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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Atividade física pode prevenir o câncer?


A prática de atividades físicas traz diversos benefícios para a saúde. Ela é reconhecida na prevenção e tratamento de várias doenças, como hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardíacas, depressão, entre outras. A boa notícia é que também vem sendo relacionada com a menor incidência de câncer, conforme indicam vários estudos publicados.

“O câncer de mama e o câncer de cólon têm sido mais estudados em relação à atividade física e tem, por sua vez, sua incidência reduzida em pacientes que fazem exercício regularmente”, afirma o oncologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Lucas Dan Yuasa. Esses estudos avaliam, por exemplo, se a pessoa faz exercício, qual a intensidade, e se há no decorrer dos anos seguintes algum diagnóstico positivo para a doença.

Um dos trabalhos mostra uma redução mais significativa quando o exercício regular foi iniciado dos 12 aos 20 anos de idade. “Ou seja, quanto mais cedo começa, maior o efeito benéfico do exercício na prevenção do câncer”, diz o médico. O efeito foi observado no seguimento de longo prazo de pessoas, avaliando-se a prática ou não de atividades físicas regular, mas sem avaliar possíveis causas. “Há várias hipóteses sem comprovação definitiva”, esclarece o especialista.

Outro fator importante, destacado pelo médico, é do ponto de vista da intensidade do exercício. É melhor para a saúde uma hora de exercício, durante três dias da semana, do que três horas uma vez por semana. “Regularidade e constância são melhores a longo prazo do que a intensidade esporádica”, garante.

A Sociedade Americana de Câncer incluiu em suas diretrizes a prática de exercícios físicos como medida preventiva contra o câncer ao lado de outras recomendações, tais como: consultar um médico a respeito dos exames de prevenção, realizar exercícios físicos pelo menos 30 minutos cinco ou mais vezes por semana, controlar o peso através de dieta bem balanceada contendo muitas frutas, vegetais e grãos e limitar o consumo de carnes, principalmente as com alto teor de gorduras e não fumar.

Durante o tratamento de câncer
Para quem já está em fase de tratamento do câncer, o ideal é consultar o oncologista para saber se há indicação de atividades e para quais, além de consultar o cardiologista, se houver algum tratamento ou acompanhamento com o mesmo. “Antes da indicação, alguns fatores são considerados, como o tipo de cirurgia, tempo de tratamento, qual o tratamento, e também de qual forma de atividade física está sendo escolhida, caso o paciente já chegue com uma sugestão”, conta.

O oncologista ressalta que o exercício será sempre benéfico para o paciente, desde que respeitados os limites pessoais e bom senso. “Não tenho conhecimento de pesquisa que tenha relacionado o exercício e a reincidência do câncer, mesmo porque há outros fatores que influenciam diretamente essa reincidência, tais como o tipo de câncer, estágio por ocasião do diagnóstico, tipo de tratamento. Porém o exercício será sempre benéfico, física, mental e emocionalmente”.

O que a prática do exercício proporciona ao organismo
Segundo o médico, durante a prática o corpo libera endorfinas, substâncias bioquímicas analgésicas que ajudam a aliviar a dor e trazem relaxamento para o corpo inteiro, dando a sensação de prazer e bem-estar. Além disso, libera o GH (hormônio do crescimento), considerado um agente anabólico que estimula o crescimento tecidual, cartilaginoso e ósseo, e também as catecolaminas, um grupo de substâncias em que estão presentes a adrenalina e a noradrenalina, que aumentam a taxa de metabolismo, liberam glicose e ácidos graxos livres na corrente sanguínea e aumentam o gasto energético do corpo, ideal para quem quer perder peso.



sábado, 14 de novembro de 2015

A importância do bom humor na terceira idade

Desde a década de 70 existem estu­dos relacionando o humor à saúde, mostran­do que o riso e o bom hu­mor são, muitas vezes, te­rapêuticos, e funcionam co­mo poderosos medicamen­tos. O riso é um fenômeno universal, faz parte do ser humano e ultrapassa qual­quer cultura, tempo e idade.
O bom humor e a alegria beneficiam o in­divíduo como um todo, física e psicologica­mente. O riso estimula a produção de endor­fina, conhecida como o hormônio do bem-es­tar, diminui o cortisol, hormônio do estresse, tem efeitos cardiovasculares semelhantes a exercícios aeróbicos, aumenta a tolerância à dor e melhora o sistema imunológico.
Na Psicologia Analítica, a psique é compos­ta por pares de polos opostos. Dessa forma, se entendermos a alegria como um polo e a tristeza como outro, o humor funciona co­mo um eixo entre eles, e estar em contato com apenas um desses extremos pode tra­zer problemas como a euforia ou a depres­são. Portanto, para obter um equilíbrio psí­quico é importante que o ser humano viven­cie tanto a tristeza quanto a alegria.
Em nossa sociedade, a velhice carrega mui­tos estigmas negativos, sendo comumente associada a uma fase de declínio, depressão, tristeza, falta de felicidade e perspectiva. É extremamente importante para o idoso vi­venciar e lidar com a tristeza, mas resgatar o bom humor e o riso é fundamental para a sua saúde emocional. Em momentos de desequi­líbrio, o bom humor pode trazer uma nova or­dem às emoções, mesmo que por instantes, lembrando ao idoso que há outros aspectos a serem vistos e que nem tudo está perdido.
Na mitologia grega, existe um excelente exemplo da importância do bom humor em determinadas situações. Foi por meio dele que Bal­bo, deusa do ventre, aman­te do sorriso e da gargalha­da, resgatou a deusa Demé­ter, a mãe-terra, de sua pro­funda tristeza. Ao ouvir as histórias e piadas de Balbo, Deméter não pôde conter o riso. Foi a alegria que fez com que Deméter tivesse forças para continuar pro­curando sua filha, Perséfone, que havia sido capturada por Hades.
A deusa Balbo reflete a nossa capacidade de sobrevivência e superação, mesmo diante de obstáculos que nos trazem muita tristeza. Pa­ra nos ajudar a manter o bom humor, é preciso cultivar relações de afeto, praticar atividades físicas e incluir o lazer em nossa rotina.
Costumo dizer aos clientes que lazer e ri­sada também são remédios, tão importan­tes quanto aqueles prescritos pelos médicos. Nem o prazer, nem o desejo se extinguem na velhice, e devemos nos permitir vivenciá-los.
(Artigo da psicóloga Raquel Benazzi)