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segunda-feira, 17 de maio de 2021

Obstrução do canal lacrimal afeta 6%dos recém-nascidos

 


Atenção mamães de recém-nascidos! O acúmulo de secreção amarelada nos olhos e o lacrimejamento constante em bebês podem indicar obstrução do canal lacrimal. No caso desses sintomas surgirem logo ao nascimento, é possível que seja a forma congênita da patologia.

Segundo a oftalmopediatra dra. Marcela Barreira, a maioria dos casos de obstrução do canal lacrimal em bebês ocorre devido ao não rompimento de uma membrana, localizada na região da válvula de Hasner, estrutura que liga o ducto lacrimal à cavidade nasal. Com essa obstrução, em vez das lágrimas percorrerem o caminho esperado, elas ficam represadas nos olhos, causando os sintomas.
 
Sintomas mais comuns

Entre as manifestações mais comuns estão o lacrimejamento constante, bem como o acúmulo de secreção amarelada nos olhos. “Os bebês acometidos podem ficar com as pálpebras coladas quando a secreção seca, além de apresentar irritação na pele da região palpebral, chamada de dermatite da pálpebra”, diz dra. Marcela.  
 
A oftalmopediatra reforça que há outras condições oculares que podem se manifestar com sintomas parecidos. “Entre elas podemos citar a conjuntivite, glaucoma congênito, triquíase (quando os cílios nascem para dentro) ou ainda o fechamento incompleto das pálpebras. Portanto, o correto é procurar um oftalmopediatra para o devido diagnóstico”.  
 
Tratamento pode ser cirúrgico
 
Quase sempre, o problema tende a se resolver até o bebê completar um ano. Isso porque, com o tempo, a espessura das vias lacrimais aumenta, ajudando a desobstruir. Alguns procedimentos podem ser feitos para melhorar a drenagem das lágrimas, como a massagem das vias lacrimais. Até o quinto mês de vida, a condição é tratada com medidas menos invasivas, como massagem e limpeza dos olhos.

Entretanto, alguns bebês podem precisar de tratamentos cirúrgicos, como a sondagem e irrigação do canal lacrimal e, em outros casos, uma cirurgia chamada dacriocistorrinostomia, explica dra. Marcela.
 
De acordo com a especialista, esse procedimento cirúrgico é realizado para criar uma comunicação do canal lacrimal com o nariz, através de uma abertura óssea na fossa lacrimal. “A indicação é feita quando a sondagem não resolveu a obstrução, ou ainda quando a criança passa do momento de fazer a sondagem”.
 
O prognóstico da obstrução do canal lacrimal é bom na maioria dos casos, cerca de 90 a 95% dos bebês tendem a apresentar melhora do quadro ao completar um ano de vida.
 
“O importante é diagnosticar e tratar precocemente, tanto para evitar procedimentos mais invasivos, como para aliviar os sintomas”, encerra dra. Marcela.


 

sábado, 8 de maio de 2021

Benefícios da calêndula para a pele do bebê

 


Bem-me-quer, Margarida Dourada e Maravilha são alguns dos vários nomes que a Calêndula tem por aí - essa florzinha de tons quentes que há mais de 80 anos tem um espaço reservado nos jardins medicinais. E se seus apelidos são muitos, seus benefícios são ainda mais numerosos, indo desde o controle do açúcar no sangue ao fortalecimento do sistema imune. Mas, de longe, sua principal propriedade é o cuidado com a pele, a protegendo de infecções e inflamações e acelerando sua cicatrização.

Por conta de sua natureza calmante e renovadora, a calêndula é ótima para ajudar nos cuidados com a pele delicada de recém-nascidos e crianças pequenas, que exige um cuidado dobrado por ser mais sensível do que a de um adulto, e por não conseguir se adaptar às mudanças repentinas de temperatura. Ao ser aplicada na cútis, suas ações anti-inflamatória e antimicrobiana diminuem o inchaço da ferida, evitam o desenvolvimento de microrganismos e também estimulam a circulação do sangue no local e a produção de colágeno.


quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Como aliviar as cólicas do bebê?


As cólicas em bebês recém-nascidos são muito comuns e assustam, principalmente, os papais de primeira viagem. A manifestação do incômodo se dá por meio de um choro inconsolável, súbito e inexplicável. Porém, de acordo com o pediatra do Hospital Edmundo Vasconcelos, Eduardo Brandina, não há motivo para pânico; as cólicas em lactantes são comuns e seus episódios se iniciam a partir da segunda semana de vida, atingindo o pico entre a quarta e a sexta e com melhora considerável após o terceiro mês.

Até o momento, as pesquisas acerca das causas da cólica em lactantes são inconclusivas, entretanto, algumas hipóteses têm sido associadas ao incômodo, como imaturidade no sistema nervoso central do bebê, anormalidades na produção de hormônios gastrointestinais, alteração da motilidade intestinal – capacidade de mobilidade do intestino – e até mesmo fatores externos, como barulho, claridade e agitação. Algumas pesquisas indicam ainda que, bebês que não se alimentam pelo leite materno, têm duas vezes mais chances de incidência de cólicas.

"Por não se saber ao certo a causa da cólica em recém-nascidos, ainda não há um tratamento eficaz, porém, algumas dicas simples podem ajudar a trazer conforto nessa hora delicada: manter-se tranquilo para transmitir calma ao bebê, pegá-lo no colo, deixar a barriga do pequeno em contato com a da mãe, a fim de transmitir calor e conforto. Além disso, manter o ambiente a meia luz e com música suave, colocar compressas mornas na barriga, fazer massagem circular e dar banho morno", afirma Eduardo Brandina.

O tratamento com medicamentos, chás ou outros métodos de controle da dor só deve ser realizado sob orientação do pediatra. O especialista alerta para a importância do acompanhamento médico. "O exame clínico é fundamental para descartar quaisquer outras razões para o choro da criança", diz.

Eduardo Brandina chama atenção ainda para uma moda perigosa: o uso do colar de âmbar nos bebês. Trata-se de um colar feito de uma resina vegetal que atuaria como analgésico e anti-inflamatório pela presença do ácido succínico, mas não existe nenhuma comprovação científica de sua eficácia. "Além disso, seu uso traz grande risco de asfixia ao lactente, tanto por estrangulamento quanto por aspiração", afirma.


A cólica em recém-nascidos por mais traumática que seja, é uma condição transitória que não traz riscos ao bebê e nem interfere em seu desenvolvimento.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Mitos e verdades sobre amamentação




No dia 1º de agosto celebra-se o Dia Mundial da Amamentação, data que tem como objetivo promover o exercício do aleitamento materno e estimular a criação de bancos de leite em todo o país, os quais contribuem no combate da desnutrição infantil.
Além de o leite materno ser o alimento mais completo para o desenvolvimento do bebê, a amamentação contribui para criar um laço entre mãe e filho. “O aleitamento está relacionado ao desenvolvimento emocional do bebê, pois promove uma forte ligação com a mãe, transmitindo-lhe segurança e carinho, de modo a facilitar, mais tarde, o seu relacionamento interpessoal e, ainda, contribui para o desenvolvimento psicomotor do bebê”, destacam Luciana Santos e Natalia Modica, enfermeiras da Criogênesis.
Em meio a tantas informações, é comum que as mamães tenham diversas dúvidas. Para auxiliá-las, as enfermeiras respondem algumas das questões mais recorrentes sobre o tema.     


             Algumas mulheres têm leite fraco
MITO. No início da amamentação o primeiro leite, chamado de colostro, é aquoso, o que pode dar a impressão de que o leite é fraco. Entretanto isso não é verdade, uma vez que a substância é rica em anticorpos essenciais para garantir a saúde da criança.

          Amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama

VERDADE. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a amamentação completa diminui de 3 a 4% o risco de a mulher desenvolver o câncer de mama. Mulheres que amamentam por mais de seis meses têm menos chances de desenvolver a doença devido à substituição de tecido glandular por gordura nas mamas.

          Passar produtos nos seios previne rachaduras

MITO. Não use sabonetes, álcool, pomadas ou perfume. A limpeza deve ser feita apenas com água. A pomada a base de lanolina, deve ser utilizada sempre na aréola e mamilo, pois é utilizada para tratamento das feridas. Em volta da mama pode utilizar o creme de estrias normal já utilizado na barriga.

           Existe uma posição ideal para amamentar

VERDADE. O fundamental é que ambos estejam confortáveis e relaxados, mas é importante observar o alinhamento entre o corpo e a cabeça da criança, abdômen do bebê encostado ao abdômen materno e queixo tocando a mama. A criança deve estar apoiada pelo braço da mãe, que envolve a cabeça, o pescoço e a parte superior do seu tronco. A boca precisa estar bem aberta com o lábio inferior para fora recobrindo quase toda a aréola (como uma “boca de peixe”) enquanto a porção superior da aréola pode ser visualizada.

          Apenas a pega incorreta pode desencadear fissura nos mamilos

MITO. Outros fatores como clima, resíduos de detergente nas roupas, loções aplicadas na região da mama, sabonetes, talco, produtos para cabelo, desodorante ou perfume, podem influenciar no ressecamento dos seios. O uso incorreto de bombinhas para extrair o leite também pode causar o aparecimento de rachaduras, pois certos equipamentos, quando utilizados de forma mais brusca, podem ferir o tecido mamário e romper os capilares. Por isso, recomenda-se colocar o dedo mínimo no canto da boca do bebê para ele soltar o vácuo que está fazendo na mama, antes de retirá-lo.

          Quem tem prótese de silicone não pode amamentar

MITO. O silicone não interfere na qualidade do leite materno, pois as próteses ficam localizadas abaixo das glândulas mamárias. Vale ressaltar que existem várias maneiras pelas quais as próteses podem ser colocadas e a maioria delas não oferece nenhum risco. A exceção fica por conta dos procedimentos conhecidos por periareolar e transareolar, em que o enchimento é inserido pelas aréolas dos seios.

          Amamentar deixa os seios flácidos

MITO. É importante ressaltar que a flacidez dos seios ocorre em função da gravidez e não da amamentação, portanto, o fato de não amamentar para evitar o problema não tem fundamento.

        Durante o aleitamento o consumo de chocolate deve ser controlado
VERDADE. A mãe pode comer chocolate, mas sem exageros. Quantidades superiores a 400 gramas de chocolate por dia causa irritabilidade ou aumento da peristalse do intestino do bebê – causando cólica e dor de barriga.

       O bebê deve mamar a cada duas ou três horas
MITO. A criança em aleitamento materno exclusivo deve mamar em livre demanda, ou seja, na hora que quiser. Porém, após 3 horas de jejum, aumenta o risco de hipoglicemia, devendo-se oferecer a mama ao recém-nascido para minimizar o risco.

        A amamentação deve ser exclusiva até os seis meses
VERDADE. As recomendações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Academia Americana de Pediatria é de que a amamentação seja exclusiva até os 6 meses de vida para garantir a saúde dos bebês e imunizá-los contra doenças respiratórias, diarreias, doenças crônicas, problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e osteoporose. Após esse período, inicia-se a inclusão de alimentos na dieta da criança, conforme orientação do pediatra, que ocorre até os dois anos de idade. Recomenda-se que não fique mais de 4h de jejum.



sexta-feira, 29 de junho de 2018

Bronquiolite, a doença que acomete bebês no inverno



O inverno chegou trazendo, junto de temperaturas mais baixas e ar mais seco, algumas doenças características da estação. Entre elas, a bronquiolite, uma infecção viral que acomete crianças de até dois anos de idade e é caracterizada pela inflamação dos brônquios, parte final do pulmão.

Com sintomas bem parecidos com uma gripe, a doença é, na verdade, decorrente de um resfriado: tosse, coriza, espirros e obstrução da respiração estão entre seus sintomas. O que diferencia a bronquiolite é o “chiado” que pode ser escutado, proveniente de um quadro respiratório viral. Os sintomas podem ser acompanhados ou não de febre e a bronquiolite é a evolução desse quadro, que acontece de quatro a sete dias.

A maioria dos casos, cerca de 80%, é causada pelo vírus VRS – vírus sincicial respiratório. Os demais casos são consequências de outros vírus, como influenza, por exemplo. O tratamento é simples, mas deve ser levado à risca para efetivo resultado.

Segundo a alergista Carla Dall Olio, coordenadora da emergência pediátrica do Hospital Barra D'Or, a principal indicação é a lavagem do nariz com soro fisiológico, de 5 a 7 dias, tempo médio de duração da infecção. Também pode ser utilizada nebulização. Porém, há situações em que o quadro se prolonga por até 21 dias. A forma de tratar depende da intensidade e idade do bebê, mas a princípio não existe indicação de antibiótico. “Se a família perceber outros sintomas, como dificuldade na amamentação, aceleração da respiração, chiado audível, vômitos, sonolência excessiva e pele arroxeada é importante levar a criança imediatamente para avaliação na emergência”, explica ela.

A doença é contagiosa e a lavagem de mãos é a principal forma para se impedir o contágio. Também é importante evitar aglomerações neste período de inverno e manter as crianças com a vacinação em dia, apesar de não existir uma vacina contra o VRS.

As crianças que fazem parte do chamado “grupo de risco” têm mais chances de desenvolver a bronquiolite. Dentre elas estão: prematuras, cardiopatas, neuropatas, com pesos menores que 1,250 kg, crianças com menos acesso à saúde e portadores de HIV.

“Um importante fator de proteção contra a doença é a amamentação”, conclui a especialista.