Mostrando postagens com marcador adolescente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador adolescente. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 17 de outubro de 2023

Dor nas costas em crianças e jovens deve ser tratada com atenção

 


A dor nas costas em crianças e adolescentes é rara e deve ser tratada com atenção, já que são um grupo de pacientes ainda em fase de crescimento. Segundo o médico ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Cleber Furlan, quando se trata desse binômio dor-escoliose, associa-se uma à outra, mas a escoliose não deve nunca ser considerada um fator de causa para pacientes em fase de crescimento, como é o caso de jovens e adolescentes. 

O médico alerta que, nesse grupo etário, a queixa deve ser considerada significativa quando chega ao consultório. Para isso, são fundamentais os exames físicos e neurológicos, aliados a exames subsidiários (como ressonância, por exemplo), para um diagnóstico correto de possíveis traumas, fraturas ou contusões. “Pode haver sintomas e sinais mínimos em que a ocorrência de uma doença grave é escondida por meio dessas dores”, explica o especialista.

No caso de dores ou problemas sistêmicos, por exemplo, o paciente sofre alteração na circulação, apresenta sintomas de febre, tremor e perda de peso - principalmente em esqueletos em crescimento. Quanto aos problemas neurológicos, é possível observar alterações de sensibilidade, de fraqueza, sensitivas e até de perda de controle do esfíncter, ou seja, o paciente perde o controle urinário e fecal. 

O exame físico corresponde a uma análise ortopédica e neurológica para verificar se tem escoliose, que é uma deformidade na coluna. Dentro disso, também se considera a cifose, principalmente a torácica, uma deformidade nas costas comumente associada ao formato de um “C”; além da lordose, curvatura mais acentuada na região lombar e cervical; e possíveis contraturas, musculatura dolorida ou travada, e pontos dolorosos na pele.

O exame neurológico, por sua vez, analisa movimentos de coordenação, a função motora de força e de sensibilidade, além de outros testes específicos. No caso de um paciente em crescimento, com idade abaixo de quatros anos, e que apresenta uma dor contínua ou progressiva nas costas, com sintomas de febre, mal-estar, perda de peso, perda urinária e de sinais neurológicos, e escoliose, o quadro já é preocupante - para estes casos, existem alguns diagnósticos mais determinantes. 

A lesão mecânica, por exemplo, é mais observada em crianças que ficam sentadas de dez a doze horas, ou mais, o que causa uma distensão muscular que pode ser uma fratura oculta ou uma síndrome de excesso de uso - quando a criança participa constantemente de diversos tipos de exercícios de impacto. Para o diagnóstico, Furlan recomenda exames de ressonância ou uma cintilografia para checar possíveis fraturas, um escorregamento das vértebras ou até uma alteração no próprio desenvolvimento do paciente. 

“É preciso ficarmos atentos às pessoas que não têm dor, mas começam a adquiri-la com o crescimento do esqueleto. Uma escoliose, uma cifose, uma lordose, a doença de Scheuermann (cifose  torácica associada a várias alterações musculares e posturais), uma discite, como é conhecida a inflamação do disco vertebral, uma osteomielite - infecção óssea, ou até mesmo uma simples infecção de garganta ou respiratória alta, que desencadeia uma doença inflamatória crônica e ou reumatológica. Doenças endócrinas, doenças genéticas, infecções, inflamações, doenças reumáticas e até tumores, portanto, fazem parte de uma avaliação e estudo de causas, necessitando ser analisadas”, alerta Cleber Furlan.



Foto: Freepik

 


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Suicídio: que dor é essa?



Na nova geração de adolescentes e jovens o suicídio, como tema, tomou conta do cotidiano desde filmes, séries e o pior, a vida dos adolescentes. De acordo com pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma morte é registrada por suicídio. Com isso, após a trágica notícia e estatística, diversos questionamentos são levantados, como:
  • O que leva um adolescente com inúmeras possibilidades fazer isso com sua vida?
  • Que dor é essa que nem pais, nem psicólogos ou psiquiatras estão dando conta de resolver?
  • O que fazer para ajudar?
  • Estamos fazendo algo errado para esta geração?
  • A culpa é da tecnologia?
  • Seria dos pais?
  • Seriam essas relações líquidas?
  • Seria a falta de pertencimento?
  • É a pressão do vestibular?
  • Será que só conseguimos perceber essa dor quando esse jovem atenta contra a própria vida?
Segundo a terapeuta e coach familiar e criadora da Filhosofia, Valéria Ribeiro, são muitas as perguntas e nenhuma resposta. "Os adolescentes e jovens se veem perdidos em meio há um mundo de mudanças muito rápidas, onde não se pode perder nenhuma novidade e acompanhá-las em tempo real é algo que tem exigido muito desses seres que ainda estão em formação física, emocional e neuronal, isto é, em meio a um cenário tecnológico, obrigam os jovens a serem diferentes do que eles realmente querem", diz ela.
De acordo com a terapeuta, os adolescentes têm muitas opções na vida, mas nessa geração o suicídio passou a ser uma opção também. É a opção para se curar de uma dor que os adultos não estão conseguindo acessar e nem ajudar. "A opção do suicídio é uma realidade na sociedade, com isso, as conversas entre pais e filhos, é reduzida ao nada", alerta Valéria.
Para a coach familiar, o problema não é somente dos responsáveis pelo adolescente, mas de toda a sociedade. "Isso se torna uma dor na sociedade, pois está se tornando um problema social, onde a solução não passará somente pelos consultórios de psicólogos e psiquiatras, mas pelo pátio da escola, nas salas de aulas, nas mesas de refeição em casa, no almoço na casa da avó”.
Para ajudar no diálogo entre os pais e adolescente, a criadora da Filhosofia apresenta dicas de como é possível realizar uma conversa franca e sensata.
  • Eles precisam ser ouvidos. Ser ouvidos significa deixarmos nossos preconceitos, crenças e mesmo aquilo que vivemos, pois os tempos mudaram.
  • Precisamos dar voz a esses que sofrem, sem dizer: que isso é errado, ou frescura, ou que você é fraco ou “no meu tempo...”. A dor é real e eles estão usando um mecanismo definitivo para se livrar de uma dor temporária.
  • Não invalidem nem desqualifiquem a dor de seu filho, ele pode estar pedindo socorro.
Com isso, a terapeuta alerta para os pais estarem atentos, pois alguns, apesar de estar sofrendo, se revestem de uma couraça, na qual não se transpõe e não se acessa, o que piora mais ainda, pois o tratamento pode não chegar para esse adolescente. "O jovem não revela o sofrimento, nem a causa dele, por isso, a atenção e o carinho sem preconceito é fundamental para ajudar na fase em que esta passando", ressalta.
Além de estar atento, segundo a terapeuta, outros fatores devem estar em alerta: “reconheça a dor, a angústia, a ansiedade, os medos, as inseguranças que o filho possa ter e, principalmente, se coloque como uma pessoa em que ele possa confiar e contar, que você o ama, independentemente de quem ele seja ou será, e que ele pertence ao principal grupo da sociedade, a família", finaliza ela.


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Adolescência: segurança insegura


Estamos vivendo tempos difíceis. Pa­rece até que o mundo virou de cabe­ça para baixo, e salve-se quem puder. Por outro lado, as pessoas vivem uma ilusão e, de certa forma, buscam se proteger e criar um mundo particular ao seu redor, que lhes garanta uma permanente sensação de pro­teção e segurança.

Essa busca refere-se, principalmente, àqueles que tentamos de todas as formas proteger e cuidar, ou seja, os filhos, que, por uma extensão de nosso desejo, muitas vezes tentamos salvaguardar de todo o perigo que possa ameaçá-los. Diferentemente da época quando nós, pais, fomos adolescentes, hoje sabemos que muitos dos cuidados que temos baseiam-se em experiências reais – o peri­go existe, porém ele não está fora das pare­des que rodeiam as casas, condomínios, es­colas, e outros recintos onde muitas vezes se acredita estar protegido e fora do alcance de qualquer possibilidade de risco.

O perigo, muitas vezes, está dentro de casa, mais perto do que se imagina entre as quatro paredes de um simples quarto. Qualquer pai ou familiar que conviva com um adolescen­te sabe, ou pelo menos supõe, que seu mun­do está centrado em seu próprio quarto, lo­cal meio sagrado, às vezes místico, habitado por ele e mais uma parafernália de aparelhos, que vão desde computador, games, som, TV, celular, câmera independente e, muitas ve­zes, alguns compõem seu ambiente com gaio­las com uma gama de bichinhos exóticos, que dividem ali com ele nada mais nada menos que sua solidão ruidosa.

Quem não se assustou com a notícia de um jovem garoto que num jogo online com outros meninos jogou a partida final de sua vida. É an­gustiante pen­sar sobre is­so, mas, mui­to pior, é negar essa realidade cada vez mais comum nos dias de hoje.

A realidade virtual veio para ficar. Seria uma hipocrisia achar que se pode acabar com ela. Os pais devem estar atentos ao tem­po que o filho fica em seu quarto envolvido apenas com seu mundo virtual. Muitos jo­vens passam tantas horas em ambientes fe­chados, que nem chegam a ver a luz do dia. Estar atento a esses aspectos é tão importan­te quanto proporcionar condições de um am­biente seguro e acolhedor.

Outro aspecto que observamos é que mui­to do comportamento no adolescente é do­tado de atitudes onipotentes, que o leva a acreditar que a realidade que ele habita po­de acontecer e ser da maneira que ele dese­ja. A crença no pensamento mágico domina suas ações, o que o faz acreditar ser possui­dor de muitas vidas, que numa condição pa­tológica pode desencadear numa distorção da realidade em si.

Não se trata de tarefa fácil, muitas vezes re­quer ajuda especializada, mas que, certamen­te, possibilitará que a necessidade compulsi­va no uso indiscriminado da realidade virtual seja aos poucos preenchida pela capacidade do pensar e pelo desenvolvimento de maiores possibilidades criativas para sua vida.

Artigo da psicóloga e psicanalista Samira Bana (CRP 06 8849).


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Você já ouviu falar na Síndrome de Irlen?


Todos nós con­sideramos a leitura como uma habilidade na­tural e automática, porque a realizamos sem esforço algum. Entretanto, para mui­tas crianças e adultos, o ato de ler é um ver­dadeiro pesadelo, e essa é a realidade para aproximadamente 15% da população mun­dial. Como psicóloga escolar e orientadora educacional há anos, tento exercer a empatia e me colocar diariamente no lugar dos pais que peregrinam, acertadamente, em consul­tórios dos profissionais da saúde e educação, em busca de uma melhoria para os filhos que apresentam dificuldades de aprendizagem, principalmente na leitura e na escrita.

Dentre as várias possibilidades diagnosti­cadas, como o TDHA, a alteração do proces­samento auditivo, a dislexia, os distúrbios de atenção, surge também a Síndrome de Irlen, que se caracteriza por distúrbios de aprendi­zagem relacionados à visão, ocasionados por dificuldades no processamento cerebral das informações visuais. É uma distorção não de­tectada nos exames normais feitos pelo mé­dico oftalmologista, e está diretamente liga­da à sensibilidade que cada um de nós tem à luz. Qualquer déficit no processamento vi­sual terá um impacto direto no modo como aprendemos, pois 90% da informação do am­biente nos atinge pela via visual.

Alguns sintomas da Síndrome de Irlen são: leitura insuficiente, problemas com a velo­cidade e clareza da leitura, desconforto e cansaço ao ler, dores de cabeça frequen­tes, tontura, acompa­nhamento da leitu­ra com o dedo ou ou­tro marcador. O rit­mo da leitura é lento. A pessoa inclina a ca­beça durante a leitu­ra, tem coceira ou ar­dência nos olhos, pula palavras ou mistura as linhas, tem uma caligrafia ruim. Na escri­ta, o tamanho das letras e os espaços entre elas são desiguais.

Para detectar a presença da Síndrome de Irlen é possível ser submetido a um teste fei­to por um screener, que é um profissional ha­bilitado pelo Hospital de Olhos de Belo Hori­zonte. Após a aplicação do teste, o screener vai colocando sobre o texto as overlays, que são lâminas coloridas transparentes, e o pacien­te verifica se houve ou não a mudança da per­cepção visual através das diferentes cores das lâminas. 

Em muitos casos, a melhora da leitu­ra é instantânea e, em casos mais severos, há necessidade da colocação de filtros espectrais nos óculos ou lentes, e o paciente será enca­minhado para o Hospital de Olhos de Belo Ho­rizonte, que possui um trabalho único e dife­renciado sobre o assunto no Brasil.
Se você quer saber mais sobre a Síndro­me de Irlen, acesse o site: www.fundacaoho­lhos.com.br.

Artigo de Maria Isabel Gut, psicóloga, orientadora educacional e screener habilitada pelo Hospital de Olhos de BH.


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Mitos e verdades sobre o câncer infanto-juvenil


Segunda causa de morte em crianças no país, só perdendo para acidentes, o câncer infanto-juvenil é uma doença de evolução rápida, mas com rápida resposta ao tratamento, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). No Brasil são diagnosticados por ano aproximadamente 12 mil crianças e adolescentes com câncer e cerca de 70% destes pacientes possuem chances de cura se diagnosticados precocemente, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

23 de novembro é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil e a SOBOPE elenca sete mitos e verdades sobre a doença. Confira:

1 – Os cânceres das crianças são iguais aos dos adultos.
Mito. Os cânceres mais comuns em adultos, como de pulmão e mama, são parte de um grupo de cânceres chamados carcinomas, que são causados, em parte, por fatores ambientais/estilo de vida, quase nunca são vistos em crianças. Muitos cânceres infanto-juvenis vêm de células do período em que o bebê ainda estava se desenvolvendo, nos estágios iniciais da gravidez.

2 – A culpa é dos pais.
Mito. Ninguém é culpado pelo câncer infanto-juvenil e não há absolutamente nenhuma evidência científica que comprove que criação, atividades rotineiras ou dieta causem câncer em crianças e adolescentes.

3 – O câncer infantil é genético.
Depende. Ocasionalmente os cânceres da criança coincidem numa mesma família. Por exemplo, quando uma criança é diagnosticada com um tumor ocular raro, chamado retinoblastoma, a família será orientada se há necessidade de monitorar a doença em outro parente. Na maioria das famílias onde uma criança foi diagnosticada com câncer, haverá pelo menos outro membro familiar que já teve câncer, mas quase todos estes cânceres ocorrem ao acaso. A doença é causada por alterações nos genes que levam as células a se dividirem anormalmente. No entanto, estas mutações genéticas provavelmente só ocorreram naquele indivíduo.

4 – O câncer pode ser curado.
Verdade. Cerca de 70% dos cânceres infanto-juvenis podem ser curados se diagnosticados precocemente. Hoje, a maior parte das crianças não somente é curada da doença, mas vive uma vida plena e ativa. Com o tratamento adequado, os pacientes entram em remissão, isto é, não apresentam mais sinais e sintomas da doença. Ao final de cinco anos após o diagnóstico em remissão, os pacientes são considerados curados.

5 – Criança com câncer não pode tomar vacinas.
Depende. As vacinas vivas, como as contra poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e febre amarela estão contraindicadas em crianças com câncer durante o período de tratamento quimioterápico, porque podem provocar infecção similar à natural, o que deve ser evitado em quem está com o sistema imunológico debilitado. Já as vacinas não vivas, como as contra coqueluche, tétano, difteria e hepatite B, pneumococo, haemophilus e influenza estão liberadas de acordo com cada paciente.

6 – Adolescentes com câncer podem congelar células reprodutivas.
Verdade. Mesmo sendo poucos os procedimentos que causam infertilidade, é possível que adolescentes em tratamento oncológico congelem células reprodutivas para poderem ter filhos no futuro.

7 – Crianças e adolescentes com câncer são mais suscetíveis a infecções.
Verdade. Pessoas em tratamento oncológico, como a quimioterapia, têm maior probabilidade de desenvolverem quadros infecciosos porque o sistema de defesa do organismo fica debilitado, o que dificulta para o paciente combater o processo infeccioso, permitindo que ele se instale e progrida.


sábado, 11 de julho de 2015

Orientação vocacional: a quem se destina?



O assunto orientação vocacional é amplo e possui em geral uma ideia limitada de que possibilita diretri­zes somente para adolescentes no início de carreira profissional. No entanto, é im­portante frisar que atualmente essa ferra­menta auxilia não somente no direciona­mento, mas também para aqueles que desejam a mudança de carreira.
Há diversos profis­sionais que oferecem tal orientação, no en­tanto os psicólogos organizacionais são os mais indicados, pois possuem um olhar inte­gral do indivíduo, além de serem os únicos habili­tados para realizar as apli­cações e avaliações dos tes­tes psicológicos.
Segundo o  psicólogo Rodolfo Prado, o processo da orientação se difere com o que se pretende alcançar. Para os adolescen­tes, normalmente serão realizadas três ses­sões, tendo como etapas inicialmente um le­vantamento/entrevista geral das caracterís­ticas do indivíduo, posteriormente a aplica­ção de testes vocacionais, e por último o pro­fissional vai correlacionar os dados levanta­dos, realizando uma devolutiva dessas infor­mações ao jovem.
"Nos dias atuais encontramos diversos co­laboradores descontentes com sua trajetó­ria profissional, ocasionando um impacto negativo em seu desempenho na organiza­ção e vida pessoal. Esses profissionais bus­cam a orientação vocacional a fim de redire­cionar sua carreira", explica o psicólogo.
O redirecionamento profissional consiste em lidar exclusivamente com as demandas apresentadas pelo in­divíduo. Nesse processo traba­lhamos com quebras de para­digmas, auxiliamos nas ela­borações desses sentimen­tos e contribuímos na mo­tivação do profissional em buscar novas ferra­mentas que lhe possi­bilitarão o alcance de seu objetivo.
Nesse trabalho, pa­ra atingir o êxito, é fundamental a participação ativa e o desejo de mudança do profissional, que terá como consequência a oportunidade de se autoco­nhecer, alinhar suas habilidades e desenvol­ver suas qualidades.O assunto orientação vocacional é amplo e possui em geral uma ideia limitada de que possibilita diretri­zes somente para adolescentes no início de carreira profissional. No entanto, é im­portante frisar que atualmente essa ferra­menta auxilia não somente no direciona­mento, mas também para aqueles que desejam a mudança de carreira.
Há diversos profis­sionais que oferecem tal orientação, no en­tanto os psicólogos organizacionais são os mais indicados, pois possuem um olhar inte­gral do indivíduo, além de serem os únicos habili­tados para realizar as apli­cações e avaliações dos tes­tes psicológicos.
O processo da orientação se difere com o que se pretende alcançar. Para os adolescen­tes, normalmente serão realizadas três ses­sões, tendo como etapas inicialmente um le­vantamento/entrevista geral das caracterís­ticas do indivíduo, posteriormente a aplica­ção de testes vocacionais, e por último o pro­fissional vai correlacionar os dados levanta­dos, realizando uma devolutiva dessas infor­mações ao jovem.
Nos dias atuais encontramos diversos co­laboradores descontentes com sua trajetó­ria profissional, ocasionando um impacto negativo em seu desempenho na organiza­ção e vida pessoal. Esses profissionais bus­cam a orientação vocacional a fim de redire­cionar sua carreira.
O redirecionamento profissional consiste em lidar exclusivamente com as demandas apresentadas pelo in­divíduo. "Nesse processo traba­lhamos com quebras de para­digmas, auxiliamos nas ela­borações desses sentimen­tos e contribuímos na mo­tivação do profissional em buscar novas ferra­mentas que lhe possi­bilitarão o alcance de seu objetivo", ressalta Rodolfo.
Nesse trabalho, pa­ra atingir o êxito, é fundamental a participação ativa e o desejo de mudança do profissional, que terá como consequência a oportunidade de se autoco­nhecer, alinhar suas habilidades e desenvol­ver suas qualidades.