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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Câncer de pele, o mais comum em homens e mulheres no Brasil


No Brasil, o câncer de pele é o tipo mais comum, tanto em homens quanto em mulheres.  A doença é provocada pelo crescimento anormal e sem controle de células que compõem a pele. Embora corresponda a 25% de todos os tumores malignos registrados no País, apenas 4% são do tipo mais grave.
“Os tipos de câncer de pele mais comuns são os carcinomas basocelulares (CBC) e espinocelulares (CEC), que são menos agressivos e têm alta taxa de cura, especialmente com a detecção precoce do problema. O tipo melanoma, que é realmente o mais grave, felizmente é o menos frequente também”, afirma a dermatologista Christiana Blattner, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Para noções de comparação, a estimativa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) para novos casos de câncer de pele em 2016 é de cerca de 175 mil do tipo não melanoma e pouco mais de 5600 novos casos de câncer de pele tipo melanoma.
Prevenção e esclarecimentos sobre os filtros solares
A radiação ultravioleta decorrente da exposição excessiva ao sol é a principal responsável pelo desenvolvimento dos tumores de pele do tipo não melanoma. “A correta prevenção contra os raios solares, é uma arma importante de prevenção, por isso o uso dos filtros protetores precisa virar um hábito”, alerta a dermatologista.
A capacidade de proteção dos filtros solares depende da sua eficiência de ser espalhado pelo corpo. “Os mais eficientes são creme-gel ou loção, pois seus componentes são dissolvidos em substâncias mais oleosas, formando um filme mais regular na pele”, explica a médica. “O protetor em gel pode formar um fenômeno chamado rolling (esfarelamento do gel e formação de “bananinhas”), e se não for bem aplicado, perde sua eficiência, assim como os protetores em spray, que são em base aquosa ou oleosa. O maior problema é que se não forem passados em toda superfície, não proporcionam a fotoproteção adequada. Além disso, o spray sai rápido da pele, e não é possível ver onde exatamente está sendo aplicado”, acrescenta a especialista.
Os filtros devem ser aplicados a cada 2 ou 3 horas, quando estiver em áreas expostas ao sol, se houver muito suor ou longos períodos em imersão na água.  A aplicação deve ser realizada cerca de 20 minutos antes da exposição.
Proteção solar e a utilização de repelentes
Mas como proteger a pele do sol e também de outras ameaças, como picadas de mosquitos? Em tempos de alerta contra o mosquito Aedes Aegypti, que pode transmitir o vírus da febre amarela, dengue, zika e chikungunya, muita gente fica em dúvida sobre que produto utilizar primeiro: repelente, ou protetor solar?
A resposta: “use primeiro o protetor solar. Espalhe-o em todas as áreas expostas e, cerca de 15 minutos depois, quando a pele já o tiver absorvido, utilize o repelente”, orienta a dra. Christiana.
Novas descobertas para tratar o melanoma
Embora menos frequente, o câncer de pele do tipo melanoma é o que causa mais preocupação, por ser mais grave. Mais resistente aos tratamentos tradicionais de combate ao câncer, ele é a forma da doença com maior risco de se espalhar para outros órgãos além da pele (metástase).
Nos últimos anos, a ciência tem avançado bastante e já existem alguns medicamentos que conseguem evitar que o melanoma se espalhe. Outra linha de atuação para controlar o melanoma é o uso de medicamentos que reforçam o sistema imunológico. “Quando há um agente agressor no corpo, seja um vírus ou uma bactéria, por exemplo, nosso sistema imunológico ‘acorda’ para atacá-lo, e depois se desliga naturalmente. Muitas vezes, os tumores ‘desligam’ o sistema imunológico antes que ele consiga combatê-los.  O que esses medicamentos fazem é fortalecer o sistema imunológico para evitar isso. Essa é uma linha de atuação que ainda demanda estudos, mas tem se mostrado promissora para tratar vários tipos de câncer”, conclui a especialista.



sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Combatendo o câncer de próstata


O câncer de próstata é o câncer mais frequente no sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estatísticas apontam que a cada seis homens, um é portador da doença.
Em primeiro lugar, o que é e pra que serve a próstata? A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, de forma e tamanho semelhantes a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.
A próstata normalmente começa a crescer de tamanho a partir dos 40 anos. E o câncer de próstata acontece quando as células deste órgão começam a se multiplicar de forma desordenada, isto é, uma mutação de células da próstata.
O câncer de próstata é o câncer mais frequente no sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estatísticas apontam que a cada seis homens, um é portador da doença. E desses, 1 em cada 34 irá morrer da doença. A estimativa é de que, em 2015, cerca de 68 mil novos casos sejam diagnosticados, isto é, a descoberta de um caso a cada 7,6 minutos. Em 2011, para se ter uma ideia, houve um óbito a cada 40 minutos, por câncer de próstata.
No intuito de aumentar a detecção precoce desse câncer, é realizada a prevenção anual, com o urologista. Os dois principais exames são o PSA (colhido no sangue) e o toque retal.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens a partir de 50 anos procurem seu urologista para iniciar a prevenção para a doença. Aqueles com maior risco da doença (história familiar, raça negra, fumantes, obesos) devem procurar o urologista a partir dos 45 anos. 
Você pode pensar: vou esperar ter algum sintoma urinário para depois procurar o médico. Mas aí que mora o perigo! Normalmente o câncer de próstata só causa sintomas quando já está avançado, por isso que a população deve procurar o urologista, mesmo sem sintomas, a partir de certa idade, para a prevenção. Além disso, não é possível evitar o câncer de próstata, mas com um diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90%.
Ai vem a dúvida: será que posso só fazer o exame de sangue (PSA) e não fazer o toque retal? Veja bem, até o momento não há um exame que substitua o toque retal, pois nele, o urologista avalia a presença ou não de nódulos (pequenos caroços) na próstata, além de outras alterações da glândula. A dosagem sanguínea do PSA diagnostica a grande maioria dos tumores porém, em torno de 10 a 20% dos casos não são detectados, sendo os mesmos descobertos pelo toque retal. Então o toque retal é um exame importantíssimo! 
Mas ainda hoje o toque retal é um “tabu” para alguns homens, mesmo com toda a informação disponível. Perca o medo! O toque retal é um exame rápido, simples, praticamente indolor e que não fere a masculinidade de nenhum homem!
Caso o tumor não seja encontrado no início e já esteja avançado, o paciente pode sentir dificuldade para urinar e levantar várias vezes à noite para ir ao banheiro, dor óssea, queda do estado geral, insuficiência renal. Lembre-se que alguns sintomas descritos acima podem acontecer também somente por um simples aumento benigno da próstata, que ocorre a partir dos 40 anos.
Quanto ao tratamento, de acordo com a fase do tumor e as características do paciente, o médico poderá definir quais as melhores formas de tratamento. Nos estágios iniciais da doença (tumores localizados e localmente avançados) a cirurgia, radioterapia ou até observação monitorada podem ser realizadas. A cirurgia pode ser feita de três formas: aberta, via laparoscópica ou por robótica, sendo as duas últimas abordagens, com incisões menores na pele. Caso a conduta seja por cirurgia, o urologista irá decidir junto com o paciente qual é a melhor para o seu caso.
Então, não só em novembro, mas especialmente neste mês, no qual se orienta sobre o combate ao câncer de próstata, avise o máximo de pessoas possíveis sobre esta doença, para que esta ideia se difunda e tenhamos cada vez menos pessoas padecendo deste mal.

(Artigo do urologista dr. Fernando Tardelli)