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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ansiedade e depressão de fim de ano podem ser evitados


Transtornos de ansiedade antecedem, sucedem ou coexistem com a depressão em até 70% dos pacientes, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre 1990 e 2013, o número de pessoas depressivas e ansiosas aumentou quase 50%, chegando a um número atual de cerca de 615 milhões de pessoas afetadas pelas duas doenças. Por isso, é importante avançar na compreensão da relação entre as enfermidades e adotar estratégias de tratamento que contemplem ambas as condições.

“Muitas vezes, tratar os transtornos de ansiedade é uma forma de prevenir a própria depressão", diz o psiquiatra Kalil Duailibi, diretor científico de Psiquiatria da Associação Paulista de Medicina (APM). Juntas, depressão e ansiedade custam à economia global, anualmente, cerca de US$ 1 trilhão, segundo um relatório produzido pela OMS em parceria com o Banco Mundial e divulgado neste ano.

De acordo com o médico, as doenças fazem parte de um círculo vicioso que inclui também estresse e insônia. “Isso ocorre porque, em geral, os mecanismos que envolvem a regulação do humor, do ciclo de sono e da resposta de estresse estão relacionados à ação de um mesmo neurotransmissor, a noradrenalina. Então, ocorrem efeitos em cascata, que no início se manifestam como ansiedade e, depois, como depressão”, completa.

Sequelas irreversíveis

A depressão, quando não tratada adequadamente, pode trazer consequências graves e sequelas importantes, como a diminuição do número de células nervosas e, com o passar do tempo, do volume de algumas regiões cerebrais de modo irreversível, levando a déficits cognitivos significativos, ou até mesmo, tentativas de tirar a própria vida. A doença também prejudica o tratamento de outras enfermidades das quais o paciente seja portador e pode piorar a evolução desses quadros, em razão da desesperança e da autoestima fragilizada dessas pessoas.

Sob o aspecto social, a depressão pode provocar prejuízos no trabalho, na vida familiar e afetiva. Mas a boa notícia é que a evolução no entendimento da doença e o conhecimento cada vez mais aprofundado das outras condições associadas a ela têm possibilitado o desenvolvimento de tratamentos cada vez mais modernos, eficazes e seguros, como os antidepressivos de 3ª geração, que apresentam uma ação dual.

Segundo o especialista, adotar uma dupla abordagem, contemplando os medicamentos antidepressivos e também a psicoterapia, é uma estratégia fundamental para recuperar a funcionalidade do paciente, restaurando sua capacidade plena de atuação e ampliando sua qualidade de vida.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A importância do exercício físico no tratamento da depressão


A depressão é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, devido à sua alta morbidade e mortalidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde o aumento absoluto e relativo de idosos ocorreu em vários países, tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento, ao longo das últimas décadas.
No Brasil, a expectativa de vida estimada para 2050 é de 81,3 anos e espera-se que até 2025 o país seja o sexto do mundo com o maior número de pessoas idosas. Com isso, é esperado também que aumente a prevalência de morbidades que estão associadas ao envelhecimento. Especificamente no idoso, a depressão está relacionada a múltiplos fatores, entre eles tristeza, sentimento de culpa, solidão, isolamento social, fadiga, perda de peso, queixa de dores, os quais também podem contribuir para piora no desempenho cognitivo e funcional.
Segundo os educadores físicos Raphael da Silva e Francisco Felix Coco, esses sintomas são mais acentuados em deprimidos idosos do que em deprimidos jovens e contribuem para o declínio cognitivo e do condicionamento físico nessa faixa etária.
Diversos estudos têm mostrado que o exercício físico é considerado um dos métodos mais eficazes no tratamento da depressão. Como já elucidado em diversos estudos, o exercício físico melhora a força muscular em aspectos gerais e a condição cardiorrespiratória aumentando, assim, a capacidade funcional do idoso, proporcionando-lhe mais independência, evitando a fadiga e a perda de peso (proporcionada pela diminuição de massa muscular), aumentando seu desempenho físico. Esses benefícios são maximizados quando praticado em grupo e acompanhado por um profissional especializado, diminuindo assim a solidão e isolamento social causado pela depressão.
Estudos mostram que o exercício físico contribui para o desenvolvimento da formação de novos neurônios no hipocampo, do mesmo modo que os antidepressivos e a terapia eletroconvulsiva, e também pode estar relacionado com o aumento de dopamina e serotonina, que está envolvida com o desempenho motor, a motivação locomotora, a modulação emocional, bem-estar e sensação de prazer.