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sábado, 26 de março de 2016

Chocolate deve ser consumido com equilíbrio

Páscoa chegou e, com ela, os chocolates. Apesar de serem tentadores, os produtos devem ser consumidos com moderação. É o que alerta o cardiologista Everton Dombeck, do Hospital Cardiológico Costantini, em Curitiba. “O chocolate ingerido de forma desenfreada é prejudicial. Por isso, o equilíbrio é ainda a palavra chave”, ressalta o médico.
Em longo prazo, além de colaborar para a obesidade, o produto também pode contribuir na elevação da taxa de colesterol e triglicerídeos, fatores de risco que trazem problemas ao coração devido ao depósito de gordura nas artérias. Segundo o profissional, mesmo que algumas pesquisas indiquem o chocolate como benéfico à saúde, é importante ter consciência de que estudos não devem ser interpretados como um sinal verde para os chocólatras de plantão. “Mesmo que o chocolate tenha propriedades benéficas, o seu uso irrestrito pode provocar sérios danos futuramente”, afirma.
O cardiologista também faz um alerta com relação às versões diet. “O que mais vemos no consultório é o paciente achar que só porque é isento de açúcar pode ser ingerido à vontade”, conta. Embora não seja açucarado, o chocolate diet possui, na maioria das vezes, mais gordura que o tradicional. A recomendação é válida também para o amargo, que apesar de possuir propriedades antioxidantes, tem teor de gordura elevado.
Outro cuidado que deve ser levado em consideração são as restrições ao produto dentro da família. “Na casa onde tem diabéticos, principalmente crianças, o comportamento tem que ser mudado na família como um todo”, lembra o especialista.


quinta-feira, 10 de março de 2016

Corrida de rua exige cuidados

Movidas pela busca de uma rotina mais saudável ou mesmo pela preocupação com a estética, diversas pessoas têm adotado a corrida de rua como atividade física cotidiana. A modalidade traz uma série de benefícios, como a melhora cardiovascular, ganhos no desempenho cognitivo, além de ser uma atividade prática, que poder ser realizada por qualquer indivíduo saudável, de acordo com o professor do curso de Educação Física da Faculdade Anhanguera de Campinas, Thiago Fernando Lourenço.
Para quem está pensando em iniciar a prática, Lourenço faz algumas recomendações. “Nosso organismo foi feito para se mover. Porém, em alguns casos clínicos específicos a corrida não é aconselhável”, observa. “Por esse motivo, antes de começar, é importante passar por uma consulta médica para que sejam avaliadas as condições cardiológicas em repouso e, principalmente, durante o esforço.” O professor ainda sugere que seja feita uma avaliação ortopédica para evitar problemas durante a prática.
Após a consulta, chega a hora de partir para a ação. Porém, é importante se atentar com ‘treinos prontos’. “Cada organismo responde de uma forma ao exercício, por isso o acompanhamento de um profissional de Educação Física é fundamental”, orienta. Além disso, opte sempre por roupas leves claras e confortáveis. O tênis deve ser escolhido com base no tipo de pisada. “Atualmente, nas lojas de artigos esportivos, os vendedores estão capacitados para atender pessoas que possuem pés pronados (virados para dentro), supinados (virados para fora) ou neutros.”
O professor lembra que traçar metas realistas e de curto prazo é um fator fundamental para que não haja desistência da atividade logo depois dos primeiros treinos. Nos primeiros meses, o ideal é ir aumentando em 5% ou 10% a distância percorrida a cada treino. Isso faz com que o corpo e o cérebro fiquem cada vez mais animados com os desafios.
Não se assuste se em pouco tempo você começar a enxergar a corrida como uma necessidade e não só como uma atividade: por volta de 20 minutos após o início da corrida, o organismo começa a liberar endorfina na corrente sanguínea, substância que ativa um sistema de recompensa que faz com que sintamos sensação de bem-estar. “Do mesmo modo que as drogas, a atividade pode viciar sim. Por isso, reserve pelo menos dois dias na semana para realizar outras atividades que não seja a corrida”, finaliza ele.


sábado, 19 de setembro de 2015

Queimação ou infarto?



Dados do Ministério da Saúde recentemente divulgados revelam que o infarto agudo do miocárdio é a segunda principal causa de morte no Brasil. A doença é responsável por cerca de 85,5 mil óbitos por ano – 233 casos por dia. Saber diferenciar a queimação de um infarto pode ser o primeiro passo para evitar que os alarmantes números cresçam ainda mais.
Para o coordenador clínico do Serviço de Cardiologia do Hospital Santa Catarina, prof. dr. Walter Gomes, é comum algumas pessoas sentirem dor no peito em determinadas fases da vida ou após a prática de exercícios físicos intensos. Todavia, embora as causas possam variar desde um refluxo até algo muito grave, como um infarto, é vital ficar atento e buscar socorro imediatamente em alguns casos.
A queimação no peito, algumas vezes, é o primeiro sinal de que a saúde do coração não está 100%. “Não levar a sério esse sintoma é um risco que muitas pessoas preferem correr. No atendimento de emergência, notamos que alguns pacientes, vítimas de infarto, tiveram dor no peito ou queimação dias antes de serem internados”, diz o cardiologista.
Para o médico, além do reconhecimento do sintoma, a rapidez com que se procura o hospital e é atendido é outro fator determinante para evitar riscos maiores, já que a mortalidade no infarto agudo está relacionada ao tempo de atendimento.
O médico elenca quatro características da dor no peito que necessitam de atendimento imediato:
·         Dor acompanhada de náuseas, suor frio, falta de ar ou desmaio;
·         Dor no centro do peito ou na parte superior do abdome e mais intensa que a habitual;
·         Incômodo no peito que aparece após a prática de exercício físico e desaparece ao repousar;
·         Dor no peito que se irradia para o pescoço ou para os braços.
Prevenção é sempre a melhor alternativa
Prevenir: essa é a palavra-chave quando o assunto é o coração. “Abandonar o cigarro, controlar o peso e, se necessário, fazer regime e buscar uma alimentação mais saudável, diminuir o consumo de álcool, realizar atividades físicas regulares, como caminhadas, por exemplo, são passos simples que estão ao alcance de qualquer paciente e que podem fazer a diferença a favor da saúde já no curto prazo”, conclui o especialista.


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Alimentação ajuda a combater o colesterol


Principal causa de mortes no Brasil e no mundo, as doenças cardiovasculares recebem maior atenção em setembro, mês do coração, quando medidas preventivas como a alimentação saudável e a prática de exercícios físicos compõem o time dos grandes aliados da saúde do coração. Pequenas iniciativas, como a realização de exames periódicos, consultas ao cardiologista e mudanças na alimentação do dia a dia contribuem para o controle e manutenção dos níveis de LDL-colesterol (o conhecido “colesterol ruim”).
Vários alimentos podem auxiliar no controle do nível de colesterol no sangue, entre eles aqueles que possuem fitoesteróis em sua composição, como verduras e legumes. “Por terem estrutura química semelhante, os fitoesteróis competem com o colesterol para a absorção no intestino. Dessa forma, a presença dos fitoesteróis faz com que a absorção do colesterol seja reduzida e, consequentemente, haja uma diminuição de seus níveis na corrente sanguínea”, afirma a nutricionista Christiane Vitola, que separou alguns alimentos que podem ser importantes aliados na luta contra o colesterol. Saiba como incluí-los no cardápio.

Farelo de aveia: múltiplas funções
O farelo de aveia é um alimento rico em fibras solúveis, como a betaglucano, que traz o benefício de diminuir as taxas de colesterol do sangue. Seu consumo habitual pode ajudar a diminuir a taxa de LDL, pois ele contém substâncias que podem reduzir a síntese de colesterol no fígado.

Azeite extravirgem
Rico em antioxidantes como os polifenóis, que são capazes de combater os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento das células, possui efeito protetor contra uma série de doenças cardiovasculares. Ainda, o consumo de azeite está associado a baixos níveis de colesterol “ruim” (o LDL-colesterol) devido a presença das gorduras poli e monoinsaturadas.

Salmão
O salmão, é uma ótima alternativa para aumentar a ingestão das gorduras chamadas ômega 3. Os benefícios desse tipo de gordura são bem estabelecidos e se referem a ação anti-inflamatória e protetora do coração decorrentes da menor formação de placas obstrutivas nos vasos sanguíneos e no papel adjuvante na redução dos triglicérides plasmáticos. Em conjunto com o controle da pressão arterial, o ômega 3 figura como um aliado para a redução do risco de doenças cardiovasculares, como o infarto e acidente vascular cerebral (AVC).  

Castanha do Pará
Rica em nutrientes como ácidos graxos, vitaminas B e E, proteína, fibras, cálcio, fósforo e magnésio. Mas o grande destaque é o selênio, um mineral com ação antioxidante.  A castanha-do-pará é conhecida por, além de nutrir, promover benefícios à saúde: o consumo de uma castanha por dia pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares, diabetes  tipo 2, câncer e obesidade por ter ação antioxidante e ser rica em gorduras insaturadas.

Linhaça
A linhaça é riquíssima em componentes com efeitos benéficos à saúde: fibras, ômegas 3 e 6 (ácidos graxos), lignanas (fitoestrógenos), vitaminas A, E, B1, B6, potássio, magnésio, fósforo, cálcio, ferro, cobre, zinco, manganês e selênio. Ela contém importantes quantidades de  ômega 3, por isso, pode ser uma grande aliada na prevenção  de doenças cardiovasculares,  ao contribuir na diminuição das taxas de colesterol total e de LDL colesterol (“ruim”) e aumentar as de HDL colesterol (“bom”).

Brócolis
Além de ser uma boa fonte de vitamina C, fornece vitamina A, ácido fólico, cálcio e ferro, é rico em bioflavonoides, uma substância antioxidante que previne danos causados nas artérias. Ainda fornece outros benefícios ao coração: as fibras presentes podem contribuir para a redução dos níveis de colesterol.

Creme vegetal com fitoesteróis
Os fitoesteróis são compostos vegetais que contribuem com a redução do colesterol sanguíneo, quando associados a um estilo de vida saudável. Eles são encontrados em pequenas quantidades em alimentos como óleos vegetais, castanhas, sementes, produtos integrais, frutas e vegetais. No entanto, seria necessário ingerir quantidades muito grandes desses alimentos para alcançar reduções significativas no colesterol. A forma mais prática de atingir o valor recomendado é por meio da inclusão de duas colheres de sopa (20g) de creme vegetal que contenha fitoesteróis, por três semanas, para uma redução de até 15% do LDL-colesterol “ruim”.

Abacate
A gordura presente no abacate é a monoinsaturada, boa para o coração, pois ajuda a reduzir o colesterol “ruim” (LDL) e os triglicérides, auxiliando na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. Além disso, o abacate é rico em vitaminas, principalmente a vitamina E, minerais e também uma substância antioxidante, a glutationa.

Laranja
Conhecida por ser rica em fibras, vitamina C, A, B, E, além de conter minerais, como ferro, zinco, potássio, cálcio magnésio e manganês, contêm folatos e antioxidantes que são conhecidos por aumentar a resistência a infecções, reduzir o colesterol, prevenir doenças cardíacas e derrames. O benefício em relação a diminuição do colesterol se dá pela presença de fibras solúveis, encontradas principalmente na parte branca da fruta, conhecido como bagaço, por isso a ingestão da fruta inteira é muito importante. Atente-se: na forma de sucos a quantidade de fibras é muito menor. 



Chocolate amargo
Chocolates com maior concentração de cacau, como aqueles com porcentagem acima dos 70%, além de conter menos gorduras e açúcares, possuem flavonoides,  compostos antioxidantes que podem auxiliar no aumento d a concentração de HDL-colesterol no sangue, o colesterol “bom”. De acordo com uma pesquisa publicada na revista científica International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), o efeito anti-inflamatório e antioxidante é semelhante ao efeito dos medicamentos para colesterol, que são as estatinas. 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Beber água protege contra ataques do coração

Se você está com sede, um copo de água é sim a melhor coisa para você beber. Dr. Fábio Cardoso, especialista em medicina preventiva e longevidade, garante que quanto mais copos de água você bebe, menor é o risco de você ter um infarto cardíaco fatal ou mesmo desenvolver doença cardiovascular. E quanto mais você opta por outros líquidos não saudáveis (café, chás, refrigerantes, sucos industrializados, adoçados ou não), menos desta “proteção” você terá.
Este dado foi demonstrado em estudo apresentado por epidemiologistas da Universidade da Califórnia após analisarem os dados de aproximadamente 20.000 pessoas que eram adventistas do Sétimo Dia. O motivo essa escolha, segundo o dr. Fábio, é que adventistas do Sétimo Dia possuem um estilo de vida saudável se comparados com a sociedade ocidental moderna: eles não fumam, não consumem bebidas alcoólicas e tentam levar suas vidas o mais saudável possível. “Foi por estes preceitos que os epidemiologistas se interessaram em acompanhá-los”, conta o médico.
Os pesquisadores monitoraram 12.017 mulheres e 8.280 homens, todos adventistas, por um período de 6 anos. Como pré-requisito, todos os participantes estavam saudáveis, sem doenças no momento de entrarem no estudo. Desde a entrevista inicial, um dado chamou a atenção dos pesquisadores: a grande quantidade de água que eles consumiam diariamente.
Nos homens que consumiam mais de 5 copos de 240ml de água reduziam em 40% o risco de eventos cardiovasculares graves.Nas mulheres que consumiam mais de 5 copos, a redução foi de 35%.
Os pesquisadores procuraram outras relações para explicar esta redução de risco, como idade, pressão arterial, índice de massa corporal, exercício físico, consumo de nozes/oleaginosas e grãos integrais na dieta, mas, independentemente de todos estes fatores, verificaram que quanto mais água eles consumiam, menores os riscos para infartos fatais ou doenças cardiovasculares. Outros líquidos, como café, chás, refrigerantes ou sucos não tiveram este efeito protetor. No caso dos refrigerantes e sucos industrializados adoçados, os riscos pioraram.
Segundo o médico, os pesquisadores pensam de uma forma bem simples para explicar esta “proteção” gerada pela água: o sangue fica “menos grosso”, reduzindo o risco de eventos que geram trombose, reduzindo o risco de obstruções agudas nas artérias, sendo estas as causas dos infartos.
Outro dado coletado neste estudo que vale ressaltar: em indivíduos que consumiam 3 copos de suco de fruta por dia, a concentração de triglicerídeos no sangue era 50% maior que o grupo que só consumia água (lembrando que níveis elevados de triglicerídeos estão relacionados com aumento do risco de diabetes e eventos cardiovasculares, como infartos e derrames cerebrais.
“Outros tipos de bebidas, como café e chás, se consumidos em excesso podem ter um efeito negativo, pois ambos podem ser estimulantes e ainda ter efeito diurético -o correto seria individualizar o consumo, orientado por um profissional nutricionista para ter efeitos positivos no consumo”, ressalta o dr. Fábio.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Reabilitação cardíaca na doença arterial coronariana


A reabilitação cardiopulmonar e metabólica atua em várias patologias. Uma delas é a Doença Arterial Coronariana (DAC), em que ocorre a formação de placas de gordura nas coronárias (artérias responsáveis por levar suprimento e oxigênio ao coração). Os fatores de risco para essa doença são: colesterol alto, pressão alta (hipertensão), diabetes, tabagismo, obesidade e envelhecimento, entre outros. Grande parte da população não acompanha adequadamente esses fatores e, por esse motivo, aumentam as chances de as pessoas sofrerem um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
Segundo a fisioterapeuta Lívia Bueno, a reabilitação pode atuar em duas fases: prevenir o infarto e evitar outros (caso esse paciente já tenha sofrido algum). Os benefícios da reabilitação cardíaca são: controle de alguns fatores de risco (colesterol alto, diabetes, obesidade), melhora da capacidade funcional, melhora da qualidade de vida etc.
O programa de reabilitação deve ser seguido a longo prazo e de forma regular, incluindo treinamento aeróbico (bicicleta ergométrica) e exercícios resistidos, que melhoram o fluxo sanguíneo das coronários, o que ajuda a evitar um evento cardiovascular (infarto e acidente vascular cerebral).
Para iniciar a reabilitação é necessário um atestado médico dizendo que o cliente está apto a realizar atividade física. O próximo passo é realizar uma avaliação com a fisioterapeuta e de acordo com os resultados o treinamento será prescrito de forma adequada e individualizada.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

HAJA CORAÇÃO!



O Brasil entra em campo, hoje, mais uma vez. E não é apenas quem está em campo que sente aquele friozinho na barriga antes de começar a partida. A ansiedade de ver o time ganhar e os imprevistos durante o jogo também podem causar alterações no organismo do torcedor.
O cardiologista Alexandre Alessi explica que no momento do jogo o coração acelera mais. Isso ocorre porque nesta situação o organismo libera uma maior quantidade de adrenalina pelas glândulas suprarrenais – assim chamadas por estarem acima dos rins.
Em momentos de “estresse”, as suprarrenais secretam quantidades abundantes deste hormônio que prepara o organismo para grandes esforços físicos. Desta forma a pessoa pode ter taquicardia, arritmia, aumento da pressão ou contração exagerada das artérias. Os sintomas físicos, segundo o cardiologista, podem durar até 24 horas. Se a pessoa é cardiopata ela corre sim o risco de assistir uma partida de futebol e comprometer a sua saúde cardiovascular.
Outro hormônio liberado na circulação, pelas suprarrenais é o cortisol. Segundo o neurologista Paulo Bittencourt, o hormônio está diretamente relacionado com o estresse. O cortisol faz com que a pessoa fique “preparada para uma guerra”, e é isso que ocorre com um torcedor fanático quando fica mais eufórico ao assistir uma partida.
A liberação do cortisol pode aumentar a pressão do torcedor. Nosso corpo possui um mecanismo de autorregulação da pressão da circulação vascular. Quando a pessoa está medicada a pressão permanece normal, mas muitos casos de acidente vascular cerebral (AVC) ocorrem em pessoas que estão sem a medicação.
Por isso, ambos os especialistas orientam sobre a importância da medicação para o controle da pressão e da realização de exames saúde regularmente. Para quem possui problema de pressão ou cardiovascular o cardiologista orienta manter a calma durante o jogo, estar medicado, e se o torcedor estiver angustiado, o melhor a fazer é desligar a TV ou mudar de ambiente.
Já o psicólogo José Palcoski relata que algumas pessoas se preparam para os jogos como verdadeiras batalhas, como se realmente estivessem em luta e o emocional demora mais para se livrar dos efeitos gerados durante o jogo. Os efeitos físicos diminuem com o passar do tempo, assim como em qualquer outra situação estressante, mas a parte emocional demora mais para se livrar dos efeitos gerados durante uma partida de futebol. Isso ocorre por conta da representação social que a pessoa possui. O torcedor sofre com o time e esse sofrimento é totalmente psicológico, visto que em nenhum momento ele pode tomar parte real daquele jogo, e isso faz com que se mantenha por mais tempo envolvido pelas emoções de alegria, tristeza, raiva e outras após o término do jogo.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Infarto: o que é, como evitar

Parece raro, mas a cada três infartos que acontecem, um é fulminante. Ou seja, a pessoa nunca teve nenhum tipo de sinal ou sintoma e no primeiro episódio, ela morre. Uma chance de 3 pra 1, é uma chance pior que fazer roleta russa com um revolver calibre 32, que no tambor tem 6 “chances”, dando 6 pra 1.
O infarto, mesmo quando não é fulminante, não é raro. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. No entanto, quando alguém enfarta pensamos que esta pessoa ficou doente naquele momento, uma ideia bem equivocada; na verdade, ela “começou” a enfartar há 20, 30, 40 anos antes, pois estudos mostram que já existem alterações na parede das artérias em crianças de 6 ou 7 anos.
“Sendo uma doença que demora décadas para causar sinais e sintomas, com segurança afirmamos que pode ser prevenida ou no mínimo postergada com redução de sua intensidade”, diz o médico Fábio Cardoso, especialista em Medicina Preventiva. Segundo ele, precisamos conhecer o que é, o que causa e como evitar, para reduzir os riscos, pois pode acontecer com um amigo, um parente, um vizinho ou um simples conhecido, todo mundo sempre conhece alguém que já sofreu um infarto do miocárdio. Prova disso são os números divulgados pelo Ministério da Saúde que somam cerca de 300 mil infartos por ano no Brasil, provocando, em média, 80 mil mortes anualmente. Em outras palavras, a cada cinco minutos ocorre uma morte por infarto no país.
O que é o infarto?
O dr. Fábio explica que o infarto do miocárdio é a morte de uma região do músculo cardíaco devido à interrupção abrupta por um coágulo, do suprimento de sangue através da artéria que irriga aquela determinada região. Manifesta-se clinicamente por meio de dor, instabilidade do sistema de transmissão e geração de impulsos elétricos que fazem o coração bater, podendo levar à "fibrilação ventricular", um ritmo caótico (não confundir com fibrilação atrial) equivalente a uma parada cardíaca, que necessita ser revertido urgentemente ao ritmo normal sob pena de provocar-se dano irreparável ao cérebro por falta de oxigenação adequada ou mesmo a morte do paciente. “Aproximadamente 40-50% das pessoas que sofrem um infarto não sobrevivem a tempo de ser atendidas”, ressalta. “Já dentre os pacientes que conseguem chegar a um hospital, pelo menos 90% sobrevivem e têm alta hospitalar”.
O que causa o infarto?
Um infarto é provocado pela formação de um coágulo de sangue por sobre uma placa de colesterol localizada na parede interna de uma artéria que irriga parte do coração (as artérias assim chamadas coronárias são duas, à direita e esquerda, que se ramificam em várias outras). Mas não é qualquer colesterol, é um colesterol “oxidado”, que sofre alterações, e que se deposita nas paredes das artérias e começa a produzir uma placa ateromatosa que é base para gerar a obstrução. De acordo com o médico, somente 40% das pessoas que têm colesterol elevado no sangue é que terão eventos de obstrução arterial, 60% não provoca sua acumulação indesejável na camada mais interna das artérias, aí provocando uma espécie de reação inflamatória, cujo início pode se dar na adolescência ou mesmo na infância.
Este processo, denominado aterosclerose, progride, podendo ser acelerado por fumo, pressão alta e diabete e leva ao estreitamento dos vasos. As "placas de aterosclerose" podem, em certos momentos, romper-se e o sangue circulante coagula em torno delas. Se esse coágulo for suficientemente grande, toda a circulação de sangue através daquela artéria é interrompida e ocorre o infarto. Diferente da isquemia, onde o coração sofre, mas está vivo, o infarto representa a morte de toda aquela região irrigada pela artéria comprometida.
Quais são os sinais e sintomas do infarto?
O sintoma mais comum é a dor opressiva, em "aperto", no centro do tórax, de localização imprecisa, que pode se irradiar para pescoço, costas e braços (a "famosa" irradiação para braço esquerdo é apenas uma das possibilidades). “Já ouvi pacientes que estava atendendo durante o infarto dizendo que parecia que um elefante estava sentado em cima do meu peito”, conta o dr. Fábio. O paciente é, em geral, acometido deste sintoma nas primeiras horas da manhã ou madrugada, mas ele pode ocorrer em qualquer horário. Não é comum a ocorrência de infarto durante ou logo após exercício físico, como muitos acreditam. Cerca de um quarto dos infartos pode ocorrer sem dor.  Outros sintomas associados ou não, são os suores, a palidez, sensação de "queimação" no tórax ou porção superior do abdome, mal estar generalizado, náusea, falta de ar.
Como se diagnostica o infarto?
Combinação de sintomas e alterações características no eletrocardiograma é a forma mais simples, mas a confirmação é feita pela colheita de sangue na unidade de emergência ou na unidade coronariana para dosagem de certas enzimas que são liberadas na circulação decorrentes da morte do tecido muscular cardíaco e consequente dissolução das membranas das células.
Como se trata o infarto?
O objetivo, segundo o médico, é obter o mais precocemente possível a "reperfusão" da área atingida, ou seja, reabrir a artéria ocluída e restaurar o fluxo sanguíneo. Uma vez atingido este objetivo, interrompe-se o processo de morte do músculo e a dor desaparece. Quanto mais precoce a reperfusão, maior a quantidade de músculo salvo e melhor o prognóstico do paciente, que dependerá essencialmente da habilidade do músculo cardíaco remanescente em manter a vida do indivíduo sem maiores sacrifícios.
Como se evita o infarto?
Os estresses do cotidiano acompanhados de fatores de risco como diabetes, tabagismo, hipertensão arterial, alto índice de colesterol, sedentarismo, obesidade e histórico familiar de problemas coronarianos podem levar uma pessoa ao infarto, independentemente de idade ou sexo. “O cigarro é o maior fator de risco”, diz o dr. Fábio. “O fumo aumenta cinco vezes o risco de infarto: a nicotina é um vaso constritor (provoca contração) que reduz o calibre dos vasos sanguíneos e produz lesões na parede que recobre internamente esses vasos”.
Segundo o Ministério da Saúde, o tabagismo é responsável por 25% das mortes no país causadas por doença coronariana (angina e infarto do miocárdio) e 45% das mortes na faixa etária abaixo de 65 anos por infarto agudo do miocárdio. Tão importante, que a eliminação do cigarro reduz a mortalidade por infarto em 35%. “E se reduzir a obesidade e controlar o diabetes, conseguimos diminuir a mortalidade em 80%”, garante o médico.
Dicas para evitar o infarto: parar de fumar, perder peso, praticar exercícios físicos, controlar alimentação, escolher alimentos saudáveis, evitar alimentos processados, controle colesterol, pressão arterial e diabetes.
“É responsabilidade de cada um evitar o sofrimento ou a própria morte”, finaliza o dr. Fábio.


domingo, 20 de abril de 2014

Xô, sedentarismo!


Nas regiões em desenvolvimento, à medida que as economias se industrializam, as doenças crônico degenerativas, como diabetes mellitus, hipertensão arterial e aterosclerose, tornam-se mais prevalentes, principalmente pela adoção de estilos de vida ocidentalizados, caracterizados por maiores índices de sedentarismo e dietas com mais gordura e menos fibras.

Segundo o personal trainer Vinicius Araújo, o primeiro estudo brasileiro sobre risco cardiovascular publicado em 1990 mostrou que, na cidade de São Paulo, o fator de risco com maior prevalência foi o sedentarismo (69,3%) e depois tabagismo (37,9%), hipertensão arterial (22,3%), obesidade (18%) e alcoolismo (7,7%). A prática regular de atividade física ou mesmo o estilo de vida mais ativo tem demonstrado ser um meio de proteção contra a ocorrência de doenças cardiovasculares, reduzindo a mortalidade cardiovascular e a mortalidade por todas as causas.
sedentarismo 3
Adultos que fazem atividade física apresentam aumento da longevidade, independentemente do sexo e da idade. Estudos mostram que a mortalidade por todas as causas foi de 12% para homens e mulheres sedentários, 7,4% para praticantes de exercícios físicos com frequência menor do que 6x/mês e 4,9% para praticantes de atividade física pelo menos 6x/mês, com média de 30 minutos de duração, com intensidade moderada ou intensa.
Outra pesquisa mostrou que pelo menos 1 hora de caminhada/semana reduz o risco de evento cardiovascular em 14%; caminhada de 1,5 hora/semana reduz ainda mais o risco, em 52%; gasto energético semanal de 600 a 1.499 Kcal reduz risco em 55%. Tanto a quantidade de gasto energético semanal quanto a intensidade do esforço conferem proteção contra o desenvolvimento de eventos coronários.sedentarismo
"O sedentarismo em pessoas com hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença coronária ou dislipidemia está associado ao aumento do risco de morte por todas as causas. A prática de atividade física reduz a mortalidade por doença coronária, doenças cardiovasculares e a morte por todas as causas, mesmo com outros fatores de risco", diz Vinícius. "A recomendação de saúde pública para a prática de atividade física, de pelo menos 30 minutos de exercícios físicos diários de moderada intensidade, gerando cerca de 1000 Kcal/semana, é a mais adequada para a melhoria dos indicadores de mortalidade".