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quinta-feira, 4 de março de 2021

Obesidade e suas consequências para a saúde

 


A obesidade é uma das doenças que mais cresce no Brasil e no mundo e suas consequências para a saúde estão envolvidas na incidência cada vez maior de diversas condições crônicas, como diabetes, problemas cardiovasculares, câncer e hipertensão, entre outras. A última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, mostrou que 96 milhões de pessoas são obesas ou estão acima do peso no país, o que corresponde a seis em cada dez brasileiros. E quando considera-se apenas a população adulta, a incidência da obesidade mais do que dobrou entre 2002 e 2019, indo de 12,2% para 26,8%.

São dados preocupantes, principalmente considerando que esses índices tendem a continuar crescendo nos próximos anos. "O cenário se agrava ainda mais quando levamos em conta o impacto da pandemia sobre a população. Boa parte das pessoas passou por meses de isolamento, o que aumentou a prevalência do sedentarismo e o consumo de alimentos como forma de aliviar a ansiedade", pontua o nutricionista ortomolecular Rafael Félix, da Via Farma. E assim como a pandemia tem impactado no peso da população, o excesso de peso também tem influenciado o cenário da Covid-19 no Brasil. "Como tem sido observado, a obesidade é um fator de risco importante para o desenvolvimento de formas graves da doença, mesmo quando o excesso de peso não é acompanhado de comorbidades. Já quando estão presentes quadros de diabetes e hipertensão, o risco torna-se ainda maior", diz Félix.

Os impactos da obesidade

É inegável que a crise sanitária e econômica que o mundo atravessa mudou os hábitos de vida e trouxe impactos importantes para a saúde mental de boa parte da população. O estresse e a ansiedade crescentes trazem diversas repercussões para a saúde, e uma delas é a mudança no apetite e na qualidade da alimentação. "É nesses momentos que as pessoas passam a buscar alimentos que prejudicam a composição corporal, como os ultraprocessados, refinados e doces, entre outros alimentos de alto valor calórico", alerta o nutricionista. Assim, é preciso atentar-se aos gatilhos da má alimentação para evitar que quadros de sobrepeso ou obesidade de instalem ou se agravem nesse período.

Na prática, podemos dizer que as origens da obesidade são multifatoriais, já que ela não está exclusivamente relacionada ao estilo de vida. Além de contar com a genética como fator importante, a doença ainda está ligada ao estresse crônico, distúrbios do sono e até mesmo à exposição prolongada a toxinas ambientais, que agem como disruptores endócrinos, prejudicando o equilíbrio hormonal do organismo. "No entanto, é preciso ter em mente que o estilo de vida ainda é o maior determinante no desenvolvimento da obesidade. Por isso, as mudanças de hábito são essenciais para combater a doença, junto de outras estratégias que podem ser indicadas pelo médico e nutricionista", destaca.

O melhor tratamento, aliás, é aquele multidisciplinar, já que que a doença é complexa e traz implicações que demandam o envolvimento de diversas especialidades da saúde. "A obesidade é uma doença endócrina e metabólica, de caráter inflamatório. O desequilíbrio que ela causa no organismo intensifica o estresse oxidativo, causando disbiose intestinal e alterações que afetam a ação da insulina, cortisol, hormônios sexuais e tireoidianos" elenca o nutricionista. De acordo com ele, o excesso de peso ainda bagunça o relógio biológico e interfere nos mecanismos de detoxificação do fígado, aumentando a pré-disposição a problemas hepáticos. "Com o corpo em desarmonia, também aumentam os riscos de comorbidades como diabetes tipo 2, doenças do coração, pressão alta, colesterol elevado e alguns tipos de câncer", afirma Félix.

Mas não é só o Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 30 que representa riscos para a saúde. O sobrepeso também vem crescendo no país e sua predominância passou de 43,3% para 61,7% nos últimos 17 anos, representando, segundo o IBGE, quase dois terços da população brasileira. "Esse dado também é muito preocupante, pois nos leva a concluir que boa parte da população pode ter acúmulo de gordura na região abdominal, o que já é fator de risco para diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares", aponta o nutricionista. Isso acontece porque quando a gordura abdominal é do tipo visceral, acaba se acumulando entre os órgãos, prejudicando seu funcionamento e a circulação sanguínea. Por isso, ao mínimo sinal de que o tamanho da barriga está passando dos limites saudáveis, já é indicado buscar ajuda para reverter o quadro e evitar que doenças crônicas se instalem.

Devido a tantas consequências que a obesidade pode trazer para a saúde e para a qualidade de vida, é preciso contar com a orientação de um endocrinologista e, se possível, de outros especialistas para lutar contra o excesso de peso. "O acompanhamento médico, nutricional e até mesmo psicológico é essencial para que o emagrecimento aconteça de forma saudável e efetiva. Dentre as opções terapêuticas, podemos citar as abordagens medicamentosas, fitoterápicas e até mesmo a intervenção cirúrgica, em último caso. Independente de qual seja a estratégia escolhida pelo médico, a dieta equilibrada e os exercícios físicos regulares devem estar sempre presentes", afirma. "Muitas vezes, é possível ajudar o paciente apenas com uma reorganização dos hábitos de vida e a prescrição de fórmulas fitoterápicas personalizadas, como o blend entre Alchemilla vulgaris LOlea europaea L, Mentha piperita e Cuminum cyminum L, que tem se mostrado seguro e eficaz no combate à obesidade. Tudo vai depender do grau da doença e das características de cada perfil", finaliza.

 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

O que é preciso saber sobre as vacinas contra o coronavírus

 


Vivemos um tempo de pandemia, e apesar de tempos sombrios temos enfim, uma luz, aliás, vários pontos de luz lá no fim do túnel: as vacinas, enfim, chegaram. O farmacêutico homeopata Jamar Tejada, da capital paulista, revela tudo que é importante saber sobre o tema mais em evidência neste momento: as vacinas. 

Jamar explica que é graças à evolução da ciência que conseguimos ter vacinas nessa velocidade e tudo isso uma resposta segura, ou seja, não estamos sendo testados como cobaias. "As novas tecnologias em vacina que envolvem DNA e RNA são novas apenas no sentido de que não haviam sido liberadas no mercado, mas já são estudadas há no mínimo 30 anos, não foi uma tecnologia que se criou da noite para o dia", afirma.

Como são feitas?

Essas vacinas em evidência e estudos para nos tirarem desta pandemia tiveram que correr contra do tempo. Assim, nessa nova tecnologia, chamada de vacina genética, que envolvem as de RNA e as de DNA, para combater o Sars-CoV-2, são carregadas as instruções para que a célula humana produza uma proteína do vírus. "Vale alertar que os compostos presentes em uma dose de vacina nem passam perto do nosso DNA, pois o RNA é lido no citoplasma das células e não no núcleo, onde está protegido o DNA humano", explica.

Já as vacinas de DNA precisam mesmo ser lidas no núcleo celular, um processo bem mais complicado, porém, a partir desse estímulo, o código genético humano produz moléculas de RNA, que então incitam a produção de proteínas do vírus.

Mas, já que não existe a fórmula para fabricar o vírus inteiro, é introduzida nessa vacina uma porção minúscula dele, justamente a utilizada para infectar as células humanas, fazendo com que nossas células passem a expressar as proteínas dessa parte do vírus em sua superfície. "Quando isso acontece nosso sistema imune entende que a célula está de fato infectada e cria uma resposta específica para aquele material genético intruso. Daí, quando nosso organismo realmente entrar em contato com o Sars-CoV-2 fará o reconhecimento dessa proteína de cara e o combaterá antes que ele venha a nos causar problemas. É um processo seguro que passa bem longe da possibilidade de alterações no DNA humano", diz o farmacêutico.

Por que não se deve temer as vacinas?

O grande medo da população é que esse tipo de vacina venha alterar o DNA humano, mas Jamar alerta que é quase impossível de se conseguir, mesmo intencionalmente em laboratório, pois nosso DNA possui um forte sistema de proteção, senão vários estudos que tentam corrigir mutações que provocam doenças já teriam tido sucesso.

"É sabido que o que comemos pode influenciar nosso DNA de diversas formas, inclusive de forma persistente e herdável, então se nem todo mundo se alimenta de modo extremamente saudável e exemplar, por que temer à vacina?", alerta.

Para Jamar os efeitos que ainda podem ser causados lá na frente por esta pandemia nem a ciência ainda pode nos alertar, mas com certeza, isso o deixa muito mais preocupado do que os efeitos de que uma vacina possa causar. Reflita sobre o valor que você dá ao seu corpo, seja mais criterioso e exigente com sua saúde. Estamos sendo ameaçados constantemente e o único valor que nos resta é o valor autêntico de respeito a nossa vida", finaliza.