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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Estresse aumenta risco cardiovascular em crianças e jovens com excesso de peso


Em estudo descrito em sua tese de doutorado em psicologia, que acaba de ser
apresentada à Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a professora Anita Colletes Bellodi constatou que, sob estresse, crianças e adolescentes com excesso de peso tendem a apresentar níveis de colesterol mais elevados, fator que aumenta os seus riscos
cardiovasculares. Num universo de 3.471 estudantes de sete a 13 anos, matriculados em escolas públicas do município, 33,7% apresentavam excesso de peso (sendo 17,5% obesos e 16,2% com sobrepeso).

Em outro recorte de sua monografia, a cientista compilou amplos dados da literatura referente ao excesso de peso na faixa etária entre três e 18 anos. Verificou que a depressão e a ansiedade estão mais presentes em obesos e nos que têm sobrepeso do que naqueles com peso normal.

O trabalho da professora também abordou estudo com 80 participantes, sendo 40 pacientes, de três a 17 anos, do ambulatório de endocrinologia de um hospital campineiro, e os seus 40 cuidadores familiares (mães, pais ou outro responsável). Verificou-se que a origem do excesso de peso nas crianças e adolescentes está associada a problemas com a saúde das mães, principalmente diabetes e complicações na gravidez e no parto. 

Conclui-se, ainda, que os pacientes com características de afeto negativo têm mais dificuldade para lidar com situações de estresse, depressão e ansiedade.


Em sua monografia, considerando os resultados dos três estudos abordados no trabalho, a professora Anita Colletes Bellodi observa ser insuficiente o tratamento para excesso de peso baseado exclusivamente em hábitos saudáveis, exercícios físicos, dieta adequada e procedimentos clínicos padronizados. "Para prevenção de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, sugere-se mais foco na saúde materna e ações que reduzam o risco psicossocial, incluindo a avaliação do estresse e suas causas", observa a psicóloga.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Exercício físico trata e previne síndrome metabólica

A Síndrome Metabólica (S. M.) é uma doença representada por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionado à deposição de gordura na região abdominal e à resistência à insulina. É importante destacar a associação da S. M. com a doença cardiovascular, aumentando a mortalidade geral em cerca de 1,5 vezes e a cardiovascular em cerca de 2,5 vezes.
Segundo o Programa Nacional de Educação e Tratamento de Colesterol dos Estados Unidos, a S. M. representa a combinação de pelo menos três componentes dos riscos: obesidade abdominal por meio de circunferência abdominal (homens > 102 cm e mulheres > 88 cm), triglicerídeos, pressão arterial e glicemia de jejum elevados, e HDL colesterol baixo. Para diagnóstico da S. M. deve-se realizar exame clínico, exame físico com a medida da circunferência abdominal e duas medidas da pressão por consulta. Além desses dois dados obrigatórios, deverão estar descritos no exame físico desses pacientes peso e estatura. Devem ser utilizados para o cálculo do IMC. Também é necessário o exame cardiovascular e os exames laboratoriais.
A predisposição genética, a alimentação inadequada e a inatividade física com baixo condicionamento cardiorrespiratório e o sedentarismo aumentam a prevalência da S. M. em três a quatro vezes, sendo os fatores que contribuem para o surgimento da doença. Por isso, a adoção precoce por toda a população de estilos de vida relacionados à manutenção da saúde, como alimentação adequada e prática de atividade física, é componente básico de sua prevenção.
Um programa de exercício físico orientado, individualizado e bem planejado diminui o risco relacionado a cada componente da S. M., reduzindo a pressão arterial, elevando o HDL colesterol, melhorando o controle glicêmico, reduzindo expressivamente a circunferência abdominal e a gordura visceral, melhorando a sensibilidade à insulina, diminuição dos níveis plasmáticos de glicose, prevenindo e retardando o aparecimento de diabetes tipo 2. Por isso, o exercício físico é considerado terapia de primeira escolha para o tratamento de pacientes com S. M., e que em conjunto a um plano alimentar devem ser encarados como tratamento não medicamentoso, pois esses levam a resultados satisfatórios.