quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Ansiedade e estresse: faça mais, faça ‘nada’


Estamos frequentemente em contato com uma oferta muito grande de es­tímulos, e o que é inicialmente mui­to vantajoso – ter com facilidade informação e entretenimento – pode se tornar um far­do muito grande. A riqueza de informações que processamos em um pequeno interva­lo de tempo consome tanta energia psíqui­ca que, mesmo sem grandes esforços apa­rentes, ficamos esgotados quase que diaria­mente. Nossas mentes são atléticas e nossos corpos não têm acompanhado tanto assim. Pouco movimento, muita atividade mental e muita exposição à informação e aos baru­lhos da vida moderna estressam muito e de modo discreto. Esse é um dos desafios que precisamos encarar: perceber que estamos saturados de informações, mesmo que nossa satisfação esteja em alta. E é exatamente por conta de nossa satisfação que não percebe­mos que o desgaste está ocorrendo.
Para viver melhor, cuidar da qualidade de vida, ter mais força interior, disposição, cria­tividade, é preciso fazer mais, não menos. É isso mesmo que você leu: acrescentar du­as tarefas a tudo aquilo que já realizamos. Uma é a parada para o silêncio e a outra é o simples movimento. Quando nosso desgas­te ocorre por intensa atividade mental, pre­cisamos fazer paradas estratégicas ao longo do dia – nada que atrapalhe nosso desempe­nho, pelo contrário.
A primeira tarefa é o exercício do silêncio, um modo de meditar. Basta que você feche os olhos, relaxe um pouco e respire lenta e profundamente, com atenção à sua própria presença, sem resistir ou lutar com os pensa­mentos. Basta relaxar. Com a prática, a men­te se aquietará mais facilmente e o que ocor­re ao redor não chamará tanto a sua atenção. O princípio norteador é bem simples: você focará em você e fará nada. Atenção ao que você fará: nada. É diferente de “não fazer na­da”. É a voluntária rendição à própria pre­sença, apenas movendo aqui­lo que é natural, respirar. Sim­ples? Sim, duas paradinhas de 15 minutos por dia podem fazer uma enorme di­ferença.
A segunda ta­refa é igualmente simples, mas de natureza oposta: mova-se. Não se trata de fazer ginás­tica, tampouco grandes esforços físicos. A ta­refa que você poderá adicionar à sua rotina é a de se mover por meio de suaves alongamen­tos e caminhar tranquilamente por 15 minu­tos. O objetivo não é o condicionamento físico e nem perder peso, ok? É o exercício do movi­mento para atenuar o desgaste psíquico. Você caminha tranquilamente e conserva sua aten­ção apenas no trajeto que você escolheu fa­zer e na sua própria presença. Seja uma óti­ma companhia para você. É outra forma de meditação. Se planejamento, compromissos, trabalho, preocupações povoarem sua mente, relaxe sem luta nenhuma e dispense todos es­ses pensamentos. Basta abrir mão.
Exercitando o silêncio duas vezes ao dia e o movimento você ofertará à pessoa mais importante do mundo – você (pen­se nisso) –, um presente fantástico, pois em pouquíssimo tempo você já perceberá que resultados este presente que você se deu produzirá. São resultados notáveis: criativi­dade, alegria, disposição e mais saúde. Você merece e as pessoas com quem convive me­recem que você viva com mais saúde e vita­lidade. Experimente, é grátis e os benefícios são valiosos. 

(Artigo do psicoterapeuta holístico Marcelo Hindi)


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