós-parto?  Se ela teve um quadro depressivo anterior, a chance de ter novamente é maior. Além disso, se a mulher teve depressão pós-parto em outra gravidez, ela tem 50% de chance de ter novamente.
Quando é necessário procurar ajuda médica? Se o quadro for muito grave, no qual já nos primeiros dias a pessoa fica incompatibilizada com o bebê, então tem que buscar tratamento imediato. Mas quando o quadro é mais leve, uma alteração sutil de humor que contrasta com uma expectativa de felicidade, é possível aguardar duas semanas.
Como é feito o tratamento? O tratamento tem que ter uma combinação de abordagens entre a psicoterapia e psicofármaco. O medicamento pode mexer na questão da alteração bioquímica, mas tem questões, como a relação entre a mãe e a criança, que o medicamento não vai resolver.
Esses medicamentos podem ser tomados durante a amamentação? Se não, o que deve ser feito? Alguns antidepressivos estão há muito tempo no mercado e têm uma certa segurança no seu uso em relação ao bebê. Na amamentação, esses medicamentos têm metabolização mais rápida no corpo da mãe e, por isso, baixa concentração no leite.
A família é importante neste momento? Como pode ajudar a mãe?
A família é sempre fundamental para dar conforto para a mãe em todos os momentos da vida. Além disso, é importante compreender a situação sem julgamentos.

domingo, 17 de maio de 2015

Aspectos emocionais do nascimento materno



O período gesta­cional dura 9 meses, 40 se­manas, e é caracteri­zado pelo aumento da produção de hormô­nios que podem trazer mudanças orgânicas e comportamentais signi­ficativas para a vida da gestante. Ele é visto co­mo uma crise no desenvolvimento femini­no, assim como a adolescência e o clima­tério. Por ser uma fase de transição bioló­gica, com alterações metabólicas, a gesta­ção também é considerada um estado de instabilidade emocional e hormonal, devi­do às adaptações necessárias, como a re­formulação familiar.
Segundo a psicóloga Raquel Benazzi, esse momento envolve a necessidade de reestruturação e reajustamento em várias áreas da vida pessoal e profissional da ges­tante, que inicia um novo papel, o de mãe. Quando a gravidez começa, também tem início a gestação de uma mãe, que tem nove meses para se adaptar e nascer junto com seu bebê.
"É importante considerar a história pes­soal da gestante, seu passado obstétrico, o contexto da gravidez, sua idade e o vínculo com o parceiro para entender o que repre­senta esse momento na sua vida. A materni­dade traz mudanças à mulher, ao casal e ao contexto familiar, que determinará a evolu­ção gestacional", diz ela.
Esse período pode ser repleto de senti­mentos, como o amor intenso e vívido, que aprofunda as relações familiares. As mudan­ças durante a gestação, físicas e psicológi­cas, podem favorecer a vivência de momen­tos frágeis na vida da mulher, que deve ser cuidada nesse período frágil.
Raquel explica que a decisão de ter um filho é tanto conscien­te quanto inconsciente, podendo ser tomada pelo casal ou somente pela mulher. Essa de­cisão pode ser pela vontade de ter um filho ou de serem pais, por quererem uma exten­são de si ou até para aprofundarem os vín­culos e laços conjugais e familiares.
A gravidez é um fenômeno natural na vida da mulher. Os nove me­ses gestacionais são divi­didos em três trimestres com aspectos diferentes e importantes. O primeiro trimestre é o momento da desco­berta e aceitação da gra­videz, quando se iniciam as mudanças de papéis familiares, se constituin­do numa nova forma de família. Nessa fase é importante a integração familiar e a comu­nicação, para um maior entrosamento du­rante a gestação.
O segundo trimestre é o mais estável emo­cionalmente, mas é o que traz mais preocu­pações sobre o desenvolvimento fetal e mu­danças corporais. Também é o trimestre da formação do vínculo mãe-bebê e o seu forta­lecimento. É importante sempre haver a par­ticipação do pai e de outros filhos. O terceiro e último trimestre é o mais frá­gil, já que com a chegada do parto a mulher tem um aumento de hormônio, o que eleva a ansiedade. Por isso ela necessita de aten­ção e compreensão familiar, principalmente do companheirismo conjugal. Depois desse trimestre, há a chegada do bebê e toda transformação familiar se dá por completa, configurando o início de uma nova família.
"Tendo tudo isso em vista, percebe-se que a gestação é um momento importante, frágil e grandioso da vida da mulher, e por isso ne­cessita de um acompanhamento tanto profis­sional quanto familiar, que dê todo o suporte necessário a essa nova mãe que nasce", ressalta a psicóloga. "Por isso, a ajuda psicológica é importan­te e muitas vezes necessária. De preferência uma ajuda especializada."

domingo, 10 de maio de 2015

Mãe bem cuidada e bebê saudável


No papel de mãe, esposa, amiga, dona de casa e profissional, a mulher acumula cada vez mais responsabilidades e acaba deixando de lado os cuidados com a própria saúde e beleza. O período de gestação é um momento especial em que a mulher precisa cuidar do corpo. No entanto, algumas atividades que são comuns em outros períodos, podem prejudicar a formação do feto e atrapalhar o desenvolvimento saudável da gravidez. Confira dicas importantes para a futura mamãe se cuidar, sem colocar em risco a saúde do bebê. A lista foi preparada pelo mestre em obstetrícia pela UNIFESP dr. Guilherme Loureiro Fernandes.

É melhor não tingir o cabelo.
Durante toda a gravidez, não é recomendado fazer nenhum tipo de tintura nos cabelos. Nesta fase inicial dos três primeiros meses, os riscos são muito altos porque os produtos químicos podem ser absorvidos pelo feto e podem causar distúrbios do crescimento e desenvolvimento dos órgãos.
Dica: Após o primeiro trimestre, está liberado o uso de xampus tonalizantes e produtos que não contêm amônia. Alguns especialistas também liberam outros procedimentos que utilizam produtos químicos, como luzes ou mechas, uma vez que nestes procedimentos não há contato direto do produto com o couro cabeludo; entretanto, isto não é um consenso. Por isso, converse com o seu médico antes de qualquer procedimento.

Cabelos lisos só com escova.
Da mesma forma que a tintura, metais e químicas presentes em produtos para alisamentos também estão vetados durante toda a gravidez, principalmente os que contêm formol e derivados em sua formulação, porque podem prejudicar a formação do bebê. Por outro lado, secador, bem como hidratação e cauterização, estão liberados.
Dica: Durante a gravidez os cabelos podem ficar muito ressecados. Por isso, este pode ser um momento interessante para deixar o cabelo natural, tanto na cor quanto na forma. Experimente alguns produtos novos específicos para o seu tipo de cabelo, se desprenda da escova progressiva e nunca se esqueça de hidratar os fios.

Diga não às estrias.
Entre as transformações que acontecem no corpo durante a gravidez, o aparecimento de estrias costuma tirar o sono de muitas mulheres. As partes do corpo que mais sofrem com o surgimento delas são barriga, seios, região interna das coxas e glúteos. Cremes hidratantes ou óleos, utilizados de duas a três vezes ao dia, ajudam a prevenir as estrias. Evite banhos muito quentes e demorados que ajudam a ressecar a pele.
Dica: Existem produtos indicados especialmente para a prevenção de estrias da gestante, como o LUCIARA®, da Bayer.

Filtro solar todos os dias.
O uso de protetor solar já deve fazer parte da rotina de todos, porque tanto a luz do sol, quanto a emitida pelas lâmpadas nos escritórios, podem causar danos à pele. No período da gravidez é ainda mais importante adquirir este hábito, uma vez que, devido à variação hormonal comum neste período, as chances de surgirem manchas no rosto aumentam consideravelmente. Por isso, o uso do filtro solar, ao menos uma vez ao dia durante a gravidez, se torna indispensável.
Dica: O rosto também pode ficar mais oleoso durante a gravidez. Por isso, é importante procurar um dermatologista e verificar qual o filtro solar mais adequado para a sua pele e, se necessário, mudar a textura do seu protetor solar atual.

Hambúrguer? Só se estiver com desejo.
Mesmo com a correria do dia a dia, fast food, lanches e frituras não são boas escolhas durante a gravidez. O ganho de peso durante uma gestação saudável varia entre 10 e 14 quilos. Alimentos deste tipo apresentam baixo teor nutritivo além de contribuir para o ganho de peso. Por isso, para suprir todas as necessidades do bebê e também manter-se em forma, a mulher deve ter uma alimentação equilibrada e rica em verduras verdes escuras (brócolis e couve), colágeno (gelatinas e carne vermelha), ômega 3 (peixes, nozes e linhaça) e vitamina C (acerola, laranja e limão), vitamina D (substância transformada no corpo através da exposição solar ou ingerida por suplementação). Para evitar a tentação de comer guloseimas na rua, pode ser uma boa opção levar a própria comida de casa para o trabalho algumas vezes durante a semana.

Atividade física, sim!
A atividade física é essencial para manter-se em forma, diminuir o inchaço e evitar o ganho extra de peso. Se a grávida já faz algum exercício, é importante conversar com o ginecologista para saber se pode continuar o treino normalmente. Caso seja sedentária, poderá iniciar com exercícios de baixo impacto, como pilates, ioga e caminhada, sempre com orientação médica.
Dica: A hidroginástica é uma das atividades físicas mais recomendadas pelos especialistas para as grávidas porque exercita todos os músculos, queima calorias e melhora o condicionamento cardiovascular, sem prejudicar as articulações.

Evite o salto alto.
O uso diário de salto alto já não é recomendado mesmo para mulheres não grávidas porque pode causar lesões nos joelhos, pés e coluna. Durante a gestação dor nas costas e inchaços nos pés são muito comuns, por isso é melhor evitar o uso de saltos muito altos.
Dica: Para trabalhar prefira sapatilhas ou sapatos com saltos menores que são mais confortáveis e trazem maior estabilidade ao caminhar.

Sexo durante a gravidez não está proibido.
Fazer sexo é liberado e sem restrições, desde que a mulher tenha uma gravidez saudável, sem riscos e que não apresente sangramentos vaginais. O bom relacionamento entre a mãe e o pai é importante para a saúde do bebê. Muitas mulheres podem ter um aumento da libido devido às alterações hormonais decorrentes da gravidez, o que pode tornar o momento a dois ainda mais prazeroso e agradável.

Pelos, vocês não pertencem a este corpo.
Devido ao aumento dos hormônios masculinos durante a gestação, a mulher pode ser surpreendida pelo crescimento mais intenso dos pelos. Depilação com cera fria e quente, lâminas e também máquinas depiladoras podem ser utilizadas sem restrições.
Dica: Atenção com os cremes depilatórios que contêm substâncias químicas que podem prejudicar o feto. Evite o uso deste tipo produto.


Se a futura mamãe tomar todos estes cuidados e fizer regularmente as consultas e exames de pré-natal, será possível evitar transtornos e fazer da gestação um momento ainda mais especial.