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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Fisioterapia na sexualidade

As disfunções sexuais po­dem ocorrer em qualquer fase do ciclo de resposta se­xual, mas, segundo a fisioterapeuta Laura Ezequiel Rodrigues, três disfun­ções, em especial, po­dem ser muito bene­ficiadas com a fisiote­rapia. Confira:
Vaginismo: tipo de dor sexual na qual a mulher não consegue abrir normalmen­te a vagina para a penetração de qualquer objeto, seja o pênis, um absorvente inter­no, um dedo etc, mesmo que a mulher dese­je essa penetração. Sua característica princi­pal é uma contração involuntária da muscu­latura do assoalho pélvico (MAP), impossí­vel de controlar, que acaba “fechando” a en­trada do canal vaginal mesmo que a mulher esteja se esforçando para relaxar. A parte fí­sica do vaginismo pode apresentar compo­nentes relacionados ao conhecimento cor­poral e consciência genital, à elasticidade da entrada do canal vaginal, bem como de inco­ordenação muscular – neste caso, da MAP e, em casos mais severos, das musculaturas das coxas, glúteos e adjacências. O tratamen­to vai depender do grau observado em cada componente. Exercícios de autoconscienti­zação e redescoberta da sexualidade podem ser úteis para a consciência da região geni­tal. Exercícios específicos de contração e re­laxamento da MAP são fundamentais tanto para a consciência da região genital quanto para a coordenação motora local. A massa­gem perineal pode ser útil nos trabalhos de dessensibilização e elasticidade da entrada do canal vaginal.
Dispareunia: dor na relação sexual, que pode ser por uma tensão ou trigger points nos músculos vaginais. O objetivo será melhorar a flexibilidade e normaliza­ção do tônus.
Existem quatro tipos de dispareunia: pri­mária, quando acontece desde a primeira relação sexual; secundária, quando as rela­ções eram normais e passam a causar dores e desconfortos; situacional, que ocorre ape­nas em determinadas ocasiões e com deter­minados parceiros; generalizada, quando qualquer tipo de pene­tração causa descon­forto e/ou dores. As causas podem ser or­gânicas ou psicológi­cas. No primeiro caso, destacam-se infecções ou irritação do clitó­ris e infecção urinária. No caso das psicológi­cas, é causada por me­dos e tabus em relação ao ato sexual ou por falta de desejo pelo par­ceiro. A fisioterapia é responsável pela reali­zação de exercícios perineais, massagens pe­rineais e alongamentos musculares, pois au­xilia a mulher na percepção do próprio cor­po. Os exercícios não são invasivos e devem ser realizados em um lugar calmo, para que haja o relaxamento completo.
Anorgasmia: distúrbio que causa a falta de orgasmo numa relação sexual. Pode ocor­rer em homens e mulheres que têm uma vi­da sexual ativa, chegam a sentir prazer du­rante o ato sexual, mas não atingem o clímax. As causas comumente são de foro emocional, por falta de confiança no parceiro, falta de co­nhecimento do próprio corpo ou por algum problema físico (acidentes que causam pro­blemas ao nível da medula espinhal, proble­mas hormonais, corrimentos ou má forma­ção dos órgãos sexuais). No tratamento de uma disfunção sexual, o paciente deve ser pensado como um todo, emocional e físico, pois as emoções desencadeiam processos fí­sicos pela liberação de neurotransmissores. Para isso, torna-se importante o enfoque in­terdisciplinar com a participação de diversos profissionais, como ginecologista, psicólogo, sexológo e fisioterapeuta. Os tratamentos pa­ra a anorgasmia que têm maiores resultados são realizados por meio de fisioterapia uro­ginecológica, com exercícios e eletroestimu­lações específicas, com exercícios em mus­culatura em região pélvica.


terça-feira, 13 de maio de 2014

Sexualidade: olhe para a sua!

Hoje em dia, a sexualidade humana não é mais limitada à reprodução da espécie; os tempos são outros, e agora ela está vinculada a vários fatores – biológicos, psicológicos, socioeconômicos, culturais, étnicos, espiritual e religioso.
Quando o assunto é problema sexual, a Psicologia cuida de várias patologias:
- Aversão sexual - quando a relação produz medo ou ansiedade suficiente para que o ato seja evitado.
- Compulsão sexual - impulso ou tentação de realizar atos ou fantasias sexuais, gerando alívio ou gratificação.
- Dispareunia - dores durante as relações sexuais; ocorre tanto no homem quanto na mulher.
- Ejaculação precoce - não consegue controlar a ejaculação.
- Vaginismo - espasmo da musculatura da vagina, impossibilitando a penetração do pênis, causando muita dor na mulher.
- Transtornos de identidade sexual - começa na infância e transcorre para a adolescência; é caracterizado por um intenso sofrimento quanto à sua identidade sexual.
E quando é hora de procurar ajuda profissional? Quando o problema começa a angustiar os seus dias, vai batendo uma tristeza profunda e, o pior, você começa a culpar tudo e a todos, é a hora de procurar ajuda. O tratamento não tem regra – cada caso é único e específico, e depende muito de cada pessoa.
A sexualidade influencia expressivamente na vida do casal, e quando um dois nega esse valor, a terapia é uma das ferramentas importantíssimas. O terapeuta é um mediador entre o casal estabelecendo entre eles o diálogo. Em muitos casos, ainda se amam e se desejam, mas se perderam diante de tantas ofensas e cobranças.
Ainda existe muito preconceito quando o assunto é sexo. Tanto homem quanto a mulher, por terem visões totalmente diferentes e discordarem o tempo todo, preferem não falar do assunto, gerando assim um abismo entre eles.
Os adolescentes a partir de 11 ou 12 anos procuram ajuda muitas vezes por curiosidade, e por terem vergonha ou dificuldade em falar com os pais. É um momento muito importante na vida deles e uma boa base é fundamental para um desenvolvimento do autoconhecimento de forma equilibrada e sábia.

(Artigo da psicóloga Cláudia Hallgren)