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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Os perigos da automedicação


A automedicação é vista por muitas pessoas como uma solução rápida para aquela dor ou qualquer outro sintoma que as estão incomodando. Pode ser uma dor de cabeça, muscular, abdominal, e diversas outras perturbações como alergias, ansiedade, cansaço, dentre outros. Como já estão acostumadas a sempre tomar o mesmo remédio, então, quando pressentem o sintoma indesejado, vão até a farmácia e compram os medicamentos sem prescrição recente.
“O remédio que achamos que é o certo para nosso alívio pode até resolver no momento, mas também pode trazer uma série de outras complicações no futuro. Isso porque, se você não é um profissional da saúde, não conhece as especificidades de cada medicamento e as necessidades do organismo quando está com alguma dor ou doença”, explica a dra. Patrícia Filgueiras dos Reis, que atende pelo Docway.
Para a especialista, quando fazemos uso frequente do mesmo medicamento, o organismo pode criar resistência ou dependência daquele determinado remédio. Além disso, nem sempre conhecemos a causa do sintoma. “Às vezes uma dor comum pode ser algo mais sério e precisar de um tratamento específico. Por isso a importância de consultar um médico antes de comprar qualquer medicamento”, comenta. É claro que devemos, se o soubermos tomar algumas medicações sintomáticas numa situação repentina. Por exemplo, se tivermos um pico febril ou uma dor de cabeça isolada, devemos tomar o analgésico/antitérmico que estamos habituados a usar nestes casos e observar a evolução do quadro. Se os sintomas persistirem, aí deve-se buscar atendimento e avaliação médica adequada.
Outro problema são aqueles remédios que camuflam os sintomas, mas não curam a doença, como por exemplo, alguns fármacos usados para rinite e anti-inflamatórios em geral. Segundo a médico, é comum que as pessoas façam uso desses medicamentos achando que estão resolvendo o problema, quando na verdade eles podem estar piorando e tendo os seus sintomas atenuados.
E a lista de problemas quanto à automedicação não para por aí. Às vezes, um remédio pode cortar o efeito de outro. “Isso acontece com alguns tipos de antibióticos e anticoncepcionais, varia de caso para caso, mas pode acontecer do primeiro medicamento inibir o efeito do segundo, que é de uso contínuo”, analisa a médica.
Por isso, é imprescindível consultar um médico quando sentir qualquer dor ou perturbação recorrente ou persistente, e não fazer uso de remédios continuamente sem orientação. “As consequências podem ser mais sérias do que imaginamos”, finaliza a especialista.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Adolescência: segurança insegura


Estamos vivendo tempos difíceis. Pa­rece até que o mundo virou de cabe­ça para baixo, e salve-se quem puder. Por outro lado, as pessoas vivem uma ilusão e, de certa forma, buscam se proteger e criar um mundo particular ao seu redor, que lhes garanta uma permanente sensação de pro­teção e segurança.

Essa busca refere-se, principalmente, àqueles que tentamos de todas as formas proteger e cuidar, ou seja, os filhos, que, por uma extensão de nosso desejo, muitas vezes tentamos salvaguardar de todo o perigo que possa ameaçá-los. Diferentemente da época quando nós, pais, fomos adolescentes, hoje sabemos que muitos dos cuidados que temos baseiam-se em experiências reais – o peri­go existe, porém ele não está fora das pare­des que rodeiam as casas, condomínios, es­colas, e outros recintos onde muitas vezes se acredita estar protegido e fora do alcance de qualquer possibilidade de risco.

O perigo, muitas vezes, está dentro de casa, mais perto do que se imagina entre as quatro paredes de um simples quarto. Qualquer pai ou familiar que conviva com um adolescen­te sabe, ou pelo menos supõe, que seu mun­do está centrado em seu próprio quarto, lo­cal meio sagrado, às vezes místico, habitado por ele e mais uma parafernália de aparelhos, que vão desde computador, games, som, TV, celular, câmera independente e, muitas ve­zes, alguns compõem seu ambiente com gaio­las com uma gama de bichinhos exóticos, que dividem ali com ele nada mais nada menos que sua solidão ruidosa.

Quem não se assustou com a notícia de um jovem garoto que num jogo online com outros meninos jogou a partida final de sua vida. É an­gustiante pen­sar sobre is­so, mas, mui­to pior, é negar essa realidade cada vez mais comum nos dias de hoje.

A realidade virtual veio para ficar. Seria uma hipocrisia achar que se pode acabar com ela. Os pais devem estar atentos ao tem­po que o filho fica em seu quarto envolvido apenas com seu mundo virtual. Muitos jo­vens passam tantas horas em ambientes fe­chados, que nem chegam a ver a luz do dia. Estar atento a esses aspectos é tão importan­te quanto proporcionar condições de um am­biente seguro e acolhedor.

Outro aspecto que observamos é que mui­to do comportamento no adolescente é do­tado de atitudes onipotentes, que o leva a acreditar que a realidade que ele habita po­de acontecer e ser da maneira que ele dese­ja. A crença no pensamento mágico domina suas ações, o que o faz acreditar ser possui­dor de muitas vidas, que numa condição pa­tológica pode desencadear numa distorção da realidade em si.

Não se trata de tarefa fácil, muitas vezes re­quer ajuda especializada, mas que, certamen­te, possibilitará que a necessidade compulsi­va no uso indiscriminado da realidade virtual seja aos poucos preenchida pela capacidade do pensar e pelo desenvolvimento de maiores possibilidades criativas para sua vida.

Artigo da psicóloga e psicanalista Samira Bana (CRP 06 8849).


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Dicas para as crianças curtirem o carnaval

O carnaval é uma festividade que costuma ser acompanhada de mais liberdade e menos controle. Some-se a isso a questão cultural de algumas famílias e junte-se o calor do verão brasileiro e o cenário está armado. “Independentemente de cultura ou idade, por mais inimaginável que possa parecer, a situação ainda ocorre: é absurdo oferecer qualquer quantidade, por menor que seja, de qualquer bebida alcoólica, para crianças”, diz o do pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
O médico destaca que, além de ser proibido por lei, é extremamente prejudicial, podendo, até, ser fatal. Quanto mais precoce o estímulo alcoólico para pessoas com tendência ao vício, mais cedo e mais certamente esse hábito poderá se instalar e levar a sérios prejuízos à saúde futura desse indivíduo.
“Além disso, crianças são indivíduos em crescimento e desenvolvimento, sendo mais suscetíveis a estímulos, com riscos de quadros graves, mesmo com pequenas quantidades de substâncias nocivas, inclusive o álcool”, lembra o médico.
E com relação à fantasia?
Batman, Homem Aranha, Cinderela, Havaiana, Pequena Sereia… Qual vai ser o personagem do seu pequeno? “Na hora de escolher a fantasia preste atenção ao tecido, para que seja leve e arejado, como o algodão, e não aperte a criança. Não se esqueça de escolher sapatos confortáveis e que seu filho já esteja acostumado a usar. Cuidado também com os adereços e mantenha a criança longe de espadas, lanças e objetos pontiagudos. Há também quem prefira usar a pintura. Essa opção é indicada para maiores de 2 anos, e com tinta adequada e antialérgica para evitar intoxicações. Ainda assim, faça um teste antes de aplicar no rosto de seu super-herói ou de sua princesa”, ensina Chencinski.
É recomendável evitar sprays de espuma e neve, bem como a serpentina artificial. Eles são perigosos porque contém substâncias químicas que podem causar irritação ou sensibilidade na pele e nos olhos. “Estudos recentes demonstraram que, quando o contato com esses sprays é prolongado ou se são usados sob o sol, eles podem ter seus malefícios potencializados. Recomenda-se, nestes casos, lavar a pele e os olhos o mais rápido possível após o contato. Já as máscaras devem ser usadas com muito cuidado porque, durante a brincadeira do carnaval, elas podem se deslocar e prejudicar até a respiração da criança”, conta o pediatra.
Cuidados na multidão
Na praia e nos clubes, as festividades para as crianças acontecem de manhã e à tarde. Assim, no calor do clima e na aglomeração que também eleva a temperatura, as crianças precisam de proteção.
“Em relação ao sol vale a pena seguir a mesma orientação de qualquer época do ano. Evitar exposição direta entre 10 e 16 horas, sempre usando protetor solar, mesmo fora desse horário. O calor pode aparecer e ser um fator agravante também em salões fechados, com muita gente pulando e se divertindo, especialmente nas crianças fantasiadas que correm e se divertem incansavelmente. Lembre-se da hidratação constante”, destaca Moises Chencinski.
Durante o carnaval, os pais também estão educando e formando cidadãos. Assim, mesmo que os banheiros químicos instalados nas ruas  não sejam convidativos, não vale fazer xixi na rua! “Levem lenços umedecidos e protetores de assento para ajudar  a criança a encarar o banheiro químico. Outra opção é achar um bar ou restaurante e utilizar os banheiros de lá, adotando os mesmos cuidados”, recomenda o pediatra.
Chencinski ainda lembra que as crianças não têm noção do perigo, e pela sua curiosidade natural podem se perder, distraídas no meio da multidão. “Faça uma pulseirinha de identificação para o seu filho com o nome dele, dos pais, telefone e endereço. É importante explicar que isso é um recurso de segurança caso ele se perca. Não deixe as crianças sem supervisão, sozinhas, no meio da multidão. Fiquem sempre de olho”, finaliza ele.