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sexta-feira, 31 de março de 2023

Agorafobia: entenda o que é a doença

 


Quem sofre com a Agorafobia costuma ter medo excessivo de sair de casa, frequentar espaços públicos (com grande fluxo de pessoas), como shoppings, praias, supermercados e transportes públicos, por exemplo, e passa a evitar esses locais por receio de passar mal, já que sintomas de ansiedade são desencadeados, por acreditar que se algo ruim acontecer o indivíduo não irá conseguir sair desses lugares, ou até mesmo para evitar algum tipo de constrangimento. Em alguns casos, esse quadro pode vir acompanhado da síndrome do pânico.

Esse transtorno acarreta uma série de impactos negativos na vida e na rotina das pessoas acometidas porque além do estresse, ele também gera manifestações como medo intenso, ansiedade súbita, falta de ar, formigamento no corpo, tontura, taquicardia, náusea, além de fazer com que elas queiram ficar cada vez mais isoladas e dependentes de outras para conseguirem sair de casa. O diagnóstico é realizado pelo médico psiquiatra com base nos sintomas e na prevalência dos sintomas que são relatados pelos pacientes.

De acordo com a coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Paulista, Márcia Karine Monteiro, é fundamental que a busca pela ajuda de um profissional seja feita de forma precoce para que o tratamento possa ser iniciado e a doença seja controlada.

"Casos como o da Agorafobia, assim como os demais adoecimentos mentais, nem sempre possuem uma cura, no entanto, é possivel ter o controle ou a remissão, que é quando a doença fica estável e não manifesta sintomas no paciente. Além do acompanhamento com o psiquiatra, a busca pela psicoterapia é muito importante para se ter a melhora completa da doença e para que ele possa seguir com a sua rotina, já que esse quadro pode ser incapacitante. Quanto antes as pessoas começarem o tratamento, mais qualidade de vida e bem-estar elas podem ter", explica a psicóloga.

O surgimento de doenças que afetam a saúde mental pode estar ligado a fatores genéticos e ambientais, circunstâncias negativas que foram vivenciadas ou experiências traumáticas. A Agorafobia é considerada uma enfermidade e está inserida, de acordo com a Classificação Internacional da Doença (CID, criado pela OMS, dentro do grupo de fobias com a presença do transtorno do pânico frequente. 



(Foto: Freepik)

 

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ansiedade e depressão de fim de ano podem ser evitados


Transtornos de ansiedade antecedem, sucedem ou coexistem com a depressão em até 70% dos pacientes, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre 1990 e 2013, o número de pessoas depressivas e ansiosas aumentou quase 50%, chegando a um número atual de cerca de 615 milhões de pessoas afetadas pelas duas doenças. Por isso, é importante avançar na compreensão da relação entre as enfermidades e adotar estratégias de tratamento que contemplem ambas as condições.

“Muitas vezes, tratar os transtornos de ansiedade é uma forma de prevenir a própria depressão", diz o psiquiatra Kalil Duailibi, diretor científico de Psiquiatria da Associação Paulista de Medicina (APM). Juntas, depressão e ansiedade custam à economia global, anualmente, cerca de US$ 1 trilhão, segundo um relatório produzido pela OMS em parceria com o Banco Mundial e divulgado neste ano.

De acordo com o médico, as doenças fazem parte de um círculo vicioso que inclui também estresse e insônia. “Isso ocorre porque, em geral, os mecanismos que envolvem a regulação do humor, do ciclo de sono e da resposta de estresse estão relacionados à ação de um mesmo neurotransmissor, a noradrenalina. Então, ocorrem efeitos em cascata, que no início se manifestam como ansiedade e, depois, como depressão”, completa.

Sequelas irreversíveis

A depressão, quando não tratada adequadamente, pode trazer consequências graves e sequelas importantes, como a diminuição do número de células nervosas e, com o passar do tempo, do volume de algumas regiões cerebrais de modo irreversível, levando a déficits cognitivos significativos, ou até mesmo, tentativas de tirar a própria vida. A doença também prejudica o tratamento de outras enfermidades das quais o paciente seja portador e pode piorar a evolução desses quadros, em razão da desesperança e da autoestima fragilizada dessas pessoas.

Sob o aspecto social, a depressão pode provocar prejuízos no trabalho, na vida familiar e afetiva. Mas a boa notícia é que a evolução no entendimento da doença e o conhecimento cada vez mais aprofundado das outras condições associadas a ela têm possibilitado o desenvolvimento de tratamentos cada vez mais modernos, eficazes e seguros, como os antidepressivos de 3ª geração, que apresentam uma ação dual.

Segundo o especialista, adotar uma dupla abordagem, contemplando os medicamentos antidepressivos e também a psicoterapia, é uma estratégia fundamental para recuperar a funcionalidade do paciente, restaurando sua capacidade plena de atuação e ampliando sua qualidade de vida.


segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O artesão de si próprio

Qual sua motivação para querer evo­luir e superar li­mites? Você nutre a ideia de que é um ser imper­feito que tende à perfei­ção? Você considera que é um “eu inferior” e quer se tornar o “eu superior”? Sob essas diretivas, a mo­tivação de superar os pró­prios limites – de progre­dir – parte de um estado de insatisfação e se dirige a um estado (projetado, imaginado) de satisfação e realização. Ok, motiva­ção é motivação, e se nós nos movemos em favor da nossa realização integral, conside­remos válida, pois objetivamos que você re­alize a beleza e a harmonia de sua existência, porém, vamos pensar um pouco.
Tenho uma dica: parta da aceitação para a vontade de realização. Explico: vi muitas pes­soas que escolheram progredir porque não aceitavam suas vidas e nem a si próprios. In­divíduos que partiram da rejeição de suas re­alidades, para buscar a satisfação que com­pensasse seus sentimentos de rejeição.
O que houve? Sofreram e sentiram-se sem norte várias vezes, pois partiram do desamor para realizar a evolução determinada pela vontade. E esse é um caminho do amor. Se não houver amor, haverá dor e muitos tropeços. Recomendo que ame seu ponto de partida, seu presente, e a partir desse amor, defina uma meta bem clara de crescimento e progresso.
Essa natureza “inferior, imperfeita” e esse “eu inferior”, além da vida como se apresenta, trouxeram você até esse momento. Você não chegaria à autêntica vontade de progredir e de modificar o modo que vive se não fossem esses elementos. Além disso, o que é entendido como as­pectos imperfeitos é a ma­téria-prima para realizar o ser humano integral.
Pense no artesão que não rejeita o barro que usará para modelar um belíssimo vaso. Você con­sidera um artesão tendo raiva do barro? Da maté­ria-prima? Como poderia? O barro é o belíssimo va­so em potencial! Um arte­são começa com a maté­ria-prima em estado bruto, sendo um sem fim de obras de arte em potencial, modela­do com destreza, mas com respeito e carinho por sua matéria-prima.
Essencialmente, você é o artesão, e tudo que você rejeita é o barro que você usará pa­ra modelar o Ser Integral que você é – o eu saudável, realizado e participativo. Portan­to, parta da aceitação. Se achar difícil amar a si próprio, sua vida e sua relação com a vi­da, ao menos tente aceitar.
Você é uma obra de arte, de tamanha be­leza, de tamanha perfeição, e é exatamente agora, a matéria-prima que encerra em si es­sa obra de arte perfeita, e ainda por cima, é o hábil artesão de si próprio. Parta da acei­tação para chegar ao amor e realizar a obra mais perfeita e linda do mundo: você! 
(Artigo do psicoterapeuta holístico Marcelo Hindi)


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Ansiedade e estresse: faça mais, faça ‘nada’


Estamos frequentemente em contato com uma oferta muito grande de es­tímulos, e o que é inicialmente mui­to vantajoso – ter com facilidade informação e entretenimento – pode se tornar um far­do muito grande. A riqueza de informações que processamos em um pequeno interva­lo de tempo consome tanta energia psíqui­ca que, mesmo sem grandes esforços apa­rentes, ficamos esgotados quase que diaria­mente. Nossas mentes são atléticas e nossos corpos não têm acompanhado tanto assim. Pouco movimento, muita atividade mental e muita exposição à informação e aos baru­lhos da vida moderna estressam muito e de modo discreto. Esse é um dos desafios que precisamos encarar: perceber que estamos saturados de informações, mesmo que nossa satisfação esteja em alta. E é exatamente por conta de nossa satisfação que não percebe­mos que o desgaste está ocorrendo.
Para viver melhor, cuidar da qualidade de vida, ter mais força interior, disposição, cria­tividade, é preciso fazer mais, não menos. É isso mesmo que você leu: acrescentar du­as tarefas a tudo aquilo que já realizamos. Uma é a parada para o silêncio e a outra é o simples movimento. Quando nosso desgas­te ocorre por intensa atividade mental, pre­cisamos fazer paradas estratégicas ao longo do dia – nada que atrapalhe nosso desempe­nho, pelo contrário.
A primeira tarefa é o exercício do silêncio, um modo de meditar. Basta que você feche os olhos, relaxe um pouco e respire lenta e profundamente, com atenção à sua própria presença, sem resistir ou lutar com os pensa­mentos. Basta relaxar. Com a prática, a men­te se aquietará mais facilmente e o que ocor­re ao redor não chamará tanto a sua atenção. O princípio norteador é bem simples: você focará em você e fará nada. Atenção ao que você fará: nada. É diferente de “não fazer na­da”. É a voluntária rendição à própria pre­sença, apenas movendo aqui­lo que é natural, respirar. Sim­ples? Sim, duas paradinhas de 15 minutos por dia podem fazer uma enorme di­ferença.
A segunda ta­refa é igualmente simples, mas de natureza oposta: mova-se. Não se trata de fazer ginás­tica, tampouco grandes esforços físicos. A ta­refa que você poderá adicionar à sua rotina é a de se mover por meio de suaves alongamen­tos e caminhar tranquilamente por 15 minu­tos. O objetivo não é o condicionamento físico e nem perder peso, ok? É o exercício do movi­mento para atenuar o desgaste psíquico. Você caminha tranquilamente e conserva sua aten­ção apenas no trajeto que você escolheu fa­zer e na sua própria presença. Seja uma óti­ma companhia para você. É outra forma de meditação. Se planejamento, compromissos, trabalho, preocupações povoarem sua mente, relaxe sem luta nenhuma e dispense todos es­ses pensamentos. Basta abrir mão.
Exercitando o silêncio duas vezes ao dia e o movimento você ofertará à pessoa mais importante do mundo – você (pen­se nisso) –, um presente fantástico, pois em pouquíssimo tempo você já perceberá que resultados este presente que você se deu produzirá. São resultados notáveis: criativi­dade, alegria, disposição e mais saúde. Você merece e as pessoas com quem convive me­recem que você viva com mais saúde e vita­lidade. Experimente, é grátis e os benefícios são valiosos. 

(Artigo do psicoterapeuta holístico Marcelo Hindi)