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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Verão livre de suor excessivo nas mãos e axilas!

 


Com o aumento das temperaturas e da umidade do ar, é também momento para redobrar a atenção aos sintomas da hiperidrose que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é uma condição que provoca suor excessivo, na qual pacientes podem transpirar muito até mesmo em repouso. Isso ocorre, pois as glândulas sudoríparas das pessoas com essa condição são hiperfuncionantes. Ou seja, funcionam de forma excessiva e em qualquer ocasião, mesmo quando não se está praticando atividades físicas, exposto ao sol ou em demais situações específicas em que é comum suar.

O dermatologista Rafael Azevedo (CRM-SP 181221) explica que a hiperidrose ainda é motivo de muito constrangimento. "No verão, especialmente, em que o calor aumenta, esse constrangimento pode se tornar ainda maior. Hoje, temos diversos procedimentos que podem tratar a hiperidrose, como é o caso do neuromodulador, que impede a liberação de acetilcolina nas terminações nervosas, bloqueando o estímulo para a secreção de suor pelas glândulas sudoríparas”.

Com base nesse mecanismo de ação, o uso clínico de neuromoduladores tem se mostrado eficaz no tratamento de suor excessivo nas axilas e palma das mãos, que são os locais mais comuns. “Em média, é necessário apenas uma única aplicação para começar a observar resultado. Pacientes que têm hipersensibilidade a algum componente da fórmula não devem realizar esse tipo de procedimento”, esclarece o dermatologista. Por isso, é fundamental procurar um profissional da saúde habilitado para indicar o melhor protocolo de tratamento.
 

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Cuidado com os tratamentos estéticos caseiros


A internet é como um livro de receitas que compartilha orientações sobre os mais variados tratamentos estéticos caseiros, de soluções simples a resultados milagrosos. No entanto, é preciso ficar alerta, já que qualquer método oferece risco à saúde, como explica a dermatologista Cibele Tamietti Durães. "Todo tratamento estético realizado em casa, sem supervisão médica, tem seus riscos, pois cada pele é única e nem sempre o que é bom para uma será para outra", explica Cibele, que é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Você já se aventurou em alguma dessas receitas e não conquistou o resultado que queria? Cibele é categórica ao falar dos riscos aos quais você se expôs. "Produtos e substâncias aparentemente inofensivas podem desencadear irritações e alergias. Procedimentos realizados de forma incorreta, ou com aparelhos não confiáveis, podem provocar queimaduras na pele e até necrose tecidual no local, com consequentes manchas e cicatrizes", comenta a dermatologista.

Esfoliantes caseiros, uso de limão como clareador, remoção de pintas e verrugas em casa. Cibele Tamiette Durães alerta para o risco de cada processo. Confira:

Quais os perigos das receitas de esfoliantes com grânulos muito grosseiros para a pele e intervalos não adequados entre as esfoliações?

Os esfoliantes com grânulos grosseiros podem agredir a pele e escoriá-la, e, se a pele for muito fina e sensível, o estrago será ainda pior. Como consequências, podem aparecer marcas e manchas na pele. É preciso cautela e supervisão do profissional na escolha de um esfoliante.

O uso do limão como clareador de manchas também oferece riscos para a pele? Quais?

O uso de limão como clareador vem da cultura popular, mas o limão, além de não clarear a pele, pode deixar resíduos (mesmo após lavar) que, expostos à radiação solar, ocasionam uma reação denominada "fotofitodermatose". Ela consiste numa queimadura na pele, com consequentes manchas escuras, e até bolhas ou cicatrizes.

Quais os perigos da remoção caseira de pintas e verrugas?

São dois os principais riscos. Primeiro, uma lesão que aparenta ser inofensiva, mas pode se tratar de uma lesão maligna ou câncer de pele, e ao tentar remover de forma inadequada só piora o diagnóstico e a evolução da lesão, agravando a doença. Segundo, o próprio processo de remoção, de forma incorreta, pode causar agressões na pele, dificuldade de cicatrização, manchas e cicatrizes. 

O microagulhamento com dermaroller é um procedimento estético para estímulo de colágeno e elastina, que melhora o aspecto da pele. No entanto, muitas pessoas têm aderido às versões caseiras desse tratamento. Qual é a gravidade de realizar esse procedimento em casa? O que pode ocasionar?

São vários os riscos deste procedimento realizado em casa. O procedimento feito fora de um ambiente preparado aumenta muito os riscos de infecções por bactérias, fungos e vírus, podendo desencadear não só uma infecção localizada, mas também uma infecção generalizada (quando a infecção se espalha pelo corpo). O processo evolutivo da infecção também pode deixar manchas escuras e cicatrizes.

O demaroller deve ser de uma marca de qualidade e reconhecido pela ANVISA para não correr o risco de a agulha se soltar do roller e ficar presa na pele. A forma de utilizar o roller requer movimentos e pressão sobre a pele de forma correta, além da escolha adequada do tamanho da agulha para cada situação. O uso de forma errônea pode causar escoriações na pele, com consequentes manchas e cicatrizes. E trata-se de um procedimento doloroso, que requer anestesia. 

Na internet, podemos ver diferentes anúncios de aparelhos que conseguem congelar gordura em casa. Que risco isso pode trazer para o corpo e para a pele do paciente?

Esses aparelhos chegam a menos de zero grau Celsius, diminuindo a passagem de oxigênio e causando a morte das células de gordura, além de ocasionar um grande processo inflamatório no local. O uso de aparelhos requer treinamento, tecnologia reconhecida pela ANVISA, entre outras exigências.

Esses procedimentos realizados de forma incorreta, ou com aparelhos não confiáveis, podem ocasionar queimaduras na pele e até necrose tecidual.

Existe algum tratamento caseiro confiável?

Nenhum tratamento na pele, sem supervisão médica, é totalmente confiável, por mais inofensivo que possa parecer. São muitas as variáveis que interferem na pele, que é o maior órgão humano e é muito suscetível ao ambiente, ao clima e a situações do dia a dia.

 

sábado, 14 de novembro de 2020

Mapa da acne

 


Na adolescência ou na fase adulta, o aparecimento de cravos e espinhas é um problema que afeta homens e mulheres de todos os estilos de vida. Por isso é importante entender um pouco sobre o que pode influenciar no aparecimento deles em nosso rosto.

"Acnes podem ser sinais que o seu corpo envia para você se cuidar mais", completa Luzia Costa, fundadora e especialista da Sóbrancelhas. Confira abaixo o significado de espinhas em cada área do seu rosto:

Testa: Área que possui maior concentração de glândulas sebáceas e também o contato com cosméticos como shampoos e condicionadores, pode influenciar no aparecimento da acne.

Queixo: O aparecimento da acne está relacionado, em sua maioria, com alterações hormonais.

Nariz: Existe uma predisposição para o surgimento de cravos e espinhas. Mas os índices de vitamina B podem estar baixos também.

Bochechas: A acne que surge nesta região pode estar relacionada com um alto consumo de açúcar. Essa área também está conectada aos seus pulmões, fique atento.

Entre as sobrancelhas: Este aparecimento pode apontar que sua dieta não é saudável e baseada principalmente em alimentos gordurosos.

Ao redor dos olhos: área ligada aos seus rins, portanto qualquer alteração, pode significar falta de hidratação no organismo.

Têmporas e sobrancelhas: pode ser agravada por resquícios de produtos na pele ou maquiagem, por isso é importante a remoção correta desses produtos sempre.

Lábios: Prisão de ventre e excesso de alimentos fritos e apimentados podem causar a presença de acne neste local.

Para acompanhamento, visite seu dermatologista e faça o acompanhamento.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Saiba como prevenir e tratar os sinais do envelhecimento precoce das mãos




Quando o assunto é envelhecimento, a maioria das pessoas se preocupa com o surgimento de rugas, flacidez e linhas de expressão apenas no rosto. Porém, o que estas pessoas esquecem é que outras partes do corpo também sofrem com o processo de envelhecimento, chegando até a envelhecer mais rápido do que o rosto, como as mãos.

“O envelhecimento precoce das mãos deve-se, principalmente, a falta de cuidados preventivos com essa área, o que deixa a pele exposta a fatores externos como a radiação ultravioleta e a poluição. Além disso, é comum que as pessoas deixem as mãos em contato direto com produtos que possuem agentes nocivos para a pele, o que também acelera o envelhecimento”, explica a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD).

Os sinais do envelhecimento das mãos incluem flacidez, rugas, ressecamento e principalmente manchas escuras. Porém, é possível prevenir que estes sinais apareçam precocemente através de cuidados básicos como realizar diariamente a hidratação e a fotoproteção da região, de preferência com filtro solar FPS 30, com amplo espectro de proteção e à prova d’agua. “Além disso, é importante também utilizar luvas durante o uso de produtos agressivos, como detergentes, pois estes podem ressecar e danificar a pele das mãos a longo prazo”, afirma a especialista.

Porém, caso você já apresente algum destes sinais nas mãos, existem diversos tratamentos que podem diminuí-los de modo seguro e com pouco ou nenhum tempo de recuperação. Por exemplo, as manchas decorrentes da idade e exposição solar podem ser tratadas através de lasers, peeling químico, microdermoabrasão e até mesmo cremes e loções clareadores, que, apesar de demorarem mais para dar resultados, custam menos.

“Pacientes com a pele clara e que passam muito tempo expostos ao sol sem proteção podem ainda desenvolver manchas escuras e ásperas chamadas de queratose actínica ou ceratose, que são neoplasias benignas, mas que possuem potencial de transformação para um tipo de câncer de pele. Por isso, todos os casos de queratose actínica devem ser tratados através do uso de medicamentos tópico, como 5-Fluoracil, ou terapias e procedimentos estéticos, como terapia fotodinâmica, crioterapia, lasers ou peeling químico”, alerta a dra. Valéria.

A flacidez das mãos, causada pela perda da elastina e colágeno com a idade, também pode ser tratada através de bioestimuladores que estimulam naturalmente a formação de colágeno ou preenchedores injetáveis, como o ácido hialurônico, que dura de um a dois anos. “Veias aparentes também são um sinal de envelhecimento das mãos. Algumas desaparecem após o preenchimento, mas outras são grandes demais e necessitam de um tratamento complementar. Um deles é através de laser, onde o cirurgião vascular insere na veia uma fibra que emite um disparo, destruindo-a. Outra opção é a escleroterapia, na qual o médico injeta uma substância na veia para que esta desapareça lentamente”, completa a dermatologista.

Segundo a dra. Valéria, outros problemas que acompanham o envelhecimento das mãos são as rugas e o ressecamento, que confere um aspecto áspero à pele da região. O primeiro pode ser tratado com a combinação de peeling de ácido glicólico e cosméticos com ácido retinóico ou glicólico. Já para suavizar a pele áspera, o médico pode realizar um peeling químico superficial, mas para manter os resultados é necessário que se faça o uso de um hidratante diariamente. “Porém, é importante que antes de tomar qualquer decisão, você consulte um dermatologista. Apenas ele poderá diagnosticar os sinais e avaliar qual tratamento é o melhor para cada caso”, finaliza.


segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Vantagens e desvantagens dos cosméticos orgânicos



Produtos livres de substâncias sintéticas, os cosméticos orgânicos têm feito sucesso e a cada momento surgem novas marcas que apresentam novidades da limpeza da pele à maquiagem. “Os cosméticos considerados orgânicos não podem ter na sua formulação silicone, parabenos ou propilenoglicol, fragrâncias, pigmentos ou preservativos artificiais, derivados da indústria petroquímica ou de animais, não podem ser transgênicos ou irradiados, conter lauril sulfato de sódio, quartenários de amônio, polietilenoglicois e devem conter como fragrância apenas o uso de óleos essenciais, utilizando assim a aromaterapia como forma de tratamento natural para a pele”, afirma a dra. Claudia Marçal, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Existem no mercado inúmeros trabalhos sobre o uso de produtos cosméticos orgânicos e naturais, assim como a enumeração de suas propriedades e benefícios. O Brasil é um grande consumidor deste tipo de produtos, além de ser exportador de matérias-primas provenientes da flora da floresta amazônica. “Há um crescimento notório deste tipo de produto no mundo, assim como as grandes marcas de cosméticos que cada vez mais se preocupam na elaboração de fórmulas que estejam condizentes com a busca de produtos menos agressivos, que não interfiram na composição natural da pele, conferindo hidratação, elasticidade, tônus e proteção, porém levando em consideração o tipo de extração, plantio e comercialização de forma sustentável sem causar danos ao ecossistema”, afirma a médica.

Os cosméticos orgânicos se diferenciam tecnicamente dos cosméticos naturais, segundo a dermatologista. “O cosmético natural é aquele desenvolvido 100% à base de ingredientes naturais e vegetais e no mínimo 5% de seus ingredientes têm de possuir a certificação orgânica. Já o cosmético orgânico é aquele que, além de ser desenvolvido 100% à base de ingredientes naturais e vegetais, vem com uma porcentagem mínima de 75% de ativos orgânicos certificados”, esclarece. Alguns ativos como o Sculptessence (da Biotec Dermocosméticos), derivado da semente do linho e que promove uma remodelagem facial, tem certificado ECOCERT, que indica um cuidado em relação à sustentabilidade por toda a cadeia produtiva. O ativo é encontrado em farmácias de manipulação e em produtos industrializados.

Vantagens
A dermatologista explica que as vantagens dos cosméticos orgânicos contemplam desde a consciência ambiental até os benefícios para a pele. “Esses produtos tratam a epiderme e devolvem a ela suas condições naturais e, principalmente, vitalidade. Isso acontece por conta da ação de ingredientes naturais diretamente no tecido cutâneo sem a interferência de outros componentes sintéticos que podem, algumas vezes, apresentar potencial irritativo”, afirma. “Os benefícios são inquestionáveis, com muitas pesquisas já realizadas, principalmente para utilização nas peles hipersensíveis e para evitar o contato muitas vezes com produtos que apresentam pigmentos, conservantes e ativos extraídos de forma quimicamente causadora de danos à pele, assim como risco potencial de carcinogenese em pacientes que apresentam predisposição, confirmada inclusive no mapeamento genético do DNA. Uma forma saudável, segura e politicamente correta nos cuidados com a pele e seus anexos em qualquer idade”, afirma.

Desvantagens
Em relação às desvantagens, a médica cita que nem sempre os cosméticos orgânicos conseguem trazer todos os benefícios que cosméticos, como os produtos anti-idade, por exemplo, proporcionam.

Indicação dos produtos orgânicos e uso
Os produtos orgânicos são indicados para quem tem pele sensível, pessoas alérgicas e quem sofre com contato a determinados ingredientes de produtos convencionais, os quais podem provocar reações indesejadas. A médica destaca que os produtos orgânicos podem ser usados por todas as pessoas que buscam consumir produtos de forma sustentável. “Não há restrições, mas a indicação e prescrição de produtos devem ser feitas sempre pelo dermatologista, para que ele avalie o tipo de pele e as necessidades de cada paciente, a fim de buscar o melhor tratamento que aquela pele precisa”, finaliza.


segunda-feira, 9 de julho de 2018

Consumo elevado de álcool pode aumentar risco de rosácea




Ressaca e dores de cabeça são sintomas comuns no dia seguinte após uma bebedeira. Mas se engana quem acha que estes são os únicos problemas relacionados ao consumo excessivo de álcool. De acordo com um estudo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology, revista médica da Academia Americana de Dermatologia (AAD), o aumento do consumo de álcool está associado a um maior risco do surgimento de rosácea em mulheres. 

“A rosácea é uma doença de pele inflamatória e crônica que atinge cerca de 10% da população mundial. Muito comum principalmente em mulheres de pele clara e idade entre 30 e 50 anos, a doença tem causa desconhecida e, geralmente, é caracterizada por uma pele sensível e ressecada, com o surgimento de áreas vermelhas na face e o aumento de vasos sanguíneos e de pápulas ou pústulas nessas regiões avermelhadas”, explica a dermatologista dra. Thais Pepe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

Para este estudo, os pesquisadores utilizaram dados coletados de cerca de 82 mil mulheres, onde, num período de 14 anos, aproximadamente 5 mil destas pacientes tiveram casos de rosácea. Analisando estes dados, os pesquisadores descobriram que as mulheres que bebiam álcool tinham maior propensão a desenvolver rosácea, risco este que aumentava à medida que o consumo de álcool também aumentava. “Embora ainda sejam necessárias mais pesquisas para determinar exatamente a relação entre o consumo de álcool e o surgimento de rosácea, os autores do estudo acreditam que o enfraquecimento do sistema imunológico, a vasodilatação e os efeitos pró-inflamatórios causados pelo álcool contribuem para o desenvolvimento da vermelhidão e rubor característicos da doença”, afirma a especialista.

A pesquisa ainda foi além ao examinar a relação entre o surgimento da rosácea e tipos específicos de álcool. Com isso, os pesquisadores descobriram que o vinho branco e o licor estão significativamente associados a um maior risco de desenvolvimento da doença. Isso porque estas bebidas possuem altas concentrações de álcool sem os flavonoides e substâncias anti-inflamatórias encontradas do vinho tinto, que, por sua vez, não está associado ao desenvolvimento inicial da condição, mas pode servir como um gatilho para o aparecimento de vermelhidão e rubor em pessoas que já sofrem com a doença.

E este é apenas um dos efeitos nocivos do consumo de álcool para o corpo e para a pele. Segundo a dra. Thais, o álcool ainda está associado a uma variedade de doenças da pele, como psoríase e acne, além de afetar a hidratação do tecido, diminuindo o viço e colaborando para o ressecamento e a descamação. “O álcool também estimula a produção de radicais livres, que, em contato com as células, danificam a sua estrutura, causando envelhecimento precoce e flacidez”, completa. “Por isso, caso você esteja preocupada com a saúde de sua pele, é importante que você consulte um dermatologista para receber o diagnóstico e os tratamentos adequados.”


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Inverno, época de cuidar da pele


O tempo frio re­quer cuidados adicionais pa­ra manter a pele ma­cia e sem ressecamen­to. Ao mesmo tempo, o inverno representa um bom período para a realização de trata­mentos dermatológi­cos, que requerem me­nor exposição ao sol. Os procedimentos in­dicados para esta épo­ca do ano são, princi­palmente, o tratamen­to de rugas, a retira­da de pintas, manchas, vasos, tratamento para flacidez, procedimen­tos que estimulem a produção de colágeno, remoção de tatuagem, entre outros.

Segundo médica com especialização em Clínica Médica e Dermatologia dra. Paula Carleti Biasin(CRM 136051), entre os tratamentos está a plataforma So­lon de laser, sistema que possibilita a uti­lização de vários recursos terapêuticos em uma mesma sessão para máxima performan­ce. Com a luz pulsada pode-se tratar vasos, manchas e rosácea.

O sistema multiwave hair removal é uti­lizado para depilação, concentrando energia fotônica em comprimentos de onda especí­ficos na faixa do Ruby, Alexandrita ou Dio­do. O Nd-yag 1064nm é utilizado para re­mover vasinhos de fa­ce e da perna, também depilação em peles es­curas e tratamento de fungos nas unhas.

Já o Er-yag 2940nm é um laser ablativo, que estimula a produ­ção de colágeno, sen­do utilizado para reju­venescimento, cicatri­zes de acne, estrias. O Nd-yag Q-Switched é utilizado para remoção de tatuagens, melasma, olheiras.

A dermatologista ressalta que, além dos tratamen­tos a laser, os peelings com ácidos são uma ótima opção para es­ta época do ano. “Dependendo do ácido uti­lizado e de sua concentração podemos ter peelings superficiais, médios ou profundos, dependendo da indicação de cada pacien­te, tratando manchas, rugas, poros dilata­dos, sardas”, diz ela. “E não podemos esquecer da importância do uso do protetor solar o ano todo e hidrata­ção de acordo com o tipo de pele.”


sexta-feira, 29 de abril de 2016

Câncer de pele, o mais comum em homens e mulheres no Brasil


No Brasil, o câncer de pele é o tipo mais comum, tanto em homens quanto em mulheres.  A doença é provocada pelo crescimento anormal e sem controle de células que compõem a pele. Embora corresponda a 25% de todos os tumores malignos registrados no País, apenas 4% são do tipo mais grave.
“Os tipos de câncer de pele mais comuns são os carcinomas basocelulares (CBC) e espinocelulares (CEC), que são menos agressivos e têm alta taxa de cura, especialmente com a detecção precoce do problema. O tipo melanoma, que é realmente o mais grave, felizmente é o menos frequente também”, afirma a dermatologista Christiana Blattner, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Para noções de comparação, a estimativa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) para novos casos de câncer de pele em 2016 é de cerca de 175 mil do tipo não melanoma e pouco mais de 5600 novos casos de câncer de pele tipo melanoma.
Prevenção e esclarecimentos sobre os filtros solares
A radiação ultravioleta decorrente da exposição excessiva ao sol é a principal responsável pelo desenvolvimento dos tumores de pele do tipo não melanoma. “A correta prevenção contra os raios solares, é uma arma importante de prevenção, por isso o uso dos filtros protetores precisa virar um hábito”, alerta a dermatologista.
A capacidade de proteção dos filtros solares depende da sua eficiência de ser espalhado pelo corpo. “Os mais eficientes são creme-gel ou loção, pois seus componentes são dissolvidos em substâncias mais oleosas, formando um filme mais regular na pele”, explica a médica. “O protetor em gel pode formar um fenômeno chamado rolling (esfarelamento do gel e formação de “bananinhas”), e se não for bem aplicado, perde sua eficiência, assim como os protetores em spray, que são em base aquosa ou oleosa. O maior problema é que se não forem passados em toda superfície, não proporcionam a fotoproteção adequada. Além disso, o spray sai rápido da pele, e não é possível ver onde exatamente está sendo aplicado”, acrescenta a especialista.
Os filtros devem ser aplicados a cada 2 ou 3 horas, quando estiver em áreas expostas ao sol, se houver muito suor ou longos períodos em imersão na água.  A aplicação deve ser realizada cerca de 20 minutos antes da exposição.
Proteção solar e a utilização de repelentes
Mas como proteger a pele do sol e também de outras ameaças, como picadas de mosquitos? Em tempos de alerta contra o mosquito Aedes Aegypti, que pode transmitir o vírus da febre amarela, dengue, zika e chikungunya, muita gente fica em dúvida sobre que produto utilizar primeiro: repelente, ou protetor solar?
A resposta: “use primeiro o protetor solar. Espalhe-o em todas as áreas expostas e, cerca de 15 minutos depois, quando a pele já o tiver absorvido, utilize o repelente”, orienta a dra. Christiana.
Novas descobertas para tratar o melanoma
Embora menos frequente, o câncer de pele do tipo melanoma é o que causa mais preocupação, por ser mais grave. Mais resistente aos tratamentos tradicionais de combate ao câncer, ele é a forma da doença com maior risco de se espalhar para outros órgãos além da pele (metástase).
Nos últimos anos, a ciência tem avançado bastante e já existem alguns medicamentos que conseguem evitar que o melanoma se espalhe. Outra linha de atuação para controlar o melanoma é o uso de medicamentos que reforçam o sistema imunológico. “Quando há um agente agressor no corpo, seja um vírus ou uma bactéria, por exemplo, nosso sistema imunológico ‘acorda’ para atacá-lo, e depois se desliga naturalmente. Muitas vezes, os tumores ‘desligam’ o sistema imunológico antes que ele consiga combatê-los.  O que esses medicamentos fazem é fortalecer o sistema imunológico para evitar isso. Essa é uma linha de atuação que ainda demanda estudos, mas tem se mostrado promissora para tratar vários tipos de câncer”, conclui a especialista.



domingo, 8 de novembro de 2015

Cuidados diários para uma pele saudável


Devemos cuidar da pele o ano inteiro, mas, no verão, com as altas temperaturas, a radiação solar incide com mais intensidade sobre o planeta, o que aumenta o risco de queimaduras, câncer da pele, manchas e outras doenças. Por isso, alguns cuidados são fundamentais. Confira as dicas da dermatologista Anelise Ghideti  (CRM 109.432).
Rosto
- A fotoproteção adequada é essencial. Além do filtro solar com FPS 30 ou mais, é importante usar chapéu e roupas, de preferência de algodão ou com tecidos que contenham proteção solar, o chamado FPU. Além dos  óculos de sol, que ajudam na prevenção da catarata e de lesões na córnea.

- Limpeza diária.

- Aplicação de loção tônica (peles normais a secas) ou adstringente (pele oleosa).

- Uso de hidratantes (peles normais a secas) ou substâncias que controlem o excesso de oleosidade (pele oleosa).

- Aplicação noturna de substâncias que regeneram a pele

- Evite a exposição solar entre 10h e 16h (no horário de verão)

- Utilizar guarda-sol também feito de algodão ou lona, porque estes materiais absorvem cerca 50% da radiação UV.

- Lembrar que temperaturas mais altas exigem uma maior hidratação. Portanto, abuse da água, suco de frutas e da água de coco. E aplique um bom hidratante.

- Banhos rápidos, mornos e com pouco sabonete (de preferência que contenham substâncias hidratantes).

Corpo

Segundo a dermatologista, diferente da pele do corpo, a pele do rosto contém um número maior de folículos pilosebáceos o que confere mais oleosidade em relação ao resto do corpo. É por este motivo também que a cicatrização da pele facial é melhor e mais rápida do que o restante do corpo. Além disso, a camada mais externa da pele chamada de camada córnea é menos espessa na face, o que confere o aspecto de pele mais macia e mais fina.

“Dependendo do tipo de pele, a existência de manchas ou acne, entre outros fatores, devem ser utilizados produtos específicos para cada problema, tanto no uso diurno, quanto no uso noturno”, diz ela.

Para a pele do corpo os cuidados são: evitar banhos muito quentes, uso de buchas e usar um bom hidratante corporal após o banho. Para prevenir o aparecimento de manchas e rugas, além de alimentação e hábitos de vida saudáveis, seguir os mesmos cuidados básicos para pele do rosto, caprichando no uso diário do filtro solar.  

A pele oleosa costuma apresentar imperfeições, poros dilatados, cravos e brilho excessivo, principalmente na chamada zona T. Por isso, a limpeza deve ser feita 2 vezes ao dia com sabonetes que contenham substâncias desengordurantes e adstringentes. Deve-se também evitar a lavagem em excesso, já que isso pode provocar o efeito “rebote” levando a uma maior produção de gordura pela pele. Os filtroa solares também devem conter substâncias seborreguladoras que ajudam a manter a pele sem brilho excessivo ao longo do dia.
Para uso noturno dê preferência aos produtos que contenham agentes que estimulem a renovação celular (ácido salicílico, ácido retinoico e seus derivados e outros alfa-hidroxiácidos).

Cuidado também com o uso de maquiagem: é importante escolher produtos que não contenham óleo (oil free), que não obstruam os poros e não provoquem cravos (não-comedogênicos).


“A oleosidade natural da pele (ou manto hidrolipídico) funciona como uma barreira mecânica, que protege o corpo da penetração das bactérias, fungos, vírus, do frio, da poluição e do contato com alérgenos”, explica a médica. “Por isso, a pele seca fica mais suscetível a tudo isso e propensa ao aparecimento de doenças, como a dermatite atópica, eczemas, dermatite de contato irritativa, dermatite seborreica e outras.” 

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Hoje é o Dia Mundial do Vitiligo


O vitiligo, doença que acomete cerca de 2% da população mundial, é  facilmente diagnosticado pela presença de manchas brancas bem delimitadas, que se situam em qualquer área da pele. Roberto Dóglia Azambuja, assessor  do departamento de Psicodermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica a importância de consultar um dermatologista para diagnóstico  e tratamento precoce.
“Quando as manchas não são completamente brancas, ou seja, são claras, o diagnóstico pode ser difícil até para o especialista. Não existem exames laboratoriais que deem o diagnóstico de vitiligo. Quanto mais cedo for tratado maior a possibilidade de cura”, ressalta o dermatologista.
Hoje, o maior problema para quem tem vitiligo é a rejeição social. Clinicamente, na maior parte dos casos, o vitiligo não causa nenhum sintoma nem nenhuma alteração da pele. “É como ficar com cabelos brancos”, completa Azambuja. 
Para os portadores da doença, como a pele atingida fica sem pigmento, a resistência à ação dos raios solares diminui acentuadamente. Em consequência, a pessoa deve evitar exposição à luz solar, porque poderá sofrer queimadura. Entretanto, uma pequena dose de luz solar, de cinco a dez minutos por dia, pode ser benéfica no sentido de repigmentar a área branca.
Fatores desencadeantes
A causa da doença é desconhecida. Muitas vezes iniciado por estresse, luz solar, queimaduras térmicas, traumatismos da pele e dermatites podem agir como fatores desencadeantes.
Tratamentos
Vitiligo tem cura, mas não é possível predizer quem vai se curar, porque cada pessoa reage de seu jeito próprio.
“Cada pessoa forma um tipo de vitiligo só dela e por razões próprias. Por isso, não existe tratamento padrão, que dê o mesmo resultado em todas as pessoas. O mesmo tratamento aplicado a dez pessoas dará dez resultados diferentes. Em última análise, quem cura não é o tratamento, mas a interação do organismo com o método utilizado”, explica Roberto.
Os tratamentos se resumem a medicamentos orais, tópicos, cirúrgicos e fototerapia. O mais comum é o uso de corticoides e de substâncias provocadoras da formação de pigmento. Em casos circunscritos e estabilizados há um ano, pode ser feita uma operação especial, com transplante de melanócitos e posterior irradiação com ultravioleta. A fototerapia atualmente em uso emprega radiação ultravioleta de faixa estreita, conhecida como UVB-NB.

Procure no site da SBD um profissional cadastrado para garantia de um profissional de qualidade: www.sbd.org.br

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Você sabe o que é rosácea?



Pontinhos vermelhos, aspecto de pequenas bolinhas no rosto são algumas características da acne rosácea. Ela é uma doença vascular inflamatória crônica da pele, que apresenta vermelhidão, pequenos vasos finos avermelhados, ligeiro inchaço, que podem ser acompanhado por bolinhas e nódulos em alguns casos. Para desmistificar essa doença o dermatologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, dr. Rodrigo Motta esclarece as dúvidas sobre o assunto.
A rosácea atinge principalmente a região da testa, bochechas e nariz. Ela ocorre entre adultos de 30 e 50 anos de idade, e é mais comum em mulheres. Nos homens quando encontradas são mais graves e raramente é observado o diagnóstico em negros. Nódulos são dificilmente observados nos casos de rosácea. As pápulas são pequenas elevações e podem eventualmente, quando numerosas, formar placas granulomatosas evoluindo para a rosácea lupoide, que possui um aspecto grosseiro e vermelho na pele. Em alguns pacientes, principalmente homens, a longa duração da rosácea pode evoluir para rinofima, que corresponde ao espessamento irregular e lobulado da pele do nariz e dilatação folicular. 
Segundo o profissional, embora o nariz seja o local mais comum, também pode ocorrer na região frontal, maçãs do rosto e pavilhões auriculares. A pele de um paciente com rosácea não tratada vai adquirindo um aspecto de casca de laranja com o passar dos anos.
As causas da rosácea ainda não são bem estabelecidas. Segundo o médico, sabe-se a relação dela com doenças gastrointestinais (bactéria H pylori), hipertensão arterial, seborreia, fatores psicogênicos (stress), fatores infecciosos, a presença do ácaro Demodex folliculorum,  distúrbio microcirculatório da região e predisposição genética. Além das causas, existem fatores e hábitos que podem desencadear ou piorar a rosácea como, por exemplo, bebidas alcoólicas, bebidas quentes, luz ultravioleta, vento, frio, calor, medicamentos vasodilatares e fatores emocionais.
O diagnóstico é clínico, não sendo necessária a realização de exames laboratoriais, “Porém em casos duvidosos onde o quadro pode se assemelhar a outras patologias, pode ser realizada uma biopsia de pele e através do exame histopatológico dará subsídio para concluir ou excluir o diagnóstico”, ressalta o dermatologista.
O tratamento varia de acordo com o estágio e a gravidade da doença. Todos os agravantes ou desencadeantes devem ser afastados, como bebidas alcoólicas, exposição solar, vento, frio e ingestão de alimentos quentes. A pele do paciente com rosácea é extremamente sensível a produtos químicos e físicos como sabões, higienizadores alcoólicos, adstringentes, abrasivos e alguns tipos de peelings. Os agentes antimicrobianos apresentam-se efetivos no tratamento. Como a radiação ultravioleta é um desencadeante importante, é fundamental enfatizar o uso de filtros solares cotidianamente no rosto, escolhendo o produto mais adequado para cada tipo de pele.
A prevenção é o melhor tratamento para a evolução da rosácea. Dessa forma, é possível reduzir os surtos através do monitoramento de fatores desencadeantes, já que a causa da rosácea permanece desconhecida e não há uma dieta específica para rosácea. Deve-se procurar o médico para que possa ser feita uma avaliação correta de cada caso e assim um plano de tratamento adequado.