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terça-feira, 20 de abril de 2021

Glaucoma é principal causa de cegueira no mundo

 


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Quanto a prevalência, estima-se que de 2 a 3% da população é afetada pelo glaucoma e esse número aumenta com a idade.

 
Glaucoma é o termo geral que denomina uma série de condições que podem causar danos ao nervo óptico. O principal fator de risco para desenvolver a patologia é o aumento da pressão intraocular (PIO).
 
Há vários tipos de glaucoma. Porém, o mais prevalente é o Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (GPAA).
 
Segundo a dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista especialista em Glaucoma, para entender essa classificação, glaucoma de ângulo aberto, é preciso compreender melhor as estruturas dos olhos e suas funções.  
 
“O globo ocular é composto de várias camadas. A córnea é a camada da frente do olho, cuja principal função é focar a luz que entra pela pupila e vai para a retina. A pupila fica no centro da íris, a parte colorida dos olhos, localizada abaixo da córnea”, explica a médica.
 
“Quando essas duas estruturas se juntam, forma-se um ângulo. Esse ângulo é uma espécie de espaço livre que permite o escoamento do humor aquoso por meio da malha trabecular, uma rede porosa que fica na parede ocular. Esse tecido possui canais interconectados que permitem a drenagem do humor aquoso. O perfeito funcionamento dessas estruturas é o que permite a regulação da pressão intraocular (PIO), diz Dra. Maria Beatriz.
 
Portanto, quando a pressão intraocular aumenta, é preciso investigar se há alguma alteração nas estruturas responsáveis pela drenagem do humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular, cuja função é nutrir a córnea e o cristalino.
 
Um dos exames que são feitos quando há suspeita do glaucoma é a gonioscopia. Nesse teste, o oftalmologista consegue avaliar o ângulo entre a íris e a córnea. Uma vez que o ângulo esteja aberto, é diagnosticado o glaucoma de ângulo aberto.
 
Pressão intraocular descontrolada
A drenagem do humor aquoso deve ser constante para manter a pressão intraocular (PIO) equilibrada. Entretanto, quando há alguma alteração no escoamento da substância, ela se acumula e leva ao aumento da pressão intraocular (PIO).
 
“A consequência de uma PIO alta é a destruição das células do nervo óptico. Esse processo é irreversível. Portanto, a cegueira causada pelo glaucoma é definitiva”, comenta Dra. Maria Beatriz.

Além da pressão intraocular
 
Outros fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma já foram identificados. Para o glaucoma primário de ângulo aberto, além da PIO aumentada e da idade acima de 40 anos, podemos citar o fator racial, ter histórico familiar da doença e alto grau de miopia
 
A idade é um importante fator de risco. Há um aumento considerável na incidência e prevalência do glaucoma com aumento da idade.
 
A história familiar também é relevante no risco do glaucoma. Parentes de primeiro grau têm nove vezes mais chance de desenvolver a doença do que pessoas sem histórico familiar.

Tratamento
Inicialmente, o GPAA é tratado clinicamente, com colírios para controlar a pressão intraocular. Cada paciente terá uma indicação de tratamento, que irá variar de acordo com a evolução do caso.
 
“A meta é sempre impedir a progressão da doença e, como consequência, a perda total da visão”, finaliza Dra. Maria Beatriz.

domingo, 10 de junho de 2018

Como combater o glaucoma



Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020 a estimativa é que 80 milhões de pessoas no mundo tenham glaucoma. Por ser uma doença silenciosa, que raramente causa dor, as pessoas não costumam procurar o oftalmologista para identificar se estão saudáveis.

Diante dos seus riscos, é importante esclarecer que o glaucoma é uma doença ocular caracterizada por alteração do nervo óptico, que causa um dano irreversível das fibras nervosas e, como consequência, a perda de campo visual. Erroneamente, as pessoas associam o glaucoma com a pressão dos olhos, assim, é importante esclarecer que esse é um dos principais fatores de risco, porém, não é o único, uma vez que, embora existam pacientes diagnosticados com a doença, alguns têm a pressão normal.

Vale destacar ainda que o glaucoma pode ser hereditário, por isso, quem tem casos da doença na família precisa investigar, pois aumenta o risco de desenvolver a efemeridade. Existem ainda outros fatores de risco tais como: uso crônico de corticosteroides – tanto via oral, nasal quanto na forma de colírios. Quem tem doenças como diabetes e problemas cardíacos também está mais propenso.

O glaucoma é mais comum após os 60 anos de idade, contudo, vale a ressalva que indivíduos em outras faixas também podem ser surpreendidos, especialmente, se tiverem histórico de trauma ocular, quem faz uso excessivo de corticoide, histórico familiar e doença inflamatória ocular (Uveites). Nem mesmo as crianças estão livres. Há bebês que nascem com o aumento da pressão intraocular e com perda visual grave logo nos primeiros anos de vida, se não tratado.   A partir de um ano já é indicado à realização de avaliações dos olhos, neste caso, não apenas para essa doença, mas para garantir também a saúde ocular completa.

Existe ainda uma forma congênita, quando os recém-nascidos já apresentam uma lesão no nervo óptico e, nesses casos, precisam de tratamento cirúrgico.  Essa é uma doença genética rara, herdada pelas mães durante a gestação.

Por sua vez, o glaucoma crônico de ângulo aberto é o mais comum e, neste caso, o paciente apresenta aumento da pressão intraocular e déficit do campo visual.

Já o glaucoma de ângulo fechado é o mais emergencial, uma vez que pode causar a perda visual irreversível rapidamente e, por fim, o glaucoma do tipo secundário pode acontecer devido a alguma complicação médica, seja pelo uso excessivo de corticoides ou até mesmo por conta de cirurgias como cataratas.

Para finalizar, é fundamental ressaltar que a melhor prevenção é a consulta anual ao oftalmologista, pois esse profissional é apto para avaliar se há suspeitas da doença e, caso o diagnóstico seja positivo, realizar o tratamento adequadamente com colírios e, ou até mesmo se for preciso, indicar a cirurgia.  Com o avanço da medicina e dos recursos de diagnóstico, hoje a identificação do glaucoma é muito precisa.

Por dr. Alexandre K. Misawa, oftalmologista do HSANP, centro hospitalar localizado na zona Norte de São Paulo


sexta-feira, 12 de junho de 2015

Tire suas dúvidas sobre o glaucoma



Poucas pessoas sabem sobre o glaucoma e como ele afeta a qualidade de vida dos pacientesA especialista em glaucoma do IMO, a oftalmologista Márcia Lucia Marques (CRM-SP 110.583), explica sobre a doença, e fala sobre a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e o manejo da doença por pacientes e oftalmologistas. Confira:
A idade é um fator de risco importante para o glaucoma?Pense em alguém que você conheça que tem glaucoma. As chances de que essa pessoa seja um idoso são grandes, pois a doença afeta mais de 2,2 milhões de americanos com mais de 40 anos de idade, com a maior incidência de casos a partir dos 70 anos ou mais. Apesar das dificuldades para realização de estudos epidemiológicos em nosso país, a Sociedade Brasileira de Glaucoma aponta cerca de 900.000 portadores da doença no Brasil; provavelmente, 720.000 são assintomáticos. Dentre os fatores de risco conhecidos para a doença, a idade é responsável pelo aumento considerável da incidência e da prevalência de glaucoma.
Além do desafio do diagnóstico precoce, o glaucoma é uma doença de difícil manejo?
O glaucoma é uma doença que apresenta desafios para o paciente e para o oftalmologista. Quando o glaucoma é tratado em seus estágios iniciais, a perda da visão pode ser prevenida. No entanto, os estudos mostram que mais da metade dos pacientes com glaucoma não aderem aos planos de tratamento prescritos devido a fatores que incluem dificuldades em aplicar colírios, falta de educação sobre a medicação e esquecimento. Muitos pacientes lutam diariamente para aderir ao tratamento, especialmente os que estão gerenciando outros problemas de saúde ao mesmo tempo. Mas, para cada dificuldade, há uma solução, que pode ser desenvolvida para cada paciente. Não tenha medo de perguntar ao oftalmologista tudo o que você precisa saber sobre o tratamento do glaucoma.
Um trabalho apresentado durante o congresso anual da Academia Americana de Oftalmologia, revelou que mulheres que tomaram contraceptivos orais por um período de três anos ou mais são duas vezes mais propensas a desenvolver glaucoma. Como as mulheres podem se prevenir da doença, visto que a pílula é um dos contraceptivos mais difundidos?Os autores desse estudo alertaram ginecologistas e oftalmologistas, destacando que estes profissionais precisam estar atentos para o fato que os contraceptivos orais podem desempenhar um papel importante em quadros glaucomatosos. Estes profissionais devem informar suas pacientes sobre a importância dos exames de visão periódicos e sobre os outros fatores de risco para a doença, visando a prevenção do glaucoma. Embora os resultados do estudo não indiquem claramente que os contraceptivos orais tenham um efeito causador no desenvolvimento do glaucoma, eles indicam que o uso, de contraceptivos orais, a longo prazo,  pode ser um fator de risco potencial para o glaucoma. E este dado pode ser considerado como parte do perfil de risco para uma paciente em conjunto com outros fatores de risco existentes já conhecidos, tais como: etnia, história familiar de glaucoma, história de aumento da pressão intraocular ou defeitos no campo visual existentes.
Pesquisadores de Taiwan descobriram que as pessoas com apneia do sono são muito mais propensas a desenvolver glaucoma em comparação com aquelas sem esta condição. Como se estabelece essa relação?Este estudo determinou que a apneia obstrutiva do sono não é simplesmente um marcador para a saúde debilitada. Na verdade, a apneia é um fator de risco independente para o glaucoma de ângulo aberto. A relação entre as duas condições é significativa, dado o grande número de pessoas no mundo que sofrem com elas. A apneia do sono é uma condição crônica que bloqueia a respiração durante o sono em mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo.  Durante uma crise de apneia obstrutiva do sono, as vias aéreas tornam-se bloqueadas, provocando uma pausa na respiração que pode perdurar por até dois minutos. Os sintomas incluem ronco alto e sonolência diurna persistente. O glaucoma afeta cerca de 60 milhões em todo o mundo. Se não for tratada, a doença reduz a visão periférica e, eventualmente, pode causar cegueira, danificando o nervo óptico. Apenas metade das pessoas que tem glaucoma está ciente disso porque a doença é indolor e a perda de visão é tipicamente gradual. O estudo encoraja os médicos a alertarem os pacientes com apneia obstrutiva do sono sobre a associação entre a apneia e o glaucoma de ângulo aberto. A pesquisa pode ser usada como um mote para levantar a questão e incentivar o tratamento das duas condições.
De acordo com um estudo realizado com mais de 300.000 pacientes pela Escola de Medicina da Universidade de Michigan, pessoas que tomam estatinas para reduzir o risco de doenças cardiovasculares são menos propensas a serem diagnosticadas com a forma mais comum de glaucoma. Como se estabelece esse fator de proteção contra a doença?Segundo os autores desse estudo, o risco para o glaucoma foi reduzido em 8% em pacientes que tomaram estatinas continuamente por dois anos, em comparação com os pacientes que não tomavam estatinas. Segundo o estudo, o uso de estatinas pode ser mais relevante antes que o glaucoma seja diagnosticado ou nos primeiros estágios da doença. A pesquisa pode levar a novos tratamentos preventivos que poderiam beneficiar especialmente os grupos de maior risco, incluindo negros e aqueles com história familiar de glaucoma. A capacidade das estatinas de reduzir o risco aparente de glaucoma é devida a vários fatores, incluindo um fluxo de sangue melhorado para o nervo óptico e para células nervosas da retina, além de uma melhor saída do humor aquoso, o que pode reduzir a pressão intraocular.
Mudar o estilo de vida do paciente portador de uma doença crônica é um desafio para todos os profissionais de saúde. Para o paciente com glaucoma, por exemplo, é importante fazer exercícios físicos regularmente?Estudos sugerem que pacientes com glaucoma de ângulo aberto que se exercitam regularmente  – pelo menos 3 vezes por semana –  podem ser capazes de reduzir sua pressão intraocular  em até 20%. Mas se estes pacientes deixam de se exercitar por mais de duas semanas, a pressão intraocular aumenta novamente. Quando o assunto é a prática de exercícios físicos, o paciente com glaucoma precisa saber que a ioga e outros exercícios que envolvem posições de cabeça para baixo podem ser prejudiciais para o prognóstico da doença.  É importante dizer também que os exercícios físicos não têm efeito algum sobre o glaucoma de ângulo fechado. E podem, de fato, aumentar a pressão ocular em pacientes com glaucoma pigmentar. Exercícios de alto impacto podem liberar mais pigmentação da íris destes pacientes.  É fundamental que o paciente glaucomatoso converse com seu médico sobre  o programa de exercícios mais adequado.
O uso dos óculos de sol é essencial para o paciente com glaucoma?O glaucoma pode deixar os olhos mais sensíveis à luz e ao brilho do sol. Medicamentos para melhorar este sintoma podem agravar o problema. Os óculos de sol resolvem a questão e são importantes para a prevenção da catarata e de outras doenças da retina.  É importante lembrar que os óculos escuros não precisam ser caros. O mais importante é escolher óculos que bloqueiem pelo menos 99% dos raios UVB e 95% dos raios UVA.
Na internet há uma grande oferta de “remédios naturais” para o tratamento do glaucoma. Eles realmente auxiliam o tratamento do paciente?Uma série de remédios naturais e ervas  têm sido anunciados na internet como “bons para o tratamento do glaucoma”.  Por exemplo, não há evidências científicas de que o mirtilo – fitoterápico popular para distúrbios oculares – seja eficaz na prevenção ou no tratamento do glaucoma. Alguns estudos têm relatado que o ginkgo biloba  pode ter propriedades que oferecem benefícios aos pacientes com glaucoma, tais como o aumento do fluxo de sangue no olho, sem alterar a pressão arterial, a frequência cardíaca e a pressão intraocular. No entanto, muitas pesquisas ainda precisam ser feitas para comprovar estes benefícios. Não há a menor evidência que esta substância possa ser usada com segurança no tratamento do glaucoma. É importante não interromper a medicação prescrita pelo oftalmologista, pois a segurança dos medicamentos para o tratamento desta moléstia já foi atestada.
Mais informações sobre o glaucoma: www.imo.com.br

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Vamos cuidar da visão dos nossos velhinhos!


Hoje é comemorado o Dia do Idoso. A data traz à tona questões ligadas à saúde na terceira idade, especialmente à saúde dos olhos, que tende a se debilitar com o avanço dos anos. Admirar os netos que brincam, assistir aos programas da televisão, ler, enfim, realizar tarefas simples do cotidiano, costumam ser afetadas pelos problemas de visão. Nessa fase da vida, as doenças mais comuns são a catarata, presbiopia, glaucoma, degeneração macular e retinopatia diabética.
O  ideal, segundo o oftalmologista Hilton Medeiros, é que os idosos consultem um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano e sempre que aparecer qualquer sintoma diferente, como, por exemplo, ponto preto na visão, vista embaçada ou distorção das linhas retas quando se tampa um dos olhos. Segundo ele, quanto antes forem detectados os problemas, menor será a perda da acuidade visual.
Dificilmente pessoas mais velhas escaparão de ter catarata e presbiopia, mais conhecida como vista cansada. A primeira caracteriza-se pela perda de transparência do cristalino, levando ao embaçamento da visão, e o único tratamento é a cirurgia de implante de uma lente intraocular. Já a presbiopia é ocasionda pelo enrijecimento dos músculos ciliares, que perdem a capacidade de focar as imagens próximas. Neste caso, a pessoa terá de usar óculos ou lentes de contato, ou se submeter a uma cirurgia de implante de uma microlente que corrige o foco e se ajusta à retina.
A degeneração macular, maior causa de cegueira em pessoas acima de 60 anos no mundo, resulta em uma perda de visão no centro do campo visual por danos na retina. É uma doença que pode ser tratada apenas na sua fase inicial. O problema impossibilita o idoso de ler, reconhecer as cores, dirigir veículos, entre outras atividades. Entre as causas do surgimento da doença estão o excesso de exposição aos raios solares e o baixo consumo de frutas e verduras, que  tenham vitamina E, betacaroteno, zinco e cobre.
O glaucoma provoca o aumento da pressão nos olhos e pode ser causado por um grupo de doenças que atingem o nervo óptico e envolvem a perda de células ganglionares da retina. Normalmente não causa sintomas e o indivíduo perde a visão de forma irreversível. Por meio de exames frequentes, a doença pode ser prevenida ou atrasada com tratamento.

Idosos diabéticos precisam manter o adequado controle dos níveis glicêmicos, já que a retinopatia diabética, decorrente desse descontrole, pode causar danos visuais irreversíveis ou ainda cegueira.