Mostrando postagens com marcador ginecologista. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ginecologista. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Como fica o sexo na menopausa?

 


Durante a menopausa as mulheres experimentam uma série de mudanças físicas, hormonais e emocionais, que podem afetar a vida sexual. No entanto, não é uma regra! É bastante possível estar na menopausa e poder desfrutar da intimidade com o parceiro. Para que a mulher fique cada vez mais a vontade com seu corpo e, consequentemente, com a relação sexual, estar munida de informações a respeito da menopausa e autoconhecimento é imprescindível para que possa aproveitar o período da melhor forma possível.
 

Na intimidade a dois, alguns casais notam uma mudança no desejo sexual da companheira devido às alterações hormonais, como a diminuição nos níveis de estrogênio, que leva a redução da lubrificação vaginal e, possivelmente, a um desconforto durante a relação sexual. Porém, existem várias formas de lidar com esses problemas.
 

É importante também que os casais conversem abertamente sobre suas necessidades, preocupações e desejos durante a menopausa. Os parceiros devem ser compreensivos e entender que essas mudanças são normais e fazem parte da vida da mulher.
 

Além de se informar bastante, consultar um especialista pode ser uma boa ideia, pois com base em uma análise específica e individual pode oferecer opções de tratamento para aliviar alguns sintomas físicos e emocionais da menopausa, como lubrificantes vaginais, terapias e afins.
 

Márcia Cunha, fundadora e CEO da Plenapausa, primeira femtech brasileira focada em levar informação, apoio, cuidado, tratamento e produtos para a mulher na menopausa, reforça que é preciso que a mulher se atente à sua saúde mental nesse período, focando em realizar atividades que sempre gostou de fazer, inclusive manter a intimidade com o parceiro. "A tendência é que a mulher quando entra na menopausa acredite que o sexo não será mais tão presente, não tão importante. Mas a realidade é que devido às mudanças físicas, como a diminuição da lubrificação e, consequentemente, da libido, o sexo para essa mulher ficou diferente, não quer dizer que ela não queira ou não precise. Pelo contrário! Continuar praticando a intimidade com o parceiro, mas de forma a conhecer esse novo corpo, não só fará bem fisiologicamente, como para a mente", comenta.
 

Fora isso, manter a relação sexual ativa nesse período traz diversos benefícios: "Quando a mulher está nessa fase, é importante ela reconhecer seu corpo, ver o que ele gosta e precisa. Para o ressecamento vaginal, é bom investir em lubrificantes à base de água. A prática sexual irá fortalecer os músculos pélvicos, evitando a incontinência urinária, além de proporcionar alívio do estresse e melhora no humor, proporcionando bem-estar", explica a ginecologista dra. Natacha Machado.
 

É bom lembrar também que sexo não se limita apenas à penetração. Os casais podem explorar outras formas de intimidade, como carícias, beijos, massagens e outras atividades que proporcionem prazer e conexão emocional.

 

Cada casal é único e é importante que trabalhem juntos para encontrar maneiras de manter uma vida sexual satisfatória durante a menopausa e em qualquer fase da vida. A comunicação aberta, a compreensão e a exploração de novas possibilidades podem ajudar a manter a intimidade e o prazer sexual mesmo durante essa fase de transição na vida de uma mulher.



Foto: Freepik

 

sábado, 13 de fevereiro de 2016

A importância da mamografia

Patrícia Pillar, Elba Ramalho, Arlete Salles, Joana Fomm, Sheryl Crow, Shannen Doherty, Brigitte Bardot, Jane Fonda, Costanza Pascolato e Joyce Pascowitch são alguns exemplos de profissionais que se destacam nas carreiras de atriz, cantora, apresentadora, jornalista ou ícone da moda. Entretanto, mais do que a fama, estas mulheres têm uma luta em comum: todas elas foram diagnosticadas com câncer de mama e venceram a batalha contra a doença.
Para muitas delas, o grande fator que contribuiu para o bom desempenho do tratamento foi o diagnóstico precoce da doença, que pode ser feito por meio de mamografia. O autoexame também é importante, mas não substitui a mamografia. Muitas mulheres ainda não criaram o hábito de fazer o acompanhamento anual com o ginecologista. 
Muitos podem ser os fatores que fazem com que as mulheres tentem evitar o exame: desde o receio de sentir dor na hora da mamografia até o medo de receber um diagnóstico positivo em relação à doença. Esses motivos levam-nas a retardar ou ignorar o exame, que é fundamental para o rastreamento do câncer de mama.
Para os especialistas, a questão da dor na hora de fazer a mamografia é relativa. “Existem mulheres que não sentem nada, nem dor nem desconforto. Já outras sentem apenas uma rápida pressão nas mamas; e ainda há aquelas mais sensíveis que podem sentir um pouco de dor”, explica a ginecologista Lilian Fiorelli. “Mas, esta dor é passageira e suportável. Mais do que isso: no caso das mulheres mais sensíveis, é importante ressaltar que é um pequeno desconforto que pode salvar a vida. E é isso que as mulheres precisam entender para superar o medo de realizar o exame.”
Ter um diagnóstico positivo em relação à doença é outra causa que amedronta. “Por mais assustador que seja receber esta notícia, em muitos casos, a doença é detectada no início, o que beneficia muito o tratamento. Ademais, a medicina está avançada e os casos de cura completa têm sido cada vez mais frequentes”, destaca Lilian.
Ressaltar a prevenção é importante uma vez que o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele não melanoma. Eles correspondem a cerca de 25% dos casos novos de câncer diagnosticados a cada ano. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, em 2013, mais de 14 mil mulheres morreram por conta da doença no País. Para este ano, a estimativa é de 57.960 novos casos. “O trabalho ainda é grande para desmistificar algumas informações e reforçar a importância da prevenção, que deve ser feita de forma contínua”, avalia a ginecologista.
A especialista explica que a doença é mais rara antes dos 35 anos. “Acima desta idade, sua incidência cresce de maneira progressiva, especialmente após os 50 anos”, diz. Mas, mesmo fazendo parte do grupo de risco, muitas mulheres ignoram a prevenção. Segundo informações da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no segundo semestre de 2015, quase 40% das mulheres entre 50 e 69 anos não fizeram mamografia em 2011 e 2012. O índice é maior quanto menor é o grau de escolaridade: entre as que não têm qualquer instrução ou têm o ensino fundamental incompleto, 49,1% deixaram de fazer o exame, já entre as que têm ensino superior completo, a taxa caiu para 19,1%.
A indicação é que mulheres a partir dos 40 anos comecem a fazer a mamografia todos os anos. “Mas as que têm histórico de câncer de mama na família, em parentes de primeiro grau (mãe, irmã e/ou filha), devem realizar o exame antes dessa idade, pois o risco de câncer de mama pode ser maior”, explica Lilian. Vale ressaltar que antes dos 35 anos a ultrassonografia de mamas pode ser mais indicada, já que a densidade das mamas dificulta a visualização de lesões na mamografia.
Exame
Para a realização do exame, existem dois tipos de aparelhos de mamografia: o convencional e o digital. Ambos utilizam o raio-X para a produção da imagem da mama. A diferença está na forma como ocorre a captação da imagem mamográfica. No primeiro, a imagem é armazenada em um filme e caso haja algum problema técnico com o filme, este terá que ser refeito. Já na digital, usa-se um detector que transforma o raio-X em sinal elétrico e transmite a informação para um computador. Assim, a imagem mamográfica pode ser armazenada e recuperada eletronicamente, além de permitir ao radiologista ajustar as imagens, no próprio monitor da estação de trabalho, realçando ou ampliando alguma área, para melhor analisá-la.
Lilian alerta também que o câncer de mama não é exclusividade das mulheres. “Embora representem apenas 1% do total de casos da doença, os homens também podem desenvolver o câncer. Para ambos casos, a melhor prevenção é fazer acompanhamento rotineiro com seu médico”.