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segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Outubro Rosa: conheça os hábitos que podem ajudar na prevenção do câncer de mama

 


Segundo a OMS, cerca de 30% dos casos de cânceres, em geral, estão relacionados à obesidade. O de mama, em específico, é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente no Brasil, foram estimados mais de 66 mil novos casos, em 2021. Não há uma causa exata para o surgimento da doença, porém diversos fatores podem aumentar ou diminuir seu risco, entre eles obesidade, sobrepeso e a falta de atividades físicas. 

 “Dentre as diversas causas ligadas ao desenvolvimento do câncer, o excesso de peso figura entre as principais. Estudos apontam que obesidade ou sobrepeso são possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Uma pesquisa realizada pela OMS aponta que há riscos do surgimento de inflamação com o excesso de gordura corporal, além de aumentos nos níveis de determinados hormônios, o que pode promover o crescimento de células cancerígenas. A adoção de comportamentos considerados protetores, como a prática de uma rotina saudável, são capazes de prevenir 28% de todos os casos de cânceres”, afirma Matheus Motta, nutricionista.

 E adotar uma rotina saudável não precisa ser complicado. Para reforçar seu apoio ao Outubro Rosa, o Vigilantes do Peso, um programa de emagrecimento que estimula as pessoas a incorporarem hábitos saudáveis em suas rotinas, decidiu destacar alguns hábitos simples, facilmente inseridos no dia-a-dia, que, além de contribuir para o emagrecimento sustentável, podem reduzir o risco de câncer de mama:

 1 - Tenha uma dieta equilibrada

A adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a limitação de consumo de fast foods e alimentos processados, ricos em gordura e açúcar, ajudam no processo de desinflamação e são parte fundamentais de um processo saudável de emagrecimento, podendo prevenir o surgimento da doença.

 Estudos mostram que ter uma dieta rica em frutas e vegetais pode diminuir ligeiramente o risco de certos cânceres de mama. São alimentos que podem ajudar não só na prevenção da doença, mas na saúde como um todo, além de contribuir para o processo de emagrecimento. 

 2 - Seja ativo fisicamente 

Não é preciso ficar horas na academia ou completar uma maratona. Correr apenas 30 minutos ao ar livre, ou fazer uma aula de dança por dia já te torna fisicamente ativa, fazendo com que trabalhe todo o seu corpo. O segredo não é volume, mas, sim, constância. Uma boa dica para criar esse hábito é buscar uma atividade que seja prazerosa e encaixe na sua rotina é o primeiro passo para criar um hábito.

 3 - Evite cigarros

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento de câncer, ficando apenas à frente da obesidade. Além disso, considerando que fumar prejudica praticamente todos os órgãos do corpo, abandonar o hábito é fundamental para quem busca qualidade de vida, impactando, inclusive, na longevidade. Ou seja, quanto antes você parar de fumar, maior será a sua expectativa de vida, podendo esta aumentar em até dez anos.

 Outro ponto necessário de reforçar é a importância de ir ao médico regularmente. Mulheres a partir dos 40 anos devem realizar o exame clínico das mamas anualmente. O autoexame também é essencial para a prevenção, que pode ser feito com maior frequência e facilita a percepção rápida de qualquer alteração.


Foto: Freepik

 

domingo, 1 de outubro de 2023

Hospital de Caridade São Vicente de Paulo ilumina fachada em apoio ao Outubro Rosa

 



Outubro é conhecido pela campanha de conscientização e prevenção do Câncer de Mama, doença que acomete mulheres e, em menor número, homens também. Como forma de apoio à causa, desde o último domingo (1º), a fachada do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) e das unidades dos Pronto Atendimentos estão iluminadas na cor rosa. A iniciativa, promovida pelo Time de Humanização da Instituição, é realizada todos os anos e seguirá até o final deste mês.

Campanhas como o Outubro Rosa, segundo o oncologista do HSV, Dr. Arthur Maia Gomes Filho, auxiliam a sociedade no conhecimento e quebra de barreiras a respeito do assunto. O Câncer, em geral, é um tema quase tabu entre os brasileiros, sendo tratado com medo, não sendo raro se encontrar pessoas com acesso adequado a serviços de saúde e que nunca realizaram nenhum exame de diagnóstico precoce”afirma.  

“Além da própria biologia da doença, o principal fator prognóstico avaliado é o quão avançado o câncer se encontra, de forma que o diagnóstico precoce aumenta não somente as chances de cura da doença, mas também permite que procedimentos com menor grau de invasão e sequelas possam ser utilizados”, salienta.  

“Para a população geral, a recomendação é a mamografia a cada 2 anos entre os 50 e 69 anos de idade. Já para as pacientes com fatores de risco genéticos como mutações especificas, a recomendação é individualizada para cada situação”, diz o especialista, listando, também, os dez principais sinais e sintomas que os públicos feminino e masculino devem ter atenção: 

  1. Qualquer nódulo mamário em mulher acima dos 50 anos;  
  2. Nódulo mamário em mulher acima dos 30 anos que persiste por mais de um ciclo menstrual;  
  3. Nódulo mamário que aumenta de tamanho, independentemente da idade;  
  4. Sangramento pelo mamilo; 
  5. Lesão avermelhada na pele da mama que não melhora;  
  6. Homens com mais de 50 anos com nódulo unilateral;  
  7. Presença de linfonodo (íngua) aumentada na axila;  
  8. Aumento progressivo do tamanho da mama; 
  9. Pele da mama com aspecto de “casca de laranja”;  
  10. Retração/mudança no formato do mamilo.  

 

2ª Caminhada Pela Vida 

A fim de sensibilizar a população, sobretudo o público feminino, sobre a importância de cuidar da saúde com hábitos simples para a prevenção do câncer, em especial, o câncer de mama, Jundiaí sediará a segunda edição da Caminhada Pela Vida. O evento está marcado para o dia 8 de outubro, a partir das 8h, no Parque da Cidade. A iniciativa é uma realização da Prefeitura de Jundiaí, por meio da Rede Jundiaí de Cooperação, vinculada à Unidade de Gestão de Governo e Finanças (UGGF), em parceria com o Hospital São Vicente e a participação do Hospital Universitário/Faculdade de Medicina de Jundiaí. 

A entrada será gratuita e não haverá a necessidade de inscrição prévia. Além da caminhada, a programação contará com outras atividades, como atrações de dança, show, prática de atividade física ao ar livre e incentivo à alimentação saudável. A expectativa é de reunir mais de 2 mil pessoas.  


Foto: Divulgação 

domingo, 7 de outubro de 2018

Dicas para prevenção do câncer de mama


O Instituto Nacional do Câncer (Inca) informa que, entre todas os cânceres, o que mais atinge as mulheres é o de mama, devido a fatores hormonais. Quando detectado precocemente, pode ter boas chances de cura. Veja abaixo pequenas ações importantes para a prevenção, de acordo com João Bosco Ramos Borges, mastologista, ginecologista e obstetra da SOGESP.
  1. Tenha uma dieta equilibrada: consumir frutas, verduras e legumes regularmente ajudam a manter a saúde em dia.
  2. Diminua o consumo de alimentos embutidos.
  3. Pratique atividade física: além de manter o corpo saudável, traz bem-estar e disposição.
  4. Evite beber álcool, mesmo em quantidade moderada.
  5. Não fume. Além prejudicar os pulmões, cigarro aumenta o risco de câncer de mama.
  6. Cuidado com o peso: a obesidade também aumenta o risco de desenvolver a doença.
  7. Mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia anualmente e ser examinada por um médico ginecologista ou mastologista.
  8. Dependendo do caso, reposição hormonal pode aumentar o risco de câncer de mama, portanto mulheres na menopausa devem consultar um médico para obter informações.
  9. Realizar o autoexame é sempre importante, mostrando autocuidado, autoconhecimento e pode até ajudar na descoberta de nódulos.
  10. A exposição ao sol ajuda na produção de vitamina D e reduz os riscos de câncer. Mas cuidado, não fique exposta entre 10h e 16h.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Cinco verdades sobre o câncer de mama


Em outubro, quando se celebra o Movimento Outubro Rosa, que visa conscientizar a população quanto aos riscos do câncer de mama, muitas pessoas refletem sobre os próprios conhecimentos acerca da doença. Todavia, há muitos rumores sobre o câncer de mama e a sua detecção precoce que não são verdadeiros. Nem sempre é fácil distinguir os fatos. explica o coordenador de Oncologia do Hospital Santa Catarina, doutor Antonio Cavaleiro.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de mama é o tumor que mais acomete as mulheres em todo o mundo. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) também mostram que, somente no Brasil, o número de pessoas que serão acometidas por algum tipo de câncer deve chegar próximo de 600 mil casos.

O coordenador de Oncologia do Hospital Santa Catarina, dr. Antonio Cavaleiro,
destaca cinco fatos sobre o câncer de mama:

  • Realizar o autoexame mensalmente não é garantia para descartar a doença: embora o autoexame seja recomendado, a ação não é garantia de que você estará diagnosticando o câncer de mama precocemente. Nódulos palpáveis não são a única forma de manifestação da doença. A mamografia, aliada ao exame médico, são os métodos mais confiáveis na detecção precoce da doença;
  • Família sem casos de câncer não significa estar livre da doença: embora muitas pessoas acreditem que não ter casos na família é quase uma garantia de não sofrer com o câncer de mama, podemos afirmar que cerca de 80% das mulheres que sofrem com a doença nunca teve ou terá um parente com câncer de mama. A maioria dos casos é, portanto, esporádica;
  • Próteses de silicone não dificultam o diagnóstico ou aumentam o risco de câncer de mama: algumas mulheres que colocam próteses de silicone ou que buscam informações sobre a cirurgia possuem dúvidas em relação ao procedimento dificultar um possível diagnóstico da doença. No entanto, podemos afirmar que até hoje não há estudos que comprovem que estas próteses dificultem o diagnóstico;
  • Exercícios físicos são benéficos para a saúde - e podem diminuir o risco de câncer de mama: além dos exercícios físicos, perder peso ou manter o peso ideal em relação à altura, controlando o Índice de Massa Corpórea (IMC), diminui o risco de ter câncer de mama;
  • Continuar amamentando não é prejudicial ao bebê quando há uma suspeita de câncer de mama: apesar de algumas mães acreditarem que o bebê pode ter algum risco ao continuar a amamentação, isso é um mito, já que as células cancerosas não passam para a criança por meio do leite materno.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Dia Nacional da Mamografia: em debate, a saúde da mulher


Anualmente, no dia 5 de fevereiro, é celebrado no Brasil o Dia Nacional da Mamografia, data que busca conscientizar as mulheres sobre a importância deste exame de detecção precoce do câncer de mama. Quando o tratamento inicia no primeiro estágio da doença, o índice de cura pode chegar a 95%, mas, infelizmente, o Brasil ainda não garante condições integrais de detecção precoce do câncer de mama em sua rede pública de saúde, expondo milhares de mulheres a risco de morte todos os anos.

A Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), alinhada com sociedades médicas brasileiras, recomenda a realização anual da mamografia para mulheres a partir de 40 anos, com o objetivo de detectar a doença ainda no início, quando não há sintomas. Mulheres com histórico de câncer na família devem iniciar a realização do exame 10 anos antes da idade que a parente tinha ao detectar o tumor. Antes dessa idade, as mulheres devem solicitar ao ginecologista ou ao mastologista a realização do exame clínico das mamas, que é um exame de toque, e fazer exames complementares caso o médico os solicite, como, por exemplo, o ultrassom, normalmente aplicado em mulheres mais jovens por terem as mamas mais densas.

Durante muito tempo atribuiu-se ao autoexame um papel maior do que ele deveria ter na detecção da doença. A prática é importante para que a mulher conheça bem o seu corpo e possa perceber alterações suspeitas em suas mamas e, com isso, tenha a oportunidade de procurar um médico rapidamente para proceder a investigação. No entanto, ele não substitui o exame realizado pelo médico ou a mamografia. Isso porque não se pode atribuir a responsabilidade da detecção a mulheres sem treinamento de saúde. Além disso, quando o nódulo é palpável, isso significa que ele já apresenta um tamanho maior que um centímetro. O autoexame deve ser compreendido como uma prática de cuidado complementar. O câncer de mama inicial geralmente não apresenta sintomas e só pode ser detectado por exames como a mamografia. Nesse sentido, a mamografia é mais eficaz por detectar nódulos ainda muito pequenos, oferecendo maior possibilidade de cura.

Detecção precoce e tratamento adequado

A detecção do câncer na fase inicial é essencial para maior eficácia do tratamento. Caso seja confirmado o diagnóstico de câncer, o tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível. No Brasil, desde 2013 a Lei Federal 12.732 orienta que o início do tratamento de câncer no SUS não pode ultrapassar 60 dias. “Basicamente o tratamento se inicia com uma quimioterapia, no caso de cânceres menos severos, ou uma cirurgia para remoção do tumor em casos mais avançados”, esclarece a médica oncologista dra. Daniela Dornelles Rosa, vice-presidente do Conselho Científico da Femama, entidade sem fins econômicos que concentra uma rede de 60 instituições ligadas à saúde da mama, presentes em 17 estados brasileiros e Distrito Federal.

Segundo a médica mastologista dra. Maira Caleffi, presidente da Femama, algumas mulheres têm medo de realizar a mamografia por receio de descobrir uma doença com a qual não sabem lidar. “Elas têm medo das consequências de um possível câncer. O medo de uma possível mutilação, da provável perda dos cabelos, advinda da quimioterapia, mexe muito com a autoestima delas. Além, claro, do medo da morte, um estigma ainda muito forte relacionado ao câncer”, comenta Caleffi. “Nesta data, é muito importante esclarecer: câncer de mama tem cura se diagnosticado cedo, e quanto antes for descoberto, menos agressivo e mais eficaz será o tratamento. A mamografia de rastreamento consegue detectar nódulos mínimos e, em cânceres iniciais, a chance de cura é quase total”, explica.

Acesso à mamografia na rede pública de saúde

Atualmente, de acordo com portaria 61/2015 do Ministério da Saúde, apenas mulheres com 50 a 69 anos anos têm garantia de realização do exame pelo SUS, embora a Lei 11.664/2008 determine desde 2009 a realização gratuita do exame a todas as mulheres a partir dos 40 anos e sociedades médicas brasileiras estejam em consenso sobre a importância de iniciar o exame periódico a partir dessa idade. Dados concretos embasam essa determinação: de acordo com levantamento realizado pelo A.C. Camargo Cancer Center com 4,5 mil pacientes de câncer de mama atendidas pela instituição, 40% dos diagnósticos da doença em 2014 ocorreram em mulheres com até 49 anos de idade.

O Projeto de Lei 3.437/2015, sob análise na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara de Deputados desde dezembro de 2016, pode ser uma saída para reverter a situação, pois versa sobre o acesso ao diagnóstico precoce do câncer. A FEMAMA defende a elaboração de novo parecer a este projeto, uma vez que o parecer atual, que teve relatoria da deputada Gorete Pereira na Comissão de Defesa dos Direito da Mulher, não estabelece explicitamente a garantia de realização da mamografia para todas as mulheres a partir de 40 anos pelo SUS. Por isso, a instituição está em diálogo com os deputados federais para convencê-los da importância do diagnóstico precoce para salvar a vida de milhares de mulheres – anualmente, 14 mil mulheres morrem devido ao câncer de mama no Brasil.

“A mobilização da sociedade civil e o engajamento do poder legislativo na formulação de políticas públicas em defesa da saúde da mulher são fatores determinantes para mudarmos a realidade brasileira dos pacientes que sofrem com o diagnóstico de câncer, garantindo-lhes do acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado e digno. O tempo corre contra na luta pela vida das mulheres com câncer”, ressalta ofício assinado pela dra. Mairai, entregue aos líderes de partido para solicitar a atenção ao tema e pedir nova redação do projeto de lei, incluindo este pedido e outros que dizem respeito ao diagnóstico do câncer de mama.

A adesão do poder público à realização dos exames a partir dos 40 anos é fundamental para que o direito à detecção precoce do câncer seja plenamente exercido. Dados do DataSUS demonstram que, já em 2014, após instituição da portaria do Ministério da Saúde, houve diminuição de 40% do número de mamografias realizadas em mulheres na faixa etária de 40 a 49 anos em comparação com 2013. A restrição do acesso ao exame prejudica até mesmo mulheres que se encontram na faixa prioritária para o rastreamento, já que houve redução na realização de mamografias gratuitas inclusive em mulheres entre 50 e 69 anos de idade. A redução de exames nessa faixa, no mesmo período, foi de 30%.

sábado, 8 de outubro de 2016

Câncer de mama x diagnóstico precoce


O movimento Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama. O objetivo do movimento é chamar atenção para a realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce. Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), ele é o tipo de câncer que mais atinge as mulheres em todo o mundo e as estimativas indicam que em 2012 foram 52.680 casos. A cada ano, o Brasil registra em média 49.000 novos casos de câncer de mama, segundo dados do INCA.
“A melhor maneira de prevenir o câncer é realizar o exame clínico das mamas”, alerta o dr. Alberto Jorge de Sousa Guimarães. “A princípio, o exame das mamas é realizado pela própria mulher, apalpando os seios, que ajuda no conhecimento do próprio corpo; entretanto, esse autoexame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração, deve procurar imediatamente o serviço de saúde. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no autoexame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde”, explica o médico.
Diagnóstico de câncer de mama
Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar anualmente um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas. Além disso, toda mulher entre 50 e 69 anos deve fazer uma mamografia, pelo menos, a cada dois anos. Independentemente disso, é importante sentir o próprio corpo e procurar um médico, caso apareça algum sintoma. “Se for possível e a mulher tiver algum fator de risco da doença, é importante fazer o exame antes de completar 40 anos”, ressalta o médico.
Exame clínico
É realizado por médico para essa atividade. Nesse exame, poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia.
Mamografia
Exame muito simples e eficaz, que consiste em um raio-X da mama e permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.
Sintomas de câncer de mama
Mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja. Também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama e, por isso, é importante consultar um profissional de saúde.
Prevenção
Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.
Mitos e verdades
O oncologista Antonio Cavaleiro de Macedo responde às principais dúvidas das mulheres sobre o que é mito ou verdade sobre o câncer de mama.
Apenas as mulheres podem ter câncer de mama
MITO. Embora o público feminino seja o mais atingido pelas ações de prevenção, 1% dos casos diagnosticados ocorre em homens.
O autoexame substitui a mamografia
MITO. É de suma importância que as mulheres realizem o autoexame, que pode indicar alterações na mama e, em alguns casos, alertar a paciente a procurar atendimento imediato. No entanto, o autoexame não substitui a mamografia, tampouco a consulta regular ao médico.
Excesso de peso ou gordura pode potencializar os riscos da doença
VERDADE. Pesquisa realizada pelo Hospital de Base de Brasília revela que mulheres com excesso de gordura e que estão acima de 10 quilos do peso ideal possuem 40% a mais de chances de desenvolver câncer de mama se comparadas às mulheres com alimentação saudável e peso proporcional. Isso acontece porque o tecido gorduroso aumenta os níveis de estrogênio.
Caso o tumor seja detectado, a mama é retirada por completa
MITO. Com os avanços da Medicina, alguns casos não requerem a retirada da mama por completa – ficando a cirurgia restrita às áreas afetadas. Hoje, há procedimentos cirúrgicos em que se retira somente o necessário, conservando e preservando o seio da paciente ao máximo. Em casos de tumores grandes, todavia, a opção mais utilizada ainda é a mastectomia (remoção total da mama). Por isso a importância de diagnosticar o quanto antes a doença.
Consumo excessivo de álcool pode influenciar no desenvolvimento do tumor 
VERDADE. Consumir bebidas alcoólicas em excesso pode potencializar, sim, o desenvolvimento do câncer de mama, já que aumenta a circulação dos hormônios femininos e altera a função hepática.
Menstruar cedo ou ser mãe após os 30 anos aumenta a probabilidade de desenvolver a doença
VERDADE. Mulheres que menstruam mais vezes no decorrer da vida ficam mais expostas aos hormônios estrogênio e progesterona, o que pode ser prejudicial à saúde e aumentar a probabilidade de desenvolver o câncer de mama. Com isso, o estrogênio estimula as células da glândula mamária a se reproduzirem.


sábado, 13 de fevereiro de 2016

A importância da mamografia

Patrícia Pillar, Elba Ramalho, Arlete Salles, Joana Fomm, Sheryl Crow, Shannen Doherty, Brigitte Bardot, Jane Fonda, Costanza Pascolato e Joyce Pascowitch são alguns exemplos de profissionais que se destacam nas carreiras de atriz, cantora, apresentadora, jornalista ou ícone da moda. Entretanto, mais do que a fama, estas mulheres têm uma luta em comum: todas elas foram diagnosticadas com câncer de mama e venceram a batalha contra a doença.
Para muitas delas, o grande fator que contribuiu para o bom desempenho do tratamento foi o diagnóstico precoce da doença, que pode ser feito por meio de mamografia. O autoexame também é importante, mas não substitui a mamografia. Muitas mulheres ainda não criaram o hábito de fazer o acompanhamento anual com o ginecologista. 
Muitos podem ser os fatores que fazem com que as mulheres tentem evitar o exame: desde o receio de sentir dor na hora da mamografia até o medo de receber um diagnóstico positivo em relação à doença. Esses motivos levam-nas a retardar ou ignorar o exame, que é fundamental para o rastreamento do câncer de mama.
Para os especialistas, a questão da dor na hora de fazer a mamografia é relativa. “Existem mulheres que não sentem nada, nem dor nem desconforto. Já outras sentem apenas uma rápida pressão nas mamas; e ainda há aquelas mais sensíveis que podem sentir um pouco de dor”, explica a ginecologista Lilian Fiorelli. “Mas, esta dor é passageira e suportável. Mais do que isso: no caso das mulheres mais sensíveis, é importante ressaltar que é um pequeno desconforto que pode salvar a vida. E é isso que as mulheres precisam entender para superar o medo de realizar o exame.”
Ter um diagnóstico positivo em relação à doença é outra causa que amedronta. “Por mais assustador que seja receber esta notícia, em muitos casos, a doença é detectada no início, o que beneficia muito o tratamento. Ademais, a medicina está avançada e os casos de cura completa têm sido cada vez mais frequentes”, destaca Lilian.
Ressaltar a prevenção é importante uma vez que o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele não melanoma. Eles correspondem a cerca de 25% dos casos novos de câncer diagnosticados a cada ano. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, em 2013, mais de 14 mil mulheres morreram por conta da doença no País. Para este ano, a estimativa é de 57.960 novos casos. “O trabalho ainda é grande para desmistificar algumas informações e reforçar a importância da prevenção, que deve ser feita de forma contínua”, avalia a ginecologista.
A especialista explica que a doença é mais rara antes dos 35 anos. “Acima desta idade, sua incidência cresce de maneira progressiva, especialmente após os 50 anos”, diz. Mas, mesmo fazendo parte do grupo de risco, muitas mulheres ignoram a prevenção. Segundo informações da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no segundo semestre de 2015, quase 40% das mulheres entre 50 e 69 anos não fizeram mamografia em 2011 e 2012. O índice é maior quanto menor é o grau de escolaridade: entre as que não têm qualquer instrução ou têm o ensino fundamental incompleto, 49,1% deixaram de fazer o exame, já entre as que têm ensino superior completo, a taxa caiu para 19,1%.
A indicação é que mulheres a partir dos 40 anos comecem a fazer a mamografia todos os anos. “Mas as que têm histórico de câncer de mama na família, em parentes de primeiro grau (mãe, irmã e/ou filha), devem realizar o exame antes dessa idade, pois o risco de câncer de mama pode ser maior”, explica Lilian. Vale ressaltar que antes dos 35 anos a ultrassonografia de mamas pode ser mais indicada, já que a densidade das mamas dificulta a visualização de lesões na mamografia.
Exame
Para a realização do exame, existem dois tipos de aparelhos de mamografia: o convencional e o digital. Ambos utilizam o raio-X para a produção da imagem da mama. A diferença está na forma como ocorre a captação da imagem mamográfica. No primeiro, a imagem é armazenada em um filme e caso haja algum problema técnico com o filme, este terá que ser refeito. Já na digital, usa-se um detector que transforma o raio-X em sinal elétrico e transmite a informação para um computador. Assim, a imagem mamográfica pode ser armazenada e recuperada eletronicamente, além de permitir ao radiologista ajustar as imagens, no próprio monitor da estação de trabalho, realçando ou ampliando alguma área, para melhor analisá-la.
Lilian alerta também que o câncer de mama não é exclusividade das mulheres. “Embora representem apenas 1% do total de casos da doença, os homens também podem desenvolver o câncer. Para ambos casos, a melhor prevenção é fazer acompanhamento rotineiro com seu médico”.


domingo, 1 de novembro de 2015

Mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de mama

Além das mulheres com histórico de câncer de mama na família, aquelas que têm mamas densas também se encaixam no grupo de risco – devendo ser acompanhadas de perto como forma de prevenção da doença. No Reino Unido, por exemplo, foi identificado que o câncer de mama está numa escalada e deve aumentar até 2030 – em parte por causa do aumento da expectativa de vida das pacientes, em parte por causa do sedentarismo, da obesidade, do consumo elevado de álcool e até mesmo pelo fato de as mulheres adiarem a maternidade para depois dos 40 anos.  No Brasil, todos esses fatores também são observados. Especialistas dizem que acrescentar informações sobre a densidade mamária resulta em melhor modelo de prevenção, já que mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de mama em relação àquelas com baixa densidade mamária.
De acordo com a radiologista Vivian Schivartche, especialista em diagnóstico da mama do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, um dos grandes desafios da mamografia é que mamas densas (principalmente nos níveis três e quatro) podem dificultar a interpretação das imagens. Ela explica que na imagem mamográfica, o tecido denso aparece em branco, enquanto a gordura é caracterizada pelas áreas escuras. “Como os tumores também aparecem em branco nessas imagens, é mais difícil diferenciar o que é tecido altamente denso de um tumor. Os avanços da mamografia nos últimos anos, quando passou de um simples exame em filme para um exame digital e, mais recentemente, para um exame em três dimensões (tomossíntese), caminham na direção de aumentar a detecção de tumores cada vez menores. Ao lado disso, a ultrassonografia também auxilia a encontrar alterações no meio do tecido denso.”
Outro ponto que gera dúvidas de interpretação são as calcificações. Elas fazem parte de muitos processos da mama. Algumas são malignas, outras não. Por isso, muitas vezes é necessário realizar imagens adicionais na mamografia ou ainda uma biópsia para chegar a um diagnóstico definitivo. “A mamografia tomográfica, também chamada de mamografia 3D ou tomossíntese, costuma aumentar em até 30% a detecção do câncer de mama, já que permite enxergar o tumor numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas”, diz a médica. “Porém, em situações especiais, em pacientes de alto risco, ou quando persistirem dúvidas, esses outros exames devem ser realizados, como a ultrassonografia e a ressonância magnética.”
A especialista diz que as nuances que deixam dúvidas nos resultados da mamografia fazem com que as pacientes algumas vezes sejam chamadas para repetir o exame. Mas não é preciso sofrer por antecipação. Entre 5% e 15% das pacientes costumam receber uma chamada para imagens adicionais. Não significa que têm câncer de mama, mas que por algum motivo as imagens não estão bem claras. Estudos apontam que pacientes entre 40 e 49 anos têm 30% de chance de ter um resultado falso-positivo num período de dez anos – ou seja, serem chamadas para fazer imagens adicionais sem ter câncer. A especialista revela cinco boas dicas para quem vai fazer mamografia:
- Se a paciente puder optar pela mamografia digital em detrimento da convencional, é melhor. Mas, vale ressaltar que hoje em dia já é possível realizar a tomossíntese – ou mamografia 3D – em muitas cidades do Brasil, aumentando ainda mais o percentual de diagnóstico precoce”.
- Observe a reação do seu corpo durante o ciclo menstrual, evitando agendar a mamografia naqueles dias em que as mamas estão mais sensíveis e doloridas.
- Se puder escolher a clínica onde será realizada a mamografia, dê preferência àquelas que investem em novas tecnologias, já que os mamógrafos vêm sendo modificados para tornar o exame mais rápido e menos incômodo às pacientes. Outro ponto importante é a clínica contar com um radiologista especializado em imagem da mama para orientar a realização do exame.
- Durante o exame, procure seguir a orientação do profissional que está no comando, evitando movimentos que possam comprometer o resultado final. Tenha em mente de que se trata de um exame rápido, realizado somente uma vez ao ano, e que pode salvar a sua vida.
- Não se apavore se for chamada para uma repetição. Ao contrário, procure agendar o quanto antes esse novo exame e procure relaxar, permitindo a compressão necessária para a melhor imagem possível. Oito em cada dez nódulos encontrados não têm nada a ver com câncer.



sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Mitos e verdades sobre a mamografia

mamografia
Embora a mamografia seja importante para a detecção de nódulos e tumores nas mamas, ela ainda não faz parte da agenda anual de exames de muitas mulheres brasileiras com mais de 40 anos. De acordo com a radiologista e especialista em exames por imagem das mamas do Lavoisier Medicina Diagnóstica, dra. Flora Finguerman, o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no tratamento de nódulos e tumores nas mamas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, em 2013 o número de brasileiras entre 50 e 60 anos que realizaram o procedimento foi três vezes menor que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados do Instituto Nacional do Câncer ainda apontam que os tumores de mama estão entre as principais causas de óbitos por câncer no mundo, principalmente nas mulheres entre 39 e 58 anos.
Para ajudar a quebrar alguns mitos sobre o exame, abaixo a especialista esclarece algumas dúvidas:
A radiação do exame é perigosa, por isso é melhor não fazê-lo.
Mito. Embora o aparelho de raios-X utilizado na mamografia emita radiação, ela não é perigosa se realizada conforme as orientações médicas e com controle de qualidade adequado. A recomendação é que o exame seja feito anualmente, a partir dos 40 anos. A radiação dificilmente implicará em prejuízos à saúde, mesmo nos casos em que a mulher precisa realizar o exame antes dessa idade.
O ultrassom da mama pode também ser usado para detectar nódulos e tumores?
Verdade. Embora não seja um exame obrigatório no rastreamento, o ultrassom também pode ser usado para o diagnóstico em casos de suspeita médica. “O exame costuma ser indicado principalmente para mulheres que têm as mamas densas. Nestes casos, nem sempre a mamografia consegue fazer uma boa avaliação”, afirma a médica. Há também a ressonância  magnética das mamas, que é usada em casos ainda mais específicos, como em rastreamento do tumor e avaliação da mama em pessoas que já tiveram câncer.
É preciso começar a fazer a mamografia antes dos 40 quando alguém próximo da família, como minha mãe ou avó, teve câncer de mama ainda jovem?
Verdade. Quando há um histórico de câncer na família, principalmente em pessoas com parentesco de primeiro grau, como mãe e irmã, é recomendado antecipar a realização anual do procedimento. Segundo a Dra. Flora Finguerman, “se a mãe da paciente teve um histórico de câncer nas mamas ainda jovem, com 40 anos, por exemplo, recomenda-se que ela comece a fazer a mamografia 10 anos antes da idade que sua mãe tinha quando desenvolveu o quadro. Ou seja, se a mãe teve aos 40 anos, a paciente pode começar a fazer o exame aos 30”, explica. Entretanto, quando há suspeita alta de câncer, o exame poderá ser realizado em mulheres mais jovens, mesmo com menos de 25 anos, complementa.
A mamografia detecta nódulos com poucos milímetros?
Verdade. O exame é capaz de detectar nódulos a partir de 2 a 3 mm. De acordo com a médica, isso decorre do grande avanço na melhoria da qualidade do exame, afinal, antes da mamografia, os nódulos eram percebidos apenas quando se tornavam palpáveis, com cerca de 1 cm. “Essa diferença na detecção e no diagnóstico é essencial para um tratamento efetivo”, enfatiza a especialista.
Embora seja importante realizar o autoexame com frequência, ele não substitui o procedimento.
Verdade. O autoexame deve fazer parte da rotina das mulheres, independentemente da sua faixa etária. Entretanto, ele não substitui o exame de mamografia. “Normalmente, o autoexame detecta nódulos quando eles já estão em tamanhos maiores, o que pode dificultar ou atrasar o tratamento. Porém, ele é imprescindível, até mesmo para as mulheres mais velhas que já realizam a mamografia anualmente, pois pode detectar mudanças nas mamas que nem sempre podem aguardar até a data do próximo exame para serem percebidas”, finaliza a especialista.
Sobre a mamografia
A mamografia é um exame de raios-X das mamas, que detecta alterações sugestivas de câncer, em particular em seu estágio precoce, antes de se tornar palpável. A detecção e o diagnóstico precoce de um câncer de mama pode diminuir as chances de morte da paciente em 30% a 70%. As mulheres devem realizar este exame pela primeira vez aos 40 anos de idade e se submeter a controles anuais mesmo acima dos 70 anos, dependendo das condições físicas e eventual doenças concomitantes. Mulheres abaixo dos 40 podem precisar realizar a mamografia em algumas situações, como presença de alto risco familiar ou alterações palpáveis. Após os 70 anos, recomenda-se continuar o rastreamento mamográfico nas mulheres que tenham boas condições de saúde. Já a ultrassonografia não é um método de rastreamento do tumor mamário, mas é um importante adjunto em determinadas condições. A ultrassonografia pode ser o primeiro exame mamário por imagem em mulheres abaixo dos 30 anos que percebem um nódulo palpável, ou nas mulheres grávidas. Também é importante na orientação de punções biópsias de nódulos, que podem ser cistos ou sólidos.