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quinta-feira, 27 de julho de 2023

Vaginismo tem cura

 


Vaginismo é uma disfunção sexual fe­minina que provoca a contração invo­luntária (não intencional) dos mús­culos do assoalho pélvico, tornando dolorosa ou impossível a penetração, quer seja duran­te a relação sexual e/ou na introdução de ab­sorvente interno, espéculo vaginal, aplicador de pomada, entre outros objetos, mesmo que a mulher tenha o desejo em realizá-lo.

Segundo Raquel Piovesana (Crefito 78132-F), fisioterapeuta, especialista em fisioterapia pélvica, dor, ardor, câimbras em glúteos e mem­bros inferiores e a impossibilidade de pe­netração completa são alguns dos sintomas mais frequentes desta disfunção. Essa con­tração muscular excessiva é uma reação de­fensiva do corpo em situações consideradas inconscientemente ameaçadoras ou em res­posta a um estímulo de dor. O vaginismo pode afetar mulheres de dife­rentes maneiras.

Há casos de pacientes que conseguem realizar exames ginecológicos, mas não são capazes de ter relações sexuais. Outras têm relações somente com penetração parcial e relatam dor, sensação de ardência e/ ou queimação. A dificuldade é constante e re­corrente, podendo ocorrer em uma situação e não obrigatoriamente nas demais.

Tipos de vaginismo:

- Primário: dificuldade apresentada desde a primeira tentativa de penetração.

- Secundário ou adquirido: o principal si­nal é o aparecimento de dor progressiva du­rante a relação sexual. É quando a mulher, já em sua vida sexual ativa, desenvolve a dis­função, havendo ou não cau­sa física ou psi­cológica.

Diagnósti­co: o diagnós­tico do vaginis­mo é feito pe­lo histórico do paciente, exa­me clínico e por exames de imagem, se necessário, para afastar algum problema orgânico.

Tratamento: após excluir e tratar as cau­sas orgânicas é importante dar apoio emocio­nal, avaliar a necessidade de tratamento por psicoterapia, fisioterapia do assoalho pélvico, terapia cognitiva-comportamental, biofeed­back, focando no componente da dor. O tratamento fisioterapêutico tem indica­ção primária e engloba técnicas como: auto­conhecimento da anatomia, relaxamento, te­rapias manuais, eletroestimulação, biofeed­back e cinesioterapia. Apesar de essa disfunção atingir de forma avassaladora a vida da mulher, o vaginismo apresenta 100% de cura!




 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Fisioterapia na sexualidade

As disfunções sexuais po­dem ocorrer em qualquer fase do ciclo de resposta se­xual, mas, segundo a fisioterapeuta Laura Ezequiel Rodrigues, três disfun­ções, em especial, po­dem ser muito bene­ficiadas com a fisiote­rapia. Confira:
Vaginismo: tipo de dor sexual na qual a mulher não consegue abrir normalmen­te a vagina para a penetração de qualquer objeto, seja o pênis, um absorvente inter­no, um dedo etc, mesmo que a mulher dese­je essa penetração. Sua característica princi­pal é uma contração involuntária da muscu­latura do assoalho pélvico (MAP), impossí­vel de controlar, que acaba “fechando” a en­trada do canal vaginal mesmo que a mulher esteja se esforçando para relaxar. A parte fí­sica do vaginismo pode apresentar compo­nentes relacionados ao conhecimento cor­poral e consciência genital, à elasticidade da entrada do canal vaginal, bem como de inco­ordenação muscular – neste caso, da MAP e, em casos mais severos, das musculaturas das coxas, glúteos e adjacências. O tratamen­to vai depender do grau observado em cada componente. Exercícios de autoconscienti­zação e redescoberta da sexualidade podem ser úteis para a consciência da região geni­tal. Exercícios específicos de contração e re­laxamento da MAP são fundamentais tanto para a consciência da região genital quanto para a coordenação motora local. A massa­gem perineal pode ser útil nos trabalhos de dessensibilização e elasticidade da entrada do canal vaginal.
Dispareunia: dor na relação sexual, que pode ser por uma tensão ou trigger points nos músculos vaginais. O objetivo será melhorar a flexibilidade e normaliza­ção do tônus.
Existem quatro tipos de dispareunia: pri­mária, quando acontece desde a primeira relação sexual; secundária, quando as rela­ções eram normais e passam a causar dores e desconfortos; situacional, que ocorre ape­nas em determinadas ocasiões e com deter­minados parceiros; generalizada, quando qualquer tipo de pene­tração causa descon­forto e/ou dores. As causas podem ser or­gânicas ou psicológi­cas. No primeiro caso, destacam-se infecções ou irritação do clitó­ris e infecção urinária. No caso das psicológi­cas, é causada por me­dos e tabus em relação ao ato sexual ou por falta de desejo pelo par­ceiro. A fisioterapia é responsável pela reali­zação de exercícios perineais, massagens pe­rineais e alongamentos musculares, pois au­xilia a mulher na percepção do próprio cor­po. Os exercícios não são invasivos e devem ser realizados em um lugar calmo, para que haja o relaxamento completo.
Anorgasmia: distúrbio que causa a falta de orgasmo numa relação sexual. Pode ocor­rer em homens e mulheres que têm uma vi­da sexual ativa, chegam a sentir prazer du­rante o ato sexual, mas não atingem o clímax. As causas comumente são de foro emocional, por falta de confiança no parceiro, falta de co­nhecimento do próprio corpo ou por algum problema físico (acidentes que causam pro­blemas ao nível da medula espinhal, proble­mas hormonais, corrimentos ou má forma­ção dos órgãos sexuais). No tratamento de uma disfunção sexual, o paciente deve ser pensado como um todo, emocional e físico, pois as emoções desencadeiam processos fí­sicos pela liberação de neurotransmissores. Para isso, torna-se importante o enfoque in­terdisciplinar com a participação de diversos profissionais, como ginecologista, psicólogo, sexológo e fisioterapeuta. Os tratamentos pa­ra a anorgasmia que têm maiores resultados são realizados por meio de fisioterapia uro­ginecológica, com exercícios e eletroestimu­lações específicas, com exercícios em mus­culatura em região pélvica.