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terça-feira, 24 de outubro de 2023

Gestantes devem evitar consumir carboidratos na fase final da gravidez



Quanto mais próximo do parto maior a tendência de a gestante relaxar com relação aos cuidados relativos à dieta exigidos durante a gravidez. É como se depois de tantos meses seguindo todas as recomendações médicas e nutricionais à risca, que costumam exigir muitas privações, ela pensasse que abrir uma exceção ou outra, principalmente, com relação a ingestão de carboidratos (açúcar) fosse um prêmio merecido, ignorando os altos riscos à saúde da mãe e do feto que essa conduta implica.

De acordo com a médica obstetra com mais de 20 anos de experiência profissional dra. Bruna Pitaluga, muitas mães pensam que comer um pedaço de pizza ou pão doce a mais não fará mal à saúde, depois de tantos meses de restrição, mas não poderiam estar mais enganadas. Isto porque, explica ela, quanto mais avançada a gestação, menor é o controle metabólico da hiperglicemia materna. “Assim ao ser excessivamente exposto à glicemia, nesta etapa, o ambiente fetal passa a ter dificuldades consideráveis em seu gerenciamento”.

Como consequência aumentam as chances de ocorrer complicações gestacionais e prejuízos à saúde do feto, tais como alterações no desenvolvimento do cérebro e até a morte. Conforme dra. Bruna, inclusive, diversos estudos científicos já demonstraram a associação entre a hiperglicemia e a morte fetal.  Alterações em fatores como a circunferência abdominal e tamanho de cabeça do feto (proporção cabeça-barriga costumam ser os indícios de que os fetos podem sofrer desse tipo de condição metabólica.

Dessa forma, tendo em vista o potencial danoso para a mãe e para o feto da hiperglicemia nos últimos estágios da gravidez, recomenda-se, segundo a médica obstetra, redobrar os cuidados com a alimentação da gestante, principalmente, com relação ao consumo de carboidratos. “O ideal é que neste período exista uma ingestão menor de carboidratos e maior de proteínas, com o objetivo de reduzir as chances de interferências e comprometimentos para a saúde tanto da mãe quanto da criança”, afirma.

Nesse sentido, profissionais de saúde responsáveis pelo acompanhamento pré-natal (médicos obstetras, endocrinologistas, pediatras e nutricionistas) devem, conforme dra. Bruna, ser muito zelosos com relação aos hábitos alimentares de suas pacientes, fazendo com que evitem o consumo de carboidratos em excesso. “Trata-se de um assunto muito sério para um pré-natal que se queira atualizado, ainda mais quando sabemos os malefícios que a modificação de glicemia pode ocasionar”, diz.

Já pessoas que convivem com gestantes, sejam parentes, sejam amigos, sejam colegas, sejam conhecidos, precisam, de acordo com a médica obstetra, procurar se informar sobre os prejuízos que a hiperglicemia no final da gravidez causa para a saúde da mãe e do feto. E dessa forma, devem evitar estimular hábitos alimentares que priorizem o consumo de alimentos industrializados, processados e ultraprocessados, como pizza, bolos, doces, pães e refrigerantes.


Foto: Freepik

 

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Cuidados com a depilação durante a gestação



Para algumas mulheres a depilação é algo essencial, inclusive durante a gestação. Mas, por causa das mudanças hormonais, emocionais e físicas que a gravidez causa no corpo, alguns cuidados extras devem ser tomados na hora de escolher o método de depilação. Para esclarecer estas questões, Fernanda Pereira, dermatologista parceira da Philips Brasil e sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), fala sobre os principais cuidados para as gestantes que desejam manter a depilação em dia, durante a gravidez.

Durante a gestação a pele da mulher fica mais suscetível à hiperpigmentação, ou seja, as mudanças hormonais que ocorrem no corpo em decorrência da gravidez favorecem o aparecimento de manchas. Por conta disso, cuidados com a proteção solar após a depilação são muito importantes. É por esse motivo também, que o laser é contraindicado nesse período! Então, se a mulher vinha fazendo depilação a laser, ela deve suspender esse tratamento, substituindo-o por um método que não seja invasivo.

O uso de cremes depilatórios também é contraindicado. Além de serem substâncias potencialmente irritantes para a pele, não há trabalhos que comprovem a segurança do uso dessas substâncias durante a gestação. Portanto, evite-os!

A depilação com cera, linha, lâminas ou com aparelhos elétricos é a mais recomendada, por ser menos traumática. No caso do procedimento realizado com cera e linha, a desvantagem é o desconforto ou dor que a mulher pode sentir, principalmente, se estiver mais sensível durante a espera do bebê. Para as mulheres que optam pela lâmina, é preciso redobrar os cuidados com a limpeza da pele antes e depois da remoção dos pelos, pois, microtraumas podem favorecer infecções locais e, na gravidez, isso pode se tornar um problema.

Durante esta fase, vale optar pelo método que remova os fios da forma mais segura e que não provoque irritações ou escoriações na pele da mãe. Por isso, o mais indicado é o uso dos aparadores ou removedores de pelos elétricos. Além disso, eles facilitam o dia a dia da mulher, inclusive, nos estágios finais da gestação, permitindo que a depilação mesmo nas áreas íntimas, seja feita por ela mesmo, em casa, de forma prática e rápida.


terça-feira, 17 de maio de 2016

Gestante: como usar o cinto de segurança corretamente

A gravidez é um período especial para as mulheres e, por isso, deve ser cercada de cuidados para diminuir qualquer risco à saúde da mãe e do bebê. Confira as dicas do dr. Edson Kayanuma, médico e supervisor de Saúde da Ford, que toda gestante deve tomar ao dirigir:
·         Grávidas devem usar o cinto de segurança de três pontos mantendo a faixa inferior abaixo da barriga, o mais justo possível. A faixa diagonal não deve ficar sobre a barriga, debaixo do braço ou da axila. Ela deve cruzar o meio do ombro, passar rente os seios e lateralmente ao abdômen.
·         Durante o primeiro trimestre da gravidez, período em que é mais comum a ocorrência de tonturas, náuseas, vômitos e sonolência, é aconselhável que a gestante não dirija caso apresente algum desses sintomas.
·         Como regra geral, não é recomendado que a mulher dirija a partir do oitavo mês de gravidez, já que a barriga pode ter crescido o suficiente para estar muito próxima ao volante. Em alguns casos, isso pode ocorrer até antes desse período havendo, em caso de colisão, um risco maior do descolamento da placenta ou de indução ao parto prematuro.
·         É aconselhável deixar os telefones do obstetra e de familiares em um local de fácil acesso, dentro do carro. Em caso de qualquer mal-estar na direção, como contrações, por exemplo, a gestante deve parar o veículo em local seguro e pedir ajuda por telefone. Caso seja necessário ir a um hospital, recomenda-se pegar um táxi.
“Esses são apenas alguns conselhos gerais de direção para grávidas. Dependendo de possíveis limitações adicionais, a mulher deve sempre seguir as orientações aconselhadas pelo seu obstetra”, recomenda o dr. Kayanuma.


domingo, 17 de abril de 2016

Quais exames um pré-natal deve conter?

Tão logo seja descoberta a gravidez, a futura mamãe iniciará o pré-natal com o suporte de um obstetra de confiança, para identificar situações que podem interferir tanto em sua saúde quanto na do feto.
Esse acompanhamento será feito por meio de exames que indicarão quais os cuidados pré-natais e possíveis tratamentos. O obstetra e ginecologista Mário Burlacchini enumera quais os principais, de acordo com a fase da gestação:
Primeira consulta
A primeira providência é fazer o exame de sangue para confirmar a gravidez. Com o resultado positivo em mãos, o especialista solicita:
·         Ultrassom transvaginal (se o atraso da menstruação já estiver por volta de 6 a 7 semanas): avalia se o embrião está implantado adequadamente no útero, qual o tempo da gravidez, se é gemelar e se é ectópica, ou seja, ocorre nas trompas;
·         Hemograma completo: checa os níveis de globulina e a necessidade de reposição de vitaminas;
·         Tipagem sanguínea para fator RH: identifica se mãe possui RH negativo;
·         Glicemia: aponta se a mulher é diabética;
·         Sorologia para rubéola, toxoplasmose, HIV, sífilis e hepatites A e B: se identificadas, estas doenças podem resultar em malformações fetais;
·         Urina tipo 1: investiga infecções e doenças renais;
·         Parasitológico de fezes (exame de rotina);
·         Papanicolau, se mulher realizou há mais de um ano.
1º trimestre/entre 11 e 14 semanas
·         Ultrassom morfológico: avalia as malformações fetais e a translucência nucal, a qual pode dar indícios da Síndrome de Down; para confirmar este quadro fazem-se os exames beta HPG livre e PAPP-A.
2º trimestre / entre 20 e 24 semanas
·         Ultrassom para acompanhar crescimento fetal, peso e líquido da placenta;
·         Glicemia com sobrecarga: retira-se sangue depois da ingestão de uma alta taxa de glicose a fim de averiguar a ocorrência de diabete gestacional.
3º trimestre
Entre 30 a 32 semanas
·         É o período ideal para realização do ultrassom 3D (imagem estática) ou 4D (imagem com movimento): com essa tecnologia é possível ver melhor órgãos internos do feto, como o funcionamento do pulmão. São mais indicados para casos de desconfiança de malformações, em virtude do grande detalhamento da imagem, e nas gestações normais contribuem para aumentar ainda mais o vínculo entre pais e nenê.
Entre 34 a 36 semanas
·         Ultrassom obstétrico: verifica o desenvolvimento do feto de acordo com a idade gestacional;
·         Repetição do exame para HIV e sífilis: é importante rastrear novamente, porque essas doenças podem ser transmitidas ao bebê durante o parto;
·         Streptococus do grupo A (bactéria existente no trato intestinal normalmente): pesquisar se há na vagina ou no ânus, pois no parto pode passar à criança e gerar infecção pulmonar – importante causa de morte no primeiro dia de vida do recém-nascido.
SINAL DE ALERTA
Segundo o dr. Burlacchini, algumas gestantes requerem cuidados adicionais e um acompanhamento ainda mais criterioso, quando apresentarem:
·         Hipertensão: são solicitados exames para aferição do nível de colesterol,  coagulação sanguínea, além de exames de ureia, creatinina, proteína na urina de 24h e ácido úrico, para checar a função renal. Faz-se também ultrassom para averiguar crescimento fetal e teste de vitalidade fetal, que verifica oxigenação, bem-estar e nutrição.
·         Diabetes: a gestante deve controlar a glicemia com o exame do furinho do dedo – de 5 a 7 vezes por dia.
·         Problemas hematológicos: investiga trombofilia.
·         Cardiopatia: edocardiografia, eletro e ecocardiograma fetal, quando há histórico de a mulher ter nascido com cardiopatia congênita ou tiver filho com problemas no coração.
·         Contrações antecipadas: faz-se a fibromectina fetal para verificar se bebê corre risco de nascer antes do tempo


segunda-feira, 11 de abril de 2016

Dicas para malhar na gravidez

Durante a gestação, é muito importante que a futura mamãe cuide da saúde para garantir uma boa gravidez e assegurar que o bebê seja saudável também. Mas, muitas gestantes não sabem que podem realizar atividades físicas durante o período de nove meses. Algumas dúvidas em relação ao peso, à elasticidade e também ao tempo do exercício são comuns nesse período.
 personal gestante e educadora física Roberta Gabriel (CREF: 039927- G/RJ) dá algumas dicas para que as mamães possam manter os exercícios em dia, sem afetar a saúde da gestante e do bebê.
Os exercícios
Assim como uma dieta, os exercícios são indicados de acordo com cada corpo e necessidades individuais. Os treinos das mulheres grávidas estão longe de ser uma adaptação de atividades normais com a carga reduzida. Eles têm que ser controlados, sem impacto, visando o aumento do tônus das musculaturas afetadas na gravidez e no parto, como assoalho pélvico, costas e abdômen.
Os benefícios
Manter o corpo ativo ajuda a amenizar os desconfortos que a gravidez naturalmente traz como dor nas costas e inchaço, é importantíssimo para lidar melhor com a onda de hormônios e controla o surgimento de doenças próprias da gestação como a diabetes gestacional e a hipertensão. Melhora também a autoestima e a qualidade do sono, aumenta a sensação de bem-estar e atua efetivamente no controle do ganho de peso. Praticar exercícios durante o período gestacional prepara o corpo para o momento do parto, principalmente em casos de parto normal, auxiliando na elasticidade, bem como o processo pós-nascimento do bebê.
Cuidando do futuro do bebê
Diversos estudos comprovam que os benefícios da atividade regular da mãe chegam ao feto. Dentre eles, o aumento de oxigenação e a melhora do fluxo de sangue que ajudam na melhor formação dos órgãos. Há ainda menores chances de gerar um filho obeso e com diabetes.
Atenção aos limites!
Tudo que é feito com exagero, dá errado. Na malhação não é diferente. É preciso manter um cuidado redobrado no período da gestação. Primeiramente, atenção às articulações. Durante a gravidez, o corpo produz um hormônio chamado relaxina. Ele deixa os ligamentos mais frouxos e a chance de torcer pés, tornozelos e punhos aumentam bastante. Além do desconforto da dor e da demora na recuperação, a queda pode machucar a barriga. Em segundo lugar, deve-se praticar a respiração de maneira correta. Ficar ofegante é ruim para a saúde do bebê. Quando a gestante sente dificuldade ao realizar um exercício, automaticamente o feto sente essa redução de circulação de oxigênio, o que pode fazer mal a ele. O mesmo raciocínio se aplica à frequência cardíaca, que não deve passar de 140 batimentos por minuto.
Frequência de exercícios
Segundo os especialistas, as gestantes podem se exercitar diariamente por, no mínimo, 30 minutos a partir do começo da gravidez, até o dia do parto. A intensidade e o tipo de movimentos devem ser adequados para cada mãe, mas alguns cuidados servem para todas. As abdominais convencionais de academia, por exemplo, são abolidas porque aumentam a pressão na região e podem desencadear um trabalho de parto prematuro. No lugar, entram esforços adaptados. Vale lembrar também que é sempre melhor treinar em períodos de temperaturas mais amenas.
O que pode e o que não pode?
Atualmente as mamães não frequentam apenas as aulas de hidroginástica, e têm investido em outros tipos de exercícios físicos. Apesar da natação, Pilates e caminhada serem as mais populares e recomendadas, as futuras mães estão liberadas para quase todas as modalidades, desde que sejam recomendadas pelo obstetra. Musculação, alongamentos, ioga, ginástica funcional e exercícios aeróbicos são todos bem-vindos. No entanto, algumas atividades, como vôlei e futebol, lutas em geral, surfe, stand up paddle, ciclismo, escalada ou qualquer outro que tenha risco de queda, são estritamente proibidas.


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Fisioterapia em Obstetrícia


Saiba como a Fisioterapia ajuda as mulheres durante e depois do parto:
Pré-Parto
A gestação é uma fase de muitas mudan­ças na vida de uma mulher, tanto física quanto social, emo­cional e psicológi­ca. A fisioterapia é muito importante e pode ajudar mui­to nessa fase preve­nindo e tratando al­guns sintomas que são fisiológicos: dores osteomusculares (dor lombar, punho, cervical); dor em sacroilíaca; treinar equilíbrio e força muscular; prevenir e tratar sintomas urinários; prevenir proble­mas circulatórios; edemas, varizes; evitar di­ástase abdominal; reforço cardiovascular, di­minuindo a sensação de cansaço.
Os recursos utilizados nas sessões são inú­meros: conscientização corporal e perineal; exercícios circulatórios; mobilização pélvi­ca (técnicas de mobilização, como a pompa­ge e a liberação miofascial); drenagem linfá­tica manual; fortalecimento global e estabi­lização central; músculos do assoalho pélvi­co, que são responsáveis pela sustentação do útero, bexiga, reto e pela continência uriná­ria. Durante toda a gestação eles devem ser fortalecidos para evitar a incontinência uri­nária de esforço causado pela fraqueza des­ses músculos e o excesso de carga que estão recebendo. Depois da 33semana esses mús­culos devem começar a receber a massagem perineal, fundamental para prevenir as lace­rações naturais que podem ocorrer no mo­mento expulsivo do trabalho de parto.
Cada gestação é exclusiva e cada corpo é único, portanto o tratamento é traçado e criado de acordo com a necessidade de ca­da gestante.
Pós-parto
O puerpério é o momento em que a mulher está totalmente voltada para o bebê e em que o seu corpo está retornando ao que era antes da gravidez. Desse modo, ela também necessita de cuida­dos e orientações para acelerar esse processo, que pode durar vários meses, pois o corpo passou por grandes modi­ficações durante a gestação e o traba­lho de parto. As­sim, a Fisioterapia vai ajudá-la a man­ter o seu corpo mais saudável e retornar às suas atividades do dia a dia, facilitando o seu deslocamento e permitindo maior interação com o seu bebê no lar.
Puerpério imediato: reeducação da fun­ção respiratória, estimulação do sistema cir­culatório para diminuir o edema nos mem­bros inferiores, restabelecer a função intes­tinal, reeducação dos músculos abdominais e da musculatura de assoalho pélvico (loca­lizado na região inferior da pelve), promo­ver redução da dor no local da incisão pe­rineal ou cesárea, além de orientações ge­rais em relação aos cuidados com as mamas e quanto às posturas assumidas durante os cuidados com o bebê.
Puerpério tardio (45 dias após o par­to): reduzir a dor perineal ou vaginal, dis­pareunia (dor na relação sexual), lombalgia, incontinência urinária, alterações posturais, fortalecer os membros superiores com intui­to de prevenir lesões a longo prazo devido ao ganho de peso do bebê, além de trabalhar os exercícios aeróbicos para redução de peso e melhora do condicionamento físico.

(Artigo da fisioterapeuta Laura Ezequiel Rodrigues)


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Falta de vitamina d aumenta risco de pré-eclâmpsia

A deficiência de vitamina D no organismo de pessoas de diferentes idades já se tornou uma situação muito comum e cerca de 90% da população mundial apresenta essa defasagem. A grande causa disso é a vida indoor que a maioria das pessoas leva sem exposição ao sol, que é a maior fonte dessa importante vitamina.
Apesar de ter esse nome, a vitamina D é considerada um hormônio que, em baixos níveis, favorece o surgimento de doenças como câncer, osteoporose, hipertensão, diabetes, derrames, distúrbios psiquiátricos e doenças autoimunes, que ocorrem quando o sistema imunológico da própria pessoa ataca e destrói os tecidos saudáveis do corpo.
De acordo com dr. Guilherme Loureiro, obstetra da Maternidade Pro Matre Paulista, a carência de vitamina D pode ter consequências preocupantes para gestantes. “Baixos níveis de 25 OH Colecalciferol (vitamina D) podem induzir um parto prematuro, aumentar as chances de pré-eclâmpsia, que é a hipertensão arterial específica da gravidez, e fazer com que o bebê também nasça com a deficiência da vitamina”, explica. “Outro fator comprovado ligado à falta do hormônio é que mães que não estão com seus níveis de vitamina D em dia durante a gestação dão à luz mais facilmente a bebês com autismo”.
Em contrapartida, bons níveis de vitamina D representam benefícios à saúde da mulher, e quando em idade fértil, seu papel é induzir melhor a ovulação. Já na gravidez, frente a organismos patológicos, reduz consideravelmente os riscos de pré-eclâmpsia por promover uma melhor adaptação da placenta com o organismo materno.
Para repor a vitamina D e evitar danos à saúde é importante manter uma dieta saudável, composta por carnes, peixes, leites e ovos, por exemplo, mas o banho de sol é a opção mais natural. Entretanto, as questões sobre câncer de pele e proteção solar não deixam que o hormônio seja absorvido. Isso por que o uso ininterrupto do protetor solar tem protegido a pele, mas deixado o organismo órfão da vitamina que ajuda na saúde do corpo e até no bom funcionamento da mente. “A vitamina D só é absorvida adequadamente com a exposição da pele direto ao sol, completamente livre de outras barreiras. O certo seria ficar no sol sem protetor solar por 15 minutos diariamente, fora dos horários de sol a pino, até às 10h e depois das 17h”, afirma o médico.
O consumo da vitamina D encapsulada ou em solução também é uma alternativa, mas é importante que seja sempre prescrita por um médico de acordo com a necessidade do paciente, pois a vitamina D, apesar de se fazer essencial, pode ser tóxica. Ingestões excessivas resultam em hipercalcemia, causando depósitos de cálcio nos rins, artérias, coração e pulmões, isso porque a vitamina D estimula o processo de formação de cálcio no organismo.


domingo, 27 de setembro de 2015

Exercício durante a gravidez: pode?



Depois de realizar o sonho da gravidez, muitas mulheres têm receio de praticar atividades físicas durante os nove meses de gestação. Lucas Rebelo, ginecologista do Hospital e Maternidade Santa Brígida, de Curitiba (PR), diz que isso não é problema. “As novas mamães não precisam ter medo de fazer exercícios. A gravidez não é uma doença, é apenas um período da vida da mulher em que ocorrem transformações momentâneas. Da mesma maneira que nós devemos cuidar da nossa alimentação e praticar exercícios físicos, as gestantes também devem fazer,” explica.
Segundo o médico, a prática é muito positiva para o pré e pós-parto. “A mãe se sentirá melhor, poderá melhorar a postura, a respiração e a circulação sanguínea, além de fortalecer a musculatura pélvica, o que certamente ajuda na hora do parto. Os exercícios também ajudam na perda de peso pós-parto, embora a amamentação seja muito boa nesse quesito,” afirma Rebelo. Dentre os exercícios mais recomendados por ele para este período, estão a hidroginástica, Pilates e alongamento, mas sempre com acompanhamento de um profissional de Educação Física e um médico.
A educadora física Amanda Kurecki Stima explica que as mulheres podem praticar atividades do início ao fim da gravidez, apenas com o cuidado durante o primeiro trimestre e priorizando a atividades de baixo risco. Por isso, ela não recomenda exercícios de abdominal com impacto e que podem aumentar muito a frequência cardíaca. Ela destaca que mesmo para quem já treinava antes da gestação, seria ideal diminuir um pouco o ritmo do treino. “Caso as práticas não exijam muito da mamãe, não há problema em seguir com o cronograma habitual, desde que seja reduzida a carga, a intensidade e a velocidade, de acordo com a evolução da gravidez”, diz ela.
Segundo Amanda, uma das principais recomendações para esta fase são os alongamentos, pois eles ajudam a proteger a liberdade de movimentos, evitam lesões musculares, aliviam a tensão física e mental, mantém os músculos e articulações fortes e flexíveis para um parto seguro e também podem aliviar as dores comuns da gravidez. Mas e para os bebês? Será que existe algum benefício? De acordo com a profissional, a realização de atividade física ajuda a prevenir o excesso de peso do bebê, pois mantém sob controle os níveis de açúcar no sangue, evitando o surgimento de diabetes gestacional e diminuindo a oferta de açúcar que vai para o bebê.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Gestante, cuide bem de sua visão!


Que a gravidez provoca inúmeras mudanças na mulher, ninguém discute. Mas o que muita gente desconhece é que as gestantes podem sofrer distúrbios temporários ou permanentes na visão. A sensibilidade da córnea, por exemplo, costuma diminuir principalmente nos últimos três meses, voltando ao normal pouco tempo depois de o bebê nascer. Também pode ocorrer o seu espessamento, bem como um aumento de curvatura e inclinação. Neste caso, há prejuízo da visão e pode resultar na falta de acomodação das lentes de contato. Em alguns casos, o problema persiste inclusive durante o aleitamento materno e depois.
De acordo com o médico oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, há quatro problemas oculares mais comuns durante a gravidez:  olho seco; visão embaçada; desdobramentos da pré-eclâmpsia; desdobramentos do diabetes gestacional. “Durante a gravidez, a gestante pode perceber que os olhos estão mais secos que o normal ou sentir muito desconforto ao usar lentes de contato. A síndrome do olho seco, nesse caso, ainda pode provocar intensa irritação nos olhos”, diz o médico, indicando o uso de lágrimas artificiais específicas para lubrificar os olhos durante os nove meses.
O especialista aponta a retenção de líquidos como um problema comum durante a gravidez, associando-a a uma alteração na espessura e no formato da córnea. Mínimas mudanças desse tipo são suficientes para resultar em visão distorcida ou embaçada, sem foco. Apesar do desconforto, não é preciso se alarmar. O problema costuma ser transitório. “Caso a gestante sinta uma mudança relevante na visão, poderá recorrer a lentes apropriadas para esse período, lembrando que as cirurgias corretivas devem ser adiadas para depois de o bebê nascer, já que haverá uma acomodação natural do grau no período pós-parto”, ressalta.
A pré-eclâmpsia, hipertensão arterial específica da gravidez que pode ocorrer a partir da 20ª semana, é outro problema importante e que merece toda atenção. Os sinais podem ser identificados através dos olhos em até 8% das gestantes, sendo provável que a paciente se queixe de perda temporária de visão, maior sensibilidade à luz, visão embaçada ou com formação de halos ou flashes. Segundo dr. Renato, na presença desses sintomas, principalmente se a paciente tiver histórico de hipertensão, o médico responsável pelo pré-natal deverá ser imediatamente comunicado, já que essa condição progride rapidamente e pode resultar em sangramento ou outras complicações.
O diabetes gestacional também costuma apresentar desdobramentos que são considerados graves quando não controlados a tempo. Altas taxas de açúcar no sangue, quando associadas ao diabetes, podem danificar pequenos vasos sanguíneos que alimentam a retina. O risco, inclusive, aumenta ao longo da gravidez. Por esse motivo, quer a gestante seja diabética, quer tenha adquirido diabetes gestacional, sua visão poderá apresentar problemas relacionados a nitidez e foco. Conhecendo os riscos apresentados, Neves afirma que é muito importante contar com um acompanhamento oftalmológico durante os nove meses de gravidez, ainda que a gestante mantenha os níveis de açúcar no sangue dentro de parâmetros aceitáveis.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Gestantes devem ter cuidados especiais com os cabelos



O período da gravidez é marcado por modificações em todo o organismo e muitas vezes a queda de cabelo não acontece apenas por alteração hormonal, mas pelas mudanças estarem combinadas com fatores externos no couro cabeludo que precederam o período gestacional como tinturas, químicas, uso de cosméticos agressivos, entre outros.
Segundo a terapeuta capilar Sônia Mesquita, fatores de agressão ao couro cabeludo como cosmética, estresse, poluição, entre outros, associados com o estresse do período pós-parto, podem proporcionar desnutrição proteico-vitaminosa (que pode ocorrer nas gestantes), estresse emocional (principalmente em mães de primeira viagem), e desregulação hormonal do pós-parto, gerando um fator de queda de cabelos semelhante à calvície masculina. “A falta de hormônios sexuais femininos e presença de hormônios de produção de leite materno que interrompem o ciclo menstrual normal podem ser parte desse processo”, explica.
Para evitar esse processo de queda de cabelo e manter ou recuperar os fios, Sônia dá dicas para a mulher grávida ou parturiente:
- O cuidado com o couro cabeludo não deve ser diferente, desde que já esteja sendo bem feito. Os níveis de oleosidade no couro cabeludo durante a gravidez aumentam, tanto pelo ganho de peso quanto pelas modificações hormonais. É necessário um controle diferenciado da oleosidade, respeitando o limite da resistência do fio, sem deixar os fios ressecarem.
 - Cuidado com os produtos de escovas progressivas e demais processos quimícos, principalmente os que contêm formol. Não utilizar tinturas de cabelo na gravidez, nem descolorantes. Evitar química pesada.
- Seguir à risca as recomendações do pré-natal, como o uso de ácido fólico.
- Lavar o cabelo todos os dias, pois na gravidez, quem já tem pré-disposição fica com o cabelo mais oleoso que o normal, e o acúmulo da oleosidade no couro cabeludo propicia acúmulo de fungos e bactérias, que pode resultar até em calvície.
- Manter uma alimentação saudável. A alimentação mais saudável para o couro cabeludo deve conter carotenoides (presentes em vegetais amarelados e alaranjados, como cenoura), bioflavonoides (tomate), vegetais verdes, carne magra e fígado (por aumentar as reservas de ferro e complexo B). Além disso, evitar refrigerantes e o ganho de peso exagerado.
- Dê preferência a produtos fitoterápicos e orgânicos. Por não ter química, o couro cabeludo e, consequentemente, os fios, que são o reflexo da saúde deste, absorvem melhor os componentes, eliminando os fungos que atacam as fibras capilares.
– Lavar o cabelo diariamente com movimentos circulatórios e nunca lavar com as pontas dos dedos, lavando toda a cabeça em todos os sentidos e utilizar as unhas, mas com cuidado para não se machucar. Assim haverá um aumento da circulação e oxigenação do couro cabeludo e uma remoção mais efetiva das placas de gordura. Pelo menos uma vez por dia, dar várias escovadas ao dia, em vários sentidos para ativar a musculatura. Esse procedimento ativa e estimula todo o sistema de circulação da cabeça e do couro cabeludo.
- Em caso de queda de cabelos mais acentuada procurar orientação profissional.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O que é o parto humanizado?



Poucas pessoas sabem o que é o parto humanizado. O termo surgiu da necessidade de rever a forma como as gestantes e bebês são recebidos e tratados durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato dentro dos hospitais. Em um país onde a cesariana atinge mais de 90% dos nascimentos em entidades particulares, o parto normal, quando acontece, tem sido conduzido de forma desrespeitosa, com intervenções desnecessárias.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem condutas a ser seguidas pelos médicos e hospitais. Confira algumas:
- Acompanhante: a lei no 11.108 prevê que a mulher tem direito a um acompanhante de sua escolha antes, durante e depois do parto, homem ou mulher.
- Escolhas: a mulher tem direito a escolher se quer ou não o soro que estimula as contrações; a presença de acompanhante e doula; se quer se alimentar; se quer se movimentar durante o trabalho de parto; a melhor posição no momento do parto; se quer ou não anestesia; tem direito a negar a episiotomia.
- Episiotomia é o corte lateral na vagina conhecido com o “pique”, recomendado pela OMS somente em caso de uso de fórceps.
- Amamentação: importante na primeira hora de vida do bebê para estabelecer o vínculo mãe-filho.
O parto normal não precisa ser temido! A mulher e seu corpo são fisiologicamente preparados para esse momento e ela pode e deve ser a protagonista desse momento incrível que é trabalhar para o nascimento do seu filho. Ela deve ser acompanhada por uma equipe médica que acredite nisso e assista o parto sem intervenção desnecessária. O parto humanizado não coloca em risco a vida de mãe e nem do bebê, pois conta com a presença do médico durante todo o trabalho de parto.

(Artigo da doula Thiana Fewrrarezi)

sábado, 3 de maio de 2014

Pilates, atividade completa para as gestantes



A prática do Pilates por gestantes vem crescendo a cada dia, com resultados muito positivos.
Mas, é bom deixar claro que,  para iniciar as aulas, é indispensável autorização do obstetra, especialmente para mulheres que não praticavam nenhuma atividade antes da gestação, bem como encontrar um bom profissional de Pilates, para não trazer prejuízos à saúde da gestante ou do bebê.
Segundo a fisioterapeuta Carolina Macedo de Miranda, gestantes não passam apenas por mudanças emocionais e hormonais durante a gestação, mas também físicas e posturais, como a mudança do eixo de equilíbrio devido ao aumento do peso frontal, a maior exigência de força na musculatura das pernas pelo aumento de peso, a dificuldade de respirar pelo aumento do tamanho do bebê, a incontinência urinária comum no final da gestação, além de outras mudanças e desconfortos peculiares a cada uma.
O Pilates é um programa de exercícios que pode trazer conforto à gravidez e ao parto, pelo foco na estabilidade da musculatura postural (torácica e lombar), pelo fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico (essencial na hora do parto e para controle de incontinência urinária), no fortalecimento e alongamento suave dos demais músculos do corpo e pelo trabalho respiratório, que auxilia na melhora da circulação sanguínea em todo o corpo, aliviando diversos sintomas. Resultados são rapidamente visíveis, com a melhora da circulação sanguínea em todo o corpo, a prevenção de câimbras, e a minimização ou eliminação do inchaço nas pernas.
Os exercícios, associados com a respiração, reduzem a sensação de cansaço e promovem tranquilidade, bem como a concentração promove um relaxamento e um bem-estar físico e mental, prevenindo possíveis desconfortos presentes na gravidez. O Pilates melhora a concentração, a força muscular, a respiração, a postura, o equilíbrio, a coordenação e a qualidade dos movimentos, sem sobrecarregar as articulações e as curvaturas normais da coluna.
Futura mamãe, vale a pena iniciar essa tão completa atividade o quanto antes. A qualidade do seu dia a dia de hoje em diante será mais preciosa que nunca! Pratique Pilates!