Mostrando postagens com marcador genética. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador genética. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Mitos e verdades sobre o câncer infanto-juvenil


Segunda causa de morte em crianças no país, só perdendo para acidentes, o câncer infanto-juvenil é uma doença de evolução rápida, mas com rápida resposta ao tratamento, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). No Brasil são diagnosticados por ano aproximadamente 12 mil crianças e adolescentes com câncer e cerca de 70% destes pacientes possuem chances de cura se diagnosticados precocemente, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

23 de novembro é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil e a SOBOPE elenca sete mitos e verdades sobre a doença. Confira:

1 – Os cânceres das crianças são iguais aos dos adultos.
Mito. Os cânceres mais comuns em adultos, como de pulmão e mama, são parte de um grupo de cânceres chamados carcinomas, que são causados, em parte, por fatores ambientais/estilo de vida, quase nunca são vistos em crianças. Muitos cânceres infanto-juvenis vêm de células do período em que o bebê ainda estava se desenvolvendo, nos estágios iniciais da gravidez.

2 – A culpa é dos pais.
Mito. Ninguém é culpado pelo câncer infanto-juvenil e não há absolutamente nenhuma evidência científica que comprove que criação, atividades rotineiras ou dieta causem câncer em crianças e adolescentes.

3 – O câncer infantil é genético.
Depende. Ocasionalmente os cânceres da criança coincidem numa mesma família. Por exemplo, quando uma criança é diagnosticada com um tumor ocular raro, chamado retinoblastoma, a família será orientada se há necessidade de monitorar a doença em outro parente. Na maioria das famílias onde uma criança foi diagnosticada com câncer, haverá pelo menos outro membro familiar que já teve câncer, mas quase todos estes cânceres ocorrem ao acaso. A doença é causada por alterações nos genes que levam as células a se dividirem anormalmente. No entanto, estas mutações genéticas provavelmente só ocorreram naquele indivíduo.

4 – O câncer pode ser curado.
Verdade. Cerca de 70% dos cânceres infanto-juvenis podem ser curados se diagnosticados precocemente. Hoje, a maior parte das crianças não somente é curada da doença, mas vive uma vida plena e ativa. Com o tratamento adequado, os pacientes entram em remissão, isto é, não apresentam mais sinais e sintomas da doença. Ao final de cinco anos após o diagnóstico em remissão, os pacientes são considerados curados.

5 – Criança com câncer não pode tomar vacinas.
Depende. As vacinas vivas, como as contra poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e febre amarela estão contraindicadas em crianças com câncer durante o período de tratamento quimioterápico, porque podem provocar infecção similar à natural, o que deve ser evitado em quem está com o sistema imunológico debilitado. Já as vacinas não vivas, como as contra coqueluche, tétano, difteria e hepatite B, pneumococo, haemophilus e influenza estão liberadas de acordo com cada paciente.

6 – Adolescentes com câncer podem congelar células reprodutivas.
Verdade. Mesmo sendo poucos os procedimentos que causam infertilidade, é possível que adolescentes em tratamento oncológico congelem células reprodutivas para poderem ter filhos no futuro.

7 – Crianças e adolescentes com câncer são mais suscetíveis a infecções.
Verdade. Pessoas em tratamento oncológico, como a quimioterapia, têm maior probabilidade de desenvolverem quadros infecciosos porque o sistema de defesa do organismo fica debilitado, o que dificulta para o paciente combater o processo infeccioso, permitindo que ele se instale e progrida.


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Câncer de pulmão não acomete só os fumantes


O mês de novembro, além de ser dedicado ao câncer de próstata, também é conhecido como o “Mês de Conscientização sobre o Câncer de Pulmão”, doença que afeta cerca de 28 mil pessoas por ano no Brasil. Um dos mais agressivos tipos da doença, é geralmente diagnosticado em estágio avançado, dificultando o tratamento e prejudicando a qualidade de vida do paciente.  Médicos, especialistas, cientistas e profissionais de órgãos da saúde têm discutido com frequência questões ligadas à prevenção, testes genéticos e medicina personalizada. Esse movimento retrata a importância da conscientização e desmistificação de alguns pontos comuns como “câncer de pulmão apenas em fumantes”.
Não é bem assim. O dr. Marcelo Horacio, diretor médico executivo da AstraZeneca, explica que o câncer de pulmão pode, sim, surgir num organismo livre de tabaco. “Sabemos que 80-90% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao cigarro, mas existem outros fatores de risco que podem contribuir com o desenvolvimento da doença, como a poluição, genética, produtos químicos e até elementos próprios da natureza”, explica ele.
Nos EUA, por exemplo, somente os 20% dos pacientes com câncer de pulmão que não são fumantes, quase se igualam aos casos de todos os diagnósticos de câncer no pâncreas ou de leucemias.  Para o dr. Marcelo, o que fez aumentar o número de pacientes não fumantes com câncer de pulmão, foi o diagnóstico precoce. “Temos visto um movimento, uma mudança de cultura nos consultórios e PSs, mostrando que os médicos têm dado bastante atenção a um diagnóstico mais assertivo, pois só assim o paciente terá o tratamento que de fato precisa”, ressalta.
Realidade até pouco tempo duvidosa – até para certa parcela da comunidade médica -, hoje os pacientes contam com exames objetivos, que conseguem detectar, além da doença, o diagnóstico molecular de mutações, responsáveis, na maioria das vezes, pela ineficiência do tratamento. “Os testes genéticos estão muito evoluídos, conseguimos entender toda a estrutura da célula doente analisando seu DNA”, diz o médico.
Muitas drogas desenvolvidas hoje, especificamente na área da oncologia, agem em parceria com esse diagnóstico assertivo. Esses exames mostram exatamente o problema e onde ele está, com isso os médicos podem prescrever a medicação certa, que vai combater o foco da doença. “Sempre aconselhamos os pacientes a conversarem com seus médicos. É na consulta de rotina que estão as maiores chances de um diagnóstico preciso e precoce, o que pode salvar uma vida”.  
Qual a diferença entre os tumores de pacientes fumantes e não fumantes?
O câncer de pulmão que se desenvolve em fumantes não é o mesmo que se desenvolve em pessoas que nunca fumaram cigarro. Acredita-se que eles sejam diferentes porque o tumor de não fumantes tem quase duas vezes mais mudanças no DNA do que o tumor de pessoas que fumam. Isso sugere que os tumores aparecem por meio de diferentes vias moleculares. Os não-fumantes podem ficar expostos a uma substância cancerígena, não de cigarros, que faz com que os tumores tenham mais alterações no DNA e promovam o desenvolvimento de câncer de pulmão. Os tumores de pulmão relacionados ao tabagismo possuem, em geral, comportamento mais agressivo.


terça-feira, 5 de maio de 2015

As mulheres e a importância da atividade física



Polivalentes, as mulheres dos dias atuais têm rotinas de vida comparadas a de atletas profissionais. Sofrem “pressão” da sociedade de todos os lados, precisam apresentar um “desempenho” compatível com as expectativas do trabalho, da família, dos amigos, e ainda têm que lidar com a competição em todas essas áreas, de maneira muitas vezes injusta. Para piorar, ainda não ganham o reconhecimento nem a remuneração que merecem. Ou seja, são verdadeiras atletas.
Se pensarmos na rotina de um atleta de verdade, perceberemos quão importante é termos um cuidado com o indivíduo para que ele possa suportar mental, emocional e fisicamente as demandas dos treinamentos e da competição. Mas, e com a mulher? Será que temos todo esse cuidado? Será que existem condições para que ela consiga ter esse cuidado consigo mesma?
O “desempenho” feminino no dia a dia é extremamente desgastante. As diversas situações e os mais variados papéis que a mulher tem que exercer como profissional, mãe, filha, amiga, irmã, gerente da casa, esposa e como ela mesma (em termos de autoexigência), demandam que algum cuidado seja tomado tanto com a saúde, de maneira preventiva para evitar o desgaste, adoecimento e envelhecimento precoce, como também de forma condicionante, para estar física e mentalmente preparada para o esforço sobre-humano diário a que é exposta.
Hoje, em pleno século 21, não existe quem não saiba o quanto a prática de uma atividade física regular é essencial para uma vida saudável. Para as supermulheres que convivem com uma rotina tão desgastante, a prática de exercícios é ainda mais essencial.
O processo de envelhecimento não poupa ninguém. Ao observar estudos de média de vida de atletas profissionais, os dados revelam que o deles é por volta de dez anos menor do que a média da população (59 anos contra 69 aproximadamente). Isso devido ao estresse e desgaste que a profissão demandou durante anos.
Na vida das pessoas “comuns”, o desgaste sob condições de alta demanda da rotina também promove o envelhecimento precoce. Quem não conhece alguns casais, onde homem e mulher têm idades parecidas, geralmente depois dos 40 anos, mas a mulher aparenta estar mais envelhecida? Do outro lado, quem também não percebe a enorme diferença que algumas mulheres nessa faixa de idade, que fazem atividade física regularmente, aparentam?
É obvio que não se trata de uma regra, já que os fatores genéticos interferem diretamente. Mas, não há qualquer dúvida de como é importante a mulher se exercitar e cuidar de si mesma. Não apenas para suportar toda a responsabilidade que recai sobre ela, mas, principalmente, para viver de maneira mais saudável. Como realmente merecem!
Cristiano Parente é personal trainer e sócio-diretor da Koatch Academia (SP)