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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Transtornos mentais também devem ser acompanhados na terceira idade

 


Solidão, perda de peso, fadiga e sentimento de inutilidade são alguns dos sinais apresentados por idosos quando acometidos por algum transtorno mental. É comum que, por falta de conhecimento, muitos desses relatos sejam confundidos com outras patologias, ignorados por familiares e encarados como sintomas naturais causados pelo envelhecimento. Por isso, o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) apoia a campanha global de conscientização sobre a saúde mental “Janeiro Branco” e estimula o diálogo sobre o tema. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio. Em quase todas as regiões do mundo, as taxas de suicídio são mais elevadas entre as pessoas com 70 anos ou mais. A médica geriatra do HSV, Dra. Bruna M. Fernandes Nunes, explica quais são os principais diagnósticos na terceira idade. “Podemos pontuar o transtorno depressivo; transtorno de ansiedade generalizada (TAG); transtorno do pânico; transtornos afetivos como, por exemplo, transtorno bipolar e esquizofrenia; e síndrome demencial, como demência de Alzheimer e demência vascular”. 

Segundo a especialista, as causas são multifatoriais. São considerados fatores biológicos, genéticos e epigenéticas. As patologias também podem se desenvolver a partir de experiências de vida como trauma e abuso; problemas familiares; luto por perdas próximas; incapacidade física; frustrações por dependência; e outros eventos de saúde como dor; privação sensorial visual ou auditiva; e transtorno do sono. 

“Devemos observar a rotina e o comportamento do idoso e estar atento a algumas alterações. Os sinais são de acordo com a patologia, mas em alguns casos são semelhantes, o que dificulta essa percepção. No geral, é possível observar alterações cognitivas; esquecimentos; alteração comportamental; agitação; alucinações; isolamento social; alteração do humor; fadiga; sonolência excessiva ou insônia; dificuldade de concentração; inquietude; perda ou ganho de peso”, explica Bruna. 

Tratamento 

A terapia requer um conjunto de ações e deve ser baseada em tratamento medicamentoso e comportamental. A atividade física, se possível, pode ser uma ótima complementação. Alternativos, outros tratamentos também auxiliam no processo, como musicoterapia e fototerapia para alguns casos. 

“O tratamento na população idosa tem algumas particularidades. O idoso é mais suscetível a efeitos colaterais e interação de medicamentos. Devemos sempre iniciar com doses baixas e progredirmos conforme a tolerância. Existe um lema na geriatria que é: inicie devagar e progrida devagar, mas não deixe de progredir. É importante destacar que quando identificado algum sintoma, o familiar deve procurar atendimento médico para acompanhamento”, ressalta a geriatra.

 

Foto: Freepik

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Vamos falar de Alzheimer




Doença considerada muito comum no Brasil, o Mal de Alzheimer afeta 1,2 milhões de brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). O problema é neurodegenerativo, o que significa uma diminuição gradativa de células e conexões nervosas. O principal sintoma do paciente é a perda de memória. Portanto, quanto antes a doença for percebida, menos danos serão causados. E este é um assunto sério, que vem bem a calhar no dia de hoje, 1º de outubro, Dia Internacional do Idoso.

Alguns sinais de que a pessoa está com a doença são mais precoces e, se reconhecidos, valem uma avaliação médica especializada. O neurologista do Hospital Santa Catarina, Maurício Hoshino, reuniu sete sinais típicos que podem indicar que a pessoa pode ser um portador de Alzheimer.

Repetições de falas e ações: devido aos problemas de memória, pessoas com Alzheimer tendem a repetir as mesmas frases e ações, já que a doença costuma afetar principalmente a memória recente.

Problemas para realizar tarefas simples: uma simples tarefa como fazer café pode se tornar um problema para o portador de Alzheimer. Até mesmo a utilização dos utensílios corretos na cozinha passa a ser um obstáculo. Passa a ter dificuldade em manipulação do dinheiro, senhas e para elaborar as compras do supermercado ou padaria.

Esquecimento frequente de palavras: em um estágio um pouco mais avançado, o portador de Alzheimer passa a esquecer palavras básicas. A degeneração constante das células no cérebro leva a essa condição.

Mudança repentina de humor: é comum uma pessoa que tenha o Mal de Alzheimer ficar facilmente irritada e chateada, com falta de confiança e sentindo-se frustrada.

Não saber onde está ou o que está fazendo em determinada situação: é recorrente que o portador da doença neurodegenerativa perca a noção de onde está, esquecendo-se totalmente de seu propósito na situação e no local presente. É costume encontrar uma explicação para suas falhas, embora não justifique a frequência com que ocorrem.

Falta de higiene pessoal: algumas mudanças no comportamento são típicas do portador de Alzheimer, por exemplo esquecer-se de tomar banho ou de fazer seus procedimentos básicos de higiene (e frequentemente argumenta que já o fez). Colocar as mesmas roupas também é habitual, assim como a falta de preocupação com a própria imagem.

Mudança de linguagem e dificuldade na fala: a pessoa com Alzheimer tende a utilizar uma linguagem mais simplificada, utilizando cada vez menos palavras e apresenta nítida dificuldade de construir frases coesas. O vocabulário fica mais simplificado.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Baixa dose de Naltrexone: descoberta médica mais importante do século XX


Naltrexone em baixa dose, terapia de­nominada internacionalmente pe­la sigla LDN, trata de pacientes com doenças de Crohn, de Alzheimer, câncer de ovário, pâncreas, fígado, autismo e esclero­se múltipla, entre outras patologias graves. A naltrexona é um antagonista opiáceo far­macologicamente ativo. Ele foi primeira­mente utilizado em doses relativamente al­tas para o tratamento de opioide e do álco­ol. Mas em doses muito baixas, a naltrexona foi encontrada para ter propriedades imu­nomoduladoras.
LDN foi usado primeiramente como um agente terapêutico para pessoas com AIDS. Tem sido proposto para ser utilizado em pes­soas com doenças malignas, esclerose múl­tipla, e doenças autoimunes. Uma publica­ção recente mostrou uma melhoria signifi­cativa na doença de Crohn em pessoas que usaram o LDN.
Segundo o médico dr. Joseph Mercola, “a Naltrexone em baixas doses é uma promessa de ajudar milhões de pessoas com câncer e do­enças autoimunes. Como um antagonista opi­áceo farmacologicamente ativo, o LDN funcio­na bloqueando os receptores opioides, que por sua vez ajuda a ativar o sistema imunológico do seu corpo. Alguns dos principais especialis­tas acreditam que o Naltrexone em baixa do­se é uma grande promessa para o tratamen­to de milhões de pessoas que sofrem com do­enças autoimunes, distúrbios do sistema ner­voso central, e até mesmo câncer e HIV/AIDS. É extremamente barato, e parece ser livre de efeitos colaterais prejudiciais.”
Já a médica dra. Jacquelyn McCandless relata ter encontrado efeitos positivos em crianças com autismo, utilizando a terapia LDN. E o dr. Burton M. Berkson atesta que conseguiu resultados fenomenais com baixa dose de naltrexona (LDN) em pacientes com câncer e com doenças autoimunes.
E como a LDN trata do­enças autoi­munes e cân­cer?
Várias pes­quisas dos últi­mos 20 anos in­dicam que a se­creção do cor­po denomina­da endorfinas (opioide na­tural do cor­po) desempe­nha um papel importante, se não central, no funcionamento do sistema imunológico. Uma publicação de um estudo do New En­gland Journal of Medicine 2003 diz que estu­dos pré-clínicos indicam que os opioides alte­ram significativamente o desenvolvimento, diferenciação e função das células do sistema imunológico. Células progenitoras da medu­la óssea, macrófagos, céluas exterminadoras naturais, timócitos imaturos e células T e cé­lulas B são todas envolvidas.
O dr. Mercola diz: “quando você toma o LDN na hora de dormir, ele bloqueia os seus recep­tores opioides por algumas horas no meio da noite, e acredita-se que promove a regulação de elementos vitais do sistema imunológico aumentando a produção de endorfinas (os opioides naturais) e metenkephalin, melho­rando, portanto, a função imunológica. Além do aumento da produção de endorfina, o dr. Bernard Biari (que descobriu que LDN co­mo um agente terapêutico para a AIDS, em 1985), acredita-se que o LDN tem mecanis­mo anticâncer, devido ao aumento no núme­ro e densidade de receptores de opioides nas membranas de células de tumor, tornando-as mais sensíveis aos efeitos ini­bidores do cres­cimento dos já presentes em ní­veis de endor­finas, os quais por sua vez, in­duz a apoptose (morte celular) de células can­cerosas.”
O dr. Biha­ri tratou mais de 450 pacien­tes com câncer com LDN com ótimos resul­tados, incluindo,. Segundo ele, quase um quarto de seus pacientes tiveram pelo menos uma redução de 75% do tamanho do tumor, e quase 60% de seus pacientes demonstraram estabilida­de da doença.
Além do câncer, o LDN mostra ser uma te­rapia promissora para as seguintes doenças: neuropatias diabéticas, hepatite C, lupus, es­clerose múltipla, colite ulcerativa, doença de crohn, autismo, síndrome da fadiga crônica, doença de Alzheimer, AIDS/HIV, tireoidite de Hashimoto, síndrome do intestino irritá­vel e Parkinson.
As desordens listadas acima possuem uma característica especial: em todas elas o sis­tema imunitário desempenha um papel cen­tral, e são encontrados baixos níveis sanguí­neos de endorfinas, o que contribui para as deficiências imunes associados às doenças.

(Artigo do dr. Marcel Ferrari Ferret,CRM 69031)

sexta-feira, 19 de junho de 2015

A saúde alimentar do paciente com Alzheimer


É importante analisar os hábitos antigos do paciente e mantê-los, desde que não haja prejuízo nutricional. Aqui estão al­gumas dicas, que vão ajudar a cuidar da saúde alimen­tar do paciente acometido pela doença de Alzheimer. Confira as dicas da nutricionista Cláudia Bergander:
- Atenção para a perda de apetite, pois pode estar rela­cionada a várias causas, que devem ser investigadas e tratadas. Lesões na boca, in­fecções, doenças crônicas ou refeições que não estejam do agrado do paciente são al­guns exemplos.
- O controle do peso corporal deve ser fei­to mensalmente.
- Para a realização das refeições devem-se manter horários regulares e ambiente tran­quilo, livre de ruídos.
- O paciente deverá estar sentado confor­tavelmente para receber a alimentação.
- Jamais ofereça alimentos ao paciente quando ele estiver deitado.
- Os pacientes que ainda conservam a independência para se alimentar sozinhos devem continuar a receber estímulos pa­ra esta ação.
- As instruções passadas ao paciente de­verão ser claras e o comando suave.
- Independentemente da apresentação da dieta – sólida, pastosa ou líquida – deve-se, sempre que possível, respeitar as preferên­cias do paciente.
- O convívio com a família é de extrema importância. Sempre que possível, deve-se permitir que o paciente ali­mente-se em companhia de seus familiares.
- Os utensílios utilizados durante a refeição devem ser preferencialmente lisos e claros. As estampas – de pra­tos, por exemplo – pode dis­trair e reduzir a concentra­ção naquilo que é realmen­te importante (mastigação e deglutição).
- Aqueles que apresentam dependência podem ser ali­mentados com colheres, em lugar de garfos.
- Os alimentos crus e secos devem ser evi­tados, pois o perigo de engasgamento é maior.
- Os temperos devem ser suaves e os mo­lhos picantes evitados.
- Após cada refeição, a higiene oral é indis­pensável e deve ser realizada uma inspeção cuidadosa da boca, a fim de que possam ser removidos os resíduos alimentares.
- Oferecer líquidos é de extrema impor­tância. Eles podem ser oferecidos na forma de água, chás, sucos, vitaminas etc, sendo que o volume deve ser fracionado em pequenas doses, várias vezes ao dia. Aqueles que pos­suam restrição de líquidos devem respeitá-la com rigor.
- Não ofereça líquidos com o paciente dei­tado. Ele deve estar em posição sentada ou recostada em travesseiros. Essa medida re­duz o risco de aspirações (engasgos) e oti­tes (dor de ouvido).

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A saúde alimentar do paciente com Alzheimer


É importante analisar os hábitos antigos do paciente e mantê-los, desde que não haja prejuízo nutricional. Aqui estão al­gumas dicas da nutricionista Claudia Bergander, que vão ajudar a cuidar da saúde alimen­tar do paciente acometido pela doença de Alzheimer.
- Atenção para a perda de apetite, pois pode estar rela­cionada a várias causas, que devem ser investigadas e tratadas. Lesões na boca, in­fecções, doenças crônicas ou refeições que não estejam do agrado do paciente são al­guns exemplos.
- O controle do peso corporal deve ser fei­to mensalmente.
- Para a realização das refeições devem-se manter horários regulares e ambiente tran­quilo, livre de ruídos.
- O paciente deverá estar sentado confor­tavelmente para receber a alimentação.
- Jamais ofereça alimentos ao paciente quando ele estiver deitado.
- Os pacientes que ainda conservam a independência para se alimentar sozinhos devem continuar a receber estímulos pa­ra esta ação.
- As instruções passadas ao paciente de­verão ser claras e o comando suave.
- Independentemente da apresentação da dieta – sólida, pastosa ou líquida – deve-se, sempre que possível, respeitar as preferên­cias do paciente.
- O convívio com a família é de extrema importância. Sempre que possível, deve-se permitir que o paciente ali­mente-se em companhia de seus familiares.
- Os utensílios utilizados durante a refeição devem ser preferencialmente lisos e claros. As estampas – de pra­tos, por exemplo – pode dis­trair e reduzir a concentra­ção naquilo que é realmen­te importante (mastigação e deglutição).
- Aqueles que apresentam dependência podem ser ali­mentados com colheres, em lugar de garfos.
- Os alimentos crus e secos devem ser evi­tados, pois o perigo de engasgamento é maior.
- Os temperos devem ser suaves e os mo­lhos picantes evitados.
- Após cada refeição, a higiene oral é indis­pensável e deve ser realizada uma inspeção cuidadosa da boca, a fim de que possam ser removidos os resíduos alimentares.
- Oferecer líquidos é de extrema impor­tância. Eles podem ser oferecidos na forma de água, chás, sucos, vitaminas etc, sendo que o volume deve ser fracionado em pequenas doses, várias vezes ao dia. Aqueles que pos­suam restrição de líquidos devem respeitá-la com rigor.
- Não ofereça líquidos com o paciente dei­tado. Ele deve estar em posição sentada ou recostada em travesseiros. Essa medida re­duz o risco de aspirações (engasgos) e oti­tes (dor de ouvido).