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domingo, 7 de fevereiro de 2021

Doenças cardiovasculares podem ser silenciosas

 


Maior causa de mortes no mundo, as doenças cardiovasculares fazem mais de 17 milhões de vítimas a cada ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). As mais comuns são o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o infarto. Porém, existem diversas doenças que afetam o coração e que podem ser fatais, como a insuficiência cardíaca (IC), que afeta cerca de 3 milhões de brasileiros e os leva a internações constantes. Por isso, fazer um acompanhamento com o cardiologista é fundamental, quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais chances o paciente terá de iniciar o tratamento correto antes que o problema se agrave.

Existem diversos tipos de doenças cardiovasculares, e saber diferenciá-las é um passo importante na escolha do tratamento adequado. "As doenças cardiovasculares são aquelas que envolvem o estreitamento ou bloqueio dos vasos sanguíneos, o que pode levar o paciente a um ataque cardíaco ou AVC. Porém, existem também as doenças cardíacas que afetam o músculo e o ritmo cardíaco, como é o caso da insuficiência cardíaca", explica o cardiologista dr. Múcio de Oliveira, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo e Chefe da unidade hospital dia do Instituto do Coração de São Paulo (InCor).


Outra doença que atinge o coração é a cardiomiopatia crônica da doença de Chagas (CCDC). A tripanossomíase americana, ou doença de Chagas, ocorre por meio da infecção decorrente da picada de um inseto triatomíneo, ou por via oral ou mucosa ocular. Uma vez infectado, o paciente pode desenvolver uma miocardite aguda que evolui para uma miocardite crônica fibrosante. "Os danos causados ao coração progridem até o paciente desenvolver a cardiomiopatia crônica da doença de Chagas. Cerca de 30% dos infectados pelo triatomíneo desenvolvem a CCDC, sendo que a morte súbita e a insuficiência cardíaca são os maiores causadores de óbito nesses pacientes", alerta o médico.


Dentro das doenças cardiovasculares encontramos também a aterosclerose, que ocorre quando há um bloqueio nas artérias impedindo que o sangue chegue ao coração e ao cérebro. Oliveira explica que a aterosclerose pode causar infarto e derrame. "Como as artérias levam o sangue e oxigênio para todo o corpo, quando há uma obstrução, os tecidos sofrem com a redução de sangue que chega até ele, provocando enfraquecimento e até mesmo morte das células. " Esse bloqueio, geralmente, é causado pelo acúmulo de gordura nas artérias. "Os maiores fatores de risco são tabagismo, obesidade, hipertensão arterial, diabetes, o colesterol alto e a propensão familiar", diz o especialista.


Assim como a Insuficiência Cardíaca (IC), a aterosclerose e outras doenças cardiovasculares também podem ser silenciosas. Fadiga, falta de ar, desconforto ou dor no peito são alguns dos sinais de alerta para que o paciente verifique a saúde do coração. "Não devemos esperar até que algum sintoma apareça para procurar ajuda médica. É importante que todos façam acompanhamento com um cardiologista, especialmente aquelas pessoas que já têm histórico de doenças cardíacas, ou estão no grupo de risco, pois, muitas vezes, o paciente não sabe que o cansaço que ele sente não é causa da idade, mas um sintoma de uma doença do coração que pode e deve ser tratada", enfatiza o dr. Múcio de Oliveira

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Estudos comprovam efeito anti-inflamatório da prática de exercícios físicos


De acordo com Claudia Forjaz, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, o evento permitiu a difusão do conhecimento cientifico que está sendo desenvolvido em todo o país sobre o exercício e a saúde cardiovascular. Conseguimos englobar temas que vão desde a pesquisa básica até aquelas aplicadas em situação real de atuação.
Pesquisadores comprovaram que o exercício físico pode contribuir para diminuição desses riscos em indivíduos obesos, sedentários e idosos – os quais fazem parte do grupo de risco cardiovascular. As teorias mais modernas preconizam a utilidade do exercício físico como efeito anti-inflamatório, isso porque o músculo que se encontra ativo com a prática de exercícios produz substâncias benéficas à prevenção de inflamações, e com isso consegue inibir as secreções inflamatórias que são produzidas pelo tecido adiposo.
Para comprovação desses benefícios, a pesquisadora dra. Cláudia Regina Cavaglieri conduziu um estudo que submeteu indivíduos obesos a seis meses de treinamento físico sem que houvesse qualquer mudança de alimentação. O que se observou é que, mesmo sem melhora na dieta, houve uma diminuição significativa nos riscos de desenvolvimento de diabetes e hipertensão.
“O exercício é efetivamente um medicamento importante, sem efeitos colaterais, que se modulado da forma correta (para que ocorra perda de massa gorda e ganho de massa magra) consegue ter esse efeito anti-inflamatório e, consequentemente, diminui o risco de desenvolvimento de doenças”, afirma Cláudia.
Outro destaque é a pesquisa do dr. Paulo Farinatti, que verificou queda na pressão nos usuários das academias que seguiam os protocolos indicados por profissionais de saúde.
De acordo com os pesquisadores, a atividade física deve ser realizada com durações, intensidades e frequências adaptadas para as necessidades de cada indivíduo. Em idosos, por exemplo, em que há menor condicionamento físico, há maior propensão ao desenvolvimento da hipertensão arterial e de doenças cardiovasculares. Nesses casos, os exercícios físicos aeróbicos são extremamente benéficos, e podem ser potencializados se somados aos exercícios de força.
No caso das mulheres mais velhas, a pesquisadora dra. Iris Callado mostra que a prática de exercícios físicos pode provocar benefícios significativos à saúde cardiovascular.
Mais informações: http://www.sbh.org.br.


domingo, 20 de abril de 2014

Chocolate e seus benefícios

Pesquisas indicam que sete entre 10 brasileiros consomem chocolate. Essa estatística aumenta até 25% em ocasiões como Páscoa, inverno, Dia dos Namorados e Natal.  Segundo a nutricionista do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) Gislene Malta, há diferentes tipos de chocolate e cada um com efeito peculiar.
· Chocolate branco – não tem cacau na sua composição e tem mais açúcar e gordura.
· Chocolate ao leite – é o preferido do consumidor, tem alguma quantidade de cacau, leite e açúcar.
· Chocolate meio amargo – possui entre 40 e 55% de cacau, pouca quantidade de manteiga de cacau e açúcar.
· Chocolate negro ou amargo – é o que tem mais cacau, entre 60 e 85%, menos açúcar e gordura.
chocolate2“Pode-se presumir que o mais indicado é o que apresenta maior quantidade de cacau, porque ele é o responsável pelos benefícios atribuídos ao alimento. Contém alto teor de flavonoides e antioxidantes, que reduzem riscos de doenças cardiovasculares”, afirma Gislene. Segundo a profissional, o chocolate também possui substâncias bioativas, além dos flavonoides, e a sinergia desses componentes podem ser responsáveis pelos benefícios observados.  “O consumo diário do chocolate amargo, por exemplo, reduz a pressão arterial e o colesterol, o que previne a doença cardiovascular”, ressalta.chocolate2
Recentemente, pesquisas deram uma reviravolta na questão do consumo do chocolate. A revista americanaArchives of Internal Medicine publicou um estudo com 1.081 pessoas de 20 a 85 anos que consumiam o produto regularmente e, apesar de não seguirem dieta alimentar, mantinham os índices de massa corpórea sem aumento de peso.  A nutricionista citou ainda um artigo publicado em 2013 no Journal of Psychopharmacology que atribui ao chocolate à sensação de prazer e bem-estar.  “Embora seja um dado empírico, os compostos polifenois têm uma afinidade aos receptores do humor, significando que sua ingestão pode iniciar um efeito calmante”, diz ela.
chocolate2No caso dos portadores de diabetes, a profissional recomenda o consumo do chocolate diet, composto por pasta e manteiga de cacau, leite em pó, sorbitol e adoçante (usados em substituição ao açúcar).  Contudo, o valor calórico é maior, porque há mais gordura em sua composição. Também cita os chocolates a base de soja para intolerantes à proteína de leite e/ou lactose. “É preciso ressaltar que, apesar dos benefícios citados, o chocolate deve ser consumido com moderação por qualquer pessoa. Não se deve ultrapassar os 30 gramas por dia, pois é um alimento com alto teor de gordura”, adverte Gislene.