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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Cuidado: leite e composto lácteo não são iguais

 


Acabe de vez com a dúvida que surge na hora da compra: apesar de serem similares para o consumidor, cada produto tem uma composição nutricional diferente. Embalagens parecidas e nomes tão similares! Às vezes, é difícil notar a diferença na prateleira, mas leite em pó e composto lácteo são produtos distintos. É importante saber o que difere um produto do outro, principalmente no que se refere ao valor nutricional de cada um. 

De acordo com a nutricionista Ana Carolina Netto, idealizadora do Espaço Acolher Nutrição, no Rio de Janeiro, o composto lácteo é um produto feito à base de soro do leite (no mínimo 51% do total do produto) e enriquecido com substâncias variadas. "Entre os principais nutrientes encontrados no composto lácteo, estão os ingredientes vegetais (milho e soja), vitaminas (em especial, A e D) e minerais (zinco e cálcio, por exemplo), com objetivo de melhorar sua qualidade nutricional", ela explica.  

Mas é preciso ter atenção ao levar esses produtos pra casa. Além dos nutrientes mencionados, o composto lácteo também é acrescido de aditivos alimentares e maltodextrina, um extrato derivado do milho, que serve de açúcar e é utilizado para aumentar a palatabilidade da bebida.  

Apesar de ser tornar o composto lácteo saboroso, esse componente faz com que a criança adquira um hábito inadequado de alimentação em uma idade determinante para o seu desenvolvimento, preferindo doces e comidas não-nutritivas a refeições balanceadas, segundo Ana. 

A especialista em Nutrição Materno-Infantil destaca que o consumo de açúcar dos pequenos deve ser controlado rigorosamente pelos pais. "Mesmo que o composto lácteo indique em sua embalagem que ele pode ser consumido a partir do primeiro ano de vida, de acordo comSBP  não deve oferecer que nenhuma dose de açúcar aos alimentos das crianças menores de dois anos", afirma.  

Já o leite é um produto natural, composto por água, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais, enzimas e lactose, sendo comercializado de forma fluida ou em pó. Pode ser oferecido para crianças a partir de um ano de idade, desde que não apresentem quadros de alergia à proteína do leite de vaca ou intolerância a lactose ou outros problemas de saúde que indiquem a exclusão da bebida da rotina alimentar. 

E para as crianças menores de um ano de idade? A nutricionista Ana Carolina é categórica em dizer que o leite materno segue sendo indicado como alimento exclusivo. "A melhor dica é seguir alimentando a criança com o leite materno mesmo. Inclusive, no geral, o leite materno sempre será o melhor alimento para a criança até os dois anos", ela explica.

 Apenas em casos de comprometimento para o aleitamento materno deve-se, com a devida orientação pediátrica e acompanhamento do nutricionista, usar fórmulas infantis, estas que não representam nenhum dos produtos citados – nem o composto lácteo, nem o leite encontrado nos mercados. 

"Nesse caso, trata-se de um produto exclusivo e substituto do leite que deve ser utilizado dentro das condições e individualidade de cada bebê. Nessas situações, em hipótese alguma o composto lácteo, bebida láctea ou até mesmo o leite de vaca devem ser ofertados", completa a profissional.

 

terça-feira, 28 de julho de 2015

Amamentar e trabalhar é possível, sim!



“Vou voltar a trabalhar, como manter o aleitamento materno? Devo tirar ele do peito já e acostumar com a mamadeira? Devo enviar o meu leite na mamadeira ou a fórmula para a creche? Devo buscar ajuda num banco de leite?”. Essas são apenas algumas das milhares de dúvidas das mães sobre esse tema – continuidade do aleitamento materno e volta ao trabalho -, que o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349) ouve tanto nas consultas, quanto nas palestras que realiza.
“A princípio, a recomendação é bem simples: a mãe que vai voltar ao trabalho pode retirar o leite e mandar para a creche. Se o bebê for ficar em casa com algum parente ou babá, ela pode deixar leite materno estocado, para ser oferecido no copinho, para que o bebê continue recebendo todos os nutrientes necessários. A mãe pode também buscar apoio num banco de leite. Os bancos de leite foram criados e destinam-se principalmente aos bebês prematuros, mas não atendem somente às demandas desse público”, esclarece o médico. 
Ordenha manual 
Há um documento, elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, intituladoRecomendações úteis para a manutenção do aleitamento materno em mães que trabalham fora do lar ou estudam, que traz todas as recomendações necessárias para manter o aleitamento materno e retomar as atividades profissionais/estudantis. “Gosto muito das explicações desse documento, pois elas partem de uma premissa da qual compartilho: toda mulher tem direito a trabalhar, estudar, passear e continuar amamentando”, diz o médico, idealizador do movimento #euapoioleitematerno.
Segundo o documento, a primeira coisa a se fazer, antes de voltar ao trabalho, é aprender a ordenhar o leite materno manualmente. A ordenha deve ser realizada quando a mãe tem leite em excesso, quando a mãe e o bebê não podem ficar juntos – seja por motivos de saúde ou de distância física, trabalho –, quando o bebê apresenta dificuldade de sugar ou mamar adequadamente ou quando a mãe deseja doar o excedente de seu leite.
Dr Moisés ensina: “para realizar a ordenha, a mãe deve escolher um lugar limpo e tranquilo, prender bem os cabelos e usar uma touca de banho ou pano amarrado. Deve proteger a boca e o nariz com máscara, pano ou fralda. Também deve deixar preparado um vasilhame para estocar o leite, de preferência um frasco com tampa plástica, fervido por 15 minutos para esterilizar. Em seguida, deve massagear a mama com a ponta dos dedos das mãos bem limpas, como um todo, com movimentos circulares da base em direção a aréola. A mãe deve massagear por mais tempo as áreas mais doloridas. Depois, apoiar a ponta dos dedos (polegar e indicador) acima e abaixo da aréola, comprimindo a mama contra o tórax, fazendo movimentos rítmicos, como se tentasse aproximar as pontas dos dedos, sem deslizar na pele. É importante que a mãe despreze os primeiros jatos e guarde o restante no recipiente preparado”.
Existem três tipos de ordenha (manual, mecânica e elétrica). A melhor forma e a mais natural de tirar o leite é a manual, utilizando as mãos após a massagem nos pontos entumecidos. Porém, pode se fazer o processo mecanicamente através de bombas tira leite manuais ou elétricas, o resultado é o mesmo nas duas formas. Nas situações em que a mãe tira o leite por um longo tempo, a elétrica oferece mais conforto e praticidade.
Conservação do leite materno 
“Após retirar o leite, a mãe deve guardá-lo em um frasco limpo e bem tampado. Deve manter o leite, sob refrigeração, em geladeira, freezer ou, se não houver essa possibilidade, manter em isopor com gelo. O leite materno pode ser conservado sem estragar na geladeira, por 24h, e no congelador ou freezer, por 15 dias. Ele deve ficar o menos tempo possível exposto à temperatura ambiente”, ensina o pediatra. Para ser oferecido ao bebê, o leite deve ser descongelado e aquecido no próprio frasco em banho-maria. “Não o descongele em microondas e não ferva. O leite aquecido que não foi usado deve ser jogado fora. O uso do copinho é a forma mais indicada para oferecer o leite materno armazenado.”
Caso o armazenamento do leite não seja possível, é importante que, para manter a produção de leite, a mãe apenas retire o leite e o jogue fora. Caso a mãe deseje doar o excesso de leite a um Banco de Leite Humano (BLH), deve congelar o líquido imediatamente após a extração.
Ordenhando no trabalho
Segundo o dr. Moisés, a mulher que precisa tirar o leite durante o período em que está no trabalho, e só vai chegar em casa à noite, deve procurar um lugar tranquilo e limpo, sem fluxo de pessoas e distante de ambientes contaminantes (banheiro, fluxo de animais), se possível em intervalos de 3 a 4 horas. Em seguida, deve guardar o leite na geladeira da forma correta. Se o leite for oferecido ao bebê no período de até  24 horas, não é necessário o congelamento. Caso ultrapasse esse tempo a mãe deve guardá-lo no freezer. Para o transporte, a mulher deve utilizar uma bolsa térmica com bolsa de gelo (gelo reciclável) encontrada em farmácias, drogarias e casas especializadas em produtos infantis. “Não aconselhamos o uso de isopor por ser um produto poroso e de difícil higienização. O ideal é usar material lavável e que resista a desinfecção com álcool 70°. Isso deve ser feito a cada utilização”, ensina Chencinski.
Bancos de leite 
Quem pode ser doadora de leite humano? De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil (RDC Nº 171), a doadora, além de  apresentar excesso de leite, deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente. “Se você quer doar seu leite entre em contato com um Banco de Leite Humano”, recomenda o pediatra.
Como preparar o frasco para coletar o leite humano?
  • Escolha um frasco de vidro com tampa plástica, pode ser de café solúvel ou maionese;
  • Retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa e lave com água e sabão, enxaguando bem;
  • Em seguida coloque em uma panela o vidro e a tampa e cubra com água, deixando ferver por 15 minutos (conte o tempo a partir do início da fervura);
  • Escorra a água da panela e coloque o frasco e a tampa para secar de boca para baixo em um pano limpo;
  • Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não enxugue;
  • Você poderá usar quando estiver seco.
Por que armazenar o leite?
Armazenar o leite materno traz benefícios imensos para a mãe e o bebê. “Com a correria do dia a dia pode parecer cansativo ordenhar a mama para retirada do leite, porém a gratificação será maior do que o esforço. O ato de tirar e armazenar o leite materno pode ser bem mais simples do que a mãe pensa. Aliás, com o tempo e a prática fica cada dia mais fácil de fazê-lo”, diz o pediatra.
Para a mãe, alguns dos principais benefícios em armazenar o leite materno são:
  • Evitar o desmame precoce;
  • Continuar a produção de leite, assim ela pode continuar amamentar mesmo após a volta ao trabalho, nem que seja no período em que estiver em casa à noite;
  • Continuar perdendo peso, após a volta ao trabalho;
  • Tranquilidade em saber que o melhor está sendo oferecido ao bebê.
Para o bebê, alguns dos principais benefícios de consumir o leite materno armazenado são:
  • Continuar recebendo o alimento mais precioso, repleto de vitaminas, sais minerais e amor que se pode oferecer  a uma criança;
  • Continuar recebendo anticorpos da mãe para se proteger contra doenças contra as quais ela já foi vacinada;
  • Evitar o desenvolvimento de alergias e intolerâncias a vários alimentos, tal como  a proteína do leite de vaca;
  • Prevenir a obesidade na vida adulta;
  • Ter uma digestão mais fácil, com menos cólicas.
Dificuldades do bebê
O bebê que está acostumado a mamar no seio pode não pegar a mamadeira, assim como pode não aceitar o leite materno no copinho, logo de início. O que fazer nesse caso?  “Enquanto a mãe estiver em casa, ela deve oferecer sempre e apenas o leite materno diretamente do seio. Não faça testes. Nestas situações, sugerimos que a mãe conduza tudo da forma mais natural possível, com a introdução gradual dos outros meios de oferta do leite materno – como o copinho, mamadeira – de forma alternada à mama, retirando uma mamada do dia a cada uma ou duas semanas. Esse processo é o que chamamos de desmame. Normalmente, esse processo é natural e tranquilo, porém, às vezes, requer paciência e compreensão, demandando uma atenção especial da mãe e da família em geral”, destaca o médico.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Amamente! A saúde do seu bebê agradece



Tomar a decisão de amamentar é uma questão pessoal, embora muitas mulheres recebam “palpites” de familiares e amigos e não se sentem a vontade para tomar suas próprias decisões. Mas, hoje, dia 1° de agosto, no Dia Mundial da Amamentação, vamos ajudar a lembrar alguns benefícios que a amamentação traz.
Segundo as enfermeiras Andréa Porto da Cruz e Fernanda Papa de Campos, muitos são os benefícios da amamentação, pois o leite materno fornece a nutrição ideal para as crianças. Ele tem uma mistura quase perfeita, para não dizer perfeita, de vitaminas, proteínas e gordura – tudo o que o bebê precisa para crescer. O leite materno é mais fácil de ser digerido do que o leite artificial.
O leite materno contém anticorpos que ajudam o bebê a combater vírus e bactérias. A amamentação reduz o risco do seu bebê de adoecer. Além disso, os bebês que são amamentados exclusivamente nos primeiros 6 meses, sem qualquer complemento, têm menos infecções de ouvido, doenças respiratórias e crises de diarreia. Existem trabalhos científicos que compravam tais estatísticas.
A proximidade física e o contato com os olhos do bebê com sua mãe ajudam na criação do vínculo bebê/mãe. Bebês amamentados são mais propensos a ganhar a quantidade certa de peso à medida que crescem, em vez de se tornar crianças com sobrepeso.
A amamentação também traz outros benefícios, como a queima de calorias extras da mãe, ajudando-a a perder o peso da gravidez mais rápido. Ela libera o hormônio oxitocina, que ajuda o retorno do útero ao seu tamanho pré-gravidez, e pode reduzir o sangramento uterino após o nascimento. A amamentação também diminui o risco de câncer de mama e de ovário. Pode, também, reduzir o risco de osteoporose.
É uma maneira prática de alimentar seu filho, pois não tem que comprar, esterilizar  mamadeiras e bicos. A mãe economiza tempo e dinheiro.