domingo, 20 de abril de 2014

Xô, sedentarismo!


Nas regiões em desenvolvimento, à medida que as economias se industrializam, as doenças crônico degenerativas, como diabetes mellitus, hipertensão arterial e aterosclerose, tornam-se mais prevalentes, principalmente pela adoção de estilos de vida ocidentalizados, caracterizados por maiores índices de sedentarismo e dietas com mais gordura e menos fibras.

Segundo o personal trainer Vinicius Araújo, o primeiro estudo brasileiro sobre risco cardiovascular publicado em 1990 mostrou que, na cidade de São Paulo, o fator de risco com maior prevalência foi o sedentarismo (69,3%) e depois tabagismo (37,9%), hipertensão arterial (22,3%), obesidade (18%) e alcoolismo (7,7%). A prática regular de atividade física ou mesmo o estilo de vida mais ativo tem demonstrado ser um meio de proteção contra a ocorrência de doenças cardiovasculares, reduzindo a mortalidade cardiovascular e a mortalidade por todas as causas.
sedentarismo 3
Adultos que fazem atividade física apresentam aumento da longevidade, independentemente do sexo e da idade. Estudos mostram que a mortalidade por todas as causas foi de 12% para homens e mulheres sedentários, 7,4% para praticantes de exercícios físicos com frequência menor do que 6x/mês e 4,9% para praticantes de atividade física pelo menos 6x/mês, com média de 30 minutos de duração, com intensidade moderada ou intensa.
Outra pesquisa mostrou que pelo menos 1 hora de caminhada/semana reduz o risco de evento cardiovascular em 14%; caminhada de 1,5 hora/semana reduz ainda mais o risco, em 52%; gasto energético semanal de 600 a 1.499 Kcal reduz risco em 55%. Tanto a quantidade de gasto energético semanal quanto a intensidade do esforço conferem proteção contra o desenvolvimento de eventos coronários.sedentarismo
"O sedentarismo em pessoas com hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença coronária ou dislipidemia está associado ao aumento do risco de morte por todas as causas. A prática de atividade física reduz a mortalidade por doença coronária, doenças cardiovasculares e a morte por todas as causas, mesmo com outros fatores de risco", diz Vinícius. "A recomendação de saúde pública para a prática de atividade física, de pelo menos 30 minutos de exercícios físicos diários de moderada intensidade, gerando cerca de 1000 Kcal/semana, é a mais adequada para a melhoria dos indicadores de mortalidade".

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