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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Rinoplastia pode ter fins estéticos e funcionais



Depois da lipoaspiração e do aumento das mamas, um dos procedimentos que têm mais procura nos consultórios de cirurgiões plásticos no Brasil é a rinoplastia, cirurgia plástica para redesenhar e modelar o formato do nariz.

Mas, antes de falar sobre a rinoplastia, que tal conhecer algumas curiosidades sobre o nariz?

Um estudo publicado na revista científica Plos Genetics,em 2017, revelou que o clima foi o responsável pelos diferentes formatos de nariz que conhecemos hoje. A pesquisa apontou que os moradores de lugares mais frios, como os Europeus, por exemplo, tinham o nariz mais estreito para aquecer e umedecer o ar antes dele chegar aos pulmões.

Essa característica era fundamental para prevenir as doenças respiratórias.
A mesma pesquisa apontou que os narizes mais largos eram mais comuns em populações de regiões mais quentes e úmidas, como a África, por exemplo. Portanto, o formato do seu nariz tem grande influência dos seus antepassados e da evolução da humanidade.

Todavia, à parte da evolução humana e da origem dos seus antepassados, o fato é que por estar localizado no centro da face, o nariz tem grande importância para a harmonia facial. E é por isso que a rinoplastia é um dos procedimentos com maior procura quando se fala em cirurgia plástica estética.

Além disso, em muitos casos, a rinoplastia é feita também para corrigir problemas respiratórios causados pelo desvio de septo nasal e por hipertrofia (aumento anormal) nos cornetos nasais.

Tamanho é a principal queixa
Segundo o cirurgião plástico. Luiz Molina, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a rinoplastia pode equilibrar a aparência do nariz quando este é muito grande, muito largo na ponta, com depressões visíveis, caído, muito virado para cima ou ainda quando apresenta uma assimetria muito grande (diferença entre um lado e outro).

“A cirurgia tem como principal objetivo criar uma harmonia facial e corrigir as proporções e possíveis deformidades do nariz. Atualmente, graças aos avanços das técnicas cirúrgicas e do conhecimento mais apurado sobre a harmonia facial, a rinoplastia é feita para adequar o nariz de acordo com as características faciais individuais. Isso contribui para que o resultado seja o mais natural possível. Essa abordagem mais cuidadosa, portanto, procura o equilíbrio e harmonia na aparência”, comenta o dr. Molina.

Rinoplastia e desvio de septo
O desvio de septo é uma condição que leva muitas pessoas a procurarem a rinoplastia. Nestes casos, a cirurgia é estética e funcional. “Traumas na infância ou em qualquer fase da vida podem levar ao desvio do septo nasal, cartilagem que separa as cavidades nasais. O que nem todo mundo sabe é o septo não é reto na maior parte da população, sem causar nenhum problema. Porém, quando este desvio é muito acentuado, pode levar à dificuldade para respirar”, explica o especialista.

Segundo o cirurgião, o desvio acentuado, além de dificultar a respiração, pode levar a quadros crônicos de sinusites, sangramentos e acúmulo de secreções. “Do ponto de vista estético, dependendo do desvio, pode também levar a deformidades no nariz. Por isso, nestes casos, a cirurgia é feita para melhorar o funcionamento e a aparência do nariz. Esta cirurgia é chamada de septoplastia”, ressalta

Há ainda uma outra deformidade que pode atrapalhar a respiração, que ocorre nos cornetos nasais, ossos que se localizam no interior do nariz e são recobertos por tecido esponjoso e pela mucosa nasal. “Algumas pessoas apresentam hipertrofia dos cornetos, que pode levar à obstrução total ou parcial das vias respiratórias. Portanto, nestes pacientes, é feita a turbinectomia para corrigir o tamanho dos cornetos”, diz o médico.

Quando fazer?
A rinoplastia pode ser feita em qualquer fase da vida, porém em adolescentes é indicado esperar até que se complete o desenvolvimento ósseo e cartilaginoso, que ocorre por volta dos 14 anos de idade. Mas, se há problemas funcionais, pode ser necessário antecipar a cirurgia.

Como é a recuperação?
Os eventos esperados após a rinoplastia estão relacionados ao edema (inchaço) e hematomas. O lado bom é que é uma região menos sensível à dor. O desconforto é mínimo, porém a melhora do inchaço é mais demorada. Além disso, o resultado só pode ser visto depois de alguns meses, quando o edema e os hematomas desaparecem.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Quando começar a reposição hormonal?



Queixas frequentes na época da menopausa, como ondas súbitas de calor e suor (fogachos, como são conhecidos), alterações de humor e de sono, além da diminuição no desejo sexual, podem limitar a rotina diária da mulher. A fase do climatério, quando a mulher começa a transição para um período não reprodutivo, faz com que alguns hormônios, como  o estrogênio e a progesterona, diminuam bruscamente sua produção - ocasionando alterações corporais e psicológicas. A Terapia Hormonal (TH), indicada por especialista, pode auxiliar e diminuir os efeitos que a falta do hormônio natural acarreta.

Entretanto, a reposição de hormônios não é um termo exclusivo para o período da menopausa ou andropausa. De acordo com a endocrinologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Paraná (SBEM-PR), Gleyne Lopes Kujew Biagini, a reposição cabe a todas as doenças da área endocrinológica. 

"A TH é a administração de medicamentos com uma ou várias ações hormonais, com a função de restabelecer o equilíbrio do funcionamento do organismo. É indicado para homens, mulheres ou crianças, sempre que uma ou mais glândulas apresentam funções em desacordo com a harmonia sistêmica. As que  possuem deficiência do hormônio do crescimento, por exemplo, ou pessoas que precisam repor a insulina no diabetes, também recebem reposição”, explica a médica.

O tratamento para mulheres no climatério consiste, na maioria das vezes, na reposição de estrogênio. Mulheres que tiveram infarto, doenças no fígado, câncer, derrame, tromboses ou mesmo as que tiveram a última menstruação há mais de sete anos, precisam de atenção especial, com avaliação multidisciplinar e acompanhamento frequente. Já nos homens, a reposição é feita com testosterona e as restrições valem para aqueles que são portadores de tumores, obesos e sedentários. “Cada caso deve ser avaliado e estudado para que seja possível encontrar a melhor solução”, sinaliza Gleyne.

Os hormônios podem ser administrados oralmente, na forma de comprimidos, em gel ou ainda com adesivos. “Especificamente no período de climatério, a melhor forma parece ser  a tópica [gel e adesivo], mas depende de uma discussão aberta com o paciente”, ressalta a médica. O tempo de uso depende da avaliação: o nível de deficiência e os benefícios da manutenção variam de paciente para paciente. 

Segundo a médica, não há idade ideal para começar o tratamento, mas, nas mulheres, é mais indicado é por volta dos 45 anos: “Não há comprovação científica de que a reposição hormonal após a menopausa prolongue a vida ou evite doenças. Os sintomas que levam à perda da qualidade de vida nessa época são os determinantes para o início do tratamento”. Nos homens também não há restrição de idade - o que determina o início é o diagnóstico. “Se for detectada deficiência de hormônio aos 13 anos, por exemplo, essa é a idade que deve-se  iniciar a TH”, completa Gleyne.

A determinação se há necessidade de reposição deve ser feita exclusivamente por um médico treinado na área de endocrinologia, seja um endocrinologista, urologista ou ginecologista. A avaliação do endocrinologista, entretanto, traz mais segurança ao paciente, visto que todas as glândulas do corpo serão avaliadas em conjunto. A indicação da TH, seguindo doses adequadas, com uma análise individual e do histórico familiar, traz riscos mínimos de complicações. Além da TH, a prática de exercícios físicos, acompanhada por profissionais da área, também contribuem para uma qualidade de vida melhor nesta fase.