Mostrando postagens com marcador tristeza. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador tristeza. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Como identificar e prevenir sintomas de depressão infantil em sala de aula




Desde 2015 o Brasil se volta à importância da prevenção do suicídio. A campanha Setembro Amarelo é incentivada e liderada do dia 1º ao 30 por uma das mais antigas ONGs do país, a CVV - Centro de Valorização da Vida. A organização lembra que falar sobre o tema e saber sobre suas causas são as primeiras providências para lutarmos contra estatísticas devastadoras, como um estudo realizado pela Unicamp que mostrou que 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, que 32 pessoas tiram suas vidas todos os dias. 

A primeira medida preventiva é a educação. "Existem debates entre profissionais de saúde mental sobre quais seriam os sintomas que poderiam levar as crianças a uma tendência ao suicídio. E a atenção à depressão infantil, inclusive na escola, se tornou essencial", destaca a coordenadora pedagógica da Mind Lab, Miriam Sales. Conforme a Fiocruz, estima-se que 2% das crianças e 5% dos adolescentes no mundo todo sofram com a doença. Pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), durante a pandemia, apontou que uma em cada quatro crianças e adolescentes passaram a sofrer de depressão e ansiedade.
 
Parte dos especialistas defende que os sintomas infantis são os mesmos da depressão verificada em pessoas adultas, como humor deprimido na maior parte do dia, desinteresse nas atividades diárias, alteração de sono e apetite, dificuldade de se concentrar e até alternação na atividade motora. No entanto, alguns estudiosos acreditam que no caso de crianças e jovens, há sintomas diferenciados, o que torna o diagnóstico mais desafiador. Esses sintomas seriam facilmente confundidos com malcriação, pirraça, birra, mau-humor, tristeza e agressividade. Esse ramo acredita que a lista de sintomas a seguir seria mais adequada para ser observada por profissionais em sala de aula.
 
A ideia de suicídio ou pensamento de tragédias e mortes estão na lista, mas podem ser mais difícil de ser acessada. Assim como sentimentos de desesperança e baixa autoestima e sentimento de inferioridade. Diferente da falta de apetite, prazer em executas atividades, apatia, agressividade, pessimismo, alterações no sono, cansaço, apatia e queixa de dores.
 
Para facilitar o processo de identificação e alimentar o diálogo em um ambiente em que crianças e adolescentes passam boa parte do seu tempo, a escola, a Miriam Sales, que também é pesquisadora sobre a importância das neurociências para o fazer docente, destaca três frentes:
 
Diferenciar depressão de tristeza
Muitos dos sintomas listados acima podem ser facilmente confundidos com a tristeza natural do dia a dia de uma criançaComo estabelecer essa diferença, então? Segundo os especialistas, a principal diferença está na intensidade dos sintomas, na persistência por longos períodos e nas mudanças que operam em hábitos normais da vida da criança. Assim, quando os pais ou responsáveis percebem a ocorrência desses sintomas de forma recorrente, devem procurar uma avaliação médica para diagnóstico.
 
Destacar o papel do professor
O professor não é um profissional de saúde e não tem o conhecimento necessário para diagnosticar casos de depressão entre crianças e jovens. Entretanto, na sala de aula, ocupa uma posição privilegiada para notar mudanças no desempenho, no comportamento e no humor de seus alunos e alunas.
Conhecendo os sintomas listados acima, um educador atento pode perceber os primeiros sinais de que algo está acontecendo com a criança ou o jovem. "O seu papel, nesse caso, é disparar o alarme, chamando os familiares para conversar sobre as alterações percebidas e tentando entender se os pais ou responsáveis também observaram mudanças recentes. Muitas vezes eles já estão atentos e até conseguem apontar causas para essas mudanças", destaca Miriam.
 
Incluir a educação socioemocional
O desenvolvimento dessas habilidades atua como prevenção à depressão entre crianças e jovens. Ao desenvolver competências como persistência, foco, entusiasmo, confiança, autoconfiança e ampliar a tolerância ao estresse, a educação socioemocional ajuda a fortalecer a saúde mental dos jovens e crianças. Por isso, com essas competências bem desenvolvidas, elas ampliam a sensação de bem-estar, satisfação e felicidade consigo mesmas.
Se os sintomas persistirem, é indicado que a família procure ajuda especializada com profissionais de saúde e mantenha o professor avisado sobre os desdobramentos e possíveis diagnósticos. "A parceria entre família e escola é fundamental para ajudar a criança ou adolescente a superar uma situação de depressão", ressalta a profissional.


Foto: Freepik
 

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Suicídio: que dor é essa?



Na nova geração de adolescentes e jovens o suicídio, como tema, tomou conta do cotidiano desde filmes, séries e o pior, a vida dos adolescentes. De acordo com pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma morte é registrada por suicídio. Com isso, após a trágica notícia e estatística, diversos questionamentos são levantados, como:
  • O que leva um adolescente com inúmeras possibilidades fazer isso com sua vida?
  • Que dor é essa que nem pais, nem psicólogos ou psiquiatras estão dando conta de resolver?
  • O que fazer para ajudar?
  • Estamos fazendo algo errado para esta geração?
  • A culpa é da tecnologia?
  • Seria dos pais?
  • Seriam essas relações líquidas?
  • Seria a falta de pertencimento?
  • É a pressão do vestibular?
  • Será que só conseguimos perceber essa dor quando esse jovem atenta contra a própria vida?
Segundo a terapeuta e coach familiar e criadora da Filhosofia, Valéria Ribeiro, são muitas as perguntas e nenhuma resposta. "Os adolescentes e jovens se veem perdidos em meio há um mundo de mudanças muito rápidas, onde não se pode perder nenhuma novidade e acompanhá-las em tempo real é algo que tem exigido muito desses seres que ainda estão em formação física, emocional e neuronal, isto é, em meio a um cenário tecnológico, obrigam os jovens a serem diferentes do que eles realmente querem", diz ela.
De acordo com a terapeuta, os adolescentes têm muitas opções na vida, mas nessa geração o suicídio passou a ser uma opção também. É a opção para se curar de uma dor que os adultos não estão conseguindo acessar e nem ajudar. "A opção do suicídio é uma realidade na sociedade, com isso, as conversas entre pais e filhos, é reduzida ao nada", alerta Valéria.
Para a coach familiar, o problema não é somente dos responsáveis pelo adolescente, mas de toda a sociedade. "Isso se torna uma dor na sociedade, pois está se tornando um problema social, onde a solução não passará somente pelos consultórios de psicólogos e psiquiatras, mas pelo pátio da escola, nas salas de aulas, nas mesas de refeição em casa, no almoço na casa da avó”.
Para ajudar no diálogo entre os pais e adolescente, a criadora da Filhosofia apresenta dicas de como é possível realizar uma conversa franca e sensata.
  • Eles precisam ser ouvidos. Ser ouvidos significa deixarmos nossos preconceitos, crenças e mesmo aquilo que vivemos, pois os tempos mudaram.
  • Precisamos dar voz a esses que sofrem, sem dizer: que isso é errado, ou frescura, ou que você é fraco ou “no meu tempo...”. A dor é real e eles estão usando um mecanismo definitivo para se livrar de uma dor temporária.
  • Não invalidem nem desqualifiquem a dor de seu filho, ele pode estar pedindo socorro.
Com isso, a terapeuta alerta para os pais estarem atentos, pois alguns, apesar de estar sofrendo, se revestem de uma couraça, na qual não se transpõe e não se acessa, o que piora mais ainda, pois o tratamento pode não chegar para esse adolescente. "O jovem não revela o sofrimento, nem a causa dele, por isso, a atenção e o carinho sem preconceito é fundamental para ajudar na fase em que esta passando", ressalta.
Além de estar atento, segundo a terapeuta, outros fatores devem estar em alerta: “reconheça a dor, a angústia, a ansiedade, os medos, as inseguranças que o filho possa ter e, principalmente, se coloque como uma pessoa em que ele possa confiar e contar, que você o ama, independentemente de quem ele seja ou será, e que ele pertence ao principal grupo da sociedade, a família", finaliza ela.


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Saudades, sim. Tristeza, não


Neste mês de novembro lembramos, de maneira especial, dos entes queridos que já partiram. É normal chorar o vazio da saudade. Mas, reviver as virtudes, os bons exemplos e o carisma de quem partiu é um grande estímulo para vivermos melhor, na certeza de que, com nossas almas purificadas, estaremos um dia juntos novamente. É essa certeza que deve sobrepor-se à tristeza e à dor da separação, acompanhada da consciência de que a vida neste mundo é finita.

Em geral, na medida em que vamos envelhecendo, adquirimos consciência de que devemos estar preparados para um dia encerrar nossa caminhada neste mundo. Envoltos em sonhos de conquistas e realizações, os mais jovens, como é natural, tendem a fugir dessa certeza de finitude, da qual somente se aproximam em momentos de perdas – do pai, da mãe, de um irmão, de amigos. E as separações são sempre mais traumáticas em caso de um acidente ou de doenças graves prematuras.

Jovens ou idosos, todos devemos ter a consciência de que ninguém vive para sempre – exceto nossas almas. Como o nascimento de uma criança é sempre fonte de grande felicidade para uma família, devemos estar certos de que a morte é o renascimento para a eternidade. É essa certeza, pregada por todas as religiões, que dá sentido à nossa vida aqui na Terra e alimenta nossa luta em busca da verdade.

O autor e líder espiritual japonês Ryuho Okawa nos lembra, em Mensagens do Céu (IRH Press do Brasil), que “tanto Buda quanto Jesus ensinaram que a alma é nossa verdadeira natureza e que estamos vivendo neste mundo apenas temporariamente. Essas verdades nunca irão mudar” e apenas precisam ser transmitidas em linguagem atual às pessoas de nosso mundo materialista e consumista.

“O mundo precisa de conhecimento espiritual, isto é, saber de onde vêm as almas e para onde irão após a morte. É essencial para a nossa felicidade sabermos que somos seres espirituais”, diz Okawa. “Não importa o quanto acumulemos de conhecimento, não teremos sabedoria de fato e não encontraremos o caminho de casa se não soubermos de onde viemos e para onde vamos.”

Somente com essa fé na eternidade conseguiremos aceitar as marcas do tempo e nosso próprio fim. William Shakespeare, em seu Soneto 19, descreve de forma magistral o envelhecimento. Refere-se ao tempo como voraz, que “corta as garras do leão” e “arranca os dentes afiados da feroz mandíbula do tigre”, não evitando nem o “crime hediondo” de marcar “com as horas” a bela fronte de um amor. Mais lírico, o educador e poeta Rubens Alves diz que “Deus existe para tranquilizar a saudade. Quem é rico em sonhos não envelhece nunca. Pode até ser que morra de repente. Mas morrerá em pleno voo...”

Que este mês de novembro reavive em cada um de nós, idosos ou não, a consciência de que devemos estar sempre preparados para deixar este mundo, vivendo cada dia como se fosse o último, com fé, amor, confiança e tranquilidade. Em As Leis da Sabedoria, outro de seus mais de dois mil livros publicados, Ryuho Okawa ensina que, “depois da morte, a única coisa que o ser humano pode levar de volta consigo para o outro mundo é seu ‘coração’. Dentro dele reside a ‘sabedoria’”. O autor afirma que “é importante que você leve um tipo de vida que não seria motivo de vergonha ou desonra se você estivesse no mundo celestial” (do livro Trabalho e Amor).

Que a lembrança dos que já partiram renove nossa fé em uma vida eterna e nos estimule a imitar os bons exemplos e as virtudes cultivadas pelos entes queridos, realizando nossos próprios sonhos de felicidade. A lembrança de tudo o que eles fizeram de bom ao longo de sua vida é um grande estímulo em nossa caminhada. Saudades, sim. Tristeza, não.


Artigo de Kie Kume, gerente da editora IRH Press do Brasil, que publica em português as obras de Ryuho Okawa

sábado, 14 de novembro de 2015

A importância do bom humor na terceira idade

Desde a década de 70 existem estu­dos relacionando o humor à saúde, mostran­do que o riso e o bom hu­mor são, muitas vezes, te­rapêuticos, e funcionam co­mo poderosos medicamen­tos. O riso é um fenômeno universal, faz parte do ser humano e ultrapassa qual­quer cultura, tempo e idade.
O bom humor e a alegria beneficiam o in­divíduo como um todo, física e psicologica­mente. O riso estimula a produção de endor­fina, conhecida como o hormônio do bem-es­tar, diminui o cortisol, hormônio do estresse, tem efeitos cardiovasculares semelhantes a exercícios aeróbicos, aumenta a tolerância à dor e melhora o sistema imunológico.
Na Psicologia Analítica, a psique é compos­ta por pares de polos opostos. Dessa forma, se entendermos a alegria como um polo e a tristeza como outro, o humor funciona co­mo um eixo entre eles, e estar em contato com apenas um desses extremos pode tra­zer problemas como a euforia ou a depres­são. Portanto, para obter um equilíbrio psí­quico é importante que o ser humano viven­cie tanto a tristeza quanto a alegria.
Em nossa sociedade, a velhice carrega mui­tos estigmas negativos, sendo comumente associada a uma fase de declínio, depressão, tristeza, falta de felicidade e perspectiva. É extremamente importante para o idoso vi­venciar e lidar com a tristeza, mas resgatar o bom humor e o riso é fundamental para a sua saúde emocional. Em momentos de desequi­líbrio, o bom humor pode trazer uma nova or­dem às emoções, mesmo que por instantes, lembrando ao idoso que há outros aspectos a serem vistos e que nem tudo está perdido.
Na mitologia grega, existe um excelente exemplo da importância do bom humor em determinadas situações. Foi por meio dele que Bal­bo, deusa do ventre, aman­te do sorriso e da gargalha­da, resgatou a deusa Demé­ter, a mãe-terra, de sua pro­funda tristeza. Ao ouvir as histórias e piadas de Balbo, Deméter não pôde conter o riso. Foi a alegria que fez com que Deméter tivesse forças para continuar pro­curando sua filha, Perséfone, que havia sido capturada por Hades.
A deusa Balbo reflete a nossa capacidade de sobrevivência e superação, mesmo diante de obstáculos que nos trazem muita tristeza. Pa­ra nos ajudar a manter o bom humor, é preciso cultivar relações de afeto, praticar atividades físicas e incluir o lazer em nossa rotina.
Costumo dizer aos clientes que lazer e ri­sada também são remédios, tão importan­tes quanto aqueles prescritos pelos médicos. Nem o prazer, nem o desejo se extinguem na velhice, e devemos nos permitir vivenciá-los.
(Artigo da psicóloga Raquel Benazzi)

sábado, 13 de setembro de 2014

Aprendendo a lidar com as perdas


Perder faz parte da vida de qualquer pessoa, mas essa é uma experiência que pode ajudar no crescimento do indivíduo? Sim, e muito. As cenas de crianças desoladas ao fim da partida de futebol como a que assistimos entre Brasil e Alemanha ilustram muito bem esse aspecto.
Situações como esta podem fazer com que crianças comecem a elaborar e compreender que para vencer, quer seja um jogo, uma competição, a conquista de um novo trabalho, uma promoção, é necessário estudar, se dedicar, planejar. Nada vem de forma mágica, como o apertar e deletar de botões de computadores, celulares e similares.
Na realidade atual, na qual os meios eletrônicos possibilitam num apertar de botões/teclas ou, num deslizar virtual, ir ao encontro de algo desejado, a frustração é algo indesejável, insuportável. Acreditar e aceitar que perdas são inevitáveis são algo que num primeiro momento tende a ser negado.
Como pais ou educadores, nossa ajuda consiste em mostrar à criança que perder, por exemplo, quando se trata de um jogo, uma brincadeira, é uma possibilidade, e nessas situações aprender a lidar com a perda pode ser menos doloroso do que uma situação de perda de um familiar ou doença grave de um familiar ou amigo.
Quando se perde, é normal ficar triste, desanimado, e se esse momento da criança ou adulto é respeitado, pais e familiares suportam conviver com a tristeza e a dor, os sentimentos duram alguns dias, e depois ela, pela sua própria capacidade, se recuperará, falará sobre o ocorrido, como os depoimentos mostraram crianças falando: “fiquei triste porque o Brasil perdeu a Copa”, ou “não fui vitorioso na competição, mas tenho meus amigos, minha família”. Enfim, ele acredita internamente que tem recursos e pode enfrentar as decepções, perdas e o sofrimento provocado.
Ganhar é muito bom, mas quando isso não é possível, ou não há possibilidade concreta de ocorrer, respeitar os limites, não tentar ir além de suas possibilidades é importante, pois ajuda o indivíduo, quer seja adulto ou criança, a encarar e saber lidar com pressões, não querer ser algo que não pode e, principalmente, não assumir atitudes onipotentes, na qual se tenta ser o que não é.
No mundo atual, as exigências são cada vez maiores. Vivemos a ditadura de ser o melhor, o mais completo, em um mundo em que não há lugar para as falhas, inseguranças, dificuldades e dúvidas, enfim, para o não dar certo. Quando uma situação coletiva desbanca toda uma nação como foi, por exemplo, o final dos jogos da Copa, é como se um sentimento coletivo invadisse cada um e cada qual, reagindo a seu modo, será capaz de mostrar como tratam as perdas por que passa na vida. Alguns reagem a elas de forma primitiva, olho por olho, dente por dente, enquanto outros ficam tristes, se deprimem, mas reagem ao fato, e novamente confiam e acreditam na possibilidade de viver novas situações, mesmo sabendo que as perdas sempre farão parte da vida.

(Artigo da psicanalista Samira Bana)

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A importância do exercício físico no tratamento da depressão


A depressão é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, devido à sua alta morbidade e mortalidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde o aumento absoluto e relativo de idosos ocorreu em vários países, tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento, ao longo das últimas décadas.
No Brasil, a expectativa de vida estimada para 2050 é de 81,3 anos e espera-se que até 2025 o país seja o sexto do mundo com o maior número de pessoas idosas. Com isso, é esperado também que aumente a prevalência de morbidades que estão associadas ao envelhecimento. Especificamente no idoso, a depressão está relacionada a múltiplos fatores, entre eles tristeza, sentimento de culpa, solidão, isolamento social, fadiga, perda de peso, queixa de dores, os quais também podem contribuir para piora no desempenho cognitivo e funcional.
Segundo os educadores físicos Raphael da Silva e Francisco Felix Coco, esses sintomas são mais acentuados em deprimidos idosos do que em deprimidos jovens e contribuem para o declínio cognitivo e do condicionamento físico nessa faixa etária.
Diversos estudos têm mostrado que o exercício físico é considerado um dos métodos mais eficazes no tratamento da depressão. Como já elucidado em diversos estudos, o exercício físico melhora a força muscular em aspectos gerais e a condição cardiorrespiratória aumentando, assim, a capacidade funcional do idoso, proporcionando-lhe mais independência, evitando a fadiga e a perda de peso (proporcionada pela diminuição de massa muscular), aumentando seu desempenho físico. Esses benefícios são maximizados quando praticado em grupo e acompanhado por um profissional especializado, diminuindo assim a solidão e isolamento social causado pela depressão.
Estudos mostram que o exercício físico contribui para o desenvolvimento da formação de novos neurônios no hipocampo, do mesmo modo que os antidepressivos e a terapia eletroconvulsiva, e também pode estar relacionado com o aumento de dopamina e serotonina, que está envolvida com o desempenho motor, a motivação locomotora, a modulação emocional, bem-estar e sensação de prazer.