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segunda-feira, 22 de maio de 2023

Saiba quais tratamentos estão por trás da estética dental

 


mercado de odontologia está em constante ascensão, pesquisas apontam que a busca por profissionais da área está em alta no mundo inteiro. A companhia irlandesa Research and Markets ilustrou uma média de crescimento anual de investimento na área de 5,59% desde 2018. Isso faz com que a previsão para o final de 2023 seja de cerca de US 35,7 bilhões. 

No Brasil, não é diferente. Segundo o IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), em 2020 o número de procedimentos odontológicos foi de 154 milhões e em 2021 o número cresceu para 174 milhões. O estudo também mostra que em 2021 os brasileiros investiram R 3,2 bilhões em assistência odontológica. Esta busca é - muitas vezes - motivada pela estética, segundo o especialista Renato Trezza, especialista em odontologia estética e reabilitadora, diretor do Dental Studio Rio e líder de opinião da EMS  "Os tratamentos mais procurados são os chamados reabilitadores restauradores. Ou seja, pacientes com queixas estéticas, muitas vezes, que necessitam de algum tipo de reparo", explica o especialista. "Não podemos deixar de lado, portanto, os tratamentos de prevenção, que visam tanto a estética quanto a saúde bucal como um todo, uma vez que os dentes não são o único componente da boca, temos os tecidos moles e a gengiva, por exemplo. Por isso, nós, dentistas, instruímos muito o paciente no quesito prevenção", completa. 

Porém, a maior dica para quem deseja manter a estética bucal é a prevenção. Renato Trezza explica que queixas estéticas podem ter sua raiz em algum outro problema e isso só pode ser observado a partir de uma avaliação específica. Além disso, neste processo são considerados três pilares: saúde, estética e funcionalidade. 

Segundo o especialista, todo o tratamento restaurador passa pela etapa de análise clínica, com exames prévios e, a partir deste momento, o caso é submetido a uma avaliação, baseada nos pilares citados anteriormente. "Este processo leva em consideração a queixa do paciente e suas reais necessidades para definir qual o tratamento mais adequado, pois há momentos em que o paciente deseja algo que não é replicável a ele. Além disso, há casos em que existe uma queixa estética, que - na verdade - é causada por algum outro fator de saúde ou funcionalidade", esclarece Trezza. 

Outro fator relevante é que cada indivíduo é único, portanto precisa de um tratamento personalizado e que se adeque às suas necessidades. "Cada paciente tem uma necessidade diferente, por esta razão, tem uma recomendação apropriada. Existe um mito, por exemplo, que a visita ao dentista deve ser feita a cada 6 meses para todos os pacientes. Em alguns casos, a frequência ideal pode ser anual, em outros, é preciso que haja, pelo menos, quatro consultas anuais. Tudo varia de acordo com a necessidade real de um", evidencia o especialista. 

A importância da prevenção 

Parte deste processo de prevenção é a profilaxia, que trata da limpeza dos dentes e tem uma importância fundamental na saúde bucal. Para este procedimento, existe uma tecnologia inovadora, personalizada, eficiente e indolor, chamada protocolo GBT - Guided Biofilm Therapy, da EMS, que atua tanto na ação do dentista, quanto na educação e instrução ao paciente. "O protocolo GBT veio para auxiliar bastante, tanto por ser algo protocolar, o que nos permite orientar e guiar o paciente, instruindo-o da maneira correta, quanto como um meio de motivá-lo, fornecendo mais informação e com melhor qualidade", relata Trezza. 

Para que isso aconteça, o procedimento conta com um evidenciador - produto que indica os locais onde há maior necessidade de escovação. "Ao usar o evidenciador podemos mostrar ao paciente as regiões que necessitam de um cuidado maior. Com este direcionamento, o paciente volta para as próximas consultas mais motivado e com um aspecto da boca mais limpo, pois teve uma percepção clara dos aspectos que precisavam ser melhorados. Esse fator reflete diretamente nos cuidados bucais", esclarece o dentista. 

Vale ressaltar também que os cuidados do dia a dia são parte importante da manutenção da saúde bucal, comprometendo seu sucesso e sua longevidade. Tudo começa na instrução do paciente, dada pelo profissional de odontologia, quanto aos cuidados que devem ser tomados em casa, como tipo de creme dental ou tipo de escova de dentes e técnica escovatória, são essenciais. 

O especialista ressalta a importância deste fator: "O primeiro ponto fundamental para fazer odontologia estética restauradora com eficiência é a saúde: bucal, periodontal e gengival. Isso vem primeiramente de um processo de adequação, onde o protocolo GBT entra de uma forma extremamente eficiente. Ao utilizá-lo, é possível perceber uma mudança real e efetiva quanto à estética do paciente", explica. 

Por fim, é preciso lembrar de que a estética é uma consequência dos cuidados com a saúde bucal e só pode ser alcançada com cuidados frequentes. Não é possível separar a saúde da beleza dos dentes, uma vez que a Odontologia estética é uma soma de fatores que levam à excelência, não um fator único. Portanto, a percepção do todo é muito importante, até porque, a saúde começa pela boca e pode ser vista como uma consequência da preocupação com a prevenção e da educação dos pacientes.


Foto: Pixabay

 


quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Acne na vida adulta: como tratar o problema?



Entre todas as mudanças causadas pelos hormônios da adolescência, a acne é a que traz mais desconforto. Isso porque o impacto de cravos e espinhas na aparência da pele afeta a autoestima de milhares de meninos e meninas. No entanto, o problema da acne também pode surgir na vida adulta.

 

"A acne é uma lesão causada pelo aumento da produção de sebo vinda das glândulas sebáceas. Esse excesso de oleosidade obstrui os poros e aumenta a proliferação de bactérias. Quando resultam em comedões, chamamos de 'cravos'. Quando estão inflamadas, nascem as 'espinhas'", explica Karla Lessa, médica pós-graduada em Dermatologia Clínica e Cirúrgica.

 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que 56% da população convive com o problema depois dos 25 anos – especialmente mulheres – e não é incomum que a acne persista mesmo após os 40. A maioria dos casos é de pessoas que tiveram o problema na adolescência e permaneceram com ele.

 

"O fator genético influencia bastante: metade dos pacientes tem algum parente de primeiro grau com acne. As espinhas também podem ocorrer na gestação ou estarem associadas a algumas alterações hormonais, como síndrome do ovário policístico ou distúrbios da glândula suprarrenal", cita a profissional.

 

No caso da acne adulta, a relação entre espinhas e alimentação também pode impactar a saúde da pele.

 

"O aumento de insulina no sangue estaria ligado à piora da pele. Quando ingerimos açúcar, a insulina também aumenta em nosso organismo e isso pode estimular a síntese de hormônios androgênicos, como a testosterona, por diversos tecidos do corpo. Esse fenômeno aumenta a liberação de sebo, e, consequentemente, a inflamação da acne", enfatiza.

 

Tratamentos para a acne

De acordo com a especialista, é essencial descobrir a causa antes de iniciar qualquer tratamento. Também é preciso avaliar fatores como uso de produtos e maquiagens, estresse, resposta imunológica e inflamatória do organismo.

 

"O tratamento ainda varia conforme a gravidade, a localização das lesões e o tipo de pele de cada paciente. Porém, de forma geral, é muito importante manter a pele limpa e lavar o rosto corretamente, com um sabonete indicado pelo seu dermatologista, além de adotar um uso regular de filtro solar", ensina.

 

O uso das medicações tópicas é outra solução eficiente para combater as espinhas que já nasceram e evitar o nascimento de novas. "A máscara de LED e a luz pulsada , associados ao drug delivery podem em muitos casos, tratar a acne inflamatória através do controle da produção excessiva de queratina e sebo", acrescenta.

 

"Para cicatrizes e acnes profundas, podem ser usados metódos como a, radiofrequência, microagulhamento, laser fracionado CO2 e ácido polilático como bioestimulador de colágeno. Manchinhas escuras, por sua vez, conseguem ser tratadas, podem ser tratadas com microneedling e peeling químico."

 

Quando o quadro não evolui bem com essas técnicas, o tratamento por via oral pode ser a melhor solução. "É possível utilizar antibióticos, e, ao mesmo tempo, manter o tratamento local, com retinoides, peróxido de benzoíla ou ácido azeláico, por exemplo", descreve. Outra solução que vem ganhando bastante popularidade é o uso da isotretinoína, medicamento conhecido como roacutan. Segundo Karla, é um tratamento que traz excelentes resultados –  contudo, necessita ser utilizado com cautela.

 

"A substância é derivada da vitamina A e impede a produção de óleo. Assim, diminui a inflamação local e a possibilidade de proliferação bacteriana. Existem alguns efeitos colaterais, porém, são temporários. Dentre eles, podemos citar pele e lábios ressecados e sangramento nasal. Por todos esses motivos, é fundamental ter o acompanhamento médico durante todo o tratamento. Não deve ser a primeira nem segunda opção, mas é um ótimo tratamento quando bem indicado e minuciosamente acompanhado", ressalta.

  

quarta-feira, 17 de março de 2021

Como prevenir o melasma?

 


As manchas de cor amarronzada que recobrem partes do rosto, sobretudo testa e bochechas, estão entre as queixas mais comuns nos consultórios dermatológicos. Segundo pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a estimativa é de que o melasma acometa de 15% a 35% das mulheres brasileiras.

O melasma tem uma incidência maior no sexo feminino, podendo ocorrer também em homens e é mais frequente em pessoas de fototipos mais altos, ou seja, com peles mais morenas ou negras. Isso acontece, pois estas pessoas possuem uma produção maior de melanina (pigmento).

"O Melasma é considerado uma doença crônica multifatorial, ou seja, pode ser causada por diversas condições, tais como exposição solar, ou a lâmpadas de celulares e computadores, hormônios ( uso de anticoncepcionais orais), alterações inflamatória ( tudo que possa causar agressão: depilação, tanto com cera ou linha, uso de cremes ou ácidos sem orientação médica) e fatores genéticos", alerta Daniela Righidermatologista da Clínica Leger.

As causas que levam a pele a apresentar essas condições, no entanto, são um desafio para os médicos, já que são complexas e de difícil contenção. O que se sabe até agora é que determinados fatores desencadeiam a hiperpigmentação, o que ajuda a mapear as possíveis origens do problema para que se encontre a melhor forma de contornar a situação.

Embora os novos tratamentos disponíveis apresentem resultados empolgantes, ainda não se conhece a cura definitiva para o melasma e sua recidiva é frequente. Por isso, é preciso ficar sempre atenta e cuidar para evitar que ela ocorra.

"A rotina de cuidados deve fazer parte do dia a dia e controle do melasma. É importante frisar que o melasma não tem cura, podendo apresentar episódios de melhora e piora dependendo dos cuidados", reforça a dermatologista.

Porém, é possível prevenir e disfarçar as manchas. Daniela adverte que, "na escolha dos melhores dermocosméticos é importante um filtro solar que além da proteção UVA e UVB ( radiação solar), também ofereça proteção IV ( InfraVermelho, que é o calor, já que as temperaturas elevadas também ativam os melanócitos) e proteção contra luz visível ( lâmpadas , celulares e computadores) que embora tenham uma influência menor, também causam manchas".

Hoje em dia, os filtros solares também podem conter associação com antioxidantes e clareadores. Segundo a dermatologista, é muito importante ressaltar que os filtros com cor oferecem uma proteção maior por serem filtros físicos. Entre os clareadores e antioxidantes mais conhecidos é possível citar a vitamina C, o ácido tranexamico, o alfa arbutin, entre diversos outros que atuam em diferentes etapas , seja prevenindo a formação de novo pigmento ou atuando na destruição do pigmento já formado.

 

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Saiba como prevenir e tratar os sinais do envelhecimento precoce das mãos




Quando o assunto é envelhecimento, a maioria das pessoas se preocupa com o surgimento de rugas, flacidez e linhas de expressão apenas no rosto. Porém, o que estas pessoas esquecem é que outras partes do corpo também sofrem com o processo de envelhecimento, chegando até a envelhecer mais rápido do que o rosto, como as mãos.

“O envelhecimento precoce das mãos deve-se, principalmente, a falta de cuidados preventivos com essa área, o que deixa a pele exposta a fatores externos como a radiação ultravioleta e a poluição. Além disso, é comum que as pessoas deixem as mãos em contato direto com produtos que possuem agentes nocivos para a pele, o que também acelera o envelhecimento”, explica a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD).

Os sinais do envelhecimento das mãos incluem flacidez, rugas, ressecamento e principalmente manchas escuras. Porém, é possível prevenir que estes sinais apareçam precocemente através de cuidados básicos como realizar diariamente a hidratação e a fotoproteção da região, de preferência com filtro solar FPS 30, com amplo espectro de proteção e à prova d’agua. “Além disso, é importante também utilizar luvas durante o uso de produtos agressivos, como detergentes, pois estes podem ressecar e danificar a pele das mãos a longo prazo”, afirma a especialista.

Porém, caso você já apresente algum destes sinais nas mãos, existem diversos tratamentos que podem diminuí-los de modo seguro e com pouco ou nenhum tempo de recuperação. Por exemplo, as manchas decorrentes da idade e exposição solar podem ser tratadas através de lasers, peeling químico, microdermoabrasão e até mesmo cremes e loções clareadores, que, apesar de demorarem mais para dar resultados, custam menos.

“Pacientes com a pele clara e que passam muito tempo expostos ao sol sem proteção podem ainda desenvolver manchas escuras e ásperas chamadas de queratose actínica ou ceratose, que são neoplasias benignas, mas que possuem potencial de transformação para um tipo de câncer de pele. Por isso, todos os casos de queratose actínica devem ser tratados através do uso de medicamentos tópico, como 5-Fluoracil, ou terapias e procedimentos estéticos, como terapia fotodinâmica, crioterapia, lasers ou peeling químico”, alerta a dra. Valéria.

A flacidez das mãos, causada pela perda da elastina e colágeno com a idade, também pode ser tratada através de bioestimuladores que estimulam naturalmente a formação de colágeno ou preenchedores injetáveis, como o ácido hialurônico, que dura de um a dois anos. “Veias aparentes também são um sinal de envelhecimento das mãos. Algumas desaparecem após o preenchimento, mas outras são grandes demais e necessitam de um tratamento complementar. Um deles é através de laser, onde o cirurgião vascular insere na veia uma fibra que emite um disparo, destruindo-a. Outra opção é a escleroterapia, na qual o médico injeta uma substância na veia para que esta desapareça lentamente”, completa a dermatologista.

Segundo a dra. Valéria, outros problemas que acompanham o envelhecimento das mãos são as rugas e o ressecamento, que confere um aspecto áspero à pele da região. O primeiro pode ser tratado com a combinação de peeling de ácido glicólico e cosméticos com ácido retinóico ou glicólico. Já para suavizar a pele áspera, o médico pode realizar um peeling químico superficial, mas para manter os resultados é necessário que se faça o uso de um hidratante diariamente. “Porém, é importante que antes de tomar qualquer decisão, você consulte um dermatologista. Apenas ele poderá diagnosticar os sinais e avaliar qual tratamento é o melhor para cada caso”, finaliza.


terça-feira, 4 de setembro de 2018

Aprenda a cuidar dos cílios



Os cílios são anexos palpebrais cuja principal função é proteger os olhos, funcionado como uma barreira contra partículas de poeira e microrganismo, além de agirem também como sensores que reagem fechando as pálpebras toda vez que há a possibilidade de algo atingir os olhos.

“Os cílios são pelos terminais que, assim como os cabelos, crescem de maneira cíclica, passando pelas fases de crescimento, atrofia e inatividade, também chamadas de anágena, catágena e telógena. Porém, existem anomalias que podem afetar o crescimento normal dos cílios, fazendo com que caiam, afinem, enfraqueçam ou percam a coloração”, explica o pesquisador em Cosmetologia Lucas Portilho, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma.

Segundo o especialista, a madarose, por exemplo, é uma das anomalias ciliares mais comuns e causa a queda dos cílios, levando, consequentemente, à diminuição destes fios na pálpebra. “Outra anomalia que afeta os cílios de grande parte das pessoas é a poliose, onde a perda da melanina ciliar leva à descoloração e ao embranquecimento dos fios. Existem até mesmo anomalias que chegam a alterar a orientação do crescimento dos fios, como é o caso da triquíase, na qual os cílios perdem o direcionamento normal e tendem a tocar a superfície ocular”, completa.

Porém, já existem modos de tratar e reverter estas anomalias, como o uso de máscaras e delineadores formulados com ativos que auxiliam no crescimento e fortalecimento dos fios, como a Latanoprosta, que promove o prolongamento da fase anágena e, consequentemente, o crescimento de cílios mais longos e espessos, e o Capixyl. “O Capixyl é um complexo ativo inovador criado para prevenir e parar o processo de queda capilar, além de estimular o folículo piloso. Constituído pelo Peptídeo Biomimético Acetil Tetrapeptídeo-3, capaz de estimular as proteínas da matriz extracelular e melhorar a ancoragem do fio, o ativo pode ser manipulado tanto para prevenção (de 0,5 a 2,5% de concentração), quanto para o tratamento intensivo do problema (na concentração de 5%)”, destaca Lucas.

De acordo com o pesquisador, os fatores de crescimento também podem ser usados para promover o crescimento dos fios. O fator de crescimento fibroblástico ácido (aFGF), por exemplo, estimula o crescimento dos cílios, imibe sua despigmentação e promove a revitalização dos folículos piliosos. “Já o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), possui ação vasodilatadora, revertendo a atrofia folicular e aumentando o tamanho dos folículos. Testes apontam que, se combinados, estes fatores de crescimento são capazes de promover o crescimento dos fios em até 8 semanas”, afirma Lucas Portilho. “Porém, caso você note qualquer tipo de alteração em seus cílios, o mais importante é que você consulte um médico. Apenas ele poderá realizar uma avaliação e indicar o melhor tipo de tratamento para o seu caso”, finaliza.


segunda-feira, 4 de junho de 2018

Neuralgia do trigêmeo atinge mais mulheres que homens



Uma dor inesquecível. Este é o relato das pessoas que já passaram por um quadro de neuralgia do trigêmeo, a mais comum entre as neuralgias faciais, descrita com uma das piores dores que um ser humano pode sentir.

A dor é descrita como um choque de curta duração, frequentemente envolvendo o maxilar. Além disso, é uma dor que costuma atingir apenas um lado da face, normalmente o direito. Pode ocorrer diversas vezes ao dia ou algumas vezes no mês, afetando de forma significativa a qualidade de vida do paciente.

Segundo o neurocirurgião dr. Iuri Weinmann, do Centro Neurológico Weinmann, o nervo trigêmeo leva este nome porque se divide em três ramos na face: o oftálmico, o maxilar e o mandibular. A neuralgia do trigêmeo, portanto, pode afetar todas essas regiões. “O trigêmeo é um nervo misto, pois possui uma raiz motora e uma raiz sensitiva. Ou seja, ele é responsável tanto pelos movimentos musculares da face, quanto pela sensibilidade na maior parte da cabeça”, diz ele.

Origem ainda é desconhecida
A etiologia, ou seja, porque a neuralgia do trigêmeo acontece, ainda é um mistério para a medicina. Há algumas hipóteses, como a compressão de vasos sanguíneos sobre as raízes nervosas do trigêmeo, que representaria de 80 a 90% dos casos. “Mas, a maioria dos casos é idiopática, ou seja, sem causa conhecida. Entretanto, temos os casos em que a neuralgia é resultado de uma outra condição médica, como tumores, anormalidades cranianas, malformações arteriovenosas e esclerose múltipla”, comenta o dr. Iuri.

A neuralgia do trigêmeo é mais prevalente nas mulheres. Cerca de 60% dos casos acometem o sexo feminino. A idade também é um fator de risco, já que há maior prevalência em pessoas com mais de 40 anos, sendo ainda mais comum entre os 60 e 70 anos. Outro fato curioso é que pessoas com hipertensão têm um risco aumentado para desenvolver a neuralgia do trigêmeo. Mas, a condição pode afetar pessoas mais jovens também.

Dor é principal sintoma
A dor é o principal sintoma da neuralgia do trigêmeo e pode ocorrer várias vezes por dia,  algumas vezes por semana ou por mês. “A dor costuma ser desencadeada por certas situações cotidianas, como escovar os dentes, beber, comer, falar ou tocar no rosto. A crise dolorosa dura de um a dois minutos, mas há casos em que pode durar até 15 minutos. É descrita como um dor aguda, intensa, repentina e lancinante”, descreve o neurocirurgião.

Quem já passou por ela, afirma que se trata de uma dor insuportável, em queimação, com pontadas, choque ou ardência nos lábios, gengiva, bochechas e região do maxilar inferior. “Com o passar do tempo, sem o tratamento adequado, há um menor espaçamento entre as crises. Assim, há um aumento da frequência e da intensidade da dor”, explica o especialista.

Uma das principais características da neuralgia do trigêmeo é que não há sinais de perda da sensibilidade. Pelo contrário, alguns pacientes podem ter hiperestesia facial, ou seja, ter um excesso de sensibilidade em partes do rosto, assim como lacrimejamento em apenas um dos olhos.

Diagnóstico precisa ser apurado
Um dos principais problemas é que o paciente pode pensar que a dor tem relação com algum problema dentário, o que pode atrasar o diagnóstico. A investigação do diagnóstico é clínica, com base em um anamnese minuciosa e a exclusão de outras causas, como problemas dentários, cefaleia, tumores, etc. Pode ser feita por um neurocirurgião ou ainda por um neurologista.

A princípio, o tratamento adotado será o conservador, ou seja, a primeira opção é usar medicamentos e fisioterapia. Entretanto, quando o paciente que não responde à terapia medicamentosa, pode ser necessário realizar uma cirurgia.

De acordo com o dr. Iuri, atualmente os procedimentos cirúrgicos mais usados para tratar a neuralgia do trigêmeo são a descompressão neurovascular, a rizotomia por radiofrequência ou glicerol e balão no glânglio gasseriano. Cada método tem uma indicação e isso é avaliado de forma individual.

“A descompressão é uma técnica que apresenta um alívio da dor por tempo prolongado em cerca de 70% dos pacientes com mais de 10 anos de acometimento. Normalmente é indicada para pacientes jovens. É uma técnica que retira irregularidades nos ossos da base do crânio que estão perto do nervo trigêmeo, ou ainda que remove vasos sanguíneos que podem pulsar e desencadear a dor”, explica o dr. Iuri.

Já a rizotomia é uma técnica que destrói as fibras nervosas que causam a dor de forma irreversível. Embora a taxa de sucesso é alta, 97% nos anos iniciais, a pessoa irá perder a sensibilidade em boa parte da face. Por fim, o balão de compressão é uma técnica que oferece remissão da dor por mais tempo quando comparado aos outros métodos. É um procedimento rápido, feito com anestesia local e sem cortes. O neurocirurgião insere um cateter dentro da bochecha do paciente e um balão pequeno é inflado para comprimir o gânglio do trigêmeo, eliminando a dor em 98% dos casos.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Como tratar as olheiras



Genéticas ou adquiridas em virtude de maus hábitos, as olheiras são alterações estéticas que surgem na região das pálpebras. “Muitas vezes já é perceptível na infância como as de caráter genético; essas são presentes em algumas etnias como árabes, turcos, povos andinos e indianos, pois estas pessoas têm maior depósito natural de pigmento nesta região”, explica a dermatologista dra. Claudia Marçal, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “Já as olheiras mais violáceas ou mesmo as mistas com tons acastanhados e arroxeados podem surgir por noites mal dormidas, por excesso de bebida alcoólica, tabagismo, na TPM, por abuso da exposição solar, medicamentos e até por processos inflamatórios como rinite e sinusite crônica”, diferencia a médica.

Segundo a dermatologista, nos casos não-genéticos, ocorre um processo inflamatório local que produz derrame de pigmento de melanina e hemossiderina que se depositam na pele e a escurece de forma heterogênea, num processo progressivo e crônico trazendo um ar de cansaço. “Com relação às olheiras genéticas ou hereditárias, elas precisam de controle a vida toda, pois este depósito aumentado de pigmento na região ocular é um marcador genético ou étnico que não desaparecerá espontaneamente e exige tratamentos realizados pelo dermatologista para tratar e controlar o quadro posteriormente”, conta.

Outra forma de surgimento da pigmentação, de acordo com a médica, é o envelhecimento da pele da região que se torna cada dia mais fina, por vezes com perda de colágeno e sustentação tecidual, que leva ao encovamento da área orbital, deixando a pele mais sombreada e aderida às estruturas profundas com a visualização dos vasos e capilares. “As olheiras também pioram com a alimentação rica em açúcar e sal pois, assim como o álcool, edemacia a região tornando a pálpebra mais inchada e o pigmento depositado mais evidente.”
        

Tratamentos

O tratamento pode e deve ser realizado, de acordo com a especialista, com o uso de hidratantes específicos para a área dos olhos diariamente conjuntamente com ativos despigmentantes. A formulação deve conter: peptídeos, ácido hialurônico, silício, Cafeisilane C, antioxidantes como Vitamina C associados a retinol ou alfa-hidroxiácidos, meiyanol, ácido kójico, hidroxitirosol e alfa arbutin. “Podemos associar com ingredientes via oral de fotoproteção imunológica com Polypodium Leucotomos e Picnogenol, conjuntamente com Silício Orgânico Exsynutriment e ativos que melhorem a drenagem linfática e circulação”, explica.
Em cabine, a médica recomenda a aplicação do ácido hialurônico de hidratação para a região periorbital a cada trinta dias, em média três sessões para melhorar a flacidez, a espessura do tecido, a densidade e turgescência. “Se necessário, é possível complementar com uso de luz intensa pulsada para cromóforo de melanina que pode ser utilizada em associação com laser vascular como o ND Yag 1064 ou Pump Dye laser para tratar a rede vascular aumentada e ajudar na retirada do pigmento de hemossiderina por reagir com a hemoglobina da região. Esta aplicação deve ser realizada a cada trinta dias com número de sessões entre três a cinco”, comenta.
  

Ainda é possível rejuvenescer a pele com microagulhamento de ouro com radiofrequência ou laser de CO2. “Estes tratamentos em conjunto trazem muito bons resultados e podem ser repetidos sempre que necessário. O paciente tem sua rotina social e profissional preservada e fará a manutenção do resultado obtido com o uso da prescrição para uso domiciliar”, afirma. Além disto, destaca a médica, é importante conscientizar o paciente que as olheiras, apesar de serem inestéticas, não trazem alteração patológica à pele e que é preciso adquirir bons hábitos de vida e alimentação saudável na manutenção e prevenção desta hiperpigmentação indesejada.

Alternativa rápida
Quando se deseja um resultado rápido e momentâneo, a médica diz que a melhor opção é aplicar compressas de chá de camomila gelado por dez minutos e cabeceira elevada. “Isso promove vasoconstrição, diminuição do inchaço e ação anti-inflamatória pelo camazuleno e alfa bisabolol presentes na camomila.”

Produtos específicos
 

Segundo a médica, hoje em dia encontramos muitos cremes dermocosméticos, com aplicadores acoplados na ponta na forma de esferas e como pequenas espátulas siliconadas que massageiam a região hidratando e depositando muitas vezes cor e difusores óticos para iluminar, bem como patches que concentram os ativos na região necessária. "A aplicação de cremes com filtro solar na área é muito importante para evitar o escurecimento ou a repigmentação por sol, calor ou luz visível”, explica.


sexta-feira, 26 de maio de 2017

Dicas para evitar e aliviar rugas


Consideradas por algumas pessoas como marcas positivas de experiências de vida, as rugas podem ser um problema de extrema relevância para outras. Nesse caso, tratamentos específicos de prevenção garantem alívio aos interessados. De acordo com a dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (SP), Márcia Grieco, a adoção de hábitos saudáveis, como uso de protetor solar e a hidratação correta do organismo, são algumas delas.

No entanto, antes de começar os cuidados para melhor administrar o envelhecimento da pele, é preciso conhecer as suas causas. Didaticamente, a médica classifica os motivos em intrínsecos e extrínsecos. Os intrínsecos ou naturais (idade) decorrem de processos metabólicos e fisiológicos, como a produção de radicais livres e a diminuição da capacidade de produção de colágeno e elastina. Já os extrínsecos estão relacionados à influência do meio ambiente, como poluição, clima, alimentação, tabagismo e ação da radiação solar (fotoenvelhecimento).

Confira abaixo seis dicas da dermatologista:

·         Uso de cremes (tópicos) recomendados por especialistas. Esses produtos devem conter na fórmula substâncias que atuam na neoformação de colágeno: ácido retinoico, alfa hidróxiacido (ácido glicólico), ácido ascórbico e ácido hialurônico;

·         Adoção de fotoprotetores no dia a dia. Nesse caso, a utilização de FPS com antioxidantes (chá verde, vit E, retinol, ácido ferúlico e glicina da soja), que agem na diminuição da produção da metaloproteína e aumentam a resistência imunológica da pele, reparando o DNA das células;

·         Ingestão de nutracêuticos (compostos que podem ser utilizados para suprir alguma necessidade do organismo) com orientação médica. As cápsulas devem conter ativos, que atuam como antioxidantes e antiglicantes como polipodium leucotomus, luteína, Vit E e epigalocatequinas;

·         Prática da “dieta antienvelhecimento”. Nesse caso, evitar o açúcar, considerado o grande vilão por causar o endurecimento de fibras de colágeno e elastina;

·         Conscientização da importância de hábitos saudáveis para o corpo. Além do uso do FPS diariamente e de dieta equilibrada, fazer hidratação via oral (mínimo de 2 litros de água por dia) e exercícios físicos. O abandono do tabagismo também deve ser considerado;

·         Adoção de tratamentos estéticos. Peelings, luz pulsada e laser CO2 melhoram a textura e induzem a neocolagenese (novas fibras de colágeno); radiofrequência – aquecimento da pele a 40-41°C que melhora a firmeza; toxina botulínica nas áreas de rugas dinâmicas como fronte, pés de galinha e pescoço; além de preenchimento (com substâncias absorvíveis como ácido hialurônico e outros) nos sulcos e “volumização” da face.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Dicas para acabar com a celulite


A celulite se caracteriza por alteração do tecido subcutâneo, onde há aumento tanto da rigidez das fibras que sustentam a epiderme quanto da camada de gordura por debaixo da pele, tracionando a pele para baixo, causando os furinhos. Esse distúrbio é gerado por diversos fatores, como predisposição genética, sedentarismo, má qualidade da alimentação, como ingestão exagerada de açúcar e gorduras, entre outros.

O tratamento da celulite é baseado na combinação de uma série de medidas para melhorar o aspecto da pele e evitar o acúmulo de gordura e má circulação sanguínea, impedindo que mais furinhos apareçam.

Confira algumas dicas:

Alimentação saudável
Evite carboidratos como massas, pães e doces, gordura, fritura, excesso de sal, refrigerante não dietético, álcool e chocolate. Aposte em frutas, verduras, leguminosas, carboidratos integrais e bastante água.

Exercícios físicos
Não fique só no aeróbico, que ajuda a queimar gordura, mas não aumenta o tônus muscular. A flacidez da pele piora e muito o aspecto da celulite, portanto a musculação e a ginástica também devem ser inseridas no treino.

Tratamentos estéticos
Visam melhorar a elasticidade das traves de fibrose, reduzir e nivelar a camada de gordura e diminuir a tensão entre elas.
-Subincisão: por meio de agulhas, é capaz de retirar as travas na fibra que puxam a pele para baixo;
-Drenagem linfática: é bem importante para evitar a retenção de líquidos e pode ser feita de uma a duas vezes por semana, dependendo do grau da celulite;
-Radiofrequência: através do aquecimento da área, é capaz de remodelar o colágeno e aumentar a circulação do local, aumentar a elasticidade das fibras de colágeno.
-Ultrassom: por meio do aumento de energia causado pelo ultrassom, gera nivelamento entre as células e estímulo a produção de elastina, melhorando o aspecto externo e interno da celulite.

Cremes
Apesar de não penetrarem tão profundamente a ponto de dissolver a gordura, podem ajudar na qualidade da pele. São indicados os produtos à base de:
-Retinol, que aumenta a espessura do colágeno
-Cafeína, que inibe a produção de gordura, Gingko biloba, vitaminas E e C.

Artigo da dermatologista dra. Jucele Bettin


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Inverno, época de cuidar da pele


O tempo frio re­quer cuidados adicionais pa­ra manter a pele ma­cia e sem ressecamen­to. Ao mesmo tempo, o inverno representa um bom período para a realização de trata­mentos dermatológi­cos, que requerem me­nor exposição ao sol. Os procedimentos in­dicados para esta épo­ca do ano são, princi­palmente, o tratamen­to de rugas, a retira­da de pintas, manchas, vasos, tratamento para flacidez, procedimen­tos que estimulem a produção de colágeno, remoção de tatuagem, entre outros.

Segundo médica com especialização em Clínica Médica e Dermatologia dra. Paula Carleti Biasin(CRM 136051), entre os tratamentos está a plataforma So­lon de laser, sistema que possibilita a uti­lização de vários recursos terapêuticos em uma mesma sessão para máxima performan­ce. Com a luz pulsada pode-se tratar vasos, manchas e rosácea.

O sistema multiwave hair removal é uti­lizado para depilação, concentrando energia fotônica em comprimentos de onda especí­ficos na faixa do Ruby, Alexandrita ou Dio­do. O Nd-yag 1064nm é utilizado para re­mover vasinhos de fa­ce e da perna, também depilação em peles es­curas e tratamento de fungos nas unhas.

Já o Er-yag 2940nm é um laser ablativo, que estimula a produ­ção de colágeno, sen­do utilizado para reju­venescimento, cicatri­zes de acne, estrias. O Nd-yag Q-Switched é utilizado para remoção de tatuagens, melasma, olheiras.

A dermatologista ressalta que, além dos tratamen­tos a laser, os peelings com ácidos são uma ótima opção para es­ta época do ano. “Dependendo do ácido uti­lizado e de sua concentração podemos ter peelings superficiais, médios ou profundos, dependendo da indicação de cada pacien­te, tratando manchas, rugas, poros dilata­dos, sardas”, diz ela. “E não podemos esquecer da importância do uso do protetor solar o ano todo e hidrata­ção de acordo com o tipo de pele.”


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Mantenha a pele das mãos jovem por mais tempo

As mãos precisam de cuidados para permanecerem saudáveis, macias e com uma boa aparência. Assim como a pele do rosto, as mãos estão constantemente expostas e sofrem com os efeitos dos raios ultravioletas e dos mais diversos produtos químicos. Segundo o dermatologista Gilvan Alves (CRM 7940), ao longo dos anos as mãos tendem a ficar com aspecto envelhecido, ressecado e com manchas.
Isso acontece porque a pele nessa região é mais fina e possui menor quantidade de glândulas sebáceas, o que a torna mais vulneráveis à desidratação e às mudanças de temperaturas. O hábito constante de lavar as mãos, o uso de água quente, de produtos antibacterianos como sabonetes, álcool gel, e o manuseio com produtos químicos em geral agridem e ressecam a pele das mãos.
O especialista enumera alguns cuidados que devem ser tomados: escolher bem os produtos para higienização das mãos e não usar água muito quente; optar por sabonetes suaves, formulados com pH neutro, pois são menos agressivos; passar creme hidratante que contenha agentes emolientes, como a glicerina e alantoína, aplicando regularmente ao longo do dia.
“Também recomendo o uso de luvas ao manusear produtos químicos como detergentes, sabões, água sanitária. O protetor solar é indispensável. Aplicar ao sair de casa, principalmente se for dirigir, pois nessa hora as mãos ficam bastante expostas ao sol. Existem luvas próprias para dirigir com proteção solar no tecido”, finaliza o dermatologista.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Fisioterapia na sexualidade

As disfunções sexuais po­dem ocorrer em qualquer fase do ciclo de resposta se­xual, mas, segundo a fisioterapeuta Laura Ezequiel Rodrigues, três disfun­ções, em especial, po­dem ser muito bene­ficiadas com a fisiote­rapia. Confira:
Vaginismo: tipo de dor sexual na qual a mulher não consegue abrir normalmen­te a vagina para a penetração de qualquer objeto, seja o pênis, um absorvente inter­no, um dedo etc, mesmo que a mulher dese­je essa penetração. Sua característica princi­pal é uma contração involuntária da muscu­latura do assoalho pélvico (MAP), impossí­vel de controlar, que acaba “fechando” a en­trada do canal vaginal mesmo que a mulher esteja se esforçando para relaxar. A parte fí­sica do vaginismo pode apresentar compo­nentes relacionados ao conhecimento cor­poral e consciência genital, à elasticidade da entrada do canal vaginal, bem como de inco­ordenação muscular – neste caso, da MAP e, em casos mais severos, das musculaturas das coxas, glúteos e adjacências. O tratamen­to vai depender do grau observado em cada componente. Exercícios de autoconscienti­zação e redescoberta da sexualidade podem ser úteis para a consciência da região geni­tal. Exercícios específicos de contração e re­laxamento da MAP são fundamentais tanto para a consciência da região genital quanto para a coordenação motora local. A massa­gem perineal pode ser útil nos trabalhos de dessensibilização e elasticidade da entrada do canal vaginal.
Dispareunia: dor na relação sexual, que pode ser por uma tensão ou trigger points nos músculos vaginais. O objetivo será melhorar a flexibilidade e normaliza­ção do tônus.
Existem quatro tipos de dispareunia: pri­mária, quando acontece desde a primeira relação sexual; secundária, quando as rela­ções eram normais e passam a causar dores e desconfortos; situacional, que ocorre ape­nas em determinadas ocasiões e com deter­minados parceiros; generalizada, quando qualquer tipo de pene­tração causa descon­forto e/ou dores. As causas podem ser or­gânicas ou psicológi­cas. No primeiro caso, destacam-se infecções ou irritação do clitó­ris e infecção urinária. No caso das psicológi­cas, é causada por me­dos e tabus em relação ao ato sexual ou por falta de desejo pelo par­ceiro. A fisioterapia é responsável pela reali­zação de exercícios perineais, massagens pe­rineais e alongamentos musculares, pois au­xilia a mulher na percepção do próprio cor­po. Os exercícios não são invasivos e devem ser realizados em um lugar calmo, para que haja o relaxamento completo.
Anorgasmia: distúrbio que causa a falta de orgasmo numa relação sexual. Pode ocor­rer em homens e mulheres que têm uma vi­da sexual ativa, chegam a sentir prazer du­rante o ato sexual, mas não atingem o clímax. As causas comumente são de foro emocional, por falta de confiança no parceiro, falta de co­nhecimento do próprio corpo ou por algum problema físico (acidentes que causam pro­blemas ao nível da medula espinhal, proble­mas hormonais, corrimentos ou má forma­ção dos órgãos sexuais). No tratamento de uma disfunção sexual, o paciente deve ser pensado como um todo, emocional e físico, pois as emoções desencadeiam processos fí­sicos pela liberação de neurotransmissores. Para isso, torna-se importante o enfoque in­terdisciplinar com a participação de diversos profissionais, como ginecologista, psicólogo, sexológo e fisioterapeuta. Os tratamentos pa­ra a anorgasmia que têm maiores resultados são realizados por meio de fisioterapia uro­ginecológica, com exercícios e eletroestimu­lações específicas, com exercícios em mus­culatura em região pélvica.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Flacidez da pele: como prevenir e tratar


A pele é o órgão mais evidente do cor­po humano, tornando-se um marca­dor real da idade e importante para a autoestima. O envelhecimento é um proces­so fisiológico, dinâmico e imutável, que atin­ge todos os sistemas do organismo. E na pele não é diferente: ocorre a flacidez. O colágeno, componente fundamental do tecido conjunti­vo, e a elastina perdem sua qualidade, fazen­do com que as camadas de gordura sob a pele não consigam se manter uniformes.
Segundo a fisioterapeuta dermatofuncional Iara Esteves, a exposição solar inadequada e a má ali­mentação também são vilões da degeneraçã̃o das fibras elásticas. Aliada à diminuição da oxigenação dos tecidos, provoca desidratação da pele tendo como resultado o surgimento da flacidez e das rugas.
“Mas graças à ciência, temos tecnologias que buscam o rejuvenes­cimento corporal e facial”, conta diz a profissional.
A radiofrequência é uma dessas tecnologias que tem si­do utilizada com sucesso. Trata-se de uma radiação que alcança os tecidos, gerando energia e forte calor sobre as camadas mais profundas da pele. Mantendo a superfície resfriada e protegida, ocasiona a contração e reorganização das fibras colágenas existen­tes. Remodela o tecido e estimula a formação de novas fibras, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele.
“O estímulo da circulação local facilita a rea­bsorção de líquidos e a drenagem de resíduos celulares (toxinas e radicais livres). A ativa­ção do metabolismo favorece a lipólise (que­bra de gorduras), a nutrição e a oxi­genação dos teci­dos”, explica a fisioterapeuta. “Por isso, uti­lizada da forma correta, a radio­frequência pro­move um contor­no corporal mais bonito além da redução da celulite e adiposi­dades com aspecto ‘casca de laranja’.”
Mas, vale lembrar, que a tecnologia de for­ma isolada não faz milagres. “Sabemos que uma boa alimentação traz infinitos benefí­cios para a saúde”, ressalta Iara. “No caso da flacidez, o con­sumo excessivo de carboidrato agrava a situ­ação. E faça exercícios, pois embaixo da pele temos músculos que a sustentam, certo?”
Dicas: pratique exercícios físicos e beba bastante água; previna o fotoenvelhecimen­to da pele com uso diário do protetor solar; procure um nutricionista especializado.
Um tratamento estético seguro e efeti­vo deve ser norteado por uma boa avalia­ção e embasado em estudos com compro­vação científica.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pele bem cuidada em todas as fases da vida

A forma como a pele é tratada, pode revelar ou não a idade de uma pessoa. No entanto, por questões biológicas, em cada faixa etária é necessário dispensar atenções especiais para que ela continue saudável e jovem, pois o organismo, com o tempo, passa a produzir menos colágeno, por exemplo, que é importante para a elasticidade e firmeza da derme, sendo responsável pelo seu turgor.
Para sanar as dúvidas que muitas mulheres têm sobre os cuidados essenciais com a pele em cada etapa da vida, a dra. Eliandre Palermo (CRM-SP 78723 e RQE 27332), presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica separou, por ordem cronológica, os cuidados essenciais com a pele.
Na infância
Nesta fase da vida, a pele é macia, brilhosa e firme. Por ser frágil e sensível, está sujeita a desenvolver alergias, assaduras e brotoejas, problemas muito comuns. A principal dica é evitar o uso de produtos com fragrâncias fortes e optar por cosméticos desenvolvidos exclusivamente para crianças. A idade indicativa geralmente consta no rótulo.
Na adolescência
A puberdade é a fase da ebulição dos hormônios. Nela as glândulas sebáceas se tornam mais ativas, aumentando a produção de oleosidade da pele. Por isso, muitos a consideram a mais cruel, pois é neste período que acnes e espinhas – de todos os tamanhos e intensidade – se desenvolvem com rapidez, mexendo muito com a autoestima do adolescente. Vale lembrar que os casos mais veementes necessitam de acompanhamento dermatológico. Já nas situações mais brandas o principal cuidado é: limpar bem a pele oleosa, pois isso ajudará a manter os poros desobstruídos, prevenindo o aparecimento da acne. Quem tem tendência à acne, deve usar maquiagem e produtos oil free, não comedogênicos e com efeito matificante. O importante é não obstruir ainda mais os poros. O passo a passo de uma boa limpeza de pele é:
1- Limpador: pode ser sabonete ou loção sem sabão para peles mais sensíveis;
2- Esfoliante;
3- Tônico ou adstringentes podem ou não ser usados. Para peles sensíveis é melhor pular essa etapa;
4- Hidratação com produtos oil free;
5- Fotoproteção com filtro não oleoso
Aos 20 anos
Nesta idade o foco maior é em prevenção e cuidados básicos. É também nesta fase que a pele se apresenta no ápice de sua firmeza. Para que ela permaneça vistosa é indispensável mantê-la sempre bem limpa e higienizada. Trata-se de uma idade em que há maior tendência ao uso de maquiagem, por isso é importante higienizar a pele com produtos específicos, usar adstringente para remover a oleosidade e aplicar demaquilante para remover a maquiagem. Outra medida importante é utilizar diariamente um filtro solar, para protegê-la dos danos causados pela radiação UV.
Aos 30 anos
É aqui que podem ter início as primeiras rugas, principalmente ao redor dos olhos, da boca e na região da fronte.  Pessoas de pele mais clara e com tendência à formação de vincos ao sorrir ou se expressar, precisam ficar mais atentas. Aos 30 anos, além dos cuidados básicos dos 20, recomenda-se o uso de um creme ou hidratante para prevenção de sinais com ativos, como vitamina C, Ácido Hialurônico, Vitamina E e retinol, para tratar esses primeiros sinais. A paciente também pode avaliar, em consulta com um dermatologista, a necessidade de um tratamento preventivo com aplicação de toxina botulínica, preenchimentos de linhas e sulcos ou um laser não ablativo.
Aos 40 e aos 50 anos
Nesta fase podemos complementar os cuidados básicos com um tratamento específico para amenizar rugas e manchas. Aumentar o FPS do filtro solar também é importante, principalmente se a paciente já apresentar ou notar piora nas rugas ou manchas da pele. O momento é oportuno também para iniciar um tratamento mais efetivo para correção de linhas ou sinais e de reestruturação do envelhecimento facial com uma nova abordagem dos preenchedores usados de forma a sustentar e repor formas perdidas no envelhecimento. É indicado também usar um hidratante com maior poder umectante, pois a pele pode mostrar maior tendência ao ressecamento. Para mulheres desta faixa etária, podem ser indicados tratamentos com toxina botulínica também no pescoço e preenchimentos de efeito lifting na face e no contorno da mandíbula, laser e tecnologias que estimulem a renovação do colágeno, como infravermelho e Radiofrequência. 
A partir dos 60 anos
Todas as mudanças ocorridas até agora se tornam mais evidentes após a sexta década. Apesar de ser inevitável viver sem as rugas, é possível ameniza-las. Todos os tratamentos anteriores se realizados na época correta podem tornam mais fáceis a manutenção dos tratamentos nesta fase. Mas não desanime se você vai começar agora, o importante é não querer realizar tudo de forma intempestiva e escolher bem um profissional que respeite e avalie bem o seu biótipo, suas características individuais, seu estilo de vida e suas necessidades. Todos os tratamentos citados podem ser realizados incluindo as cirurgias plásticas, que podem complementar os tratamentos minimamente invasivos para manter os resultados mais duradouros e naturais. Já para aqueles que não querem cirurgias, existe uma gama de possibilidades de tratamentos não invasivos que amenizam rugas e mantem a jovialidade da pele de modo natural e seguro.
Recomendações finais
Cuidar bem da pele é muito importante em qualquer idade. Prestar atenção na genética e observar como a pele de nossas mães e avós reagiram ao passar do tempo pode ser uma forma interessante de prevenir ou evitar eventuais problemas. É necessário também manter uma alimentação balanceada, uma vez que a harmonia das vitaminas, proteínas e minerais influenciarão diretamente na pele e seus anexos. Evite fumar, durma bem, faça exercícios regularmente e mantenha atividade que lhe façam bem pois a felicidade é um dos mantenedores da beleza e da saúde.