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terça-feira, 24 de outubro de 2023

Gestantes devem evitar consumir carboidratos na fase final da gravidez



Quanto mais próximo do parto maior a tendência de a gestante relaxar com relação aos cuidados relativos à dieta exigidos durante a gravidez. É como se depois de tantos meses seguindo todas as recomendações médicas e nutricionais à risca, que costumam exigir muitas privações, ela pensasse que abrir uma exceção ou outra, principalmente, com relação a ingestão de carboidratos (açúcar) fosse um prêmio merecido, ignorando os altos riscos à saúde da mãe e do feto que essa conduta implica.

De acordo com a médica obstetra com mais de 20 anos de experiência profissional dra. Bruna Pitaluga, muitas mães pensam que comer um pedaço de pizza ou pão doce a mais não fará mal à saúde, depois de tantos meses de restrição, mas não poderiam estar mais enganadas. Isto porque, explica ela, quanto mais avançada a gestação, menor é o controle metabólico da hiperglicemia materna. “Assim ao ser excessivamente exposto à glicemia, nesta etapa, o ambiente fetal passa a ter dificuldades consideráveis em seu gerenciamento”.

Como consequência aumentam as chances de ocorrer complicações gestacionais e prejuízos à saúde do feto, tais como alterações no desenvolvimento do cérebro e até a morte. Conforme dra. Bruna, inclusive, diversos estudos científicos já demonstraram a associação entre a hiperglicemia e a morte fetal.  Alterações em fatores como a circunferência abdominal e tamanho de cabeça do feto (proporção cabeça-barriga costumam ser os indícios de que os fetos podem sofrer desse tipo de condição metabólica.

Dessa forma, tendo em vista o potencial danoso para a mãe e para o feto da hiperglicemia nos últimos estágios da gravidez, recomenda-se, segundo a médica obstetra, redobrar os cuidados com a alimentação da gestante, principalmente, com relação ao consumo de carboidratos. “O ideal é que neste período exista uma ingestão menor de carboidratos e maior de proteínas, com o objetivo de reduzir as chances de interferências e comprometimentos para a saúde tanto da mãe quanto da criança”, afirma.

Nesse sentido, profissionais de saúde responsáveis pelo acompanhamento pré-natal (médicos obstetras, endocrinologistas, pediatras e nutricionistas) devem, conforme dra. Bruna, ser muito zelosos com relação aos hábitos alimentares de suas pacientes, fazendo com que evitem o consumo de carboidratos em excesso. “Trata-se de um assunto muito sério para um pré-natal que se queira atualizado, ainda mais quando sabemos os malefícios que a modificação de glicemia pode ocasionar”, diz.

Já pessoas que convivem com gestantes, sejam parentes, sejam amigos, sejam colegas, sejam conhecidos, precisam, de acordo com a médica obstetra, procurar se informar sobre os prejuízos que a hiperglicemia no final da gravidez causa para a saúde da mãe e do feto. E dessa forma, devem evitar estimular hábitos alimentares que priorizem o consumo de alimentos industrializados, processados e ultraprocessados, como pizza, bolos, doces, pães e refrigerantes.


Foto: Freepik

 

domingo, 17 de abril de 2016

Quais exames um pré-natal deve conter?

Tão logo seja descoberta a gravidez, a futura mamãe iniciará o pré-natal com o suporte de um obstetra de confiança, para identificar situações que podem interferir tanto em sua saúde quanto na do feto.
Esse acompanhamento será feito por meio de exames que indicarão quais os cuidados pré-natais e possíveis tratamentos. O obstetra e ginecologista Mário Burlacchini enumera quais os principais, de acordo com a fase da gestação:
Primeira consulta
A primeira providência é fazer o exame de sangue para confirmar a gravidez. Com o resultado positivo em mãos, o especialista solicita:
·         Ultrassom transvaginal (se o atraso da menstruação já estiver por volta de 6 a 7 semanas): avalia se o embrião está implantado adequadamente no útero, qual o tempo da gravidez, se é gemelar e se é ectópica, ou seja, ocorre nas trompas;
·         Hemograma completo: checa os níveis de globulina e a necessidade de reposição de vitaminas;
·         Tipagem sanguínea para fator RH: identifica se mãe possui RH negativo;
·         Glicemia: aponta se a mulher é diabética;
·         Sorologia para rubéola, toxoplasmose, HIV, sífilis e hepatites A e B: se identificadas, estas doenças podem resultar em malformações fetais;
·         Urina tipo 1: investiga infecções e doenças renais;
·         Parasitológico de fezes (exame de rotina);
·         Papanicolau, se mulher realizou há mais de um ano.
1º trimestre/entre 11 e 14 semanas
·         Ultrassom morfológico: avalia as malformações fetais e a translucência nucal, a qual pode dar indícios da Síndrome de Down; para confirmar este quadro fazem-se os exames beta HPG livre e PAPP-A.
2º trimestre / entre 20 e 24 semanas
·         Ultrassom para acompanhar crescimento fetal, peso e líquido da placenta;
·         Glicemia com sobrecarga: retira-se sangue depois da ingestão de uma alta taxa de glicose a fim de averiguar a ocorrência de diabete gestacional.
3º trimestre
Entre 30 a 32 semanas
·         É o período ideal para realização do ultrassom 3D (imagem estática) ou 4D (imagem com movimento): com essa tecnologia é possível ver melhor órgãos internos do feto, como o funcionamento do pulmão. São mais indicados para casos de desconfiança de malformações, em virtude do grande detalhamento da imagem, e nas gestações normais contribuem para aumentar ainda mais o vínculo entre pais e nenê.
Entre 34 a 36 semanas
·         Ultrassom obstétrico: verifica o desenvolvimento do feto de acordo com a idade gestacional;
·         Repetição do exame para HIV e sífilis: é importante rastrear novamente, porque essas doenças podem ser transmitidas ao bebê durante o parto;
·         Streptococus do grupo A (bactéria existente no trato intestinal normalmente): pesquisar se há na vagina ou no ânus, pois no parto pode passar à criança e gerar infecção pulmonar – importante causa de morte no primeiro dia de vida do recém-nascido.
SINAL DE ALERTA
Segundo o dr. Burlacchini, algumas gestantes requerem cuidados adicionais e um acompanhamento ainda mais criterioso, quando apresentarem:
·         Hipertensão: são solicitados exames para aferição do nível de colesterol,  coagulação sanguínea, além de exames de ureia, creatinina, proteína na urina de 24h e ácido úrico, para checar a função renal. Faz-se também ultrassom para averiguar crescimento fetal e teste de vitalidade fetal, que verifica oxigenação, bem-estar e nutrição.
·         Diabetes: a gestante deve controlar a glicemia com o exame do furinho do dedo – de 5 a 7 vezes por dia.
·         Problemas hematológicos: investiga trombofilia.
·         Cardiopatia: edocardiografia, eletro e ecocardiograma fetal, quando há histórico de a mulher ter nascido com cardiopatia congênita ou tiver filho com problemas no coração.
·         Contrações antecipadas: faz-se a fibromectina fetal para verificar se bebê corre risco de nascer antes do tempo


domingo, 31 de agosto de 2014

Tenha uma gestação saudável!



Um dos períodos mais importantes na vida de uma mulher deve ser mesmo motivo de comemoração. Afinal, cada dia, cada semana, cada mês, traz consigo um sentimento diferente.
Segundo o ginecologista e especialista em reprodução humana, dr. Renato de Oliveira, a gravidez é um momento ideal para começar os cuidados, tanto em termos físicos como emocionais, pois cada fase é marcada por algo importante no desenvolvimento do feto e constantes alterações da mulher.
Abaixo, o especialista elenca as principais alterações de cada trimestre, tanto para a mamãe quanto para o bebê, e dá dicas para combater os incômodos mais comuns da gravidez.
Pré-natal 
O pré-natal é o primeiro passo para garantir a saúde das mamães e dos bebês. Este acompanhamento médico é de extrema importância para a mulher esclarecer dúvidas e possibilitar uma maior segurança tanto para a gestação quanto para o parto. As consultas e exames permitem a identificação e monitoramento de problemas como anemia, diabetes, hipertensão, além de doenças sexualmente transmissíveis, como a presença do HIV e da sífilis, que podem colocar em risco a formação do bebê e da própria mãe. O crescimento do feto é acompanhado de perto tanto pela medida da altura uterina durante as consultas de pré-natal, quanto pelo exame de ultrassom.
Primeiro Trimestre (semana 1 a 13)
Bebê: Esta etapa da gravidez é marcada pelo rápido desenvolvimento do feto. O sistema nervoso inicia seu desenvolvimento na quinta semana e o coração, do então embrião, começa a pulsar no final da sexta. Ao final do primeiro trimestre os principais órgãos do bebê já estão formados.
- Mãe: As mulheres podem ficar indispostas, com náuseas, vômitos e sonolência. Outros sintomas bastante comuns nessa fase são: vontade de urinar com frequência, dores de cabeça esporádicas, prisão de ventre, tonturas, falta ou excesso de apetite assim como aversão ou desejo de determinados alimentos e alteração das mamas (aumento, sensibilidade, dor ao toque e escurecimento das aréolas).
Segundo Trimestre (semana 14 a 27)
- Bebê: O bebê continua seu desenvolvimento a todo vapor. A partir da décima sexta semana, já é possível saber o sexo do bebê. Os órgãos continuam sendo ajustados e detalhes como cílios, sobrancelhas, impressões digitais e fios de cabelo vão aparecendo.
- Mãe:Conforme o terceiro trimestre vai se aproximando, é normal sentir dor nas costas e desconforto nos músculos e ossos do quadril pela própria movimentação fetal e peso do bebê, além da mudança do eixo de equilíbrio materno.
Terceiro Trimestre (semana 28 a 40)
- Bebê: Na reta final, os olhos e ouvidos do bebê já funcionam bem, conseguindo perceber a luminosidade e sons a sua volta. Geralmente, na trigésima semana, o feto se apresenta em posição apropriada para o nascimento.
- Mãe: Com o fim da gravidez, a ansiedade toma conta da mulher. Por conta do peso da barriga, as futuras mamães tem dificuldade para dormir e se movimentar. Dores nas pernas e nas costas também são mais intensas. A ansiedade também pode ser maior.
DICAS
Atividade Física. Para as mulheres que já praticavam alguma atividade física, é importante mantê-la. Porém, sempre com a supervisão de um profissional, que poderá dizer a necessidade de se diminuir o ritmo uma vez que o excesso pode precipitar ao trabalho de parto prematuro. A hidroginástica e a caminhada são boas alternativas para as mulheres que não realizavam exercícios antes da gestação;
Posição para dormir. O mais indicado é que a grávida durma virada para o lado esquerdo. Esta posição ajuda na circulação do sangue.  Porém, vale lembrar que ela não está rigorosamente restrita a este lado.
Pernas e pés inchados. O inchaço durante a gravidez, principalmente nos membros inferiores, é muito comum. Para melhorar com esse incomodo, a gestante deve, sempre que possível, descansar e manter as pernas em posição pouco elevada em relação ao tórax. Além disso, recomenda-se diminuir a ingestão a de sal, aumentar o consumo de água e, para algumas pacientes, recomenda-se o uso de meias elásticas de média compressão.